Penúltimo mês. Desafio cumprido, a nova meta agora foi bater meu recorde de jogos conhecidos. Estou achando que consigo sim. Literalmente depende apenas de mim para passar dos 112 jogos, pois fiz uma feira que abarca mais jogos do que preciso chegar nos 113.
108. Escape Tales: The Awakening (2018) De uns anos para cá tem acontecido uma modinha de lançarem jogos meio que no estilo de Escape Rooms. Esse é o um deles e é o primeiro que jogo na categoria. Basicamente, é meio que um Choose Your Own Adventure sem rolagem de dados e com vários quebra-cabeças para você resolver. Até o momento joguei duas sessões do jogo, totalizando três locações das, provavelmente, seis. Então, diria que joguei uns 40% do jogo. Até o momento curti, viu? Sendo que não é lá muito um jogo, é mais uma atividade. Não tem como você “perder” pelo visto, pois se ficar travado basta ver a resposta e seguir o bonde. Claro, que se você olhou a resposta, você meio que perdeu… Mas ganhar ou perder não é bem o propósito do jogo. No final das contas, a ideia do jogo é se divertir resolvendo quebra-cabeças. É como se fosse uma daquelas revistas de enigma que você compra no aeroporto, sendo que com uma história por trás e com quebra-cabeças diferentes durante toda a partida, fora que é ricamente ilustrado. Então, é algo bem envolvente e que você de fato se sente inteligente ao completar certos quebra-cabeças, já que muito envolve de notas pequenos detalhes. Provavelmente não compraria, pois ele é na linha de jogo solo/cooperativo que não me desperta tanto interesse assim, mas acho que é um jogo que vale a pena ser jogado sim. Especialmente se você tem um companheiro que gosta de quebra-cabeças também. |
109. Poker (1810) Depois de Bullshit do mês passado, agora temos o Poker. Fui jogar meio que pensando que seria bem ruim, mas até que me enganei. Provavelmente você que ta lendo conhece, assim como eu também conhecia o jogo antes de jogar. Só não tinha perfeita noção de como tudo funcionava. Basicamente, Poker é um Push Your Luck com Set Collection. Logicamente, ainda tem a parte da aposta, que é o essencial do jogo, pois é o que irá definir se você venceu ou não (ter mais dinheiro no final). Não é jogão, mas dá pra se divertir um pouco. Achei a rejogabilidade baixa e a própria partida em si repetitiva. Como é um jogo que você faz a mesma coisa toda rodada, não existe um senso de evolução, tirando o montante de grana que você tem. Que a qualquer momento pode ser diminuído também. Jogaria novamente, mas não sei até quando aguento a repetição. |
110. Pyramids (2017) Primeiro jogo da minha mais recente feira. Estava esperançoso sobre ser um Card Game leve para perdurar na coleção. Infelizmente, acho que não é caso. A duração do jogo é boa, o fluxo até que é interessante, mas não tem muito espaço para jogadas inteligentes. É um jogo leve demais talvez. Tem decisões importantes? Sim. Sendo que como o jogo é muito tático, termina que se for o caso de você jogar ele com uma “seriedade” elevada, faz com que você entre em um ciclo de Analysis Paralysis toda rodada que você não for o último a escolher as cartas no Draft Aberto. Afinal, o último não tem escolha. Fica com o que sobrou. É um jogo legal, mas que não satisfaz tanto a minha coceira por Card Games simples mas envolventes. Vou jogar mais algumas partidas, mas a tendência é ele ser mais um jogo para venda/troca. |
