Desafio 100N (2023) Encerramento

Tradição clássica de começo de ano. Então, agora que já passou a retrospectiva, vamos para a segunda etapa: mais um Encerramento do Desafio 100N.

Antes de mais nada, se você quiser conferir, segue aí todas as postagens do ano:

Jan | Fev 1 e 2 | Mar | Abr | Mai | Jun 1 e 2 | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez

Novamente, manterei o Encerramento bem good vibes. Só os Tops. Lembrando que essa seleção são dos jogos que conheci no ano de 2023, não jogos lançados em 2023. Simbora? Começando logo pela maior premiação (que nem é premiação, mas deixa eu fingir que meu conteúdo é importante).

Melhores do Ano

#5. Bruxelles 1897

Tiveram vários jogos que pensei em botar aqui, mas tinha jogado apenas uma vez. Então, optei por colocar o primeiro jogo com algo que respeito o design. Eu gostava e achava muito bom o Bruxelles 1893. Inclusive, vendi ele por conta dessa versão de card game, antes mesmo de comprá-la. O jogo era bem bom, mas eu estava jogando pouco Euros na época e preferi me desfazer do que deixar juntando poeira. Não me arrependo. Então, conheci o Bruxelles 1897 e gostei. Achei umas ideias boas e o design até melhorou. Mais simples, mais elegante, mais balanceado. Entretanto, não acho que seja melhor que o original do ponto de vista de jogabilidade e diversão. O fato dessa versão ser apenas de cartas dificulta a explicação e existem alguns aspectos chatos por conta disso. Em todo caso, gosto do jogo e acho uma excelente tradução do original.

#4. Isle of Cats

Depois de um jogo que gosto do design, vem esse que não gosto do design. Ué, mas como parou aqui? Essa é uma das raras ocasiões (com relação à ranks) que vou ser menos crítico e mais emoção. Eu sei que Isle of Cats é desbalanceado. Não é achismo. Eu sei. E isso me frustrou muito no começo, pensei em me desfazer do jogo até. Entretanto, fui jogando, jogando, jogando… E a conclusão é: apesar do desbalanceamento eu me divirto jogando. O aspecto tátil é legal, o tema agrada várias pessoas e eu gosto do quebra-cabeça envolvido. Só dei uma esfriada no jogo depois de ganhar várias partidas em sequência. Jogar também é um desafio mental para mim e se tá muito fácil eu me canso. Em todo caso, meu problema, atualmente, com o jogo é o tamanho exagerado da caixa que podia ser 1/4 do tamanho sem estragar nada. E isso talvez me motive em me desfazer do jogo, mas só o futuro dirá. Eu falei que ia ser menos crítico, mas nem fui, né? Quis dizer no posicionamento do jogo, ficou acima de um que prefiro o design.

#3. Break the Code

Eu adoro jogos de dedução, mas não tinha nenhum nesse estilo na coleção. Adquiri o Break the Code e não me arrependi, especialmente quando a partida é com dois jogadores. Com três ou quatro eu topo jogar, mas claramente tem uns problemas de design, por isso não conseguiu a segunda ou primeira posição.

#2. Hallertau

Hallertau está listado aqui quase que exclusivamente por ser o melhor jogo para um jogador que já joguei. Sim, para um jogador. Joguei 16 partidas solo esse ano. Nunca isso aconteceu na história das minhas jogatinas. Então, lugar merecido. Joguei com mais jogadores? Sim, 4 partidas com dois jogadores. Conclusão? Não vale a pena adicionar jogador, só serve para aumentar a duração sem acrescentar praticamente nada de interação. Sério mesmo. Só se a partida for apenas uma desculpa para fazer uma atividade junto com seu parceiro. Hallertau pode ser, estranhamente, relaxante.

#1. Epigo

História curiosa: quase que me desfaço desse jogo. Joguei uma vez e achei meio estranho a dinâmica, pareceu ocorrer muitas jogadas sem ação, deixando o jogo travado e frustrante. Joguei uma segunda vez. O sentimento continuou. Epigo já estava na lista de corte, quando finalmente joguei uma terceira e quarta partidas boas. Disputada, sem tantos entraves. Depois dessas duas partidas, resolvi manter o jogo por mais tempo, para checar se as variantes (21 incluídas na caixa) eram só conversa fiada ou se melhoravam o jogo base. E foi aí que o jogo brilhou. Nunca vi isso. Um jogo abstrato brilhar nas variantes. E cá estamos com Epigo nessa posição de destaque e eu aguardando, ansiosamente, para jogar todas as variantes. Por enquanto foram apenas três.


