Chegadas e saídas #37

Participei de não uma Math Trade, mas duas. E, como sempre, teremos mais um vai-e-vem da coleção.

Deep Sea Adventure (2017)
Esse já partiu tem muito tempo, mas como não queria postar uma lista com apenas ele, aguardei uns meses. Terminou que juntou jogo até demais. Até que o jogo é bonzinho, mas apenas com a contagem de três jogadores. Achei muito específico. Com dois nunca joguei, mas imagino que fique bem sem graça; com quatro ainda dá para jogar, mas já fica muito imediatista; com cinco é bem ruim, não dá tempo de nada; e com seis, que também nunca joguei, deve ser uma desgraça. A ideia do jogo é que os jogadores vão mergulhando cada vez mais profundamente para coletar tesouros melhores e retornar antes do oxigênio (que é compartilhado) acabar. Funciona legal com três, apesar da muita sorte envolvida. Estou com cada vez menos jogos de dados aqui. Até ficaram alguns jogos com dados aqui. Sim, perceba a diferença. Uma coisa é jogo de dado outra é com dado. Não entendeu? Pergunta nos comentários. hehe
Abyss (2014)
Peguei esse jogo em uma troca, pois a lembrança é que era um jogo legalzinho. Última vez que tinha jogado (antes de trocar) foi em 2017. Então, joguei ele mais duas vezes em 2022 e deixei para trocar. O jogo continua legalzinho, mas é só isso mesmo. Não sinto aquela vontade de botar na mesa para jogar, as partidas me parecem muito similares. Então, como teve Math Trade, botei lá e troquei. Não fiquei satisfeito com a troca, na verdade acho que era melhor nem ter trocado. Não faço ideia do motivo de ter marcado o jogo que recebi por Abyss… Coisa estranha. Bom, paciência.
The Red Cathedral (2020)
Esse eu me frustrei demais. Jurava que ia gostar, mas me surpreendi negativamente. O jogo não é terrível, mas nem de longe o que minha expectativa “prometeu”. Estou achando que meu problema é realmente com rondels. Maioria dos jogos com essa mecânica me parecem repetitivos e enfadonhos. Esse, definitivamente, não é uma exceção. Existe até um controle de área muito bem feitinho para compensar, mas não adiantou: o rondel estragou o jogo. Além do feeling de repeteco a partida inteira por ficar rodando nesse rondel desgraçado, o jogo também é propenso à Analysis Paralysis, justamente (você adivinhou) por causa do rondel. Todo rondel “curto” deixa o jogo com um elemento tático meio irritante. Irritante, pois não há planejamento: chegou na sua vez tudo pode mudar. Testei o jogo inclusive com dois, mas não adiantou. O caos diminui, mas a interação também e fica tudo muito mais previsível. Pena… #xatiado mesmo.
Chronicles of Crime (2018)
Esse tem tempo que tou de olho, já joguei um cenário de teste faz um bom tempo. Então, é um jogo que conheci tem três anos, curti e fiquei com ele na cabeça esse tempo todo. Conheci na época da pandemia, jogando em casa sozinho. Então, ele pareceu na Math Trade e eu peguei. Devo dizer que a priori foi a única troca que realmente fiquei satisfeito. É, Math Trade tem dessas, mas a culpa é toda sua (no caso, minha). Que fica marcando coisas demais. Espero que os outros jogos que peguei rendam legal também. Essa lista foi escrita na ordem de chegada, então nesse momento ainda não chegou os outros dois jogos que peguei. Pessoal demorou um bocado para enviar.
Blue Lagoon (2018)
Antes dos jogos de Math Trade chegarem, chegou uns jogos de uma comprinha que fiz. Blue Lagoon é mais um desses que eu já conhecia e queria ter. Sim, cansei de comprar jogos na doida e me frustrar. Agora tou indo para jogos da minha Wishlist que adicionei por ter já jogado e curtido. Esse, em específico, joguei no último Spa que participei antes da pandemia. Inclusive, esse Spa foi aqui em Juazeiro do Norte. Pois é, você que mora aqui e não foi, perdeu… Acho difícil ter outro desses por aqui. Bom, Blue Lagoon é um jogo do Reiner Knizia que lembra muito Through the Desert (que achei legal, mas não tanto quanto esse) e também Medina. Eu acho Medina melhor que Blue Lagoon e tenho ele na coleção, só que é um jogo muito mais envolvente e “complexo”. Aqui temos um jogo mais acessível, mas ainda assim com boas nuances. Comprei, pois aparentemente está sumindo das lojas.
Break the Code (2017)
Eu percebi recentemente que não tenho jogos de dedução (pura) na minha coleção. Quando digo dedução pura são jogos realmente matemáticos e que envolvam raciocínio dedutivo. Regicida é dedução, mas é aquela dedução meio feita no chute e baseada em leitura de mesa, que pode envolver blefe e afins. Então, como é um estilo de jogo que gosto e não tenho nenhum, resolvi ir atrás de um simples, fácil e que eu não conhecia. Então, sim, mais uma compra feita nas cegas (sem conhecer antes), mas acho que vou gostar.
King Me! (2004)
