Chegamos no meio do ano. Será que cheguei nos 50 jogos? ha ha ha…
035. Massive Darkness (2017) Jogado em 01/06/2022 com 6 jogadores. Não sou fã de Dungeon Crawlers, mas apareceu a oportunidade deconhecer jogo novo, eu topo praticamente tudo. Massive Darkness é meio que um clone de Zombicide, só que com mais personalização de personagem. Nada de muito novo por aqui, se você gosta do estilo, vai gostar; se não, não vai. Odiei o sistema de combate, é daqueles que rola tanto defesa quanto ataque e os dados tem face com valor zero, coisa que eleva demais o fator sorte do jogo. Você pode morrer com uma porrada ou tomar nenhum dano com aquela mesma porrada. Lembro que cometi essa mesma gafe no meu jogo C3X e toda vez que me deparo em um jogo publicado me pergunto: como deixam passar essas coisas? |
036. Distrito 6 (2022) Jogado em 03/06/2022 com 2 jogadores. Na verdade, joguei mais de uma partida nesse mês e te falar um negócio: que orgulho de mim mesmo. Serião. Distrito 6 é o tipo de jogo que eu sempre quis criar quando comecei a criar jogos lá em 2011 e sempre tive medo. Medo, pois eu sempre admirei os Euro Games. Medo, pois sempre me pareceu que era dificílimo balancear e ajustar o jogo. Medo, pois achei que criar jogos simples era mais de boas. Me enganei. Tá aí o jogo pronto, publicado e jogar ele anos depois de ter finalizado é muito legal. Eu relembrei várias decisões de Game Design que tomei ao jogar as partidas agora com o produto final em mãos. Ao contrário de Regicida, não tem nada que me incomoda aqui mecanicamente. Dava para o jogo ser melhor? Sempre dá, mas estou realmente feliz com o resultado final. A satisfação de bloquear um oponente, a satisfação de conseguir fazer seus planos funcionarem, a satisfação de queimar a mufa a cada rodada… Tá tudo aqui. Bom, ao menos eu senti isso. Claramente não é um jogo complexo, mas fica naquele nível de complexidade que eu curto. Minha única reclamação vai para os componentes: achei a gramatura das cartas baixa, mas nada que sleeves não ajudem. Em compensação o tabuleiro está excelente, a caixa bem robusta e a arte atrativa. Vai ser bem suspeito eu dizer isso, mas é meu jogo nacional predileto. |
037. Kariba (2010) Jogado em 05/06/2022 com 4 jogadores. Sempre fico curioso de conhecer algum Card Game do Reiner Knizia. Eles costumam ser simples, mas com uma camada escondida que requer uma certa desenvoltura do jogador. Kariba me pareceu ter isso, mas ao jogar achei que não. É um jogo que os jogadores tem uma extrema influência no seu vizinho, seja dando pontos demais ou dando pontos de menos. Então, estar a esquerda de um bom jogador pode ser bem sofrido, assim como estar a esquerda de um péssimo jogador vai ser bem fácil. Consegui jogar com todas as quantidades de jogadores e, claramente, quanto menos, melhor. Com 2 jogadores é possível você se programar e fazer jogadas inteligentes. Com 3 ou 4 é muito do que está acontecendo na mesa e da bobeira de algum oponente. Bom, a principal vantagem é que uma partida dura menos de 15 minutos, tem um fluxo muito bom. Então, por enquanto devo manter. |
038. Reykholt (2018) Jogado em 05/06/2022 com 4 jogadores. Joguinho do sempre fazendeiro Uwe Rosenberg. Em Reykholt estamos plantando, colhendo e servindo mesas com vegetais. Tema morgadíssimo, mas que não me atrapalha. Afinal é um Euro Game. Não achei o jogo terrível, mas entendi o motivo de sua promoção: ele é morgadíssimo. Sim, usei essa palavra duas vezes para demonstrar o quão sem graça o jogo é. Não há tensão. A disputa pelos espaços de alocação é bem sem graça. A ordem do jogador influencia de maneira bem grande na partida, fazendo até os jogadores vencerem a partida ou não por conta disso. Como estou com o jogo mesmo, resolvi testar o modo solo. Não gosto muito, mas esse jogo é meio que completamente determinístico. A campanha insere uma aleatoriedade com Cartas de Evento, mas o impacto é ínfimo. Esse vai ser vendido, certeza. Alias, não sei se vão comprar, mas que tentarei vender, tentarei. |
