Desafio x3 – Jogos de 2011

Parece que faz um tempão que escrevi uma postagem dessa, mas nem faz tanto, né? Até o momento alguns anos excelentes numa sequência. Bom, 2010 tivemos 44 jogos, como estamos sempre incrementando. Dessa vez temos…

Jogos de 2011: 62 jogos

É, o salto dessa vez foi grande, mas esperado. É a época que comecei a jogar, então conheci lançamentos do ano e tudo mais, isso facilita ter conhecidos mais jogos lançados nesse ano. Apesar de ter iniciado nas jogatinas em 2010, eu conheci apenas uns 10 jogos nesse primeiro ano. Já em 2011, foi quando o hobby realmente tomou tração. Nessa ano, eu conheci mais de 50 jogos novos (não necessariamente lançados em 2011, claro). Então, realmente, foi esse o ano que vi as possibilidades. Bom, deixando essa conversa de lado, vamos aos jogos!

Esse deve ter sido o ano do Stefan Feld, alguns diriam que Trajan seria um destaque, mas eu particularmente não gostei. Sendo que tem um que considero o melhor jogo do autor: Castles of Burgundy. Euro Game relativamente mediano que eu já gostava antes, mas hoje em dia passei a apreciar ainda mais depois de jogá-lo com apenas 2 jogadores. Certeza é a melhor configuração do jogo. Com 4 jogadores é uma tortura e com 3 jogadores é passável. Um outro jogo do autor desse mesmo ano é o agridoce Strasbourg. É um dos poucos jogos de Leilão que gosto, vendi, pois é um jogo de fortes emoções e frustrações que eu não conseguia botar tanto na mesa. Me serviu de alguma inspiração para meu próprio jogo Distrito 6, mas acho que poucos perceberiam isso se eu não estivesse falando. Ou melhor, escrevendo.

Apesar de gostar muito desses dois jogos do Feld, acho que eu destacaria dois jogos Ameritrashs. Sim, às vezes sou eclético. Nesse estilo de jogo, geralmente você tem muito conflito, temática bem presente e vários elementos de sorte. Normalmente não sou fã do estilo, mas tem duas exceções bem fortes nesse ano. A Game of Thrones: The Board Game, sim o jogo de tabuleiro de Game of Thrones. Coincidentemente (duvido) a série foi lançada nesse mesmo ano. Talvez você até se surpreenda como um jogo baseado em uma propriedade intelectual possa agradar, mas ele na verdade é a segunda edição do jogo baseado nos livros. A primeira edição do jogo foi lançada em 2000 e os livros existem desde 1996. E o que tem para gostar nesse jogo? Bom, além do tema que me agrada muito, temos aqui um jogo de guerra que tem pouquíssimos elementos de sorte. O combate não usa dados ou qualquer aleatoriedade e isso é muito interessante, considerando que a maioria dos jogos de guerra depositam suas fichas nos dados para gerar emoção no jogo. Aqui não foi necessário, bastante emoção, intriga, traições e surpresas por conta do sistema de alocação de ações que é secreto. Então, você pode negociar uma aliança e, na hora da verdade, apoiar outro jogador numa batalha. Eu já tive e vendi, pois por alguma razão esse jogo acumula um mofo terrível. É um jogo muito demorado, então eu não jogava muito, mas toda partida era memorável. Então, não é um jogo lançado as pressas apenas para lucrar, é realmente um bom jogo. Hoje em dia queria jogar a expansão nova, então me chame para essa jogatina épica.

