Desafio 5×3 – Miguel Menino

Não, eu não desisti do Desafio dos brothers. Um mês passou batido por conta de farrapagem, mas voltamos. Hoje, agora contamos com um menino especial.

Miguel Menino é gente boa demais. Acho chique a pessoa ter um nome que combina com ela. Não é o meu caso, já que vivem me confundindo com outros nomes com R e, claramente, não sou uma árvore. Menino é um desses que o nome tá alinhado com a natureza do seu portador: muito brincalhão. Então, é sempre uma diversão jogar uma partida com Menino. Sabe aquela máxima que é melhor jogar um jogo ruim na mesa certa do que um jogo bom com a mesa errada? Poisé, mesmo um jogo bosta pode se tornar uma experiência agradável numa mesa com Menino. Salvo engano, conheci esse rapazote na V Copa Taverna de Summoner Wars. Inclusive, o desgraçado foi campeão e na Copa seguinte, não satisfeito, levou um parente (também Menino) para levar no o caneco. Não jogo com Menino tanto quanto gostaria, pois ele não é nem de Recife e nem de Juazeiro do Norte. Então, fica difícil a gente se encontrar. Inclusive, por conta disso eu nem tenho muita noção do gosto desse brincante. Para meu deleite, nos encontramos no Spa dos Jogos que teve nesse ano e tivemos várias partidas massa. Inclusive, os dois melhores jogos que conheci no Spa foram jogados com Menino na mesa. Será que foi o jogo ou foi a magia do Menino? Então, hoje, no Globo Rural conheceremos mais sobre essa criatura serelepe que responde pela alcunha de Menino: o que é, onde vive, do que se alimenta?

#5. Summoner Wars (2009)
Eis aqui um dos meus queridos pela forma como entrou na minha estante. Esse jogo entrou em financiamento coletivo no Brasil em 2012. Um sobrinho meu (e grande entusiasta do hobby), participou da campanha e me apresentou o jogo, que passou a ser, na época o nosso “xadrez” do fim de semana. “Um jogo de cartas, com raças e poderes variados, e com um tabuleiro?” Ah, isso era fantástico.
E foi graças a um campeonato de Summoner Wars (que acabei me inscrevendo de última hora), realizado pela equipe da Taverna, que pude conhecer muita gente legal dentro do hobby.
#4. Gloomhaven: Jaws of the Lion (2020)
E agora chegamos a uma grata surpresa, pelo menos para mim. Não é um jogo que me despertou interesse em seu lançamento, tanto quanto vários outros Dungeon Crawlers que já possuí e acabaram nas cavernas do esquecimento. Não sou muito fã de jogos cooperativos, e por isso na grande maioria das vezes evito jogar, seja pelo fator alfa player, seja pela experiência que o jogo oferece. Essa cópia consegui através de uma troca, influenciado pela ideia do “livro-tabuleiro (ou como é chamado, livro de cenários)”, e a forma cadenciada que o jogo se apresenta. Daí, pensei: “Será que conseguiram fazer um bom Dungeon Crawler que não necessite que se faça a leitura de um TCC para jogar?”. E para minha surpresa, a resposta foi: sim. O jogo cresce à medida que você avança e de uma forma muito didática, diria até simples.
#3. Cyclades (2018)
Um dos meus primeiros importados e até hoje um grande xodó (aguardando a versão pimpada que já foi anunciada). Um jogo de leilão, controle de área, rolagem de dados, entre outras mecânicas e isso tudo com miniaturas lindinhas e maldade contra os amiguinhos! E apesar de preferir jogos onde não exista o confronto direto aos oponentes, esse é uma exceção, e não sei explicar o motivo, mas acredito que o tema ajude muito, pois me agrada bastante toda a mitologia que envolve o jogo. Além disso, dá pra aproveitar momentos de guerra entre outros participantes para tentar preparar os caminhos para vitória.
#2. Trajan (2011)
Pontos para todos os lados (Feld levanta a mão!). Aqui conheci a mecânica da mancala, que me deixaria maluco e apaixonado, ou seja, tudo dentro da normalidade. Um jogo de 2011, que me fascina pelas estratégias que podemos utilizar e claro, pela mancala, onde planejamos e fazemos nosso jogo girar. Temos aqui um euro de peso 3,65 no BGG, mas que me surpreende por ser razoavelmente fácil de explicar e jogar, pois já apresentei em mesas de iniciantes e “rodou” de maneira bem tranquila.
#1. Tzolk’in (2012)
Lançado em 2012 (para provar que o mundo não acabaria naquele ano), para mim foi um dos jogos que mais me mostrou inovações dentro de uma mecânica conhecida por ser simples, que é a alocação de trabalhadores. Claro, alocar um trabalhador e fazer a ação pode não parecer nada complicado e neste jogo também não é, mas o fato de fazer a alocação pensando em ações futuras e sabendo que suas ações e de seus oponentes podem mudar a recompensa recebida, pra mim ficou fantástico. As engrenagens que fazem o jogo girar (literalmente), adicionaram uma jogabilidade muito boa e com grande apelo visual. O planejamento a longo prazo é crucial. Frita cérebro de primeira categoria.

