Ano passado como foram poucos jogos o meu encerramento foi simplesmente um ranqueamento geral. Não vou fazer isso dessa vez, pois são mais de 100 jogos, né? Em 2020 eu nem fiz encerramento… Que tristeza. Então, vamos voltar para como eu fazia nos anos 2019, 2018 e 2017.
Antigamente eu fazia um Top 3 geral, depois dizia um jogo que foi a melhor experiência, depois dizia o melhor nacional. Aí, ainda tinha a melhor surpresa e a maior decepção. A decepção eu larguei de mão, pois já basta o tanto de porrada que dou nos jogos no decorrer do ano. Deixemos o encerramento apenas com a parte boa. Eu fiz três modificações, no caso ampliações, de Top 3 para Top 5. Então, mais uns joguinhos aí ilustrando o ano. E de melhor nacional, colocarei os três melhores em vez de apenas um. Tanto por ter jogado mais nacionais como por um outro motivo especial. Além disso, coloquei também três melhores surpresas.
Como sempre, segue links para todas as postagens do ano, aproveita para checar lá e ler minhas primeiras impressões sobre trocentos jogos:
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set 1, 2 e 3 | Out | Nov | Dez
Se você ainda não sacou a ideia, é bom eu deixar claro que os jogos não são do ano de 2022, mas sim jogos que conheci durante o Desafio 100N. Isto é, jogos que conheci em 2022. Então, pode ter (e teremos) umas velharias. And the Oscar goes to…
Melhores do Ano
#5. PinPoint
Party Game bem interessante e divertido. Tem várias maneiras de jogar, sendo uma delas um jogo completo (copiado, não sei se na cara dura, mas deve ser). Recomendo conhecer.
#4. Dune: Imperium
Aos 45 do segundo tempo (vulgo, último mês do ano) conheci esse jogo. Bem legal a mistura de Deck Building (de levinho) com Worker Placement.
#3. Architects of the West Kingdom
Euro bem padrão só que com uma interação mais diferenciada e alguns twists na mecânica de Worker Placement. Gostei, está na coleção e devo manter por algum tempo. É um jogo relativamente pesado e grande para o tamanho da caixa, o que é bem interessante para quem não tem lá muito espaço na estante.
#2. Decrypto
Queria ter jogado mais, mas tenho um medo de expor esse jogo para iniciantes. Tanto por me proporcionar muito Analysis Paralysis (demoro eternidades pensando na dica) como também por ter umas regras um pouco confusas de explicar. Quero jogar mais em 2023 para ver se marca mesmo como jogo fodão ou se cansa depois de algumas partidas.
#1. In The Year of the Dragon
Sempre tive curiosidade com esse jogo do Feld e não decepcionou. Gostei bastante da partida que tive no Spa de Jogos. Inteligente, simples e extremamente estratégico. Planejamento é tudo nesse jogo, mas ele não deixa de ter suas decisões importantes mais pontuais e dependendo do que os demais jogadores fizerem. Bem diferente dos jogos usuais do Feld mais recentes, mas bem interessante. Apesar de, claro, ter algum track para determinar ordem do turno. Sempre.
Melhor Experiência
Los Odiosos 7
Taco Gato em um jogo que realmente é legal. Ri muito jogando três partidas desse jogo. Talvez ele tenha um defeito crucial que não percebemos: verificar se alguém errou pode ser um pouco chato. Mas nas poucas partidas que joguei não tivemos problemas. Se tivesse no Brasil compraria agora. Talvez depois de jogar umas 10 partidas eu enchesse o saco, mas para as poucas partidas que joguei foi muito bom.
Melhores Nacionais
#3. Pot de Vin
Estava entre esse e Emboscados, mas foi para Pot de Vin, por fazer me divertir em um jogo de vaza (que acho bem sem graça). Enquanto que Emboscados é de um estilo que adoro, mas não vi tanto apelo assim, apesar de gostar. Bom, deixando de lado as comparações, basicamente esse é meu jogo predileto nacional conhecido em 2022. Talvez você estranhe por ver o número #3 ali, mas já vai entender.
#2. Regicida
Só estreei meu jogo lançado em 2020 agora. Pandemia atrapalhou demais, mas para compensar joguei várias vezes esse ano. Gosto muito do tanto de jogo Regicida tem em seus 20 minutos de partida. É muita análise, blefe e dedução embutidos em tão pouco tempo e em uma caixa tão pequena. Sim, um jogo meu, me desculpem. Essa foi a primeira razão por ter ampliado para um Top 3 e não apenas o melhor nacional
#1. Distrito 6
Sim, e agora a segunda razão da ampliação. Seria meio feio (ou não) eu botar aqui “Melhor Nacional: meu jogo”. Aí, você talvez se pergunte, “mas Roberto, nera mais fácil você dizer ignorei meus jogos para definir o melhor jogo?”. Não, pois modéstia a parte… Distrito 6 é foda e merece esse destaque mesmo que seja eu mesmo dando. Antigamente eu teria me poupado de elogiar meu próprio jogo, mas depois de anos e anos para publicá-lo passei a dar mais valor às minhas conquistas. Se você ainda não conhece, deveria. Se mora em Juazeiro, é só me chamar que levo, ensino e jogo com você. Tá bom que toda vez esqueço de avisar da pontuação de maioria por andares, mas vou ver se não esqueço mais (pior que tá impresso na iconografia do tabuleiro).
Maiores Surpresas
#3. Canvas
Não gosto muito de Family Games, mas esse me surpreendeu. Simples, elegante e gostoso de jogar. Tá bom que só joguei uma partida, mas não esperava. Foi tão inesperado que fiquei com vontade de comprar, mas pensei melhor e deixei para lá.
#2. Ticket to Ride: New York
Nunca imaginei que ia gostar de Ticket to Ride e nunca imaginei que iriam transformar Ticket to Ride em um filler. Surpreendente e, depois de jogar essa versão, os mapas “grandes” não fazem o menor sentido para mim.
#1. The Few and Cursed
Eu fui jogar esse achando que ia odiar, tanto por me lembrar (apenas tematicamente e visualmente) o Western Legends, que achei bem ruim, como por ter Deck Building. Mas passou longe, gostei do jogo, viu? A parte de Deck Building é bem leve e feita quase que de um jeito descompromissado, achei a sacada deles excelente. Pelo visto tou gostando de Deck Building como mecânica auxiliar.
Pronto, espero que tenham gostado do encerramento. Eu gostei de escrever. É sempre legal escrever sobre jogos que gosta ou que achou interessante. Vejamos o que 2023 me reserva para o Desafio 100N!