Chegadas e saídas #39

Negócio saiu um pouco do controle, agora chegou o momento de tentar diminuir a coleção.

Decrypto (2018)
Comprei na época que o jogo tinha um preço justo e demorei para testar. Até gostei do jogo, mas achei um pouco ruim de explicar. Depois de mais algumas partidas, passei a achar fácil de explicar (você só precisa jogar uma rodada para a coisa engatar) e passei a achar o jogo lento. Achei que era só um problema meu, mas muitas pessoas demoram para pensar nas dicas. Afinal, é complexo mesmo pensar numa informação que funcione pro seu time mas atrapalhe ao adversário. E essa é a graça do jogo: pensar nas dicas e adivinhar as coisas. Não tem como agilizar isso. O jogo vem com uma ampulheta, mas as dicas vão ficar meio bostas. Talvez tenha sido a interação do Game Designer isso, mas eu fui usar a ampulheta em Codenames e deu errado. Bom, ao menos para mim. Já que a graça de ambos os jogos é ser sagaz. Bom, novamente, ao menos para mim. Terminou que testei, depois de muito tempo, com uma turma de Recife e depois com uma turma em Juazeiro. Essas duas partidas selaram o destino do jogo para mim. Realmente, muito demorado para a proposta (e para a maneira que curto jogar jogos assim). Prefiro, de longe, o Codenames. Dei muitas chances ao Decrypto, mas não conseguiu superar.
Juicy Fruits (2021)
Jogo que peguei na última Math Trade que participei. Mais um desses Family que não funcionou comigo. Botei para venda na Ludopedia e me surpreendi o quão rápido ele saiu. Acho que R$ 250,00 foi barato, pelo visto, né? Mas tem problema não, ainda ganhei uma grana em cima. Espero que alguém aproveite melhor que eu. Nem cheguei a jogar solo, mas, sinceramente, achei o puzzle do jogo sem sal. Então, assumo que a versão solo iria investir muito nessa puzzle, o que não iria render muita coisa comigo.
Survive: Escape from Atlantis (1982)
Provavelmente o jogo mais antigo da minha coleção. Tenho esse jogo desde 2011 (12 anos, danosse). Apesar de todo esse tempo, foram “apenas” 29 partidas. Entre aspas, pois é pouco para esse intervalo de tempo, mas é muito considerando o tanto que jogamos os vários jogos que temos em nossas coleções. Lembro como se fosse hoje, quando o cara me ofereceu esse jogo em uma troca (direta, sem Math Trade) pelo Shadows over Camelot, que eu odiei. Aceitei na hora, mas ainda negociei… Eu queria todas as expansões. E ele aceitou. Várias lembranças com Survive, mas chegou o tempo dele partir. A empolgação não é mais a mesma quando jogo. Ainda gosto de explicá-lo, pois é tão fácil e temático. E ainda gosto de ver as pessoas se divertindo, mas o jogo já estava bem mofado e algum (doido) achou uma boa comprar por um valor inflacionado. Obrigado editoras, por publicarem os jogos e depois deixarem Out of Print, só assim para ativar o FOMO do pessoal e pagarem valores sem sentido em jogos mofados.
Avenue (2016)
Esse eu tou tentando me livrar tem um tempão. Inclusive, ele já tinha saído antes em uma Math Trade, mas era tão caro o frete que valia mais em conta comprar um novo e enviar da loja pro coleguinha. Terminei vendendo por um preço muito baratinho, mas era o esperado. Ainda joguei 11 vezes antes dele partir, então estou satisfeito. O jogo é legal, eu só meio que enjoei e para esse estilo de jogo prefiro muito mais o Cartógrafos. Acho o Avenue muitas vezes com uma dependência de sorte bem grande e pode ser bem frustrante com as pontuações negativas dele.
Valknut (2020)
Provavelmente um dos jogos que mais tive problema com ele mas que mais joguei (foram 9 partidas). Talvez eu até tente jogar uma décima vez, só para contar num outro desafio que faço, se for necessário. O jogo é rapidinho e eu estava insistente, pois é um jogo 1×1 extremamente portátil e assimétrico, meio que o sonho de qualquer fã de Summoner Wars. Pena que não é, nem de perto, balanceado. O jogo também sofre de ser muito frágil, ele funciona para algumas partidas (minorias) e para outras meio que “quebra”. Quando digo quebrar não é que o jogo se destrói, mas ele é exploitável ou frustrante. Por exemplo, duas partidas terminaram na primeira rodada, antes do 2º jogador jogar. Dessas minhas partidas todas, acho que 4 funcionaram sem nada estranho acontecendo. O que é um percentual bem ruim para um jogo publicado, parece coisa de protótipo. Bom, consegui repassar em uma troca junto com o próximo jogo.
A Tale of Pirates (2017)
Eu gosto desse jogo, só que meio que já enjoei. Mantive durante um tempo por conta da campanha, só que depois de umas partidas o jogo dá uma cansada. Acho que essa dinâmica das ampulhetas é cansativo por natureza. Eu já tive o Kitchen Rush, que também é um cooperativo com ampulhetas e o jogo simplesmente cansava, pois é um misto de tempo real com esperas. Sei lá, dá um sentimento estranho de não poder fazer o que queria por estar esperando algo ser liberado e isso feito repetidas vezes durante uma partida. Acho que esse jogo funciona ao contrário de um jogo com muitas interações positivas ou pontos sendo dados adoidado, isto é, mata a endorfina.
Tower of Babel (2005)
Troquei o Valknut junto com o Tale of Pirates nesse daqui. Joguei tem um bom tempo esse jogo do Knizia e lembro que gostei. Então, tendo em vista que estou querendo diminuir a coleção, troquei dois por um mesmo. Até por que os valores dos dois deve dar o valor desse, talvez. Bom, o que me lembro desse jogo é que ele tem uma idea genial de negociação sem negociação. Ué. Como assim? Basicamente os jogadores fazem ofertas, mas não podem ficar indo e voltando nelas, é uma oferta apenas e o jogador decide com qual oferta de qual jogador fica. Achei tão interessante na época que anotei para ideia de algum jogo meu, mas nunca achei o momento certo de usar. Quem sabe jogando mais vezes eu consiga extrair mais do jogo e bolar algo usando a mesma dinâmica mas que ainda seja diferente?

Pronto, agora são 55 jogos na coleção. Me aproximando dos 50, mas ainda um pouco longe. Todos esses jogos eu consegui vender/trocar em um pequeno intervalo (coisa de 2-3 dias), mas foi por ter colocado uns jogos que sabia que iriam vender mesmo. Vejamos se dou a mesma sorte com as empreitadas futuras.

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