Desafio finalizado, agora são apenas amistosos. Estou só cumprindo tabela jogando os meus jogos que ainda estão pegando poeira. Rumo ao recorde!
104. The Dragon & Flagon (2016) Jogado uma vez com 5 jogadores. Peguei esse jogo numa troca na esperança de ser um bom jogo que rode até 8 jogadores e que não seja mais um Party Game. Acho que ele cumpre esse papel. Não sei dizer com certeza, pois não joguei com 8 jogadores ainda. O grau de complexidade com certeza é um pouco grande para iniciantes e pode ser um tanto frustrante, pois não é incomum você errar uma carta entendendo bem o jogo, imagine sem entender? Isso acontece por ser um jogo que remete muito aos combate tático dos RPGs. Então, quem não tá acostumado com isso pode se perder bastante, como aconteceu na partida que joguei. O jogo também pode ser desbalanceado, mas não faço ideia, pois são muitas variáveis que precisam ser avaliadas, especialmente a assimetria de nove personagens. Sim, o jogo vem com nove personagens, apesar de jogar “apenas” até oito pessoas. O que possibilita sempre combinações distintas mesmo com a mesa cheia. Outro fator é o que o jogo é caótico. Você pode até tentar tomar boas decisões, mas no final das contas tudo pode acontecer. O que é legal, pois dá chance para jogadas incríveis e também dá chance para algumas risadas. Preciso jogar com mais jogadores para checar, achei com apenas 5 jogadores relativamente de boas o nível de caos, mas imagino que com 8 jogadores o negócio escalone. O problema é que o jogo é em inglês, o que dificulta eu botar na mesa, apesar de ter iconografia, ela não é tão clara assim. Apesar de tudo isso, gostei da partida e minha maior reclamação é a chatice de toda vez que chegar em uma rodada, embaralhar todos os tokens presentes lá. Isso vai acontecer em praticamente toda rodada, pois é raro não ter mais de um jogador no mesmo tempo que está sendo executado naquela rodada. Isso faz o jogo perder bastante na fluidez, especialmente se na mesa tem gente paranoica com alguém roubando e pedir para embaralhar no seu lugar ou fazer alguma metodologia “à prova de roubo” que atrasa ainda mais o processo. E toda essa parte, além de ser chata, também adiciona ao caos do jogo. Então, se eu for antes vou te dar uma porrada e ganhar 5 pontos, mas se você for antes você vai sair da minha mira e eu erro o ataque. Então, por conta de algo totalmente aleatório, houve uma variação de 10 pontos que não foram trocados (pois o jogador que ganha “tira” ponto do outro). Quero jogar mais vezes antes de dar um veredito, mas imagino que manterei mesmo não considerando um jogo tão bom assim, justamente por ser uma opção válida para até 8 jogadores. |
105. Cosmos (2021) Jogado uma vez com 3 jogadores. Meu primeiro jogo nacional de caixa grande. Infelizmente, acho que não ficará na coleção. Peguei Cosmos na Math Trade sem muita pretensão. Tentei jogar uma partida solo para aprender as regras. Digo tentei, pois parei no meio. Não aguentei. Deve ser a primeira vez que me proponho a jogar um jogo solo e paro no meio. Motivo? Upkeep demasiado. Se você achou essa palavra estranha, basicamente são coisas que fazemos enquanto jogamos que não é tomada de decisão, é simplesmente coisas automáticas para o jogo funcionar e dar continuidade. Por exemplo, embaralhar é Upkeep. Fazer as ações (automáticas) dos oponentes em um jogo cooperativo é Upkeep. Repor uma cartinha sempre que uma sair é Upkeep. E por aí vai, acho que deu para entender. Em um turno de Cosmos, você tem cinco fazes e quatro são de Upkeep. Fora o Upkeep que ocorre na única fase que os jogadaores realmente jogam, como: avançar marcador de ações (que a gente sempre esquece) e revelar nova carta se comprou alguma. Cosmos ganhou de Agricola e Caverna em Upkeep, e por uma margem bem grande. É algo notável e gritante no jogo. Tanto que não aguentei jogar solo, pois eu passava mais tempo fazendo Upkeep do que tomando decisões e jogando. Enfim. Depois joguei com 3 jogadores e até gostei do jogo. A dinâmica é, de fato, similar ao Concordia. A parte de jogar cartas e depois pegar elas para mão. O que deixa o jogo bem simples de explicar e de jogar. Resolveu