E aqui está o estranho da lista. Jogo bem antigo e nunca lançado no Brasil chegando na coleção. O que aconteceu? Bom, algo bem interessante. Lá no BGG apareceu um usuário dando jogos. Isso mesmo que você leu. Basicamente, era só você chegar lá e dizer que queria o jogo. Obviamente, várias pessoas quiseram e aí ele decidia quem levava o jogo. Eu olhei todos os jogos e vi sentido em pedir esse, pois é um jogo muito na linha de Regicida, até mesmo o tema. Então falei que tinha criado um jogo e que seria muito bom testar esse jogo que tinha ideias tão similares. Pronto, ganhei. A caixa veio com um amassado bem grande na lateral, mas… De graça, né? Acho que vou gostar do jogo, bom que comporta até 6 jogadores, tal qual Regicida.
Civilization: A New Dawn (2017)
Essa foi a troca mais nada a ver que fiz. Não que eu não trocaria Abyss por esse jogo, mas eu peguei a versão em inglês. Esse jogo é cheio de texto, vai ser meio bosta botar na mesa assim. E pior de tudo: se eu não gostar, duvido conseguir repassar… Afinal, o jogo já foi lançado aqui e por preços bem ridículos. Acho que foi uma das piores trocas que fiz na vida, espero morder a língua achando o jogo bem bom. Duvido, já joguei o “pai” desse jogo e odiei. Tudo bem que o jogo mais antigo é bem mais pesado e muita gente diz justamente que esse é muito pior por ser muito simplificado e abstrato. Como pode um jogo abstrato ter tanto texto? Ah, droga…
Kahuna (1998)
Mais jogos saindo nas trocas, sendo que dessa vez são trocas no Diversão Offline. Que massa, primeira vez que participo de uma Math Trade que não tem envio pelos Correios. Meu sonho é ter uma no Spa, acho que seria um sucesso. Bom, vamos falar sobre Kahuna. Eu tenho sentimentos misturados com esse jogo. Gosto da ideia e até gosto de jogar, mas é um jogo meio estranho. Acho que meu problema é com a memorização de cartas, que eu não gosto. Não que o jogo para funcionar precise, você pode jogar sem memorizar. Só vai jogar mal. Só que se fosse só jogar mal, eu até aceitava… Mas o jogo meio que lhe pune por não memorizar as cartas. Isto é, você sacou na doida? Vai chegar um momento que você fica travado e não consegue jogar ou, pior ainda, precisa jogar e só existe jogadas que lhe sabotam. Sei lá, acho que esse jogo apesar de inteligente e de ter boas ideias, não consegue se equiparar aos abstratos mais atuais. Abstrato com memorização e informação “escondida” é simplesmente diferente demais para mim.
Bosk (2019)
Mais um que até gostei e achei simpático mas que partiu. Bosk é um jogo bem bonito que comprei para me recuperar da frustração que foi ter Fotossíntese. Afinal, é um jogo também com aquelas árvores bonitinhas, só que com uma dinâmica bem diferente de controle de área. Eu prefiro Bosk ao Fotossíntese, só que não o suficiente para manter o jogo. Joguei quatro partidas antes do jogo partir, com todas as possibilidades de jogadores, e o jogo simplesmente não tem muito brilho. É simplesmente bonzinho. Minha crítica maior ao jogo é que jogadores iniciantes ficam meio que sem entender o começo do jogo, como colocar as árvores, onde colocar. Assim, não é tanto demérito do jogo, mas percebo que isso incomoda as pessoas. Elas simplesmente não conseguem compreender a razão daquilo tudo. Como é um jogo bem leve, realmente fica estranho as pessoas jogarem parte do jogo na doida. Bosk também saiu nas trocas.
Prehistory (2018)
Esse jogo foi embora por motivos bem concretos: desbalanceamento em múltiplos pontos do jogo, propensão à Analysis Paralysis, Worker Placement disfarçado mas sem deixar a implementação interessante, muito longo pelo tanto que proporciona. Prehistory é um daqueles jogos lançados em Kickstarter que possui problemas de desenvolvimento. Até hoje eu não entendo por qual razão as empresas brasileiras trazem jogos assim. Eles tem a faca e o queijo na mão (vêem o produto já pronto e só precisam escolher dentre os melhores) e continuam trazendo jogos problemáticos. Vai entender… Bom, agora é problema de outra pessoa.
Renature (2020)
Estava na dúvida se trocava ou não. Renature tem vários elementos que me satisfazem, em especial é o jogo ser meio diferentão. Gosto quando aparecem umas ideias meio loucas assim, como usar dominós em um jogo de controle de área apenas como maneira de restringir as opções dos jogadores. Achei genial. Só que o jogo se perde em suas outras mecânicas, em especial as de empate, esse negócio de matar no empate é ruim e ainda botar peças neutras para possibilitar isso piora mais ainda; as peças neutras por si só também é um problema, pior que parece uma boa ideia, e pode até ser, mas precisa de mesas mais experientes para funcionar; e a contagem de pontos toda vez que bota uma peça, isso é bem chato e esquecível. Resumindo: o problema de Renature é ele querer ser um Family Game e ser em vários aspectos (em especial a falta de controle e possibilidade de vencer mesmo jogando na doida) só que aí querer botar umas decisões que soam importantes mas que no final se perdem por conta da natureza “aleatória” do jogo.

Pode parecer que saiu mais do que chegou, mas é que ainda não botei os jogos que chegaram da segunda Math Trade, pois pegarei no Diversão Offline apenas. Então, novamente coleção crescendo. E além dos jogos que vão chegar da Math Trade, é bem provável eu comprar alguma coisinha também nesse final de semana no Diversão Offline. Ai ai…

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