O outro jogo que queria destacar é Blood Bowl: Team Manager. Baseado também em uma propriedade intelectual, mas agora é de Warhammer. Você, leitor, talvez não conheça, mas tem uma legião de fãs esse negócio. Resolveram criar um Card Game que é uma versão multiplayer do jogo original de miniaturas que meio que se baseia em futebol americano, mas é ligeiramente diferente. A bola não é o aspecto mais importante do jogo, ela parece que somente está lá para dar um propósito para todo o sangue e porradaria que acontece na partida. É até estranho eu gostar desse jogo. Muita sorte, caótico, variações gigantes na pontuação, uma loucura. Mas, por alguma razão, parece que tudo se encaixa aqui e faz sentido. Já vendi, pois alguns amigos gostavam mais do que eu e eu estava de mudança. Entretanto, se você não conhece, recomendo pelo menos dar uma olhadinha.

Tem vários jogos na média, que vou deixar passar, pois a quantidade de desgraças é grande. Primeiro: alguém me explica qual o sentido de LCGs cooperativos? Eu não sou muito fã do cenário competitivo desses Card Games, mas cooperação com construção de deck? Sei lá, soa estranho você ficar montando decks para vencer cenários. Deve ser só por eu não gostar disso, acho. Bom, qual o jogo em questão? The Lord of the Ring LCG. Joguei a sua reimplementação com tema da Marvel agora, melhora bastante, mas ainda assim… Meh. Temos também nesse ano a desgraceira que inventaram de misturar Deck Building com dado: Quarriors. Ê joguinho, viu? Compre os dados com mais Hit Points e vença. Até hoje não saquei a desse jogo, a impressão é que joguei errado, não é possível. E já que estamos falando de dados… Que tal o queridinho King of Tokyo? Um amigo tem, então eu até jogo, mas é anestesiado já. Entendo o apelo nas primeiras 5 partidas, mas depois? Munchkin Zombies, só para aproveitar a oportunidade de ter um jogo da linha lançado esse ano. Preciso apresentar? Melhor não, se você não conhece tá bem demais. Aproveitar que começamos falando de cartas e citar aqui no finzinho Sentinels of the Multiverse, que eu renomearia para: Non Marvel Heroes: The Spreadsheet Game.

Ah, calma lá… Esqueci de Village. O jogo aqui não é terrível, mas como daltônico é impossível para mim jogá-lo sem perturbar todo mundo da mesa a cada 5 segundos. E, para fechar a desgraceira, o pior jogo do ano: Takenoko. Sim, sei que uma galera adora o panda fofinho, mas esse jogo é um buraco negro de desbalanceamento. Uma pena componentes tão bons e legais terem sido usados para conceber essa coisa.

Ok, respira fundo. Agora vamos falar de coisa boa… Ou não, mas pelo menos coisa que queria conhecer. Tem um abstrato chamado RED que achei bem interessante, mas duvido conhecer um dia. Uns jogos que tenho alguma curiosidade é Tragedy Looper e Gears of War, mas é aquela curiosidade sem compromisso. Curiosidade genuína são com uns jogos de movimentação secreta: Letter from Whitechapel, o jogo que um jogador é Jack Estripador e os demais tentam capturá-lo; e Ninja: Legend of the Scorpion Clan, esse é mais desconhecido, são ninjas escondidos contra samurais. Numa linha similar, mas não tanto, tem o Dark Moon, um jogo de dedução social e intriga. Na verdade, esse jogo foi baseado em um Print & Play gratuito feito em cima do Battlestar Galactica, só que com uma duração curta. Recentemente fiz uma postagem sobre Real-Time e tem um que gostaria de conhecer: Panic on Wall Street!, basicamente são jogadores fazendo troca de ações em tempo real. Deve ser uma zona, mas pode ser legal. Eu não gosto muito de negociação, mas talvez com a pressão do tempo o negócio dê uma animada. Um que adoraria que lançassem no Brasil, apesar de nunca ter jogado, é o Pictomania. Digo lançar no Brasil, pois é dependente de idioma. É um desses jogos de desenho e adivinhação, feito Imagem & Ação, só que do Vlaada. Queria, hein?

Muitos jogos, mas postagens curtinhas para não ficar enfadonho. Conheceu algum jogo hoje? Acho que sim, hein? Vários jogos não tão famosos aí no meio.

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