Desafio 100N (2017) Encerramento

Como prometido, chegamos ao encerramento oficial do Desafio 100N. Hoje, vou falar um pouco sobre como foi a experiência de realizar esse desafio e destacarei alguns dos jogos que conheci esse ano.

Bom, como vocês sabem, todo Game Designer deve conhecer vários jogos. Então, me propus esse desafio para me forçar a conhecer mais jogos. Sinceramente, achei que não fosse conseguir. Na realidade, só consegui por conta dos dois Spa dos Jogos. É só ver como foi meu histórico de jogatinas:

Apenas em 2013 consegui jogar mais de 100 jogos. Nesse ano eu conhecia poucos jogos e tinha bastante gente frequentando a Taverna, grupo de Recife que eu frequentava quando morava lá. Com o passar dos anos ficou cada vez mais difícil conhecer mais jogos novos. Afinal, quanto mais se conhece, menos opções existem. Apesar das enxurradas de lançamentos todos os anos, não são muitos jogos que o pessoal compra aqui no Brasil.

Os pontos azul do gráfico representam todos os jogos novos que conheci no decorrer dos anos. No eixo vertical à direita, é possível ver que nesse ano atingi a marca dos 500 jogos.

Para fechar essa retrospectiva, vamos falar de uns jogos? Criei algumas categorias para os jogos que conheci esse ano pelo Desafio 100N e pretendo manter essa tradição todos os anos. Claro que acho muito difícil conseguir cumprir esse Desafio todos os anos, mas com certeza teremos alguns jogos novos para falar todos os meses e esse resumão ao final do ano.

Top 3 – Desafio 100N (2017)

#3 Madeira (2013)
Os jogos desse Top 3 são bem diferentes. Pior que não foi proposital, começando com Madeira que é um jogo de peso. Madeira só não está em posições mais elevadas devido à sua duração. Joguei uma partida com 3 jogadores e atingimos fácil 3 horas. Entretanto, apesar da longa duração eu gostei do jogo. Toda rodada é uma nova experiência, você precisa reformular seu entendimento do jogo para poder efetuar suas estratégias. É daqueles jogos que se você quiser jogar direito, vai sair com um certo cansaço mental de tanto esforço que precisou fazer durante a partida. Não joguei outras partidas, pois tendo a evitar jogos de longa duração, mas essa única partida valeu bastante.
#2 Marrakech (2007)
Já ouvi pessoas falando que é um jogo para criança e bobinho. Eu discordo. Marrakech é um desses abstratos extremamente simples e elegantes, que não deixam a tática e estratégia de lado. Tem sorte? Tem. Tem rolagem de dados que pode lhe destruir? Tem. Entretanto, todas as suas escolhas no decorrer da partida vão ditar o quão bem ela será, mesmo com sorte ou azar nos dados. Os componentes são um espetáculo a parte. Sensacional os tapetinhos.
#1 Specter Ops (2015)
Finalmente, mais um bom jogo pela Plaid Hat Games. Melhor jogo que conheci esse ano e também o melhor jogo que movimento escondido que joguei até o momento. Gostei bastante, até o momento joguei apenas duas vezes e ambas com 5 jogadores. Estive dos dois lados do jogo, isto é, joguei como Agente e como Caçador. As duas partidas foram boas, mas é inegável o quão mais divertido é jogar de Agente. Existem alguns probleminhas com o final do jogo na partida com 5 jogadores, por conta do traidor, mas nada que comprometa o jogo demais. Estou ansioso para jogar com menos jogadores, tanto para verificar a dinâmica do jogo sem traidor como para ver a influencia na duração da partida.

 

Melhor Jogo Nacional – Desafio 100N (2017)

Rock’n Roll Manager (2016)
Eu não tenho a tendencia de comprar jogos lançados no Brasil. Sejam eles de Game Designers nacionais ou não. Motivo? Eu evito ter jogos na minha coleção que outros amigos do grupo tenham. Como a chance do pessoal adquirir jogos lançados aqui são maiores, as chances de eu comprar um jogo lançado aqui é pequena. Por isso, eu não conheço tantos jogos de autores nacionais quanto gostaria. Nesse ano tive a oportunidade de conhecer alguns e, dentre todos eles, eu gostei mais do Pablo e deste que escolhi como o melhor. Não coloquei Pablo como o melhor nacional, pois apesar de gostar bastante da ideia e do conceito, Pablo sofre com uma série de problemas de jogabilidade. Então, escolhi o jogo do Leandro Pires. Rock´n Roll Manager é um Eurogame redondindo. O tema funciona, as mecânicas funcionam e tudo tem um progresso cadenciado e um sistema de alocação de trabalhadores apertadinho.

