Desafio 100N (2023) Fevereiro – Parte 1

Mês mais curto do ano, mas cheio de jogos novos. Pensei se ia dividir em duas postagens, pois foram bastante, e resolvi dividir mesmo. Ah… Fevereiro. Foi massa.

011. Barrage (2019)
Jogado em 02/02/2023 com 3 jogadores.
É raro eu jogar em mesas problemáticas. Costumeiramente, o pessoal do hobby é bem receptivo, de boas e simpáticos. Entretanto, raro não é impossível e aqui aconteceu. Infelizmente, foi com Barrage. Um jogo que depois de jogá-lo senti uma pontinha de seu potencial, mas não faço ideia se é realmente legal ou não. Motivo? Jogamos correndo por conta de um porra louca que veio jogar sem tempo para jogar. Então, terminou que a partida em vez de ser um queima-cuca foi um corre-corre. Cometi inúmeros erros bobos pela falta de reflexão durante a partida, não pude pensar e aproveitar da interação do tabuleiro para bolar planos e montar estratégias. Em suma, eu não pude aproveitar o que o jogo tem para oferecer. Uma pena, fiquei com uma impressão inicial ruim por conta disso mas enxergo o potencial do jogo. Quero jogar novamente em outro momento para analisar melhor e, também, jogar “corretamente”.
012. Gizmos (2018)
Jogado em 02/02/2023 com 2 jogadores.
Logo após a partida frustrada de Barrage, veio Gizmos. Felizmente o camarada já tinha ido embora e pude aproveitar a partida com tranquilidade. Gizmos é um joguinho de combo bem direto e fácil. Totalmente abstrato, apesar de tentarem botar um tema. Essencialmente, você está tentando encadear o máximo de ações possíveis via condições das cartas. Isto é: ao pegar uma bolinha vermelha eu posso baixar uma carta, e aí eu baixei uma carta azul e ao baixar uma carta azul eu posso arquivar, e aí eu arquivando eu… E assim vai. Talvez em algum combo grande você se perca, mas achei tranquilo. Minha única crítica é para as cores, mas só das bolinhas. Nas cartas é de boas para diferenciar. Gostei, jogaria novamente e se eu não tivesse tentando diminuir a coleção, até compraria. Não sou muito fã de jogos de combo, mas esse é tão de boinhas que vale a pena.
013. Tutankhamun (2021)
Jogado em 05/02/2023 com 3 jogadores.
No começo da explicação eu estava empolgado, achei que era um jogo com Time Track. Essa mecânica sempre me agrada por ser um pouco rara de aparecer. Só que não era, decepção já começou daí com Reiner Knizia. Acho que foi até uma oportunidade perdida, dava para o jogo ter essa mecânica. Bom, deixa para lá. O jogo por si só é até ok, um pouco morgadinho e previsível, mas ok. O problema grande, a gente só foi perceber no final da partida. Simplesmente, pode acontecer de algum jogador escolher quem vai vencer, pois os pontos estão bem visíveis e toda a informação é aberta. Achei até engraçado esse jogo permitir até 6 jogadores, deve ser uma zona. Jogamos em 3 e isso aconteceu bem claramente. O mais frustrante é que o colega que tinha essa opção ia ficar em último de todo jeito. Terminou que ele optou por fazer a jogada que lhe desse mais pontos. Ainda assim, meio bosta isso. Existem uns tiles de habilidades especiais que são bem sem graça e mal foram utilizados. Acho que é um daqueles jogos do Reiner Knizia que ele fez, nenhuma Editora grande quis e alguma trouxa pegou só pelo nome dele. Queria ter um nome poderoso assim… hehehehe Nem meus jogos bons consigo publicar, imagina os ruins.
014. Visitor in the Blackwood  Grove (2018)
Jogado em 05/02/2023 com 5 jogadores.
