Top 30 (#30 ~ #26)

Chegamos ao primeiro módulo, por assim dizer, do Top 30! Como já comentado anteriormente, vou apresentar os jogos de cinco em cinco, uma vez ao mês. Então, teremos seis publicações até o final do ano. Já disse, mas vou repetir: foi difícil fazer esse negócio.

Depois de finalizar o Top 30, tive plena certeza que é realmente algo de momento. Talvez seu Top 10 até seja válido por alguns anos, mas Top 30 ou mais é muito difícil. São tantos jogos saindo todo ano e ainda mais alguém que investe tanto tempo conhecendo novos jogos, é difícil manter-se aos clássicos. Os jogos vão mudar de posição por uma série de fatores. Seja por você estar jogando bastante, seja por ter deixado de jogar, seja por ter tido más experiências, seja por ter tido boas experiências. Como esse é meu primeiro Top 30, eu optei por investir mais posições nos jogos que já joguei bastante, tentei ser um pouco mais frio e reservar as boas posições aos jogos que realmente coloco minha mão no fogo. Claro que também reservei espaço para os jogos que estou empolgado e que tenho aquela vontade de jogar novamente para solidificar a experiência.

Eu tentei transformar essa experiência na mais positiva possível. Então, teremos apenas vômitos de arco-íris e positividade. Vou me ater a parte legal do jogo, pois a parte negativa você já me ouve falar todo mês no Desafio 100N. Então, como resolvi listar? Em todo jogo eu faço alguns comentários puxando provavelmente para o lado histórico, como conheci o jogo ou quando conheci e depois coloco todos os pontos positivos que eu tiver em mente. Espero que curta a viagem, eu escrevi apenas essa postagem mas até que estou gostando. Vamos aos jogos!

