Desafio 5×3 – Jogos Solo

Estava com a ideia de fazer esse Desafio 5×3 tem um bom tempo, mas como estava jogando vários Jogos Solo, decidi esperar. Como agora dei uma diminuída gigante nessa exploração, resolvi finalmente elaborar essa postagem. Foi bem fácil elaborar o Top e Bottom, pois tem muitas coisas frescas na memória e odeio uma boa quantidade de Jogos Solo. Então, a dificuldade foi mais no Want, pois precisei pesquisar já que não é um gênero que eu conheço tão bem ou tenho curiosidade.

Lembrando que eu já joguei diversos jogos que são possíveis solo (99% dos cooperativos), mas nem por isso indica que já os joguei com apenas um jogador. Então, talvez um jogo bem interessante solo (que eu já conheço) não esteja por aqui simplesmente por eu nunca ter jogado ele solo. Sem mais, vamos ao Top 5.

#5. Cartographers (2019)
Melhor Flip and Write que conheci nessa quarentena. Alguns poucos chegaram perto, mas claramente não houve uma disputa acirrada. E olhe que conheci pelo menos uns 15 jogos nesse estilo. Cartographers é interessante, para mim, por usar formatos de Tetris com uma série de outras regras nos quais simplesmente transformam o jogo em um  grande quebra-cabeça. Você precisa pensar na ordem de investir nos objetivos e também montar seu mapa da melhor maneira tendo em vista as informações que recebe. Ele é diferente do Flip and Write usual, pois a aleatoriedade parece ter um impacto bem inferior em comparação à maioria dos jogos no estilo. Eu poderia até dizer que Cartographers é o Euro Game dos Flip and Write. Foi um dos poucos jogos que gostei nessa quarentena a ponto de jogar mais de duas vezes. Tudo bem que tenho apenas quatro partidas, mas é o dobro (ou quadruplo) da maioria dos jogos que conheci na quarentena. Se você quiser, dá para conhecer fácil. É só ir atrás de qualquer vídeo de Gameplay e ir jogando junto com sua fichinha, que pode ser baixada em trocentos lugares, às vezes até na descrição do vídeo já tem.
#4. Space Alert (2008)
Eu adoro Space Alert multiplayer, pois é um jogo que requer comunicação e entrosamento do time para alcançar a vitória. Então, não imaginei que a versão Solo do Space Alert fosse prestar pra algo, mas não é que funciona? Obviamente, está longe da versão cooperativa, mas ainda assim é uma boa experiência. Ainda mais considerando a expansão que adiciona uma espécie de campanha e evolução do personagem. Acho que o maior defeito em jogar solo é que você vai querer fazer campanhas, mas faltam instruções de como jogar uma campanha mesmo. Space Alert foi criado para ser um jogo one shot, isto é, jogar uma vez e isso ser o arco completo. A criação de campanha fez disso ainda mais notável e eles insistiram em não dar um bom caminho de como ter uma experiência de campanha interessante. Essa é minha única crítica, mas é uma bem grande, pois se fosse bem feito, talvez Space Alert estivesse na primeira posição.
#3. Factory Fun (2006)
No final das contas, Factory Fun é um desses multiplayer solitaire. Na realidade, ele foge um pouquinho por inserir um elemento (alguns diriam deslocado) de tempo real para gerar alguma interação entre os jogadores. Eu gosto, pois gosto de tempo real e serve para remover um potencial problema do jogo: Analysis Paralysis. Sendo que apesar do esforço, ainda existe AP aqui. Então, no final das contas, Factory Fun tem tudo para funcionar solo e funciona muito bem. É um jogo bem puzzle e que faz você ficar um bom tempo pensando se quiser. A vantagem é que AP sozinho é simplesmente passar mais tempo curtindo o joguinho, em vez de atrapalhar a tarde de jogo com os amigos. Recomendo conhecer. Inclusive, tem uma versão online do Factory Funner (versão mais recente do jogo) aqui.
#2. Chronicles of Crime (2018)
Considerando apenas o jogo em si, Chronicles of Crime não merece estar em muitas listas como melhor jogo. Talvez melhor utilização de um aplicativo para celular? Ainda mais que eu só joguei apenas uma vez. Entretanto, a experiência solo proporcionada por esse jogo foi muito boa, especialmente por ele ser praticamente um video game de point and click. E nada mais faz sentido do que jogar um video game sozinho, né? Ao menos eu acho, faz muito mais do que um jogo de tabuleiro. Provavelmente é o único jogo da lista que eu compraria pensando em jogar exclusivamente sozinho, se não fosse o preço exorbitante. Recomendo conhecer, existe um caso gratuito circulando na Internet. Quando digo assim parece até pirata, né? Mas não, a própria Galápagos disponibilizou.
#1. Gloomhaven: Jaws of the Lion (2020)
Fechando a lista com essa recente descoberta. Conheci esse jogo no Tabletop Simulator e, apesar das dificuldades da plataforma e da minha falta de interesse em jogar por ela, o jogo me agradou. Bastante. Temos agora o Euro Game dos Dungeon Crawlers. Escrevi um textão no Desafio 100N, se quiser saber mais dá uma olhada por lá. Deixo apenas o seguinte comentário: esse jogo é muito bom solo, pois o jogo é muito bom e está acompanhado de um sistema de evolução muito bom também. Todo o senso de progressão, os novos desafios e até as surpresas. Joguei apenas cinco partidas, mas gostei bastante. Parei por conta do mod não ter os demais cenários na época e fui deixando de lado. Assim como tenho deixado qualquer jogatina online ou virtual no momento.