Na época que soube desse jogo quis jogar. Coincidentemente um amigo tem e eu nunca tinha reparado. Bom, apareceu a oportunidade de conhecer. Esse jogo é uma mistura de Zendo com Belratti. Se você não conhece nenhum dos dois (bem provável, são jogos mais obscuros) não vai fazer ideia do que estou falando. Então, vou explicar… Em cada partida, um jogador escolherá uma “senha” que os jogadores precisam descobrir utilizando objetos. Na verdade, você não precisa descobrir a senha, mas meio que perceber o padrão usando inferência. Como assim? Suponha que a senha seja “ser fabricado” e aí você joga: um peixe, uma calça, um aspirador de pó e uma árvore. O peixe e a árvore são negativos e os outros dois positivos. E assim você vai tentando chegar no padrão correto. O jogo é meio viajado mesmo e, dependendo da senha, pode ser bem difícil. Nossa primeira experiência foi um pouco estranha por conta da dica do nosso ET que pensou, literalmente, igual a um ET. Vou ver se consigo jogar novamente, mas usando as cartas de Belratti, acho que dá.
015. Camel Up Cards (2016)
Jogado em 05/02/2023 com 5 jogadores.
Sentimentos conflitantes aqui, talvez o jogo de tabuleiro faça mais sentido. Eu acho que a proposta do Camel Up Cards era de ter um jogo com mais controle e menos aleatoriedade, pois você vê as cartas que movem os camelos, escolhe elas e define alguns dos movimentos que vão acontecer. Entretanto, a ordem é extremamente relevante nesse jogo e você não controla isso (um pouco, já que tem uma carta na mão). Então, não faço ideia do motivo real da gente escolher as cartas. Você até tem uma noção mínima do que vai sair, mas pode ser bem frustrante por conta da ilusão de controle que isso dá. Digamos, por exemplo, que eu botei lá no baralho dois movimento de 2 para um camelo que quero. Só que aí, antes de sair essas cartas, sai uma carta que deixa ele embaixo de todo mundo. E aí quando ele se move, ele leva todos junto. Adiantou nada. Acho que o Camel Up de tabuleiro deve ser menos ilusório, é dado mesmo e vai ser zoneado mesmo. hehehehe Não sei, mas estou curioso para conhecer. Em todo caso, até gostei de conhecer Camel Up Cards, é divertido apostar e rende umas risadas. Só que preciso destacar um problema grave: o jogo tem camelos verdes e laranjas. Nas peças de madeira é relativamente ok, até porque mesmo sem saber é só perguntar as cores. Mas nas cartas eu não consigo distinguir muito bem e, para completar, você perguntar para um oponente é dar muita informação já que o segredo de suas cartas é algo bem relevante para o jogo. Espero que a versão de tabuleiro não tenha o mesmo problema.
016. Catch the Moon (2017)
Jogado em 10/02/2023 com 2 jogadores.
Primeiro jogo que conheci no Spa. Sim, Fevereiro teve Spa dos Jogos, lá em Campina Grande. Comecei devargazinho, com jogos leves, pois dava tempo de ler as regras e jogar na mesma hora. Imagino que esse jogo seja bem melhor com mais jogadores, mas em todo caso não gostei. Na verdade, eu esperava bem mais. As escadas são extremamente leves e a parte do balanceamento não empolga. Achei difícil entender o funcionamento da estrutura em si e, por conta disso, não consegui fazer muita coisa. Joguei uma segunda vez para ver se adiantava (variante cooperativa) e não conseguimos fazer nenhum ponto. Acho que minha ruindade excessiva me impediu de gostar do jogo, pois é bem frustrante derrubar coisas várias rodadas.
017. Bären Stark (2002)
Jogado em 10/02/2023 com 3 jogadores.
Coincidentemente, anos atrás, eu vi um vídeo do Zee Garcia sobre esse jogo e fiquei interessado em jogar. Nunca imaginei que iria acontecer, mas olha o joguinho no Spa. O jogo é extremamente simples, mas bem legal o elemento de balanceamento dele. Tem bastante aleatoriedade, em quanto você precisará mover seu personagem, mas é esperado em jogo de criança. Rimos bastante nesse, especialmente quando a pilha de mel é derrubada quando ninguém acha que vai acontecer.
018. Pack & Stack (2008)
Jogado em 10/02/2023 comjogadores.