039. A Tale of Pirates (2017) Jogado em 11/06/2022 com 4 jogadores. Jogo cooperativo e em tempo real? Opa, tamos aqui. A Tale of Pirates faz um esquema um pouco diferente, que usa ampulhetas para definir o tempo das ações. Então, é um tempo real meio soft, pois não tem tanto caos assim. O que é uma vantagem, o jogo fica um pouco mais palatável para os novatos e, talvez, quem não curta tanto o gênero até ache tranquilo jogar. Até o momento joguei 2 capítulos. O primeiro foi meio sem graça, mas apertado para vencer. O segundo perdemos e achei mais interessante. O chato é que perdemos pelo mero acaso (novamente aquele problema de algo escondido que dá 0, 1 ou 2)… Dá até uma tristeza ver essas mecânicas num jogo. Bom, pelo menos é cooperativo e o impacto é suavizado, mas ainda assim perceptível. Pretendo jogar todos os capítulos, mas imagino que depois disso realmente não me reste muita vontade de jogar não. |
040. Tail Feathers (2015) Jogado em 12/06/2022 com 2 jogadores. Esse jogo é o filho de X-Wing com Mice & Mystics, dois jogos que não vejo a menor graça. E tá aqui por qual razão? É, né… Contar mais um jogo e também peguei na Math Trade esse bagulho. O bom é que ele consegue ser pior que ambos os jogos. Pior que X-Wing, pois a quantidade de regras, exceções e confusão é muito maior aqui. Pior que Mice & Mystics, pois novamente a confusão atrapalha bastante o desenrolar do jogo, deixando-o travado. E mesmo o jogo funcionando bem e sem engasgues nas regras, ele tem vários problemas de você bater nas miniaturas, derrubá-las, não conseguir botar direito na mesa uma perto da outra, uma zona. Talvez, se você gostar de algum dos descendentes, você até consiga extrair algo daqui. Afinal, é um jogo com bastante conteúdo, mas pra mim não deu. Não gostei e nem quero ver novamente. |
041. Unlock! Heroic Adventures (2018) Jogado em 17/06/2022 com 2 jogadores. Depois de jogar alguns jogos estilo Escape Rooms, finalmente chegou a vez de Unlock! Joguei o Tutorial, que nem conta mesmo, e a primeira aventura dessa caixa da foto. Gostei, o jogo é animadinho. Não é cansativo como o Escape Tales e nem “impossível” como o Exit. Tudo bem que posso ter errado com o Exit, ao pegar um de dificuldade avançada já de primeira e também ao tentar jogar solo. Em Unlock uma caixa só tem várias aventuras e, no caso desta, tem níveis de dificuldade incrementais. O que pode ter feito a experiência ser mais satisfatória. E também não joguei sozinho, é sempre bom ter pelo menos mais um par de olhos e, reza lenda, que duas cabeças pensam melhor que uma. A única desvantagem aqui é até à favor do jogo: o tempo. Bom, ao menos nessa primeira aventura foi… Não sei como será nas outras, mas conseguir vencer com o tempo apertadinho da uma sensação de vitória boa. |
042. Ragusa (2019) Jogado em 19/06/2022 com 4 jogadores. Jogo estranho. Ragusa é um Worker Placement meio diferente, pois você “aloca” umas casas e elas ficam fixadas a partida inteira. Mas não é isso que é estranho, é um jogo com relativamente poucas regras, mas que gera uma confusão e estranheza nas pessoas que jogam, especialmente pela regra de pré-requisito de construção (madeira ou pedra, dependendo de onde você quer botar a sua casa). Eu vi pessoas chamando o jogo de elegante e eu não acho. Ter poucas regras não é sinônimo disso necessariamente, especialmente se você pode se perder com o que está acontecendo no seu turno. Isso não é ser elegante, é ser confuso. Eu, sinceramente, nao saquei muito se gostei ou não do jogo, me deu uma impressão fortíssima de ser um jogo bem similar entre partidas. Preciso jogar mais alguma vez para ter uma noção melhor, mas a priori eu venderia/trocaria, viu? |