A listagem de Bottom foi uma viagem ao túnel do tempo. Se você acompanhar o blog, sabe que eu joguei vários Print and Plays antigamente. A única exceção foi o pior jogo que conheci nessa quarentena. Se você tem visto os últimos Desafio 100N, vai saber qual é.

#5. Reiner Knizia’s Decathlon (2003)
Eu gosto do Reiner Knizia, mas tendo em vista a quantidade de jogos que ele faz… É óbvio que existem umas cagadas. Decathlon é uma delas. Não é um jogo terrível, talvez jogando com várias pessoas funcionasse melhor. Entretanto, para jogar solo é muito longo e tem muitas regras para um jogo com tão pouca decisão. Engraçado que conheci esse jogo em 2016 e não esperava me deparar com um igualmente parecido em 2020…
#4. Rolling Realms (2020)
… sim, continuando o texto do anterior. Conheci Rolling Realms nessa quarentena e o jogo logo me trouxe a memória o Decathlon. A diferença é que o anterior eu joguei até o final, já este? Nem consegui finalizar a partida. Nossa que jogo ruim. Ele é ainda mais demorado e ainda mais cheio de regras que Decathlon e sem inserir muitas opções e decisões para compensar o trabalho. Se eu já não sou muito fã dos jogos do Stegmaier que ele passa um tempão desenvolvendo, publica e vende para ganhar a vida. Imagina um que ele disponibiliza gratuitamente e fez em poucos dias? Que horror de jogo. Se quiser tirar a prova, está disponível no BGG para download gratuito. Boa sorte.
#3. The Dungeon of D (2008)
Agora chegamos realmente ao túnel do tempo. Os próximos três jogos eu conheci todos em Janeiro de 2011 e são todos gratuitos. Não que jogos gratuitos sejam ruins, mas claramente existe uma razão para que esses três jogos sejam gratuitos: ninguém compraria eles. Esse primeiro é um Dungeon Crawler apenas de cartas. Bem demorado, bem entediante e com altos elementos de sorte. Talvez se eu jogasse hoje eu não odiasse tanto quanto odiei na época ou talvez odiasse mais? Nunca saberemos, já que não vou me dispor a enfrentar essa bomba novamente. Perceba que como conheci esses jogos em 2011, eles são antigos. Então, não basta ser gratuitos. Os jogos são “velhos”. Então, faz até sentido estarem nessa lista.
#2. Zombie in my Pocket (2007)
Esse aqui é um clássico dos PnPs da época. Era tão famoso que várias pessoas refaziam o jogo usando um outro tema e botava um “in my Pocket” no nome. No começo, admito que eu estava gostando. Entretanto, depois de algumas partidas fui percebendo que não existem decisões relevantes no jogo. Tudo vai simplesmente depender da ordem de aparição dos tiles e suas decisões são meio que automáticas/óbvias. É o tipo de jogo que hoje em dia eu não jogaria nem uma segunda vez. Entretanto, naquela época me rendeu 8 partidas. Mas é como dizem… serviu para ganhar experiência.
#1. Sneaking Mission: Solo (2009)
Eu diria que esses três jogos estão no mesmo nível, mas coloquei esse como o pior pela expectativa que eu tinha. Eu gostei do tema, gostei da proposta, mas a jogabilidade me frustrou tremendamente. Eu gostei tanto da ideia desse jogo que criei meu primeiro jogo baseado nela. Só mudei o tema para medieval por vícios do RPG. Ainda tenho vontade de conhecer um jogo solo nessa linha de espionagem/invasão/stealth, mas imagino que a Inteligência Artificial seria extremamente complicada de gerenciar.

