Desafio 100N (2023) Dezembro

Acabou-se o ano, agora resta saber qual foi a margem que o recorde foi batido.

125. Llama Party (2020)
Jogado duas vezes com 4 e 5 jogadores.
É inegável que Reiner Knizia tem uns jogos foda, mas Llama não é um deles. Eu consigo ter um vislumbre da genialidade do matemático aqui, mas é só um vislumbre. Existe uma decisão muito importante no jogo: quando passar. E é isso. O restante da dinâmica do jogo é muito focado em sorte e ao acaso. Existe leitura de mesa? Claro. Existem micro decisões nos turnos? Sim. Mas no final das contas eu não acho que o jogo se adeque à essa proposta. Contar carta? Passo. Ficar totalmente atento para saber as cartas dos outros? Divertido nos primeiros 2 minutos, mas depois cansa. E toda a proposta do jogo meio que se quebra quando um ou mais jogadores da mesa jogam completamente descompromissados. Resumindo: talvez funcione bem pro seu grupo, mas apenas dentro daquele grupo. Ou… Você assume que o jogo não tem lá muitas decisões e joga sem muita pretensão. O que eu não vejo tanto sentido, já que existem jogos melhores. O jogo tem umas variações de pontos grotescas, você pode além de fazer zero pontos na rodada, se livrar de -20 pontos. Isso é muito forte para algo que foi conquistado por mera ordem do turno ou cagada mesmo, pura e simplesmente. Admito que pode ser bem empolgante se livrar desses 20 pontos negativos, mas rapidamente perde a graça, especialmente quando você percebe que foi muito mais acaso do que habilidade. Eu até topo jogar em outras ocasiões, dado a simplicidade do jogo, mas nunca mais peço pra jogá-lo.
126. Immortals (2017)
Jogado duas vezes com 4 jogadores.
Eu sempre tive curiosidade em jogar Shogun, um jogo de Controle de Área que usa uma torre de cubos para resolução dos combates. A oportunidade nunca surgiu, mas recentemente peguei o Immortals em uma Math Trade. Quando o jogo chegou, fui ver as regras e minha nossa… Muito mal escrito. O jogo é relativamente simples, mas as regras dificultam, e muito, sua vida. Só que também é culpa do jogo. Ele tem uns aspectos meio burocráticos e com vários detalhes loucos. Bom, a impressão pelo manual foi terrível, fiquei bem cabreiro de ir jogar, mas fui. Resultado da ópera? Jogo extremamente demorado, confuso e enfadonho. Poucos momentos de empolgação e, para completar, na primeira partida jogamos com a torre de cubos dando defeito nas duas primeiras rodadas (os cubos estavam caindo em um buraco dela, em vez de seguir adiante). Então, primeira experiência foi terrível. Saí exausto da partida que demorou umas 4h30. Os maiores defeitos são: preparação gigante, troca-troca de cartas, exceções nas regras, duração em si, sistema de planejamento de ações, ficar procurando as áreas no tabuleiro. Joguei uma segunda partida, que foi mais fluída e mais curta que a primeira. Preferi o jogo nessa partida, mas ainda assim, achei que os problemas do jogo persistiram, só em escalas menores.
127. Color Addict (2009)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Apresentado por Gustavo que disse que tenta com grande afinco me mostrar os piores jogos da face da Terra. Acho que ele está no caminho certo. Eita jogo bosta. Obviamente, o jogo não é amigável para daltônicos. Tinham dois na mesa. Quem ganhou? Eu… Nem sentido faz. O maior problema né nem esse, acho. Tem umas cartas especiais, meio que uma cópia de cada (ou talvez duas) com umas regras confusas ou completamente desbalanceadas ou toscas ou simplesmente sem sentido. Passe longe desse. Sério.
128. Mixtapes (2022)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Mais um nacional no finalzinho do ano. Mixtapes é um jogo bem focado em Set Collection. Basicamente, você está fazendo umas fitas k7, artefato que você (criatura jovial) talvez nem saiba do que se trata. Acho que não saber não é um problema, especialmente se alguém explicar rapidinho a “tecnologia” hehe. Então, eu achei até que a temática é legal, mas não se sustenta. As parodias das fitas vão durar (imagino eu) apenas até você ver todas as cartas. E o jogo por si só é extremamente repetitivo e meio manjado: é basicamente um jogo de combinações de símbolos e cores. Por sinal, as cores me lascaram nesse jogo (laranja e verde; vermelho escuro e preto). Pior que podia ter um símbolo associado, já que é tudo nas cartas, custava nada. Infelizmente, Mixtapes não desceu legal: longo para sua proposta, repetitivo, jogadas básicas e desinteressantes. Se você tá interessado e quiser comprar, já sei até quem quer vender.

Pronto. 128 jogos. Bem bom, hein?

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