Lição #5: Tente outra vez

Pelo título, parece que essa será essa uma postagem motivadora. Acho que depois das Lições #1, #2, #3 e #4, ficou claro que Rogue’s Quest foi interrompido por tempo indeterminado. Juntou as dificuldades, falta de empolgação e afazeres da vida. Foi assim que não terminei meu primeiro jogo de tabuleiro. Pois bem, decidi dar um tempo nesse negócio de game design.

Foi em 15 de Fevereiro 2011 que fiz meu último playtest de Rogue’s Quest. Então, em 15 de Maio 2011, percebi que não seria possível dar continuidade no jogo naquele momento. Demorou mais um ano para eu abortar Rogue’s Quest em  11 de Maio de 2012. Demorei tanto tempo, pois ainda matutei algumas ideias para reacender a empolgação… Pensei em um jogo com campanha, em um jogo com elementos de destreza, e até mesmo uma ideia de criar um esquema Legacy usando raspadinha. Mas nada empolgou ou funcionava bem o suficiente, percebi que só conseguiria levar a frente se fosse multi-player, mas não queria partir para um jogo completamente diferente.

Então retornei a vida de jogador. Conheci a Taverna: Clube de RPG e Boardgame (saiba mais aqui ou aqui, ou até mesmo aqui) e passei a participar dos encontros semanais. Lembro ainda hoje de conhecer Carcassonne no primeiro encontro que fui. E assim permaneci “apenas” jogador até 2013.

Em 2013 um amigo, que passei a rever por conta dos jogos de tabuleiro, estava naquele mesmo ritmo que eu quando comecei: criando Print & Plays, viajando nas ideias e empolgadão. Isso me trouxe as boas lembranças (eu costumo apagar as lembranças ruins) da época que eu fazia os meus Print & Plays e que na mesma época eu tinha tentado criar um jogo. Aquelas lembranças me fizeram refletir sobre os motivos de Rogue’s Quest não ter ido adiante. E esses motivos nós já sabemos: eu não conhecia muitos jogos, o jogo era quase uma simulação e era de uma categoria (jogos solos) que eu não gostava o suficiente para me manter criando.

A empolgação desse meu amigo foi tão grande que eu decidi retornar ao game design. Nessa altura do campeonato eu conhecia 200 jogos, tinha alguma ideia do meu gosto e tinha perdido os vícios do RPG (simulações, evolução de personagem, fantasia medieval, testes de perícia, etc). Foi assim que surgiu C3X (cê-três-xis ou sex para os íntimos).

Primeira capa do jogo.

Então é isso, não desista na primeira tentativa, nem na segunda ou terceira. Se você gosta de criar jogos, persista. O caminho é difícil e longo, mas a jornada é divertidíssima. A cada criação você vai aprender mais e mais, até o momento que um bom jogo criado. Nas próximas postagens trarei as diversas lições aprendidas com C3X, foi um dos jogos que mais aprendi. Até a próxima.

1 Comment

  1. Daniel A. Freire
    19 de agosto de 2020

    Já tentei criar jogos pela temática, mas ainda não consegui. Contudo comecei um pela mecânica e já vou para a segunda partida teste dele.

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