Segunda parte do Top 30! Se você perdeu a primeira, dá uma olhada lá antes de começar no meio. Acho que a partir de agora não tem muito o que dizer na introdução. Vocês já captaram a ideia. Esse Top 30 está pronto desde a primeira postagem, então “só” me restou escrever sobre os jogos. E assim segue a lista.
#25. Imagine (2015) Imagine é um jogo, mas eu uso ele mais como uma atividade. O jogo é bem simples: um jogador usa cartas transparentes para os demais jogadores adivinharem alguma coisa que foi dita em uma carta. Muito similar à Imagem & Ação, só que usando as cartas transparentes. Todos os jogadores podem tentar acertar e assim que um acertar, o “mímico” ganha um ponto e quem acertou também ganha. Para mim, isso não funciona. Geralmente, alguém acerta usando o raciocínio do outro, em vez de ter criado o seu próprio, pois todos estão chutando simultaneamente. Eu prefiro jogar como uma atividade: isto é, não há pontos envolvidos. O jogo é divertido o suficiente para não existir a necessidade de alguém vencer. Já joguei tanto esse jogo, mas tanto que teve uma vez que joguei até esgotar todo o baralho (ou quase todo? Não me recordo perfeitamente). Sim. Foi um tanto exaustivo, mas isso não me impediu de retornar o jogo alguns dias depois. Fato incrível e que provavelmente não aconteceria com a maioria dos jogos. Vou aproveitar a oportunidade também para inserir aqui o Eat Poop You Cat. Que também é um jogo meio que atividade, mas que pode ser hilário. Clica aqui para ver uma das “sequências” geradas em uma partida. Extremamente acessível; Jogue por 5 minutos ou por 2 horas; Abre margem para criatividade; Versão mais intuitiva, divertida e portátil do Concept. |
#24. Patchwork (2014) Patchwork é um daqueles jogos que você escuta a premissa, vê sendo jogado e o interesse não é despertado. Bom, pelo menos foi assim comigo. Comprei de gaiato e já pensando até em vendê-lo se não gostasse. Não é que me enganei? O jogo é bem divertido e todo o aspecto puzzle me agradou desde a primeira partida. Hoje em dia não tenho tantos jogos exclusivamente 1×1 na coleção, pois há uma certa dificuldade em jogá-los. Sendo que Patchwork conseguiu conquistar um bom espaço. Ele é estratégico e tático, tudo ao mesmo tempo. Fora que não é difícil de explicar. Acho que em todo esse tempo nunca fechei todo o tabuleiro, mas também nunca joguei com essa “estratégia” em mente. Quem sabe seja um novo desafio quando eu me enfadar do jogo? Já tem um bom tempo que não jogo, mas fico aguardando a oportunidade surgir. Jogo 1×1 sem conflito destrutivo (atacar, Take That, etc); Simples sem ser simplório, por conta do encaixe das peças e gerenciamento dos botões; Serve como Gateway; Possibilidade de sequência de jogadas excelentes, envolvendo bloqueios, aquisição de múltiplas peças e coleta de botões sem mudar o turno para o oponente. |
#23. Galaxy Trucker (2007) Eu comecei sem gostar tanto de Galaxy Trucker, não por conta de ter minha nave destruída, mas porque isso aconteceu com o restante da mesa e ficou aquele gosto amargo no pessoal. Ganhei de lavada e pareceu que todo mundo tinha odiado o jogo. Aproveito até para alertá-lo, que usar Galaxy Trucker como Gateway é uma jogada arriscada. Pode dar muito certo ou muito errado. Então, cuidado. Bom, mesmo tendo uma primeira impressão razoável eu insisti com o jogo. Eu gosto demais da primeira parte dele, a parte de montagem da nave e por isso queria extrair mais do jogo. Joguei mais algumas partidas e o pessoal começou a jogar melhor e o jogo começou a ficar mais interessante. Todos sofriam juntos e passou a ser engraçado ver todo mundo se explodir. Acho que Galaxy Trucker é um jogo com potencial extremo e que com certeza se beneficiaria de um re-design para modernizá-lo e aparar as arestas. Ficaí a dica para o Vlaada. Extremamente divertido e dinâmico o processo de construir a nave; Construir uma boa nave dá um certo orgulho; Pode servir como Gateway, mas bastante cuidado; Temática interessante e que facilita a explicação. |
