Desafio 100N (2024) Janeiro

Adeus ano velho, feliz ano novo. Então, quais jogos conheci em Janeiro?

001. Hawaii (2011)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Primeiro jogo que conheci do ano! Sim, de 2011, fazia tempo que não jogava esses jogos mais antigos. Eu diria que Hawaii talvez seja até datado. Eu ainda não tenho total certeza, jogaria novamente só para ter o veredito final. Entretanto, até o momento, minha impressão é que o jogo pareceu desbalanceado (as construções especiais) e muito focado em micro-gerenciamento dos seus recursos. Isto é, você precisa contar cada coisinha que você recebe ou gasta. Um recurso pode ser a diferença entre fazer trocentos pontos ou simplesmente zero. É bom para quem gosta de otimizar tudo ao máximo, eu não curto muito ficar contando coisas jogando… E aqui é a partida toda contando.
002. Llama (2019)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Eu já joguei o Llama Party, agora foi o original. A regra é clara: diferentes entradas no BGG são diferentes jogos. Então, estou aqui contando mais um pro Desafio 100N. Joguei essa partida completamente sem pretensão e continuo achando a mesma coisa: sorte em excesso e uma leitura de mesa que cansa (às vezes sequer compensa). A vantagem aqui é que não existe a ficha de -20 pontos, só que já que o jogo é muito caótico e aleatório, era melhor com a ficha de -20 pontos, pois assim pelo menos pode acontecer de algum jogador se livra dessa monstruosidade, criando um momento memorável em uma partida que pode ser bem sem sal.
003. Holmes: Sherlock & Mycroft (2015)
Jogado duas vezes com 2 jogadores.
Joguei duas partidas e estou achando (desde a primeira) o jogo limitado e meio roteirizado demais. Isto é, as decisões são relativamente óbvias. Além disso, o segundo jogador (último, pois são apenas dois) tem uma vantagem gigante com relação ao primeiro. O jogo é meio enfadonho, por ser meio que uma vibe de soma zero (eu ganho e você perde). Para completar, o jogo tem muita informação aberta, o que colabora para deixá-lo enfadonho. Aí inventaram de botar umas informações fechadas, já para dar algum tempero, mas aí lasca tudo. Já que uma carta a mais ou a menos pode gerar uma diferença de +5 para +0 pontos. Em um jogo que a pontuação fica ali em uns 15 pontos, é coisa demais.
004. Lisboa (2017)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Ainda não encontrei um jogo do Vital que ache excelente. Gosto do Kanban, mas não curti The Gallerist, pois joguei boa parte da partida meio perdido. Lisboa a experiência foi interessante, vejo o potencial do jogo em alguns elementos. Por exemplo, achei a interação um aspecto forte na partida, suas decisões tem bastante impacto no oponente e você meio que molda o que vai fazer dependendo desses impactos; as cartas com vários usos também é uma mecânica que gosto e funciona bem aqui; a simplicidade do turno é boa, apesar dos desencadeamentos e “seguir” ser algo que pode ficar zoneado e deixar turnos com duração bem discrepante. A parte ruim que achei foram os Decretos, é uma ação ignorada durante boa parte da partida, pois vale mais a pena comprar no final do que no início. Os decretos nada mais são do que objetivos para dar pontos. O que é bem estranho, pois geralmente seria bom comprar os objetivos no começo e focar neles. Entretanto, devido a alta interação e existirem objetivos que se cumprem meio que “sozinhos”, é melhor deixar para comprar no final. O que gera um fator sorte elevadíssimo para um jogo tão estratégico e complexo. Em todo caso, achei interessante, talvez seja o melhor Lacerda que joguei, mas preciso de pelo menos mais uma partida para bater o martelo.
005. Witchstone (2021)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Eu não sou muito fã de combos e efeitos em cadeira. Witchstone é basicamente isso. Não achei o jogo ruim, mas por conta disso já perdeu uns pontos comigo. Além disso, eu achei os objetivos muito fortes e no mesmo esquema de Lisboa: no final da partida você vai ter vários completados sem nem ter investido neles. Juro que não entendo esses Game Designers (Lacerda e Knizia) consagrados cometendo essas gafes. Era melhor não existir esses objetivos, pensasse em outro tipo de ação. Aí, tal qual Lisboa, no final do jogo você compra vários desses e faz trocentos pontos. Digo isso com local de fala, pois fiz ponto pra dedeu. Engraçado é que o jogo me lembrou Bonfire também, por conta do tabuleiro pessoal que você quer casar os ícones para fazer ações mais poderosas, só que Witchstone é bem menos burocrático. Em todo caso, eu diria que os dois tão empatados para mim: Bonfire perde na complexidade desnecessária (e no tema que mais atrapalha do que ajuda), mas ganha com as possibilidades de jogo, pois Witchstone (apesar dos vários combos desencadeados) é muito linear.
006. The Magic Labyrinth (2009)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Jogo de criança até que legalzinho. O único problema é ser aleatório demais com a entrada dos itens. Minha ideia para resolver seria simplesmente já tirar vários ícones de uma vez (talvez quantidade de jogadores x 2 + 1) e aí quem pegasse três primeiro ganhava. O jogo continuava meio que o mesmo, mas sem o impacto gigante da sorte de tirar os itens e você estar do lado deles (ou pior ainda, estar no espaço exato do ícone e já ganhar ele imediatamente). A parte de memória é legal e a parte da bolinha cair para indicar que você passou por uma parede é ainda mais legal. Não é um jogão, mas para crianças deve ser incrível.
007. Cockroach Salad (2007)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
O jogo é relativamente simples, mas demoramos para pegar a ideia. Não sei se pela explicação ou pelo jogo simplesmente ser confuso mesmo. Eventualmente, todos na mesa começaram a entender. E aí, quando finalmente pegamos o jeito foi divertido por uns dois minutos e depois foi só cansativo mentalmente. O jogo dura muito mais do que deveria durar. Não jogaria novamente.

Primeiro mês começando na maciota, mas com uma quantidade até que boa. Para conseguir os 100 jogos no ano preciso de 8,3 jogos por mês. Então, sete não é um começo ruim. Né?

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