 

Melhor Experiência – Desafio 100N (2017)

Tipp-Kick (1921)
Talvez essa escolha tenha sido um pouco injusta, pois Tipp-Kick é praticamente um brinquedo. Então, fica meio difícil para os “jogos” competirem de frente com um brinquedo. Em todo caso, escolhi o Tipp-Kick, pois a rápida partida de 10 minutos dele me proporcionou incontáveis momentos empolgantes. No páreo com Tipp-Kick ficaram Pablo e Imagine, mas realmente não conseguiram disputar.

 

Maior Surpresa – Desafio 100N (2017)

Abyss (2014)
Acho que a surpresa será o motivo de Abyss ser listado como a maior surpresa. Eu não gosto da maioria dos jogos do Bruno Cathala. Não gosto de Cyclades, Shadows over Camelot, Cleopatra e Jamaica… Até hoje só gostei do 7 Wonders Duel, um pouco do Five Tribes e alguns da série Mr. Jack. Em todo caso, joguei Abyss e me surpreendi positivamente. Gostei de vários aspectos do jogo e da partida como um todo. Pensei até mesmo em comprar na época que estavam vendendo a preço de banana, mas como estava tentando reduzir a coleção, deixei passar.

Como reclamão que sou, também tinha preparado outras três categorias: maior decepção, pior experiência e pior do ano. Entretanto, para manter os ares positivos deixarei essas categorias de lado. É momento de festejar o final do Desafio, as críticas estão todas registradas no decorrer do ano, basta ler cada mês que passou. Quer acessar mais rapidamente? Visite aqui:

Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez

Obrigado pela paciência e pela leitura. Até o começo de Fevereiro, com mais uma edição do Desafio 100N, agora em 2018!

9 Comments

  1. Ricardo Amaral
    3 de janeiro de 2018

    Fiquei surpreso com o Abyss! Nunca joguei, mas também nunca ouvi bons relatos sobre ele. 😂

    Muito bom o post.

    Responder
    1. Roberto
      3 de janeiro de 2018

      A minha expectativa bem baixa ajudou para essa surpresa com Abyss… Também só vi resenhas negativas sobre o jogo. Juntou tudo isso com meu desgosto pelos jogos do Cathala, entrei na mesa como “obrigação” pro Desafio 100N. hehehehe No final saí satisfeito. Acho que vale a tentativa.

      Responder
  2. Cássio Nandi Citadin
    12 de janeiro de 2018

    Também fui um que fiquei impressionado com Abyss. As críticas vieram muito pelo preço dele acredito.

    Ótima sua postura sobre não colocar categorias negativas. Vi vários youtubers criando videos de listas negativas “Top decepciões”, “Top tretas”, etc… acho desnecessário pois o que é ruim pois quero é saber de jogo bom, não de coisa ruim hehe.

    Parabéns Roberto pelo desafio completado!

    Responder
    1. Roberto
      13 de janeiro de 2018

      Sim, é um cardgame super-produzido… Talvez seja por isso que muitos reclamaram mesmo. A expectativa era um jogo grande e quando vê é só carta. Para quem compra, deve ser meio frustrante mesmo. Especialmente quem comprou no preço “original”.

      hehehehe Poisé, já basta minhas reclamações nas primeiras impressões.

      Valeu Cássio! Obrigado por acompanhar.

      Responder
      1. Cássio
        13 de janeiro de 2018

        Roberto, tive um caso curioso sobre esse jogo outro dia. Apareceu um casal viciado em board games lá em casa, mas com menos condições pra adquiri-los. Quando viram minha estante com esse jogo pensaram que eu era milhonário pelo preço dele + expansão haha falaram que era o sonho deles joga-lo, pois nunca tinham visto um aberto no outro grupo deles. Enfim, expectativas altissimas. Quando começamos o jogo queria saber como era a parte do combate “tem dados? Como resolve?”… tive que explicar mais de uma vez que era só dizer que quer combater ou não. Passado esse momento, eles se agarraram no estilo do jogo que em nada lembra um ameritrash e acabaram curtindo.

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        1. Roberto
          13 de janeiro de 2018

          Ryca! huehueheuheuheuhe Comprou na promoção né?

          Que bom que o pessoal curtiu o jogo, apesar de ser algo completamente diferente do esperado.

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          1. Cássio
            13 de janeiro de 2018

            A maior promoção já vista Roberto. A 170 e poucos jogo + expansão =D

  3. Cássio
    13 de janeiro de 2018

    Uma duvida. Madeira tem alguma dependencia de idiomas?

    Responder
    1. Roberto
      13 de janeiro de 2018

      Zero e tem até o Brasil do tabuleiro

      Responder

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