111. Ninja Dice (2013) É um desses jogos de dados com Push your Luck. O diferencial do jogo é que durante seu turno, os outros jogadores também rolam dados. Esse é diferencial interessante, já que geralmente nesses jogos você joga seu turno sozinho. Então, os demais jogadores ficam só observando seu turno acabar para poder jogar. Claro que alguns jogos contornam isso de outras maneiras, mas eu gostei da ideia desse aqui. Além dos demais jogadores também jogarem, a posição dos dados vai influenciar no resultado da rolagem. Dá um certo trabalho ficar rolando e identificando quem pode roubar quem, mas no final vale pela interação que proporciona para todos na mesa. Até o momento parece que gostei né? Gostei, mas esse jogo tem uns problemas grandes: vantagem gigante para o último jogador, desvantagem grande para o primeiro e última rodada frustrante para alguns jogadores. Como assim? Bom… Como todos os jogadores vão jogar a mesma quantidade de turnos e seguindo na ordem, o último jogador terá a última rolagem. Como você só junta muito dinheiro quando faz sua rolagem, as pessoas vão roubar muito os jogadores que já rolagem, isto é, o primeiro em sua maioria. O último é o menos roubado, assim quando chegar na vez dele rolar, ele terá grandes chances de passar todos os outros. E, dependendo do quanto de dinheiro você tiver, após sua última rolagem você já sabe que ganhou e isso pode ser frustrante. Já que você continua participando do jogo sem ter nenhuma chance de vencer. É praticamente um Player Elimination super do mal, pois “obriga” você a jogar já tendo perdido. Resumindo: diverte, mas tem falhas de design notáveis. Se você não liga muito para essas coisas, vai fundo. Agora se o que falei pode te incomodar, passe longe. |
112. Skyliners (2018) Skyliners é um jogo de construção de cidade, puxando para uma linha de jogo abstrato. Não que o jogo falte tema, mas a dinâmica dele é bem parecida com Through the Desert ou Medina, pois no seu turno você faz duas ações e pronto. Eu até gostei da ideia a priori, pois me pareceu um jogo com pouquíssimas regras, mas com um certo envolvimento e opções táticas/estratégicas. Sendo que ao ler as regras completamente, eu fiquei com uma impressão estranha sobre uma grande vantagem para o primeiro jogador. O negócio é que quando terminei a partida, percebi que essa vantagem deve ter sido inserida propositalmente, para tentar corrigir a vantagem do último. Então, o primeiro e o último são os jogadores com maior vantagem em Skyliners. Melhorando um pouco o contexto: os jogadores durante a partida precisam construir prédios (andar por andar) e também cumprir objetivos que são jogados durante a partida em uma pilha. Quanto mais cedo você jogou seu objetivo, maior a chance de aumentar a pontuação ganhada por ele. Essa foi a maneira de dar vantagem aos primeiros jogadores, pois os últimos jogadores tem uma vantagem de cumprir seus objetivos com plena certeza e/ou bloquear os demais jogador de cumprirem os seus próprios. Então, é um jogo que tentou desbalancear para os dois lados para no final dar balanceado. Não deu certo. A razão é simples: a variação de pontos é grande ao cumprir ou não um objetivo. Deste modo, os jogadores que tiverem a oportunidade de jogar por último poderão com uma única jogada alterar a pontuação de um jogador de 1-10 pontos. Isso pode ser bastante ponto, tendo em vista que em uma partida as pessoas não fazem nem 20 pontos. Bom, vou repassar esse. Uma pena, pois é um jogo rápido e que fica muito bonito no final da partida. |
113. Belratti (2017) Jogo cooperativo envolvendo associação de cartas. Devo dizer que é mais difícil do que parece você conseguir fazer as mesmas associações que os outros jogadores baseados apenas em imagens e, para dificultar mais ainda, existem cartas aleatórias inseridas no bolo. E apesar das cartas do falsificador serem aleatórias, parecem que elas não são. É engraçado como todo tipo de associação pode sair de todo tipo de lugar. Joguei apenas uma vez, tomamos uma surra, mas gostei do jogo. É rápido, portátil, descompromissado e leve. A arte e a produção não se comparam à um Mysterium ou Obscurio, mas cumpre muito bem o seu papel. Para não dizer que estou me desfazendo de toda minha feira, desse eu gostei e pretendo manter. Na pior das hipóteses, com certeza me rende cartas para prototipar um jogo meu. |
Já tinham ido os 100 e agora chegou nos 113. Recorde batido! Próximo mês será apenas o brinde do brinde. Até lá, povo.