Desafio 100N (2023) Junho – Parte 2

Finalizado os jogos do Diversão Offline, mas ainda tem jogo em São Paulo e, também, em Juazeiro e em Recife! Sim, esse mês foi movimentado.

076. CuBirds (2018)
Jogado em 12/06/2023 com 4 jogadores.
Depois do Diversão Offline, eu ainda fiquei segunda e terça em São Paulo. Então, aproveitei da segunda para conhecer a Playeasy que era relativamente próxima de onde eu fiquei. A viagem valeu a pena, você paga 5 reais e tem acesso a um acervo enorme de jogos. O primeiro foi esse CuBirds que jogamos as primeiras rodadas errado, mas ajustamos na sequência e o jogo flui de uma maneira bem dinâmica. Gostei. CuBirds (nome bem estranho) é um carteadozinho com Set Collection. Eu não fazia ideia do que se tratava e inclusive não fui nem ver do que se tratava. Achei que envolvia cubos, afinal CuBirds eu não pensei no orifício que você está pensando, mas em cubes (cubos). Só que nada a ver, tirando a arte o jogo sequer tem cubos.
077. Dive (2021)
Jogado em 12/06/2023 com 4 jogadores.
Desde que vi esse jogo achei a ideia interessante e ficou no canto da minha mente e no meu Want to Play. O jogo é basicamente um gimmick que usa transparências como parte do jogo. Uma pilha de transparências é feita para simular o oceano e você está mergulhando nele: bem temático e bem diferente. Seu objetivo é evitar os tubarões via observação. E aqui que entra o problema: certas pessoas serão simplesmente bem melhores do que as outras. Então, mesmo no final da partida, a gente apesar de ter melhorado minimamente na observação, um dos jogadores deu uma surra em todos. Isso por si só não é um problema enorme, mas no final do dia o jogo é apenas esse gimmick. Existe um pouco de decisão além disso, que seria empilhar umas fichas para conseguir maioria, mas o ganho por maioria não vale a pena comparado com o ganho por profundidade atingida (que é onde a visão importa mais). Não faço questão de jogar novamente, mas valeu a experiência e achei, realmente, bem inovador.
078. Project L (2022)
Jogado em 12/06/2023 comjogadores.
Tava na Wishlist, que bom que joguei antes. Eu esperava um jogo mais puzzle, por conta dos poliominos. Mas me enganei. Basicamente, Project L é Splendor com um elemento mínimo de puzzle. Não gostei. Além disso, achei que o começo pode ser desbalanceado, você começar sem acesso a uma carta que cumpra em um único turno irá lhe atrasar. Jogaria novamente, só para verificar essa minha teoria, mas achei meio sem graça mesmo.
079. The Number (2020)
Jogado em 12/06/2023 com 4 jogadores.
Último jogo do dia, teve um hype lá fora e chegou aqui no Brasil meio que do nada. Ainda estou incerto sobre o jogo, pois ele realmente é diferentão. Em todo caso, a priori botarei na categoria padrão: não gosto e jogaria novamente. O maior problema para mim, no momento, é a variação de pontuação que pode rolar. Uma rodada pode lhe render 0 ou 27 pontos, dependendo da “sorte”. Sorte entre aspas, pois há uma certa leitura de mesa, só que no final das contas, é uma leitura sobre a leitura. “Eu sei que ele pode fazer isso, logo vou fazer isso, mas ele sabe que farei isso, então não farei isso”. Aí, termina meio que ficando aleatório. Tem um negócio também de você ganhar pontos por ter riscado (usado durante a partida) números, mas simplesmente não valem a pena.
080. Valknut (2020)
Jogado em 14/06/2023 com 4 jogadores.
Acabou-se São Paulo. Agora em Juazeiro do Norte, minha atual casa. Comecei a jogar os jogos que peguei na Math Trade, começando pelos jogos 1×1 que vão para a mesa mais facilmente. Eu fui empolgado para conhecer Valknut, pois sou fã de Summoner Wars e esse é um jogo assimétrico bem portátil para dois jogadores. Tem muitos méritos aqui, mas no final das contas deu tudo errado. Acho que o projeto foi muito ousado e falhou… O esforço para criar um jogo balanceado é gigantesco e tem muitas variáveis a considerar nesse caso em especificamente. Sinceramente? Não faço ideia se é balanceado, mas provavelmente não é. As partidas podem ser estranhas, joguei cinco