Retrospectiva 2020

Mais um ano se passou e cá estou eu novamente para falar como foi 2020. Se você está lendo isso no Instagram, é bom alertá-lo que essa retrospectiva é para revisitar o ano que passou do ponto de vista do blog, minha atividade extracurricular de Game Designer e envolvimento com os jogos de tabuleiro de modo geral. Então, não é sobre o mundo. Simbora?

Vou começar logo com a parte ruim. Sim, COVID-19 foi terrível. Do ponto de vista das atividades aqui no blog não afetou muito, pois é tudo virtual. Obvio. Entretanto, nesse ano eu tinha duas viagens planejadas para eventos. A clássica ida ao Spa dos Jogos, que seria em Natal; e, finalmente, eu iria pela primeira vez para o Diversão Offline, que faria sua 5ª edição esse ano. Infelizmente, nada disso aconteceu. Tudo foi cancelado.

Último jogo do ano conhecido pessoalmente com outros seres humanos.

Claro que com a pandemia, também ficou impossível jogar. Ao menos para quem seguiu a quarentena como eu. Minha última partida presencial foi 15 de Março com um grupo que eu conheci recentemente. Estávamos jogando a campanha de Seafall (olhaí, COVID poupando tragédias) e toda vez que nos reuníamos eu apresentava um jogo novo a eles, pois são completamente iniciantes no hobby. Sim, eu sei, Seafall não é o melhor lugar para começar, mas era o jogo que fez o grupo se juntar, pois foi o jogo comprado por um deles na doida. Então, com a quarentena eu joguei apenas quatro vezes online. Sim, quatro jogatinas em nove meses e meio. Sou desses que prefere não jogar do que jogar online.

Consequentemente, não consegui cumprir o Desafio 100N, mas não sem antes dar uma tentativa em jogatinas solo. Conheci 25 jogos assim. Se você me conhece, sabe que foi um sacrifício. Nesse ano tive a oportunidade excepcional de jogar solo, jogar online e jogar solo online (em aplicativos). Sim, o negócio foi ruim mesmo.

Bom, agora vamos sair do reinado obscuro das doenças. Que tal uns números? Afinal, depois de dois anos crescendo (2018 e 2019) nas visualizações, eu imaginei que teríamos a primeira queda e, de fato, tivemos. Ano passado foram 11455 visitações, enquanto que agora tivemos apenas 10695. É um pouco chato ver essa queda, mas não me abala muito por eu conhecer a razão principal: encerramento da Revista Vempramesa. Ela, sozinha, rendia 1,5 mil visualizações (tanto em 2018 como em 2019). Então, não parece ser um problema tão grande assim. Acredito que em 2021 isso volta a crescer. Aparentemente também não tivemos, esse ano, nenhuma publicação que se destacou. Sendo a postagem sobre Balanceamento Matemático a mais vista, ficando atrás de várias clássicas que continuam firmes e fortes por vários anos.

Pelo visto meus planos, citados na Retrospectiva de 2019, não surtiram efeito. Vejamos alguns deles:

Um estilo de postagem que foi bem popular nos anos passados foram os Top 5 dos Game Designers. Eu pensei em revisitar ou trazer novos designers. Por conta da COVID-19, não rolou. Afinal, preciso conhecer mais jogos para revisitar ou até para conseguir construir uma lista de outros autores. Entretanto, elaborei uma opção similar, o Desafio 5×3. Nada mais é do que o Top, Bottom e Want de uma determinada categoria. Esta ficou sendo a postagem desse ano sobre Board Games de modo geral, junto com o Desafio 100N. Fiz sete deles: Jogos Cooperativos, Jogos de Destreza, Jogos Abstratos, Jogos Licenciados, Jogos Solo, Vencedores do Spiel des Jahres e Jogos Worker Placement. Nem de longe essas postagens tiveram o impacto das sobre Game Designers. Minha nova ideia para 2021? Mesclar os dois. Assim, consigo revisitar os Game Designers, mas com um formato um pouco diferente. Pensando também em reduzir para Desafio 3×3, pois cinco (ou melhor quinze) termina sendo jogos demais em alguns casos. As postagens também costumam ficar bem longas, talvez algo mais curto seja menos cansativo.

