Desafio x3 – Jogos de 2009

Depois de 2008 com Space Alert e Dixit, talvez você ache que 2009 não poderia ser melhor. Sinceramente, eu diria que é um empate técnico? Bom, não importa, foi mais um ano excelente. Saímos dos 31 jogos de 2008 para…

Jogos de 2009: 36 jogos

Aumento tranquilo e cadenciado. Mas quais são as maravilhas de 2009? Uma delas quase que perco, pois registrei minhas partidas e a porra toda numa caixa que só foi lançada em 2011. Entretanto, o jogo em si foi lançado em 2009 sim. Já falei bastante por aqui, fiz até uma resenha recentemente sobre o jogo. Já falei dele na Vem Pra Mesa. Acho que foi o único jogo que joguei campeonatos. Sim, não gosto, mas a comunidade era bem tranquila e o jogo muito bom. Engraçado é eu fazendo esse drama todo e a foto do jogo estar aí do lado. Vou fazer o seguinte então, vou deletar a foto. Assim a brincadeira tem alguma graça e você pode tentar adivinhar qual é…

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Summoner Wars! O único jogo no estilo Card Game competitivo que realmente achei bom. Depois de todo esse preambulo não vou falar muito mais do jogo não, foram 200+ partidas com muitas memórias. Desde uma vitória no 1º turno (sim, um absurdo dos Orcs da Tundra ativando Fúria eternamente), claro que não foi minha, minha sorte não me permite tirar tantos 6’s seguidos; até viradas incríveis e partidas de resultado incerto até os últimos instantes. Talvez essa última frase não faz sentido, mas acho que dá para captar a essência. Minha facção favorita são os Jungle Elves, mas gosto bastante também dos Shadow Elves. As duas são facções ágeis e que usam o elemento da surpresa. Eu queria gostar mais dos Cloaks, que é a facção dos Ladinos, mas não bateu tão bem comigo, apesar de gostar também. Na verdade, gosto de grande parte das 16 facções originais do jogo. Eu só excluiria dessa lista: Guild Dwarves, por sua extrema apelação e falta de foco, o Second Summoner da facção melhora isso completamente; The Filths, uma facção só com as regras diferentes? Acho que tira a elegância do jogo. Desnecessário. Mercenaries, entendo o propósito dos mercenários, mas não precisa de uma facção. Swamp Orcs, por causa das Vine Walls é a facção com maior desvio padrão no balanceamento, o que para mim não é legal. O mais engraçado é que para você que não conhece o jogo esse paragrafo ficou uma bosta. Acho que me empolguei nas divagações, vamos seguir.

E o segundo jogo? Um dos meus Euro Games prediletos: Hansa Teutotica. Gosto tanto desse jogo que sempre tenho a curiosidade de ver outros jogos do Andreas Steding, em busca de uma outra joia. Hansa Teutonica tem interação de uma qualidade absurda, você ataca o jogador mas os dois se divertem disso… Tanto o que apanhou quanto o que deu. É engraçado. Se brincar, quem apanhou até gosta mais… Será um jogo masoquista? A variedade de estratégias também é algo a ser explorado, me parece que tudo é viável. Alguns podem dizer que não, que algumas estratégias são mais fortes que as outras, mas provavelmente não cavaram o jogo bem o suficiente. Ou só não tiveram alguém que soubesse desenrolar aquela estratégia. Acho massa investir na movimentação, acho massa investir nos controles, acho massa investir em várias coisas… É um feito enorme para um jogo conseguir ter várias estratégias e elas serem igualmente interessantes. Hansa Teutonica tem isso. O jogo é o mesmo, o mapa é o mesmo, não existe assimetria inicial, mas de alguma maneira o jogo me faz querer voltar para testar algo diferente. Isso comprovadamente demonstra a qualidade do jogo: quando a rejogabilidade dele vai além de variações de Setup. Vai da interação com os outros jogadores.

Um outro jogo que gostaria de destacar é Havana. Não é tão bom quanto os anteriores, ao menos para mim, mas é um bom jogo e com boas sacadas de gerenciamento de mão e recursos. Ra: The Dice Game é provavelmente o melhor jogo com a mecânica de Yahtzee implementada, sim, não podia deixar de falar de algum jogo do Knizia. Carson City é um que gostei muito no começo, mas aqui realmente existe estratégia vencedora. Não tenho provas (ou tenho, já que joguei várias vezes) mas tenho convicção. E queria também falar de Claustrophobia, que joguei apenas uma vez, mas queria jogar mais vezes. Você tem? Me chama pra jogar… Telestrations também é desse ano, mas eu registrei minhas partidas tudo como Eat Poop You Cat. Talvez você conheça esse jogo pelo jogo online Gartic Phone.

