Pelo visto o Sábado passado foi agitado, pois hoje continuo falando sobre ele. Se você perdeu as novidades, no Sábado foi anunciado o ArkMago no UAIBG e também aconteceu um evento em João Pessoa chamado Espaço Criativo. Infelizmente eu não estive no UAIBG, mas participei do Espaço Criativo e resolvi escrever um pouquinho sobre a experiência.
O evento contou com uma série de atrações para o público: palestras, jogos de tabuleiro, protótipos, exposição de arte, cosplays e oficinas. Eu fui ao evento com um amigo para prestigiar o evento em si, rever o pessoal que conheci no Spa dos Jogos, conhecer outros Game Designers e testar alguns protótipos.
Já vou começar reclamando de mim mesmo, pois cometi o mesmo erro de sempre: levei jogos demais. Assim, não que tenha dado problema, mas não consegui testar todos. Eu tenho 10 protótipos, então fica difícil deixar as crianças em casa… Para esse evento eu levei “apenas” cinco deles: Ciberguerrilha, Distrito 6, ArkMago, Sticks & Stones e Circulando. O meu protótipo do ArkMago ainda é a versão antiga dele: Regicida, ambientado em Game of Thrones e, por razões obvias, teve o tema modificado para publicação. Consegui testar apenas ArkMago e Distrito 6, mas também é porque eu joguei o Dice Forge (primeiras impressões na próxima postagem do Desafio 100N) e outros quatro protótipos durante o evento.
Vou falar um pouquinho do protótipo dos colegas. Acho que o primeiro que joguei foi o Monges Agi-Tai-Dô do Felipe Lima. É um jogo de memória com gesticulação. Os jogadores são monges e vence quem realizar dois golpes primeiro. Para realizar um golpe, o jogador deve coletar as três sílabas que compõem do golpe e realizar seus gestos corretamente. É um party game que pode dar um nó no cérebro, pois você precisa memorizar o seu golpe (sílabas + gestos) e acompanhar os gestos realizados pelos oponentes.
Logo na sequência testei o segundo protótipo: Bufunfa, um jogo de Juliana Galindo. Pelo que entendi é um jogo educacional, mas tem uma pegada de jogo moderno mesmo. O jogo dura seis rodadas e vence o jogador que tiver mais dinheiro no final da partida. Em cada rodada o jogador adquire uma das cartas com um Draft aberto, investe seu dinheiro na carta adquirida (que são investimentos ou ações) baseado nas taxas que são apresentadas turno-a-turno. O retorno dos investimentos vem após algumas rodadas e o jogador precisa manter o fluxo do seu caixa para realizar investimentos no momento certo para conseguir mais dinheiro.
Depois do intervalo para almoço, joguei o terceiro protótipo: o Vulcanea do Mário Sérgio, autor do Uga-Uga Bufapum. Se você conhece o estilo de Mário, vai perceber rapidamente a essência dele no jogo: caos e muita passada de perna. Em Vulcanea, os jogadores possuem uma tribo (vários meeples) que serão utilizados para levar uma pedra mágica de cada tribo para conter a fúria do Vulcão. É um jogo de corrida (vence quem cumprir o objetivo primeiro) com pontos de ação e bastante Take That.
O último protótipo que conheci no evento foi do Luiz Pedro, chamado simplesmente de Arena. Pelo visto a dificuldade com nomes não é exclusividade minha. Arena foi criado para o Desafio da Caixinha, sendo um jogo de combate com programação de ações (ataque corpo-a-corpo, ataque à distância, defesa, pegar/usar item, movimento e habilidade especial). O modo que jogamos foi Death Match, no qual todos os jogadores batalham pela sua sobrevivência. Vence o último jogador de pé.
O evento foi proveitoso, mas eu achei que faltaram jogadores. Então, tirando alguns raros casos, a maioria dos Playtesters foram os próprios Game Designers que fizeram uma espécie de rodízio. Não que o público tenha sido pequeno, mas me pareceu que o pessoal preferiu jogar os jogos publicados (não culpo eles, tinha First Class e Lorenzo il Magnifico disponível). Admito que eu também não fiquei convocando jogadores, pois tinham tantos protótipos para testar que optei por ficar interagindo com os colegas. Entretanto, acho que poderia existir algum incentivo para os Playtesters, talvez um sorteio ou algo similar que o Playtester teria mais chance de ganhar proporcional ao número de protótipos jogados (algo similar ao concurso da Game of Boards).
Para ilustrar mais essa postagem, deixo com vocês um vídeo produzido pelo Tendson Silva. Um dos organizadores do evento e responsável por apresentar os jogos de tabuleiro aos visitantes. Tem algumas fotos do Regicida (agora ArkMago) e do Distrito 6 no vídeo.
Acho que é isso, não vou comentar sobre meus próprios jogos, mas agradeço novamente ao pessoal que testou e deixou seu Feedback.
Próximo evento nesse estilo que eu participarei será o Playtest PE, organizado pela Taverna. O evento vai acontecer na Geek Pit (Av. Conselheiro Aguiar, 3150) no dia 1º de Outubro das 15h às 20h. Se você mora em Recife ou nas redondezas, agradeceria se aparecesse para o evento, pois teremos vários Game Designers e até mesmo pessoas de outros estados que virão para prestigiar o evento. Clique aqui para ver o evento no Facebook.