“(…) Desafio x3 dará uma pausa. (…) de 2016 conheço apenas 70 jogos. Sendo assim, preciso conhecer mais nove para poder fazer a postagem. Isso pode demorar uns meses, um ano, dois anos ou sei lá quanto tempo” (DO PASSADO, Roberto). Respondendo a mim mesmo: demorou 518 dias ou 17 meses ou quase um ano e meio.
Jogos de 2016: 79 jogos
Novamente, apenas um jogo a mais se comparado com 2015. Se você não tá entendendo bosta nenhuma… Eu faço essa Desafio x3 para mostrar jogos que gosto, abomino e quero conhecer daquele ano. Entretanto, eu me coloquei uma condição que eu só posso fazer quando conhecer mais jogos que o ano anterior que fiz. Sendo assim, em 2014 eu fiz quando conhecia 77 jogos, 2015 com 78 jogos e agora 2016 com 79 jogos. Tudo na beiradinha. Os outros anos não foram assim, pois eu já tinha vários jogos acumulados, mas suponho que a partir de agora será tudo assim e todos muito bem espaçados por conta do tempo necessário para conhecer os jogos necessários para atingir o pré-requisito. Dessa vez foram apenas 9 novos e demorou 17 meses. Próximo ano (2017) deve estar ainda pior. Deixando de conversa mole, vamos começar os trabalhos.
Acho que 2016 será marcado por vários bons jogos, mas nenhum realmente de explodir a cabeça. O melhor do ano, para mim é Great Western Trail. Pfister novamente atacando, depois de Broom Service e Mombasa no ano passado. O camarada se garante. Infelizmente, eu só joguei esse jogão uma vez mas ele deixou uma marca em mim. Uma marca boa. Calma. Eu não curto muito Deck Building e muito menos Rondel. Great Western Trail possui essas duas coisas mas eu adorei o jogo e ele me fez perceber uma coisa. Não é que eu não goste de Deck Building, é que eu preciso de um jogo que mitigue a sorte e não seja de sinergia/combos. E meu problema com Rondel é a constante repetição das ações, que aqui foi resolvido com um Rondel gigante que ações novas surgem no decorrer da partida. O desgraçado é um gênio. Meu único problema com o jogo é a duração, mas acho que com o tempo e experiência (e menos AP) a partida dura cada vez menos. Tenho muito interesse em comprar a nova edição.
Outro jogo legal lançado esse ano é Junk Art. Um jogo de destreza com múltiplas maneiras de jogar. Isso é bom e ruim. É bom por permitir mais opções e rejogabilidade, já que usamos apenas três das onze que existem. É ruim, já que final das contas nenhum dos cenários é realmente um jogão. O conjunto da obra é até interessante, mas como cada cenário tem sua regra me dá uma preguiça botar na mesa, pois toda vez preciso reler. Por sinal, preciso botar ele na mesa esse ano, faz um tempinho que não jogo.
Calma que ainda não terminei os jogos bons do ano. Preciso citar o Capital Lux, joguinho de cartas muito bom com bastante interação e muitas mecânicas inteligentes acontecendo ao mesmo tempo. Queria comprar o Capital Lux 2, mas depois de alguma reflexão vi que não valia a pena. Ele aumenta a rejogabilidade, mas eu não jogo tanto assim para precisar das “expansões”. Tem também Lorenzo Il Magnifico. Joguinho da turma italiana que tem uma ideia bem boa para mitigar sorte e ainda usar dados no jogo: você rola um dado de cada cor e eles valem para todos os jogadores da mesa. Simples, justo e intuitivo. The Oracle of Delphi, um Feld que me surpreendeu por não ser uma salada de pontos e sim uma corrida. Gostei mais do que achei que gostaria. Fechando os jogos, apenas sitações ainda mais rápidas: Santorini, um abstrato bonitoso; Codenames: Pictures, a versão piorada de Codenames; When I Dream, mais uma versão do Dixit; Covert, um Dice Placement com tema legal; ICECOOL, dar peteleco nos pinguins para capturar ou fugir; Imhotep, jogo Família (bom) sobre construção no Egito; Rock’n Roll Manager, um bom jogo nacional. Esse ano não teve grandes destaques, mas foi um bom ano.
Entretanto, para compensar a falta de destaque positivos, tenho provavelmente o pior jogo que joguei na vida: What Do You Meme? Minha nossa senhora. Pegaram Cards Against Humanity e botaram imagens de memes no jogo e textos para encaixar nos memes. Ruim. Demais. O pior disso tudo, é que se alguém pegar essa mesma ideia e fazer a versão brasileira, isto é, usando os memes que usamos aqui e mais atualizado, iria enricar. Ta aí a ideia, se você quer ficar rico “criando” jogos, eu recomendaria essa opção. Pronto, os outros não são tão terríveis, mas ainda são ruins. Colorfox é basicamente o jogo lhe jogando, extremamente entediante e com decisões óbvias. Tenho vergonha de jogo abstrato assim. Além de não ter tema é ruim mecanicamente? Tá doido. Histrio, mais uma cagadinha do Bruno Cathala. Jogo bem bonito e com temática de teatro que deixa todo o balanceamento nas mãos dos jogadores e ainda tem vários momentos de frustração. Não vamos esquecer de 4 Gods, um dos maiores fiascos aqui no Brasil, chegou a ficar em promoção por 40 reais, um jogo que tem componentes o suficiente para ser cobrado 200. Temos jogo nacional aqui no Bottom também, Duelo Kung-Fu que é uma mistura de Love Letter e Yomi, mas é pior que os dois em todos os sentidos. E vou parar de reclamar com o For Crown & Kingdom que demonstra que tenho razão em odiar Rondels.
Certo, mas conhecendo apenas 79 jogos de 2016 é bem provável ter uns bem bons que ainda não joguei. Ainda mais que com o passar dos anos, cada vez mais jogos são lançados. Entretanto, não acho que ficou faltando muitos dos bons jogos de 2016 para conhecer. Antes de você ficar pistola por eu não citar alguns, eu não gostei de: Terraforming Mars ou Scythe. Provavelmente os maiores destaques do ano. Agora, um jogo que eu não joguei e estou bem curioso é Awkward Guests. Inclusive foi anunciado aqui no Brasil! É um jogo de dedução que me pareceu bem interessante. Eu não sou muito de jogar video game, mas se tem um que eu gostava na época era o Commandos. Aparentemente, V-Sabotage é a versão de jogo de tabuleiro desse jogo de PC que eu adorava. Solarius Mission, jogo do mesmo pessoal do La Granja, nunca nem vi alguém que tenha, parece que não ficou tão famoso quanto seu antecessor. Seguindo a linha de Game Designer, eu gosto bastante do Factory Fun. Nesse ano foi lançado o Habitats, do Corné van Moorsel, jogo que agora inspirou o Uwe Rosenberg em vários jogos recentes dele como Nova Luna, Framework e Sagani. Alguns outros que eu quero conhecer, mas não tou assim lá tão empolgadão: Flamme Rouge, Conan, Mechs vs. Minions, Vast e Energy Empire.
Pronto! E assim foi 2016. Na maciota, sem grandes impactos mas um ano bom.