Chegadas e saídas #44

O fluxo continua, como sempre, jogos indo e vindo na coleção. Dessa vez foram muitos chegando e poucos saindo.

Caverna (2013)
Oxe, esqueci completamente que tinha comprado essa monstruosidade. Chegou ano passado, mas ainda não joguei. Motivo? Tenho uns deslacrados que peguei em troca ainda esperando ver mesa. Peguei Caverna, apesar de ter jogado só uma vez, pois o preço que saiu foi bem bom. Não entendi, inclusive, o valor, tendo em vista os preços aplicados nos lançamentos atuais. Espero ainda gostar do jogo e quem sabe substituir Hallertau, para não ficar dois jogos de fazendinha do Uwe aqui.
Marrakech (2007)
Conheci esse jogo em 2017, em um Spa de Jogos. Sim, dez anos depois dele ter sido lançado. Acho que na época ele tava Out of Print e era raro. Joguei apenas uma partida, eu e um outro cara (que nem me recordo o nome, mas se ver sei quem é) e gostei bastante. Achei que esse jogo era um Roll and Move, a clássica mecânica do Banco Imobiliário, renovado. Então, o jogo apesar de sua simplicidade tinha boas decisões. Gostei tanto que na época disse que foi meu Top #2 jogo que conheci em 2017, só perdendo pra Specter Ops que até hoje está na minha coleção. Dei uma nota bem alta no BGG e ficou por isso mesmo. Nunca imaginei que jogaria novamente ou que seria lançado no Brasil ou que algum dia teria o jogo. Terminou que joguei novamente, mas no BGA, em 2021 e continuei gostando do jogo. Dessa vez foram 4 jogadores. Então, acho que em 2022 Marrakech foi lançado no Brasil e várias vezes pensei em adquiri-lo, mas fiquei pensando: e se eu comprar, jogar e me frustrar por não ser tão bom quanto eu lembrava? E aí… Não comprei, mas ganhei de presente. Obrigado, Matheus e Jordânia. Jogo estreado, achei mais leve e bobinho do que lembrava. Isso é até bom, vou tentar jogar com minha mãe.
Cosmos (2021)
Eu peguei Cosmos com uma grande expectativa de ser um jogo nacional Euro dos bons. Não sei se tirei da minha cabeça isso, mas lembro de ter ouvido falar que foi inspirado no Concordia. Eu não gosto do Concordia por algumas razões, mas estava na expectativa dele ser diferente nos pontos que eu não gostava. E Cosmos de fato é, a parte que eu não gostava não está presente. Que era jogar meio às cegas na pontuação. Só que, como é um jogo diferente, terminou que inseriu novos defeitos. Oh droga. Então, joguei Cosmos apenas uma vez e não quis mais jogar de novo. Troquei no jogo abaixo, simplesmente para “me livrar” mesmo, já que eu não queria mais jogar Cosmos de jeito nenhum.
Qualidades: 1) simples sem ser simplório, em Cosmos o jogo é todo resolvido jogando as cartas que descrevem as ações, é tudo muito direto (como Concordia) mas não é fácil otimizar tudo e jogar da melhor maneira possível; 2) inteligente, querendo ou não o jogo tem boas ideias e realmente tem bastante potencial, só que os defeitos quebraram ele para mim; 3) tema, eu não gosto muito de temas espaciais, mas a temática realista do jogo eu achei interessante e até me deu conhecimento que usei em uma partida de É Top!? hehe.
Defeitos: 1) assimetria, eu não sou fã de assimetria, tem que ser muito bem feito para eu curti e aqui eu não achei bem feito, existem planetas mais fáceis e mais difíceis de jogar, e também tive o sentimento de desbalanceamento por conta disso; 2) manutenção, esse jogo é um dos mais laboriosos que já joguei, se você acha chato toda rodada ficar pingando coisa em Agricola ou Caverna, aqui toda rodada você move coisas e pinga coisas no tabuleiro, é completamente irritante, entediante e sacal, esse foi o maior motivo de eu pegar ranço no jogo, foi tanto que fui testar uma partida solo e parei no meio (acho que nunca fiz isso antes).
Isle of Skye (2015)
Peguei esse numa troca com o Cosmos. Eu já tive Isle of Skye, mas vendi depois de quatro partidas. Não que eu achasse o jogo ruim, mas me frustrou um pouco a sorte com os tiles e também a mecânica de Catch-Up (que ajuda os jogadores mais atrás). Esse tipo de mecânica pode ser bem interessante de colocar em um jogo, mas quando ela pode ser usada em seu benefício fica estranho. Como assim? O jogo ajuda quem tá atrás, mas quem tá atrás não necessariamente está indo pior, ele só posicionou estrategicamente para se beneficiar da mecânica. Talvez você lendo isso diga: “oxe, mas isso me pareceu interessante”, mas eu não acho. Eu acho que se algo é para ajudar quem tá atrás, que sirva de suporte, não de estratégia para vitória. Em todo caso, estou com o jogo de novo. Vamos ver se minha visão mudou ou se ele vai partir em breve.
Menara (2018)
Eu gosto bastante de jogos de destreza. Às vezes eles não duram na coleção, pois eu enjoo, mas estou atualmente com três que estão durando: Junk Art, Rhino Hero Super Battle e Icecool. Espero que Menara seja mais um que veio para ficar. Basicamente, o jogo é um Villa Paletti cooperativo, você provavelmente não tem ideia do que estou falando, pois o jogo referência não é tão conhecido e é antigo (2001). Em todo caso, não vou explicar aqui, mas essencialmente estamos construindo meio que uma cidade usando cilindros e telhados, só que em vez de ser disputando para ver quem derruba primeiro, estamos tentando todos nos ajudar.
Lost Code (2022)
Estava de olho nesse jogo tem um tempão. E agora que conheci o Break the Code (jogo de dedução bem matemático), aí que me interessei mais ainda. Eu sempre achei interessante jogos de dedução, mas nunca tinha tido um específico na coleção. Talvez seja um novo nicho entrando aqui em casa. Estou bem empolgado com esse aqui. Agradecimentos a Leo, tanto por esse jogo como o de cima, ele que trouxe diretamente de Portugal. Pois é, trocamos ouro por board games. Valeu a pena? Talvez. E também agradecimento a Alberto que conseguiu movimentar essas muambas de Recife até Juazeiro do Norte.

Vários jogos entrando e só um saindo. Resultado? Agora são 58 jogos na coleção.

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