Chegou o momento de fortes emoções. Você tem seu projeto amado, nutrido e com bastante tempo investido, mas ele não é viável. Como deixá-lo de lado? Como abandonar sua criação ao relento? Para sua sorte, você já está criando vários jogos (vide Lição #12). Então, essa lição será fichinha.
Playtest com Amigos
Depois de tirar os maiores problemas do seu jogo no Playtest Solo, chegou o momento de apresentar seu jogo aos amiguinhos. Ou não… Afinal, se existe uma etapa que muitos chamam de opcional, seria essa. Eu nunca pulei, mas já vi muitos recomendando ignorar a opinião dos amigos, pois nunca receberá um feedback honesto. Eu discordo, em partes. Vamos lá.
Lição #12: Crie vários jogos simultaneamente
Essa lição pode parecer estranha a priori. Tenho um amigo que reclama quando começo a criar um novo jogo, o principal motivo é: “Você criando tantos jogos não vai conseguir terminar nenhum”. Eu entendo a preocupação dele e o raciocínio que o fez chegar a essa conclusão, mas eu discordo e hoje explico o porquê.
Playtest Solo
Aqui está a primeira postagem da coluna Testando Jogando. Chegamos ao primeiro estágio de Playtest. Você já passou por algumas etapas para chegar aqui. Você já teve sua ideia de jogo, você já elaborou as mecânicas de jogo, você já até preparou o protótipo do seu jogo. Agora chegou a hora da verdade: botar seu jogo na mesa. Mas não se preocupe tanto, nesse estágio você não vai passar vergonha, ao menos não na frente de ninguém.
Lição #11: Tenha um escopo
Não sei com vocês, mas comigo é muito comum (ou era, espero ter aprendido) eu ter um conceito de um jogo e começar a anotar as ideias. As ideias vão crescendo e você vai pensando em várias mecânicas interessantes, sistemas interagindo entre si, um tema legal bem implementado. Até esse momento você deve estar pensando: “Esse Roberto quer me enrolar, já falou para eu simplificar o jogo e agora vai repetir a mesma Lição? Blog tem nem 2 meses de vida e já ta reciclando material?”. Calma jovem, a Lição de hoje é mais importante do que a Lição #8. Aguarde e confie…
Lição #10: Não perca tempo com gráficos
Faz um bom tempo que eu uso Photoshop, acredito que mais de 10 anos… Sempre gostei de manipular imagens para minhas campanhas de RPG, seja editar alguns detalhes de uma imagem de personagem ou criar mapas. É possível fazer muita coisa com um editor de imagens, especialmente quando você está familiarizado com o programa. Sendo que Photoshop não é a melhor ferramenta para criar e modificar repetidas vezes, especialmente formas e texto. Ao menos, com meu conhecimento limitado, eu não acho que seja.
Lição #9: Participe de eventos
Todo mundo sabe que seu jogo precisa ser testado. Precisa ser testado por você, por seus amigos e por desconhecidos. Provavelmente farei uns textos mais aprofundados abordando os processos de playtesting. Se gostar dessa ideia, me avise nos comentários. Enquanto não faço isso, deixo essa lição bastante importante.
Lição #8: Sempre simplifique
Não sei vocês, mas eu tinha uma mania feia de corrigir problemas adicionando novas mecânicas. Com o tempo, acho que aprendi o suficiente para evitar adicionar. Sendo que na época de C3X, eu adicionava sem dó, eram novos componentes, novas mecânicas, variantes, e até fases inteiras novas, eu estava imparável! O pior não era isso, eu achava que estava sendo muito esperto com tudo aquilo.
Lição #7: Comece pequeno
Uma situação bastante comum de quem começa a criar um jogo é tentar criar o jogo do sonhos. Com um tema bem massa, com mecânicas sensacionais, com algo bem temático e grande. Muitas peças, muitas estratégias, muito tudo. Vamos com calma…
Lição #6: Pesquise jogos similares ao seu
Passado o Rogue’s Quest, estamos agora na minha segunda tentativa de criação: C3X. Com ele, apliquei alguns dos aprendizados e errei mais algumas vezes, aprendendo mais. Inicialmente, C3X foi inspirado em RoboRally. Escolhi esse caminho pensando na Lição #3, para evitar o maior motivo do abandono de Rogue’s Quest.