Top 5 Exceções à Regra

Existe um canal do Youtube, lá das gringas, voltado para jogos de tabuleiro que faz alguns Top 10 chamado The Dice Tower. Geralmente, essas listas não serviam de muita coisa fora passar o tempo… O gosto deles é bem duvidoso. Entretanto, teve uma lista que foi muito boa e me inspirou para a postagem de hoje.

Bom, vou deixar aqui embaixo o vídeo deles, se quiser ver…

Basicamente, é uma lista com jogos que a pessoa geralmente não gosta do estilo, mas gostou de algum jogo em específico. Essa tipo de distinção pode ser muito interessante, pois com certeza jogos que se adequam a essa realidade ou são muito bons ou são muito diferentes. Duas qualidades que eu aprecio. Então, anotei essa ideia para um futuro e cá estamos nós. Sem mais delongas… Escolhi cinco jogos. Alguns já comentei bastante por aqui, quem sabe aqui não desperta seu interesse?

#5. Mamma Mia! (1998)
Uma das mecânicas mais sem graça que existe é memória. Considero, de modo geral, uma maneira simplória de criar jogos infantis. Inclusive, transpor esse universo e chegar um jogo de memória aos adultos chega a ser ridículo. Memória não é algo divertido de exercer em um período curto, ao menos eu e a maioria das pessoas que conheço não acham. Entretanto, Mamma Mia! um jogo do famosinho Uwe Rosenberg usa memória de uma maneira brilhante. Primeiro que é um jogo bem leve, segundo que é um jogo sobre pizza e terceiro que é um jogo onda a memória é tratada de um jeito diferente. Não é como um jogo de memória ou algo que você precisa ir armazenando cada vez mais. Além disso, o jogo proporciona algumas oportunidades para o jogador arriscar e ainda ter chances de conseguir pontos. O jogo é tão interessante que, por alguma razão que desconheço, já tive esse jogo duas vezes e, em alguns momentos penso em ter em um terceiro momento. Acho que é o único jogo que passou por isso.
#4. Blood Bowl: Team Manager (2011)
Eu odeio Take That, sorte excessiva e jogos caóticos demais. Blood Bowl é tudo isso e um pouco mais. Por alguma razão obscura eu gosto do jogo. Ele simplesmente me diverte em vez de me frustrar. Será que é o cenário totalmente louco? Não sei, mas o jogo consegue fazer vários elementos que acho uma desgraça brilharem. Sabe quando você faz uma rolagem e isso te custa trocentos pontos? Acontece aqui, mas o sentimento é diferente da maioria dos jogos e eu não consigo explicar o motivo.
#3. Strasbourg (2011)
Eu abomino leilões. Sempre soa como Lazy Design, especialmente quando é Bruno Cathala usando. Eu poderia até dizer um ou outro jogo com leilão que eu acho razoável, mas acho que o único que gosto realmente é Strasbourg. Muito provavelmente por ser bem diferente do usual: o leilão é de lance único, em vez de ficar rodando na mesa eternamente; não é utilizado moedas no leilão, mas um recurso a parte; você sabe, quase com certeza, quais leilões precisa ganhar, em vez de ficar atirando na louca; o leilão é algo realmente importante e deve ser considerado com muito cuidado, em vez de ser algo leviano e que perder/ganhar nem faz tanta diferença. Resumindo: o leilão é o aspecto central do jogo e foi criado para ser algo importante. Tudo bem que vários jogos do Knizia são assim, mas nenhum nunca conseguiu me pegar. Na realidade, o fato de só existir leilão no jogo é chato. Strasbourg não é assim, tem vários elementos a serem considerados, mas ainda assim o leilão é importante o suficiente para se destacar.
#2. Gloomhaven: Jaws of the Lion (2020)
Nunca fui muito fã de Dungeon Crawlers. Talvez por ter jogado RPG tanto tempo, meio que fiquei anestesiado. Eu penso que se você quer uma porradaria numa Dungeon ou um jogo com boas histórias, é melhor jogar um RPG. E eu já parti dessa. Então, termina que não aproveito ou curto tanto esses jogos que tentam “simular” uma partida de RPG, mesmo que apenas a parte do combate. Gloomhaven foi outra história. Nunca joguei o base, mas a tive a oportunidade de conhecer essa versão reduzida (que de pequena não tem nada). Jogo realmente merecedor ser o 1º do BGG. Mas o que tem de tão bom aqui? Simples, é um jogo com praticamente tudo de Dungeon Crawler feito do jeito certo: existe tensão sem sorte excessiva, existe sorte sem parecer que tá ali a toa, existe construção de personagem de um jeito interessante e, claro, tem toda uma mecânica diferente e interessante para realizar as ações no jogo. O sistema de inteligência artificial também é muito bem bolado e simples o suficiente para não ser sacal.
#1. Summoner Wars (2009)
E agora o queridinho. Faz um tempo que não falo de Summoner Wars. A principal razão é que não jogo mais. Tanto por não estar jogando jogos em geral (quarentena eterna), mas também pelas partidas serem bem ocasionais. Tem sido raro juntar apenas 2 pessoas e dado a complexidade (que não é muita, mas não é pouca), eu tenho evitado apresentar. Entretanto, Summoner Wars conseguiu o que nenhum outro LCG conseguiu: ser interessante. O tabuleiro dá um charme a mais no jogo e coloca-o totalmente a parte dos outros. Os dados? Tem quem odeie, mas sem eles seria apenas mais um jogo de min-max entediante, como 99% dos Card Games. As qualidades são vastas e como já citei em vários momentos aqui não vou me estender. Recomendo muito conhecer. Hoje em dia o Master Set é vendido a preço de banana por aí.

Pronto. Que tal? Ficou interessado em conhecer algum?

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