Ora, ora… Uns jogos bons aqui. Mais comentários no final. Ah, se você tá perdido: os jogos acima são os preferidos de Menino. Os próximos serão os odiados ou, melhor falando, os que Menino menos gosta. E a ordem está sempre sendo do menos (adorado/odiado) para o mais.

#5. Ticket to Ride (2004)
E neste caso, prefiro a música. Mas vamos com calma que a viagem não é tão simples. Pra mim, o problema de jogar o Ticket to Ride é a necessidade de aceitar que você pode começar perdendo do início ao fim e daí ser apenas um passageiro durante a jogatina. A forma travada como ele se apresenta e a alta sorte envolvida acabam por me afastar do jogo. “Ah, mas tu gosta de jogo com dados, e reclama da sorte?”, calma jovem passageiro, jogos que envolvem sorte (por necessidade) e oferecem opções de mitigar essa sorte me agradam, dentro de um certo limite. No caso deste jogo, apenas não me vejo juntando cartas infinitamente e vendo minhas rotas sendo travadas sem que eu possa fazer nada, como sendo algo divertido.
#4. Coup (2012)
Participei do financiamento coletivo e juro que tentei gostar. Porém me divertia muito mais com um jogo chamado Robin Hood (2011) (que depois veio uma reimplementação com o nome Sheriff of Nottingham), do que com o Coup. Não são iguais, claro, mas no quesito blefe e diversão, o segundo me agradava bem mais.
#3. Elder Sign (2011)
Vamos lá, joga os dados forma o conjunto que se pede na carta. Conseguiu? Abre outra, não conseguiu? Vai de novo. E nisso continua até perder o jogo ou a paciência. (Em tempo, adoro o tema, mas aqui os antigos venceram com sobra).
#2. Krosmaster Arena (2012)
Minis bonitas em um belo cenário para um PVP, e o jogo é isso. Admirava a galera jogando na Taverna, e quando finalmente comprei, vi que o PVP não servia pra mim. Como disse acima, o embate direto com outros jogadores não me agrada tanto, e talvez isso aconteça pelo fato de jogar muito com minha esposa e ela sempre preferir os euros. .
#1. Galáxia S.A. (2011)
Jogo nacional, que simplesmente não consegui ler as cartas de ruim que ficou a produção. Sério, até acho que o jogo (na época) era interessante, mas a qualidade dos componentes era sofrível. Até pra me desfazer foi problemático.

Menino sendo bem polido nos seus ódios. Uma criaturinha iluminada mesmo. hehehe E agora, os jogos que Menino ainda não jogou, mas gostaria de conhecer.