Nesse momento pessoal já começou a aparecer para jogar e tivemos essa mesona com 6 pessoas. Eu já tinha visto esse jogo sendo jogado, mas não sabia exatamente a dinâmica. Inicialmente, você rola uns dados coloridos para definir a quantidade de peças de cada tamanho que você pega. As brancas tem tamanho 1 é um cubo, as cinzas tem tamanho 2 e é equivalente a 2 cubos grudados lado a lado e assim por diante, até o roxo que é equivalente a 5 cubos. A ideia é você preencher seu carrinho que tem um limite de altura com essas peças do jeito que achar melhor, elas deitadas ou em pé. Gostei da ideia e do puzzle. Só que aí, tem uma fase bem importante que é a escolha do caminhão que é em tempo real. Pronto, aí lascou tudo. Na primeira rodada peguei uma escondida e deu certo. Em outras rodadas peguei escolhendo e deu errado. É um jogo para jogar totalmente descompromissado, pois é bem caótico. Em todo caso, eu gostei. Não compraria nunca, mas acho que jogaria em outras ocasiões.
019. Gloobz (2014)
Jogado em 10/02/2023 com 3 jogadores.
Jogo no estilo Dobble. Em resumo, no seu turno, você diz “mais” ou “menos” revela uma carta e os jogadores precisam pegar as miniaturas que mais ou menos aparecem, de acordo com a definição inicial. Bem simples e direto. E, sendo bem simples e direto: não gostei. Eu simplesmente não consigo identificar os monstros em tempo hábil e ainda mais contar. Os monstros são parecidos e no desenho ficam mais ainda. Esses jogos de reação não são para mim, sou lerdo para essas coisas. Tempo real, ok (e até gosto). Reação, not ok (e acho cansativo).
020. Push a Monster (2015)
Jogado em 10/02/2023 com 4 jogadores.
Mais um joguinho de cliancinha. hehehehe. Eu gosto de conhecer jogos assim, queria algum dia publicar um jogo de Destreza, mas me parece difícil. Tenho três prontos, mas acho que ainda é um nicho pouco explorado aqui no Brasil. Esse Push a Monster é basicamente um jogo de empurrar peças dentro de uma superfície sem derrubar o que já tem. Ideia bem simples mas que funciona e é legal. Existe tensão, existem momentos engraçados e existem surpresas. Gostei, mas como todo jogo de Destreza mais bobinho, duvido que eu compraria, pois enjoaria rápido. Em todo caso, vale a pena conhecer.
021. Living Forest (2021)
Jogado em 10/02/2023 com 4 jogadores.
Depois de tantos jogos levinhos, primeiro jogo mais sério. Entretanto, ainda assim leve. Living Forest é um Deck Building que ganhou o Kennerspiel desse ano que passou. Não gostei. Não chega a ser um Deck Building puro, pois tem um aspecto Push Your Luck, mas que é meio bobo. É mais um limitador do jogo do que uma oportunidade para pressionar sua sorte. Tem umas fortes possibilidades de dar umas porradinhas no líder, roubando umas peças lá que ajudam o jogador a vencer. Não nego que o jogo tem umas ideias boas, mas achei que também tem muita execução ruim. Estranhíssimo esse jogo ganhar premiação tão renomada. Tá bom que não costumo gostar dos jogos que ganham esses prêmios, mas esse eu nem entendi o apelo… Será a arte? O jogo é bonito.
022. Crazy Tower (2020)
Jogado em 10/02/2023 com 4 jogadores.
E voltamos aos jogos levinhos e bobinhos. Em Crazy Tower os jogadores estão tentando se livrar de todas as suas peças (poliominós) colocando-as na torre que vai aumentando. Apesar da estrutura parece Jenga, o jogo não parece Jenga. As possibilidades de derrubar a torre são bem remotas ou a gente simplesmente não investiu muito nessa possibilidade. Achei o jogo caótico e muito dependente de sorte. Você não toma lá muitas decisões. Em todo caso, é rápido e indolor. Jogaria novamente sem grandes problemas.

Muitos jogos mesmo esse mês, graças ao Spa dos Jogos, claro. Restinho você vai conhecer na próxima semana. Até lá.

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