043. Amigos de Merda (2019) Jogado em 25/06/2022 com 7 jogadores. Quase não é um jogo isso aqui. É muito mais uma atividade ou algo para quebrar o gelo. Sendo que não é lá muito sadio. Basicamente é um jogo de apontar dedo no amiguinho sobre coisas estranhas ou erradas mesmo. Dependendo do grupo, acho que pode dar briga ou, no mínimo, alguém sair meio chateado. Admito que teve alguns momentos engraçados, mas de modo geral a risada é meio forçada. Joguei logo três vezes no mesmo dia pra quase todas as cartas do jogo, não sei se jogarei novamente. Mas eu fico meio embasbacado trazerem um jogo desse e, pior ainda, terem publicado recentemente o Amigos de Merda 2. Termina que quem se sente um merda devem ser os Game Designers (eu incluído) que tem uma dificuldade tremenda para conseguir alguma publicação por Editora, mas um jogo desse ganha uma sequência. |
044. Ticket to Ride New York (2018) Jogado em 26/06/2022 com 3 jogadores. Acho que fizeram o Ticket to Ride que eu sempre quis: rápido e indolor. E olhe que eu nem sabia que queria ou que iria achar interessante. Eu nunca gostei muito de Ticket to Ride, pois é um jogo muito leve e com umas decisões meio sem graça. A duração dele nunca me convenceu muito. Essa versão veio justamente para deixar o jogo bem curtinho e, consequentemente, fazendo mais sentido. Bom, ao menos para mim. Não sei se funciona bem para 4 jogadores, imagino que não, já que o mapa é muito apertado, mas a partida com 3 jogadores fluiu muito bem em menos de 30 minutos e com todo mundo cumprindo quase todos os objetivos. |
045. Victorian Masterminds (2019) Jogado em 26/06/2022 com 3 jogadores. Esse foi um dos que peguei na Math Trade mas consegui jogar outra cópia (a minha veio lacrada). Eu achei que o jogo ia ser bem ruim, sabe como é: jogo em promoção, criado por Antoine Bauza e Eric Lang e da Cool Mini or Not. Entretanto, o jogo me surpreendeu. Não é jogão, mas é legal. O fluxo é bom, existe algumas possibilidade de AP mas nada demais, várias maneiras de pontuar e um tema relativamente diferente e interessante. Infelizmente, provavelmente culpa do Bauza, o jogo é bem desbalanceado. Quando digo bem, é bem mesmo. Os jogadores são assimétricos com suas máquinas do mal, tendo habilidades especiais diferentes. Achei a minha muito mais forte que a dos demais, em especial de um jogador que era bem bostinha. E, por conta desse desbalanceamento grande, não vou manter o jogo. Bom, sequer deslacrar. |
046. Architectura (2018) Jogado em 26/06/2022 com 3 jogadores. A introdução do jogo foi meio ruim: tem bastante Take That. Isso me assustou um pouco, mas acho que foi bom pro jogo, pois não achei tanto assim. Talvez a mesa tenha sido boazinha? Não sei. O maior problema, para mim, foi o jogo ser simplesmente sem sal mesmo. Vai jogando umas cartinhas com efeito, nada muito interessante acontece, você tenta aumentar seu ponto e diminuir o dos outros. Pouca margem para jogadas interessantes, uma boa possibilidade para Analysis Paralysis simplesmente devido a não ter boas opções para jogar e tentar escolher a menos pior. Se você não conhece, não recomendo ir atrás não. |
Pois é, até que o ritmo tá bom, hein? Faltando só quatro joguinhos para chegar na metade esperada pelo mês corrente. Então, a esperança permanece! Esse ano estou praticamente certo que vou fechar os 100 novamente.