Desafio 100N (2023) Outubro

Chegando cada vez mais próximo do final… E, claro, mais próximo do recorde! Será que já bateu?

114. Sanssouci (2013)
Jogado duas vezes com 2 e 3 jogadores.
Mais um Family Game que não deu bom comigo. Eu tenho insistido no Michael Kiesling, pois acho que ele tem boas ideias, mas toda vez me decepciono. Acho que a estratégia presente nos jogos dele não combinam com a experiência que gostaria. Não achei que Sanssouci tem decisões interessantes o suficiente para me manter engajado. Inclusive, a interação também é bem fraquinha. Basicamente, você tem uma área comum do tabuleiro que os jogadores vão pegando tiles usando cartas da mão. Só que as peças são repetidas, se você for “bloqueado” será completamente sem querer. Deste modo, a maior parte do jogo se passa no seu próprio tabuleiro, mas o quebra-cabeça presente no jogo é bobinho e simples demais.
115. Duo Regna (2023)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Jogo recente do Reiner Knizia, criado “exclusivamente” para o Brasil. Sabemos, claro, que não é tão fácil conseguir um jogo exclusivo do Knizia, o caba já fez uns 800 jogos. Então, esse aqui é uma reimplementação de um jogo de futebol que ele criou tempos atrás, só que com algumas cartas com habilidades especiais. Achei bem esquisito o jogo, tomei uma surra gigante (fiz zero pontos). Entretanto, não acho que a surra tenha sido o fator que achei ruim, acho que foi por achar (posso estar errado) que o jogo é muito aleatório. Em todo caso, o jogo é muito rápido. Então, ele cai meio que naquela categoria do Love Letter, que é tão rápido que você nem “sente” que jogou algo. Não gostei e não recomendo.
116. Dice Throne (2018)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Esse jogo não é exclusivamente para dois jogadores, mas só de jogar você ficar imaginando como ele poderia prestar com mais. Bom, não importa, não joguei com mais do que dois. Em Dice Throne você disputa porradaria com um outro jogador, tudo na base dos dados e combinações dos mesmos. A premissa me parece um pouco batida e padrão, sem nada muito inovador. E foi assim que me senti, jogando mais um jogo de dados de combate, no qual você tem que dar match nos ícones. Não é um jogo terrível, tem lá seus momentos. Você fica um pouco refém dos dados rolados, mas existem cartas para mitigar isso e ajudá-lo à conseguir fazer o que queria e não simplesmente “o que saiu”. Não faço questão de jogar novamente nem conhecer os novos personagens, mas foi uma boa sacar para ver qual era a do jogo. Ah, só a título de informação: joguei de paladino e meu oponente foi com monge. Achei o paladino bem forte, mas deve ser impressão… Talvez o monge seja só mais difícil de jogar.
117. Zombicide: Gear Up (2022)
Jogado uma vez com 5 jogadores.
Eu chamaria esse jogo de Cartographers: The Coop Game. É do mesmo Game Designer e ficou parecendo (pra mim) que ele criou algo medieval e depois pediram para mudar para a franquia de Zombicide. O tema poderia ser qualquer coisa de combate, não precisava ser zumbi. Achei relativamente desafiador e com algumas boas ideias, mas não é (nem de longe) tão divertido quanto o Cartógrafos. Provavelmente é um jogo que roda melhor com apenas uns 3 jogadores, nossa mesa estava com cinco e achei que só fez adicionar tempo ao jogo sem incrementar a experiência. Não que eu tenha jogado com menos jogadores, mas ficou parecendo. Completando os problemas, o jogo é usando aqueles pincéis que odeio, mas entendo o uso, afinal não teria como usar caneta ou lápis normal, já que você risca em cartas. O foda é que além de não gostar desses pincéis, eles podem ficar pouco legíveis onde você risca, pois o fundo das cartas é bem poluído com arte ou até com algum fundo escuro demais. Em todo caso, valeu a pena conhecer, achei algumas ideias de mecânica boas mas a experiência geral deixou a desejar.
118. Mental Blocks (2019)
Jogado seis vezes com 4, 7 e 9 jogadores.
Talvez você estranhe o tanto de partidas, mas esse jogo dura (no máximo) 10 minutos. Mental Blocks é um puzzle cooperativo usando essas pecinhas que você vê na caixa. O jogo vem com 60 desafios diferentes, o que com certeza vai garantir a rejogabilidade. E mesmo que você jogue os 60, eu duvido você saber a solução ao repetir algum depois de um intervalo de dias. Por enquanto eu joguei apenas os desafios mais fáceis, a dificuldade varia de 1 à 6, joguei vários de dificuldade 1 e apenas um de dificuldade 2. Acho que apesar de cada jogador ter apenas uma parte da informação do puzzle, como você pode compartilhar tudo que quiser (exceto mostrar a carta) pode rolar bastante alpha player. A variante do traidor não resolve esse problema, mas joguei ela com apenas uma partida nas costas. Quero jogar mais vezes, ainda estou incerto sobre o jogo, é um misto de “que ideia legal” com “que partida bosta”. Entretanto, pretendo dar mais oportunidades ao jogo antes de me desfazer dele. Talvez jogar os puzzles mais difíceis melhore a experiência? Não sei…