Outro plano era ampliar meu Top 30 para um Top 50. Eu não iria fazer isso em 2020, mas achei que 2021 fosse o ano para isso. Entretanto, como conheci tão poucos jogos em 2020, acho que vou postergar essa ideia por mais um ano. Também comentei sobre retomar a coluna Aprendendo Errando. Ainda não consegui, mas já foi um avanço. Em 2019 foram apenas 4 Lições, mas agora em 2020 foram 6 Lições. Algumas bem úteis, outras nem tanto. Ainda não fechei as 50 Lições, mas é certeza que em 2021 chego nessa quantidade. Afinal, só falta a própria Lição #50. Talvez seja o caso de aposentar as Lições? Estou com um mau pressentimento sobre o rumo das partes de Game Design aqui no blog. Tá sendo cada vez mais difícil de manter. Basicamente, Pinheiro Diário tem segurado, mas o alcance dessas postagens são bem pequenos. Acho que em um futuro não muito distante, teremos apenas postagens do Diário de mim mesmo para mim mesmo.

Mas o que teve de novo que eu nem previ? Bom, eu atualizei o tema do blog. Isso acarretou em umas mudanças boas. Agora tenho um Portfólio com os meus projetos e também um e-commerce. Publiquei Regicida de forma totalmente independente. De longe, o maior feito desse ano. Tudo bem que foram apenas 27 cópias vendidas na pré-venda. Aguardando o mundo normalizar (ou melhor, o Brasil) para voltar aos eventos e ter contato com pessoas para vender o jogo de uma maneira mais normal. A publicação de Regicida também me rendeu uma saga em formato de Diário do Designer. Até agora com 6 partes e ainda não chegou ao fim.

Além disso, participei de uma Game Jam (primeira e provavelmente última). Participei de um Concurso da Button Shy (primeiro e provavelmente último).  Então, terminou que nesse ano criei exatamente dois jogos: Alien Alarm e The Two Builders. Justamente por conta dessas duas aventuras. Então, no final das contas até que valeu a pena participar.

Ah, quase esqueço. Eu fiquei de entrar no Instagram e entrei. Passei boa parte do ano colocando as postagens antigas usando uma arte nova. Fiz isso apenas com as sobre Game Design. Se não ia ser demais. Sinceramente, não sei se valeu a pena. Os acessos de pessoas vindas do Facebook é quatro vezes maior do que pelo Instagram. O negócio é que a diferença (de trabalho), entre postar apenas no Facebook e em ambos é mínima. Então, continuarei, mesmo parecendo não valer a pena. O que irei parar de fazer é insistir nas postagens extras que eu tenho colocado no Instagram: frases de Game Designers, definições do Glossário e os jogos conhecidos pelo Desafio 100N. Deram um trabalhinho e não acho que rendem muita coisa. Na verdade, toda a ideia de algoritmo e alcance é um saco e eu não tenho a menor paciência de trabalhar nisso. Então, vou me ater às postagens semanais e pronto. Vai prestar ou servir? Não faço ideia, mas preciso colocar essas postagens em pelo menos algum lugar além daqui.

É isso. Fecho essa retrospectiva ressaltando meu pouco entusiasmo em 2020. Afinal, foi um ano bem ruim em vários aspectos. Trancado desde março e sem perspectiva boas para 2021. Em todo caso, desejo para todos vocês que 2021 seja um ano menos pior que esse.

2 Comments

  1. Philipp Totó
    1 de janeiro de 2021

    Feliz ano novo, Roberto. Mesmo que esse 2020 tenha sido ruim, você não deixou a peteca cair e continuou produzindo conteúdo. Sou grato por isso porque sempre aprendo bastante por aqui. Mais uma vez, fica aqui meu muito obrigado. 2020, para mim, me deu a oportunidade de me aventurar como Game Designer, e com a ajuda aqui do blog, consegui criar 2 jogos. Veremos o que esse novo ano nos trará.
    Grande abraço.

    Responder
    1. Roberto
      2 de janeiro de 2021

      Obrigado pelo comentário, Totó. Sempre é um prazer poder contribuir. 😉 Abração.

      Responder

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