partidas para ver todas as facções do jogo em mesa, são incluídas nove na caixa. Uma partida o jogador já tinha garantido a vitória no meio do jogo, sem ter como eu reagir. Outra partida eu venci na 1ª rodada. Outra ocorreu o mesmo da primeira (garantido vitória no meio do jogo e só protelando até o final ocorrer). E apenas a 4 foi razoável, mas ainda assim estranha: mover-se e voltar pro mesmo lugar ou ficar vários turnos parados. E a quinta partida foi com minha mãe, joguei só para ver todas as facções funcionando. Por incrível que pareça foi a menos pior, pois ela não consegue exploitar o jogo. O jogo beneficia muito o turtling, especialmente porque um grupo 2×2 é imortal. Valknut é um jogo para pessoas que não jogam estrategicamente se divertirem, pois se você for realmente competir, o jogo fica bem chato. Algum dia devo testar a variante Ragnarok, que permite cada jogador usar dois exércitos, talvez melhore ou lasque tudo de vez.
081. Schrödinger (2023)
Jogado em 14/06/2023 com 2 jogadores.
Joguinho nacional. Bem pequeno, portátil e simples. Diverte e cumpre bem seu papel, especialmente para o quão econômico é. Eu gostei da integração com o tema, apesar do jogo ser essencialmente um abstrato que envolve sacodir a caixinha e adivinhar o que tem dentro. Tem alguma dose de blefe e dedução que até dá um saborzinho a mais.
082. Epigo (2011)
Jogado em 15/06/2023 com 2 jogadores.
Abstrato antes dos abstratos estarem na moda. Inclusive, esse jogo é bem feinho, especialmente se comparado com o padrão atual. Epigo, inclusive, tirando o fato de ser um jogo sem tema eu não chamaria de Abstrato. Pois é um jogo sem informação perfeita (tudo aberto), inclusive o segredo faz parte do jogo e o caos está bem presente. Essa, talvez, seja a principal razão por eu não ter gostado tanto do jogo. Não sei, joguei apenas uma partida com o jogo base e tiveram rodadas que a gente só fazia e desfazia a jogada um do outro. Achei estranho. O jogo tem um folheto cheio de variantes, acho que vou testar algumas delas antes de desistir de Epigo.
083. É Top! Variedades (2021)
Jogado em 17/06/2023 com 4 jogadores.
Eita porra. Joguei no mesmo mês os três jogos de trivia do Rodrigo Rego. Dois desses jogos sendo colaboração com Leandro Pires, esse sendo um deles. Me surpreendi de achar esse o pior dos três, mas fiquei alegre. Afinal, esse é o jogo mais “antigo” dos três, ao menos em lançamento, talvez demonstrando uma evolução na criação desses jogos de trivia. Bom, ao menos para o meu gosto. Achei É Top! muito menos interessante mecanicamente que os outros dois e, para completar, tem eliminação de jogador. Que pode ocorrer cedo, claro que isso seria meio que culpa exclusiva do jogador que jogou muito mal, mas ainda assim… Acho ruim. Joguei a versão variedades, talvez a versão geek tivesse sido mais interessante.
084. Pillars of the Earth: Card Game (2010)
Jogado em 17/06/2023 com 4 jogadores.
Joguei esse vários anos atrás, só que com as regras incorretas. Então, nem contei. Inclusive, nem registrei a partida. Eu nem lembrava direito do jogo, só lembro que não gostei, mas achei que era por conta das regras incorretas. Ledo engano. Joguei agora tudo certinho e odiei. Mais um jogo de vaza chato pra caramba, bastante aleatório e, para piorar tudo, com dinâmica confusa. Se você é desses que gosta de vaza, talvez goste desse por ser bem diferente, mas foi um dos piores que joguei na vida. Sério, a contagem de carta aqui é extremamente necessária (coisa que odeio). Urgh.
085. Juicy Fruits (2021)
Jogado em 18/06/2023 com 4 jogadores.
Mais um Family Game que não me pegou. Cada um fica no seu tabuleiro, existe uma disputa por peças que estão em um tabuleiro com custo desbalanceado, acho que pensaram: ah, como os jogadores vão disputar, eles que re-balanceiem meu jogo durante a partida. Feio. Joguei mais uma vez e confirmei essas minhas impressões e foi até pior, pois consegui fazer uns sorvetes… E sorvete é completamente desproporcional ao restante das coisas (em termos de pontuação). Entendo que requer um turno “extra” para fazer, mas você pode fazer múltiplos sorvetes em um turno só movendo a peça vários espaços. Em suma, o jogo é simplório e desbalanceado. Qualidade do jogo: bem bonitão e as peças de madeira são grandonas. Acredito que funcione muito bem com famílias para um jogo descompromissado, o quebra-cabeça estilo Hora do Rush pode engajar bem. Tem um modo solo, não sei se vou testar, mas acho que não.