119. Golem (2021)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Mais um Euro da “escola” italiana. Deve ser escola mesmo, pois pensam tudo igual. Achei ele muito parecido com Grand Austria Hotel, apesar de claramente diferente. É como se o sentimento fosse o mesmo, apesar de serem jogos ambientados em temas completamente diferentes e terem até mecânicas diferentes. Entretanto, a parte de seleção de ações é “igual”. Em todo caso, como sempre, é um jogo bem competente. Só que não tem nada muito interessante aqui, um pouco sem sabor. Só a título de comparação, outros títulos que acho mais interessantes são: Lorenzo, Newton, Tzolk’in, Marco Polo. Alguns talvez por ter jogado muito tempo atrás, mas todos eles eu acho o sistema de ação mais interessante e inteligente e, de modo geral, eles são integrados muito bem ao jogo. Enquanto esse é mais solto e quase que algo a parte. Se você está vindo aqui pelo tema, nem vale muito a pena e se tá vindo pela mecânica, tem opções melhores. Se você for fã dos autores, talvez ache bem bom.
120. Flamme Rouge (2016)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Fazia um tempão que queria ver como era Flamme Rouge, não tinha lá muita expectativa, mas apenas curiosidade. Especialmente agora com o lançamento de Heat, que tá fazendo um sucesso gigante sendo dos mesmos autores e também um jogo de corrida. Entretanto, chegou no meio da partida eu tava cansado. Não foi por conta da duração do jogo (uns 40 minutos), mas simplesmente o fluxo mesmo. Se era a intenção dos Game Designers isso, parabéns… hehe. Mas suspeito que não era. Achei bem repetitivo e entendo até os motivos, pois o baralho precisa rodar e você sentir o peso das decisões tomadas durante a primeira metade da partida. Encurtar o baralho seria uma opção, mas acho que o jogo ficaria muito raso e simplório. Achei que o primeiro jogador tem uma vantagem meio grande, apesar das cartas de cansaço por estar na frente. Digo isso, pois ultrapassagens podem ser bem difíceis nesse jogo, não aconteceram tantas assim durante a partida. A vantagem é que o jogo tem turnos rápidos e dinâmicos, a desvantagem é que essa velocidade junto com o “processo” do turno deixa o jogo repetitivo e entediante.
121. Sonora (2020)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Eu e minha busca por jogos estranhos tem rendido algumas frustrações e Sonora foi mais uma delas. Sonora é um Flick & Write, isto é, você dá peteleco e dependendo de onde suas peças pararam você irá desenhar no seu tabuleiro pessoal, tal como os Roll & Write que tem de rodo. A premissa parece boa, especialmente para mim que adoro jogos de Destreza. Entretanto, eu gosto de jogos de Destreza por sua simplicidade e puro fator diversão. Eu achei Sonora enfadonho. Você tem uma fase de petelecos que não é muito empolgante, pois é quase como um “aleatorizador” que substitui os dados. Existe sim, uma habilidade necessária no jogo, mas é muito mais sorte e caos do que habilidade. E os benefícios obtidos por esse caos/sorte são bem grandes (essencialmente você dobra seu turno). Claro que é possível fazer uma pontuação boa sem conseguir esses espaços dobrados, mas claramente suas chances de vitória reduzem cada vez que algum oponente consegue e você não. Aí depois dessa fase de peteleco, vem a fase de escrever que é extremamente enfadonha. Existem uns combos que você faz, mas o tabuleiro usa aqueles pincéis, só que não presta… Primeiro por que pincel e jogo de tabuleiro não combinam (tinta acaba, fica borrado, etc); segundo que os espaços são pequenos, fica uma lambança; e terceiro, se algum pincel não prestar você perde a simultaneidade da fase e isso faz o jogo demorar bastante (nossa partida foi quase 1h30). Novamente, mais um jogo que quero me desfazer. Quer comprar? Fala comigo.

Meu recorde era em 2019 (salvo engano) com 115 jogos. E agora, como você sabe contar e comparar números vai reparar que, sim, bati o recorde! E ainda e apenas Outubro, margem com certeza será ampliada, ainda tenho uns jogos aqui em casa para estrear.

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