também meu problema com a pontuação de Concordia, dando pontos durante a partida e também pontos de final de jogo com uma conexão mínima ao deck criado. A progressão dos planetas é interessante, as escolhas tem impacto e a interação, apesar de pouca, existe sim. Eu consegui jogar a partida com 3 jogadores, pois a gente meio que revezou a tarefa do Upkeep. Entretanto, ainda assim, o jogo são 7 rodadas e você move inúmeros tokens minúsculos pelo tabuleiro trocentas (sem exagero) vezes. Eu diria que fiddly resumiria bem o sentimento que tive com Cosmos. Uma pena, pois achei o jogo bem inteligente, tirando esse Upkeep excessivo que me impede de querer jogá-lo várias vezes. Pior que até tenho curiosidade de jogar mais vezes, já que o jogo possui variações interessantes: 4 planetas diferentes para jogar e vários decks diferentes para usar nas partidas também. Mas me dá uma preguiça… |
106. Jenga Maker (2022) Jogado duas vezes com 3 e 4 jogadores. Basicamente TEAM 3 piorado. TEAM 3 é um jogo que um jogador tem acesso a uma carta indicando o formato que precisa construir, só que a pessoa que precisa construir tá de olhos vendados e existe uma terceira pessoa, pois o que possui a carta não pode falar só gesticular. Talvez tenha ficado confuso, mas é bem simples. Jenga Maker é apenas com dois jogadores, um apenas fala e o outro constrói. Pronto, esse é o jogo. Dá para divertir, mas enjoa ainda mais rápido que o TEAM 3. Imagino que esse jogo seja mais barato que o TEAM 3, então… Se você está interessado no TEAM 3, talvez seja uma boa comprar ele e usar as mesmas regras do TEAM 3. |
107. É Top!? Natureza (2022) Jogado duas vezes com 8 jogadores. Eu já conhecia É Top!?, mas a regra é clara: tem entrada diferente no BGG, entra pro Desafio 100N como novo jogo. Tá bom que é literalmente o mesmo jogo, mas muda o tema. Por sinal, eu não gostei muito do variedades (o tema) e esse eu achei ainda pior. Acho que o que mais vai me agradar é o Geek & Pop. Bom, em todo caso, melhorei um pouquinho minha avaliação. É Top!? claramente funciona melhor com mais jogadores. Joguei a outra versão com apenas 4 jogadores e joguei agora com 8 jogadores e funciona bem melhor. Mais pessoas para duvidar e mais pessoas parar perder vida no seu lugar. Assim, a eliminação não é tanta e existe mais gente apontando dedo e acusando o outro. O jogo ficou mais divertido mas ainda acho problemático a eliminação. Jogamos duas partidas com o mesmo pessoal e um dos jogadores foi eliminado nas duas partidas e passou bem uns 15 minutos de fora em cada uma delas. E imagino que ele não estava achando legal apenas observar, pois foi pro celular. |
108. Wrath of Dragons (2015) Jogado uma vez com 4 jogadores. Apesar desse jogo ter uma temática massa e bem atrelada ao jogo, não rodou legal. Até porque, temática e mecânica são coisas bem distintas e, por esse motivo, nunca vou entender quem prefere tema à mecânica nunca na minha vida. Pois bem, Wrath of Dragons é um Worker Placement bem basicão e com decisões meio óbvias e entediantes que se repete por seis longas rodadas que transmitem um feeling bem similar entre elas. Existe progressão? Existe, mas não é nada de outro mundo as habilidades que você ganha ao passar de nível com seu dragão. A quantidade de pontos obtidas pelas maiorias é bem grande e é o que vai ditar o jogo no fim, você podendo ganhar mais ou menos pontos pelo mero acaso, pois para ser bem sucedido nisso precisaria contar as peças de cada jogador (e não vale a pena por conta da duração do jogo). A partida que jogamos durou duas horas e depois da 4ª rodada ninguém aguentava mais a repetição dos processos. Decepcionado com esse. Não é um jogo terrível, pois funciona até bem mecanicamente, mas não tem nada que destaque-o. Então, Wrath of Dragons é somente esquecível. Talvez eu ainda teste novamente antes de me livrar, pois estou com a impressão que em uma mesa com pouco AP o jogo flua melhor. |
Ou não tão rumo ao recorde assim. Depois de conhecer 103 jogos em 7 meses, uma média de quase 15 jogos por mês, chegamos agora com 5 joguinhos novo no mês inteiro. Devagarinho acho que consigo bater o recorde anterior, né?