E jogos ruins? Posso destacar o jogo que me inspirou a criar meu primeiro jogo: Rogue’s Quest. Chama-se Sneaking Mission: Solo. Não foi de todo mal conhecê-lo, mas é ruim. Tão ruim quanto seu derivado (minha cria). Do lado oposto ao Summoner Wars, temos um LCG lançado nesse ano que joguei relativamente bastante (24 partidas): Warhammer: Invasion. Ele tem o velho problema dos Card Games: eu crio um Deck para vencer do seu e você depois cria um Deck para vencer de mim e fica nesse ciclo eterno de donzelice. Para quem desconhece esse fenômeno, é o vulgo Metagame tanto falado no Magic e outros Card Games competitivos.

Não poderia deixar de citar nesse aglomerado de desgraças um com história engraçada… Small World. Joguei pela primeira vez em 2013 e venci. Esse segundo fato parece irrelevante, mas como estou xingando o jogo, é importante que dizer que não tomei nenhuma surra. Bom, odiei. O jogo é de Controle de Área, bem básico, sem sal nenhum. As habilidades especiais dão alguma diversidade, mas, sinceramente, não contribuiu o suficiente para deixar o jogo bom. Se você não sabe, Small World é um remake de um jogo de 1999 chamado Vinci. A Editora só botou uma temática de fantasia, uns componentes foda, acho que criaram uns poderes novos e mudaram algumas mecânicas. A velha purpurina para enfeitar merda. O negócio… É que eles fizeram um trabalho bem feito mesmo, pois até eu me convenci que o jogo era legal, só não tinha me agradado. Resultado? Um amigo me pediu recomendações de jogos e eu recomendei Small World. Afinal, o jogo era um sucesso, na mesa que joguei pelo visto só eu achei terrível. Então, achei que ia agradar ao coleguinha. Deu erradíssimo. Nessa época os jogos eram difíceis de serem adquiridos, meu amigo parece que pediu para a irmã trazer de fora, ocupou espaço na mala a porra toda… Para… Jogar aquela bosta. O grupo dele odiou também. Lição? Nunca mais recomendo algo que eu não gostei. Atençao: lançaram Small World of Warcraft, ambientado no universo famosão. Digo logo: é cilada, Bino!

Passado as tranqueiras… Tem alguns jogos de 2009 que eu ainda queria conhecer. Tem um jogo bem bobinho de fazer palavras chamado Word on the Street. Eu queria que tivessem mais Word Games aqui no Brasil, acho que é um estilo que me agrada. Tem um Euro Game da época que eu me interessei e desinteressei várias vezes: Egizia, mais um desses que relançaram recentemente (2019). Outro Euro é o Finca e mais um nessa linha que eu queria também conhecer é o polêmico Vasco da Gama, jogo que um Youtuber famoso jogou do telhado de tão ruim que achou. Duvido ser tão ruim assim… Stronghold é um desses jogos que já quase comprei uma reca de vezes, mas sempre desisto por ser muito grande, complexo e caro para um jogo de apenas 2 jogadores. Quantas vezes ia levar ele pra mesa, né mesmo? Se você tem e não tem com quem jogar… Tamos ae também.

Pronto, taí 2009. O empate técnico com 2008. 2010 estará a altura?

2 Comments

  1. Philipp Totó
    9 de julho de 2021

    Eita que só ouço falar bem do Hansa Teutonica. Espero que com esse reprint de agora eu consiga jogar ele.
    Quanto à indicação do small world pro coleguinha e ter dado todo o rolo, foi osso! Rsrsrs mas acontece, fazer o quê. Tomara que você não precise de indicação do coleguinha e ele se vingue rsrsrs.

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    1. Roberto
      10 de julho de 2021

      Notícia ótima trazerem pro Brasil, ainda mais com as expansões tudo.

      hehehheeh Não precisa se vingarem não. Eu já me auto-saboto comprando jogo ruim à rodo… (bom, agora que tá mais difícil fazer a rotatividade tou menos).

      Responder

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