086. Oddville (2012)
Jogado em 21/06/2023 com 2 jogadores.
Agora estamos em Recife, sim, só nas viagens. Engraçado que Oddville tá na minha Wishlist, eu lembro disso, mas nem lembro a razão. O jogo saiu faz tanto tempo. Coincidentemente Gleydson tem e como o jogo é melhor para dois esperei a oportunidade surgir e surgiu agora. Joguei Oddville com dois jogadores e… É ok. Não faço ideia do motivo de eu querer o jogo, talvez tenha achado o aspecto de jogar as cartas interessante, mas é bem pequeno no jogo… Eu diria que até irrelevante. Em nenhum momento eu me senti muito preso as minhas cartas e sempre joguei até esvaziar a mão. Joguei bem? Provavelmente não, venci no critério de desempate. Em todo caso, removido da Wishlist. Até jogaria novamente, mas não achei nada demais.
087. Trials of the Temple (2019)
Jogado em 21/06/2023 com 2 jogadores.
Mais um que joguei apenas com dois. Gostei da proposta, mas não curti muito a execução. É um jogo com muitas cores, o que dificulta minha vida e meu processamento de informações… E, para dificultar ainda mais, esse jogo é muito propenso ao Analysis Paralysis. Coisa demais para avaliar, pinos demais para checar, recursos demais para saber se tem ou não. Muitas variáveis em um jogo que aparentemente é leve. Termina que não é tão divertido quanto eu gostaria que fosse. Jogaria novamente, talvez agora com três jogadores para ver. Eu gostei da dinâmica similar ao I Split, You Choose. Apesar de ter ido bem mal nela, mas é nela que está a maioria da interação do jogo. Ainda existe, claro, a disputa nas trilhas e você pular os oponentes e isso ter alguma relevância, mas é menor.
088. The Crew (2019)
Jogado em 24/06/2023 com 4 jogadores.
Demorei, mas finalmente joguei The Crew. Sempre tive a curiosidade… Cooperativo de vaza? Cooperativo posso adorar ou odiar, vaza eu quase sempre odeio. Sou masoquista? Não… Eu imaginei que essa combinação pudesse me encantar. E conseguiu. Aleluia! Temos um jogo de vaza que eu gosto. Sim, eu não só “tolero” The Crew, eu genuinamente gostei. Eu odeio contar cartas, mas aqui acho legal. Motivo? Ser cooperativo e ter restrição de comunicação. Eu preciso contar se não eu lasco meu time. Contar em jogos competitivos? Nah… Prefiro me lascar mesmo do que fazer o esforço. Aqui não, parece que vale a pena. Achei o jogo extremamente matemático, não faço ideia de como as pessoas “gerais” gostam, mas pelo visto é uma realidade (vide premiação do Spiel des Jahres). Fora que é bem rapidinho, 15 minutos ou menos a partida. No começo você fica um pouco perdido, mas depois a coisa engata. Acho que o motivo de eu gostar é por conta do meu maior problema com jogos de vaza: são extremamente aleatórios quem vence ou não, pois depende demais da mão. Por isso vários deles precisam que você joguei 500 mãos, para mitigar a aleatoriedade. Aqui não existe esse problema, pois não é competitivo. Claro que pode rolar azar na distribuição de cartas e afins, mas sinto que o impacto é bem menor do que em um jogo competitivo. Eu não sei se eu aguentaria a campanha inteira, talvez cansasse, mas toparia tentar.
089. Hadara (2022)
Jogado em 24/06/2023 com 4 jogadores.
Pronto, mais um jogo que eu me interessei a muito tempo, mas depois removi da Wishlist. Não sei por qual razão, pois ao jogar eu gostei. Talvez eu tenha achado ruim a falta de interação, pois o jogo realmente é cada um por si e comparar as pontuações no final. Entretanto, achei bem gostosinho de jogar. Boas decisões, crescimento durante a partida e decisões mais interessantes e impactantes no fim. Então, curti mas de fato é totalmente multiplayer solitaire.