#5. Arkham Horror: The Card Game (2016)
Mais um cooperativo (vejam que estou tentando). Nesse caso, o tema já me agrada bastante. Até agora, o que li e assisti sobre o jogo me agradaram bastante (tanto quanto The Lord of the Rings Card Game, mas que acabou saindo da coleção mais rápido do que o Pippin da agenda de Gandalf). Será? Só testando pra saber.
#4. Nemesis (2018)
Vamos de cooperativo, com miniaturas e tema espacial? Claro, desde que seja a cópia de alguém primeiro. Como disse, tenho um pé atrás com coops, e se as cópias passam de meio salário, aí são os dois pés pra trás.
#3. Barrage (2019)
Mais um euro econômico e pesado que me desperta interesse. Já tive a oportunidade de comprar num preço que considero razoável, porém, gostaria de realmente participar de uma partida antes de tomar a decisão de compra. Gosto de euros médios e pesados, porém, nem todo jogo econômico me agrada, por isso, pensando de “forma econômica”, tenho o interesse em conhecer antes de comprar.
#2. Brass: Birminghan (2018)
Tive a primeira versão do Brass, jogo econômico, pesado e delicioso de se jogar. Vendi minha cópia quando soube da reimplementação. Sei que o Lancashire é a reimplementação do Brass e por isso tenho interesse em conhecer o Birminghan, justamente pelos ajustes utilizados para 2 jogadores feitos nessa versão, além é claro das mudanças de regras que, de uma forma geral, o distanciam um pouco do antigo jogo.
#1. Gaia Project (2017)
É, gostaria de saber dessa Gaia. Mas vamos lá, que o projeto está no ar. Todos bem sabem que Gaia Project é o Terra Mystica espacial. Pra uns, mais bonito, para outros um verdadeiro Alien, mas a verdade é que as mudanças presentes no Gaia Project é que me despertam atenção. Já tive e joguei o Terra Mystica, porém, hoje já não existe na coleção pelo fato de não ser tão bom com uma quantidade pequena de jogadores, algo que foi ajustado no Gaia Project, segundo li. Além disso, acho o tema espacial mais atraente.

Pronto. E é isso que temos sobre Menino. Uns Want bem modestos e até com um certo tempo já. Interessante ver essa lista de Menino, deu para ter um vislumbre do gosto dele que eu não sabia muito sobre. Antes de começar a minha clássica avaliação, deixo para sua apreciação a foto do campeão, direto do túnel do tempo.

Pronto, agora sim posso fazer meu auto-jogo. Olharei os jogos Top e Bottom pra ver se eu: Aceito, não que eu concorde totalmente e plenamente, mas aceito que esteja onde está; Discordo, esse é discordância total da escolha do coleguinha; ou se Caguei, esse é basicamente que eu sou neutro sobre onde o jogo está ou simplesmente desconheço.

  • Aceito: Summoner Wars, Gloomhaven: Jaws of the Lion, Tzolk’in, Ticket to Ride, Coup, Elder Sign, Krosmaster. (+1 ponto cada)
  • Discordo: Trajan, Cyclades. (-1 ponto cada)
  • Caguei: Galáxia S.A. (0 ponto cada)

Deixando a pontuação de afinidade com Menino de… +5! Eita que eu não esperava essa harmonia com Menino. Boas escolhas pro Top, tirando Cyclades que eu acho bem ruim mesmo. Bem. Ruim. Mesmo. Trajan eu não gostei quando joguei, inclusive estou com a impressão que Menino comprou a minha cópia. Foi isso mesmo? Já o Galáxia S.A eu simplesmente não conheço. Muito legal ver Summoner Wars figurando algum Top, pelo visto a memoria afetiva do pessoal da Taverna que pegou essa época dos Campeonatos é bem forte com esse jogo.

Concluído mais um Desafio x3 dos brothers. Quem será o próximo?

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