#22. Specter Ops (2015) Joguei pouco Specter Ops, foram exatamente três vezes. Entretanto, foi o suficiente para chegar até aqui. Specter Ops é o jogo que eu gostaria de ter criado: um jogador precisa invadir uma corporação maligna na furtividade para hackear seus sistemas. Provavelmente eu não faria com o mesmo tema, talvez algo puxando mais para o medieval, mas ainda assim… Mecanicamente é algo que eu gostaria de ter criado. Consequentemente, por eu me identificar tanto com a dinâmica do jogo, todas as partidas ainda estão na minha cabeça, mesmo a primeira delas tendo sido dois anos atrás. A partida que mais gostei foi a segunda, no qual eu fui o hacker e como tínhamos uma mesa de 5 jogadores entrou a variante com traidor. Quando o traidor está em jogo, você pode mentir sobre algumas informações, caso envolva o traidor. Isso cria uma dinâmica muito safadenha no jogo. O traidor conseguiu se manter oculto durante toda a partida e foi muito cheio de tramoias todo o andamento da partida. Quero jogar mais vezes, mas sem o traidor, pois joguei mais partida com traidor do que sem. Talvez uma partida com 2 jogadores para ver como funciona? Segundo o BGG o melhor número é três e ainda não joguei com essa quantidade. Será que o jogo tem ainda mais potencial do que eu já vi? Excelente regra de linha de visão; Assimetria em todos o personagens de todos os lados deixa o jogo bem diversificado; Traidor gera um twist interessantíssimo; Você sente a tensão do tema durante a partida. Seja sendo caçado ou caçando. |
#21. Clash of Cultures (2012) Eu não sou fã de jogos longos, eu não sou fã de jogos de conflito e eu não sou fã de jogos de civilização. Digo não sou fã é só um apelido para “não curto mesmo essa bagaça”. Entretanto, Clash of Cultures conquistou meu coração. Desde a primeira partida. O jogo sempre me passou a sensação de ter a duração correta para o tanto de decisões e história que ele é capaz de gerar. As mecânicas são boas e se encaixam muito bem com meu gosto pessoal. Ao contrário do Specter Ops, eu não me lembro de todas as partidas, pois foram 13. Sendo que eu me lembro de algumas partidas, alguns momentos, alguns combates e algumas civilizações. Eu nunca tive a oportunidade de jogar com a expansão, mas ainda assim é possível “personalizar” sua civilização. Então, eu já tive civilizações puxando para pirataria, outras completamente pacíficas. Já existiram partidas que uma civilização cresceu bastante, somente para praticamente desaparecer até o final da partida. É possível existir boas reviravoltas. Raramente uma partida de Clash of Cultures foi sem emoções ou morgada. Mesmo quando você investe em algo sem conflito, o conflito vem até você através dos outros jogadores e você precisa lidar com ele. Toda partida conta uma história; Boa duração para transmitir algo grandioso sem se tornar cansativo; Várias estratégia viáveis; Excelente sistema de combate. |
É isso pessoal. Mais cinco jogos rumo ao topo. Todos esses eu já tive na coleção, só vendi o Clash of Cultures. Duas razões: primeiro a mudança, eu queria me livrar da maioria dos jogos de caixa grande e que sem a expansão o jogo depois de um tempo perde o brilho, as situações começam a se repetir. Os outros quatro ainda estão e acho que ficarão ainda um bom tempo. Até próximo mês com mais cinco belezuras.
13 de setembro de 2019
Grande Roberto!
Sinto falta de jogar esse tipo de jogo tipo Imagine, mais livre e como vc falou, mais atividade q qualquer coisa. Sempre olho aquele Telestration, q me parece uma otima idéia. Esse Eat Poop Cat é nessa pegada?
14 de setembro de 2019
Telestration é Eat Poop You Cat Gourmet (é o mesmo jogo, talvez modificando regras de pontuação, que são irrelevantes).