Esse mês foi realmente apetitoso. Perdi até a conta de quantos jogos foram ao todo. Foram 25? Sei lá… Sei que já estou quase nos 100 jogos. Suspeito que em Julho chego lá. Prevejo um recorde bonitão esse ano. Quem diria? Depois de 10 anos no hobby e já tendo mil jogos nas costas conseguir jogar tanto jogo novo em um ano? Acho que isso demonstra o quanto o hobby cresceu aqui no Brasil e o quanto de jogo tem sido lançado nos últimos anos. Um excelente momento para estar inserido nesse meio.

4 Comments

  1. Thiago Guido Vieira Ribeiro
    7 de julho de 2023

    Achei o CuBirds maneirinho. Achei ele simples, mas legal. Nada memorável, mas ok.
    Project L já tive na coleção. Depois de algumas partidas simplesmente enjoei. Acho ele ok.
    Tô curioso pra conhecer esse “the number” o preço dele me chamou a atenção

    Responder
    1. Roberto
      7 de julho de 2023

      Opa Thiago.
      Sim, o CuBirds é bem bonzinho, mas sim nada demais.
      O Project L se eu comprasse acho que faria o mesmo que você.
      The Number acho que vai variar muito com a mesa e de achar graça em “fazer maldade”, tipo negar a pontuação do coleguinha e tals. Pode render umas risadas, mas achei simplesmente caótico (apesar de ter ganhado hehehe). Ficou o sentimento de “eu ganhei, mas poderia ter igualmente perdido por uma ou outra escolha diferente”. Na hora até parece que você é inteligentão hehehehe mas depois você meio que se liga que você até teve umas sacadas, mas no fim foi sorte de ninguém da mesa ter lhe barrado em determinados momentos. É uma proposta diferente e acho que só isso vale a jogatina.

      Responder
  2. Cesar Cusin
    14 de julho de 2023

    Ainda bem que não curtiu Epigo… Bóra fazer uma troca?

    Responder
    1. Roberto
      14 de julho de 2023

      huehuehuhe Preciso testar mais vezes… A priori eu achei que meu problema era com a sorte/caos em si, mas não é… É aqueles turnos mortos mesmo, que são estranhos pra mim. Talvez as variantes melhorem.

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Scroll to top