Melhor Experiência

Speed Colors

Jogo de colorir com um daltônico jogando e vencendo? Claro que essa foi a melhor experiência. Tudo bem que joguei apenas 1×1. Tudo bem que joguei com um amigo que pelo visto tem dificuldade em memorização. Mas achei extremamente engraçado. Explicando o jogo bem rapidinho: você olha o verso da carta que mostra as cores que precisará pintar do outro lado, aí você vira e em tempo real precisa colorir o mais rápido possível. Parece simples e fácil, deve ser pra quem vê as cores. Entretanto, o jogo tem uma diferença: a cada rodada, duas canetas são trocadas as tampas. Isto é, você precisa memorizar essas trocas, para não pegar a caneta errada e pintar errado. Bobo, simples, mas me diverti muito. Não faço muita questão de jogar novamente, pois a memória dessa partida já me serve pra a vida toda.


Melhores Nacionais

Devo dizer que esse ano eu conheci vários jogos nacionais interessantes. Uma grata surpresa mesmo. Dei sorte, graças ao Diversão Offline joguei vários.

#3. Comic Hunters

Esse eu não conheci no DOFF, mas não me impediu de gostar do jogo. Comic Hunters é basicamente um jogo de Draft e Set Collection com várias maneiras de fazê-lo. Vale a pena conhecer e, apesar de não ser dos jogos mais diferentes ou inovadores, ele é muito bem desenvolvido. Jogo do Robert Coelho, que tem demonstrado ser um excelente desenvolvedor e game designer.

#2. Herdeiros do Khan

Eita que esse eu também não conheci no DOFF, pelo visto o DOFF foi mais volume que qualidade? Esse é um jogo do Rodrigo Rego em parceria com o Lucas Ribeiro. Jogo que mistura Controle de Área com Pick Up and Deliver. Gostei, pois a combinação aqui é diferente do usual e me agradou bastante. Não sei até que ponto a assimetria é um ponto positivo ou negativo, mas gostei da jogabilidade e mecânicas presentes no jogo.

#1. Fora de Ordem

Agora sim, um jogo que conheci no DOFF e que para mim foi o destaque do evento. Sim, um segundo jogo do Rodrigo Rego e dessa vez a parceria é com Leandro Pires. Agora se trata de um Party Game para Euro Gamers. Muito boa a ideia, esse eu estou quase pensando em comprar, só segurando um pouco, pois tenho a impressão que a rejogabilidade pode ser problemática. Inclusive, no DOFF também conheci o Estranho no Ninho, mais um jogo do Rodrigo Rego, que não conseguiu passar o Comic Hunters, mas é divertido também. O cara é bom.


Maior Surpresa

The Crew

Eu odeio jogos de Trick Taking, também conhecido como vaza. Se você não sabe o que é, eu explico: é uma dos estilos de jogos com baralho comum. Um jogador inicia a rodada jogando uma carta e os demais jogadores precisam seguir o naipe e ganha a rodada quem jogou a maior carta. Se você não tiver uma carta do naipe na mão, você pode jogar qualquer carta, e é aí que geralmente entra o naipe de trunfo, que bate em todos os outros. Nunca vi graça. Acho que nunca clicou comigo simplesmente. Meu problema parece ser a contagem de cartas e a necessidade de estar usando memória constantemente. Em The Crew a coisa acontece do mesmo jeito, só que aqui eu me importo. Como é um jogo cooperativo, eu tento meu melhor para ajudar meus colegas. The Crew é um dos poucos ganhadores do Spiel des Jahres (maior premiação dos jogos de tabuleiro) que eu joguei e pensei comigo mesmo: “mas rapaz, mereceu, viu?”.


E esse foi mais um encerramento. Daqui a 386 dias (ou algo assim) temos outro, né? Provavelmente não vai ser batendo recorde, mas só o futuro dirá.

2 Comments

  1. Miqueias
    21 de janeiro de 2024

    Desses Break The Code está na lista de compra (mas me preocupo com a rejogabilidade dele, pra saber se vale a compra), e Speed Colors também está na lista de compra a um tempo por conta das crianças aqui de casa, adoro jogar junto com elas.

    Agora o Bruxelles acendeu uma vontade de conhecê-lo mais e quem sabe entra na lista…

    Abraço

    Responder
    1. Roberto
      22 de janeiro de 2024

      Opa Miqueias, obrigado pela leitura e comentário.

      Nem ideia sobre a rejogabilidade do Break the Code, eu não acho que ele fique “manjado”. Na minha prmeira partida ou última eu investi o mesmo tanto de massa encefálica hehehe Acho que é por ele ser muito matemático. O que pode acontecer é cansar do quebra cabeça mesmo, aí sim, pode rolar.

      Apesar do Bruxelles estar listado, recomendo bastante tu jogar antes de comprar. Ele não agrada a maioria das pessoas por ser muito de otimização e apertadinho nos recursos, mas acho ele mecanicamente muito redondo.

      Responder

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