Fechando essa postagem, vamos agora com os jogos que eu gostaria de jogar solo se tivesse a oportunidade. Foi a categoria mais difícil dos três, apenas um jogo me veio a mente rapidamente. Então, tive que fazer uma pesquisa. Afinal, não é como se eu fosse um entusiasta de jogar sozinho. Na verdade, no meu caso a jogatina solo só acontece por falta de opção.

#5. Detective (2018)
Aparentemente, pelo que tenho visto a graça é jogar com uma galera, mas quem sabe não funciona bem solo? Talvez a experiência seja similar ao Chronicles of Crime só que mais imersiva? Não sei. Sei que tenho interesse em conhecer esse jogo de modo geral, como ele permite um jogador parou nessa lista. Foi lançado pela Galápagos aqui, mas ouvi umas reclamações pesadas sobre a tradução. Então, acho que nunca vou comprar. Pagar 300 em um jogo que basicamente funciona com texto sabendo que tem erros até no site (que poderiam ser facilmente corrigidos) seria, no mínimo, burrice minha.
#4. Mage Knight: Board Game (2011)
Um amigo me recomendou Mage Knight como jogo solo e faz todo sentido. Eu já joguei Mage Knight uma vez anos atrás. Foi uma partida com dois jogadores e o sentimento é que a interação é mínima. Então, como o jogo é demorado, com Analysis Paralysis tão alto que o jogo tem regras permitindo voltar jogadas, acho que realmente seria uma boa jogando sozinho.
#3. Burgle Bros (2012)
É um jogo de assalto, estilo aquele filme (Ocean’s Eleven). O jogo tem alguma mecânica para furtividade, o que faz sentido pela temática. E é só isso que eu sei. E apenas isso foi o suficiente para que eu tivesse interesse em conhecer. Talvez seja uma alternativa boa para o Sneaking Mission: Solo citado no Bottom e como está na lista de várias pessoas como um bom jogo solo, imagino que realmente seja.
#2. Tainted Grail: The Fall of Avalon (2019)
Não sei realmente como é o funcionamento desse jogo, mas pelo que deu a entender é meio que um sistema completo de evolução de personagem com uma campanha grande e de muitas histórias. O que mais me atraiu no jogo foi o tema, é como se fosse aquela velha história do Rei Arthur, só que com um viés mais dark. O que provavelmente vai me agradar bastante, já que prefiro algo mais sombrio do que a usual jornada do herói puro e bom.
#1. Sherlock Holmes Consulting Detective (1982)
Fechando a lista com o único jogo que tive em mente antes de começar. Desde muito tempo eu sou curioso com esse jogo, sendo que como não sou muito entusiasta de jogos solo e também não tenho a menor paciência de ler parágrafos e mais parágrafos em inglês, nunca fui atrás de fato desse jogo. Entretanto, o tema me agrada e todo esse lance de investigação e dedução também me desperta um grande interesse. Acredito que o jogo seja realmente bom, pois foi lançado a tanto tempo e teve um reprint recente, incluindo até novos casos. Talvez um bom indicativo que resistiu ao teste do tempo e proporciona uma experiência interessante mesmo anos depois de sua criação.

Talvez você esperasse ter o Gloomhaven original como Want (nunca joguei), sendo que a versão mais recente e reduzida Jaws of the Lion tem uma vantagem que me afasta do original: mapas pré-impressos. Isto é, você não precisa catar e montar um mapa usando tiles. Bom, acho que é isso. E você, tem alguma recomendação de algum jogo solo?

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