#30. Great Western Trail (2016)
Eu adoro ser surpreendido. Positivamente, claro. Negativamente acho que ninguém gosta.  é uma bosta. Great Western Trail me surpreendeu quando o conheci ano passado. É um jogo com diversos elementos que não gosto, mas que misturados e com o dedo mágico do Pfister fez com que eu gostasse. Elegi Great Western Trail o melhor jogo que conheci em 2018 e ele poderia ter galgado mais posições nesse Top 30. Entretanto, não tive a oportunidade de jogá-lo uma segunda vez. Talvez toda a minha primeira boa impressão fosse por água abaixo, mas eu arrisco dizer que não. Achei justo a “última” posição desse rank, que não deixa de ser uma posição elevada tendo em vista que disputou com 700+ jogos. Ultrapassou vários queridinhos meus, antigos e novos. Minha única partida foi em Recife, com a presença de um dos brothers que mais gosto de jogar Eurogames.
Deck Building com várias possibilidades de descartar até que você consiga compor a mão que deseja;
Rondel de Ações com espaços dinâmicos, isto é, existe alteração no Rondel durante a partida;
Múltiplas estratégias viáveis;
Possibilidade de executar combos sem se tornar repetitivo.
#29. Acquire (1964)
Eu adoro ser surpreendido. Sim, de novo. Eu não costumo gostar de jogos econômicos. No qual dinheiro é tanto utilizado para comprar algo como também é o objetivo do jogo. Geralmente esses jogos não clicam na minha cabeça. Não gosto muito dessa dinâmica de gastar ponto para ganhar ponto. Me dá a impressão de estar retrocedendo para poder avançar, é um sentimento estranho e que não me parece muito positivo. Também joguei apenas uma partida de Acquire, mas foi o suficiente para achar o jogo genial. Na partida foram 4 jogadores, provavelmente o número ideal para o jogo. Acredito que mais jogadores aumenta demais o caos e menos jogadores falta caos. Sid Sackson realmente estava a frente do seu tempo.
Fluxo simples e direto;
Decisões táticas/estratégicas todo turno;
Evita Runaway Leader, algo comum em jogos com dinheiro como pontos (geralmente quem mais tem continua na frente do começo ao fim);
Momentos de tensão.
#28. Railroad Ink (2018)
Eu gosto do estilo de jogo Roll & Write, já tive vários na coleção e até montei alguns para jogar na pirataria. A questão é que esses jogos sofrem quase sempre do mesmo mal: é muito aleatório. No começo você está meio que escolhendo as melhores opções e depois você passa a escolher as menos piores até tudo estourar e dar errado, pois não saiu o resultado que você precisava. Eu tive a impressão que Railroad Ink faz diferente. Também joguei uma única partida, mas de cara virou meu Top #1 Roll & Write (spoiler). A partida foi no Spa dos Jogos, com apenas três jogadores. O jogo comporta até 6 jogadores, mas imagino que o ideal seja 2 jogadores. Afinal, puxa muito para um Multiplayer Solitaire. Por sinal, ta na Wishlist.
Opções mais interessantes do que o usual Roll & Write com dados comuns;
Presença de alguma estratégia, algo raro em jogos do estilo;
Turnos com decisões táticas importantes;
Componentes excelentes.
#27. Villa Paletti (2001)
Por um longo período Villa Paletti foi meu Top #1 jogo de Destreza. Já tive na coleção, joguei várias vezes (23 para ser mais exato) e sempre me divertiu um bocado. Vendi por conta da mudança (queria reduzir o volume de jogos) e também porque Villa Paletti é quase que exclusivamente um jogo para 4 jogadores. Existem regras para 2 e 3 jogadores, mas o jogo não brilha tanto quanto com 4 jogadores. Tive vários momentos memoráveis com esse jogo e até algumas frases célebres como “aqui só tem engenheiro, né?” segundos antes da estrutura cair. Boas lembranças. É um daqueles jogos que me batem uma saudade de não ter mais na coleção, mas pensando direitinho acho que ele estaria sendo pouco jogado por conta da exigência numérica dele.
Possibilidade de estratégia, algo raro (para não dizer nunca visto) em jogos de Destreza;
Vários momentos de tesão e jogadas ditas impossíveis acontecendo;
Duração na medida certa: nem curto, nem longo;
Longevidade superior à maioria dos jogos de Destreza.
#26. Blue Lagoon (2018)
Meu queridinho do Spa dos Jogos. Blue Lagoon é mais um jogo “repetido” do Reiner Knizia. Digo isso, pois o cara é o mestre de reimplementar jogos antigos mudando um ou outro detalhe. O negócio é que as mudanças de Blue Lagoon são mais do que cosméticas. Achei ele mais divertido que seu predecessor (Through the Desert). Também é jogo de uma partida só, com mesa cheia (4 jogadores). Eu raramente tenho apreço por jogos mais Família, mas esse está na Wishlist.
Várias possibilidades para interação e marcação;
Diversas maneiras de pontuar com estratégias distintas;
Mais tranquilo para daltônicos que seu predecessor;
Design elegante e enxutíssimo.

Não sei se ficou perceptível, mas eu meio que reservei essas primeiras cinco posições para jogos que conheci mais recentemente e que não joguei tantas partidas (uma para ser mais exato). A exceção foi o Villa Paletti. A partir de agora, acredito que não teremos mais jogos com tão poucas partidas assim. Espero que tenham gostado, aceito Feedbacks, viu? Até o próximo mês!

6 Comments

  1. Emerson Andrade
    19 de julho de 2019

    Muito bom. Gostei da parte dos pontos positivos 🙂 o momento engenheiro do Vila palleti foi muito engraçado mesmo hahahah

    Responder
    1. Roberto
      19 de julho de 2019

      Valeu, Emerson. 😉

      Responder
  2. Pepe
    19 de julho de 2019

    Tenho os 5 na coleção.
    O villa Palleti joguei com 2 e a experiência não foi boa.
    Vou jogar novamente.
    O Cartel (quando a GROW lançou nos anos 80) era jogado quase que diariamente em minha casa. Nunca faltava jogadores, já que tenho 11 irmaos.

    Responder
    1. Roberto
      19 de julho de 2019

      Fala Pepe, isso não é uma coleção, é um paraíso. =D hehehe

      Eu acho que nunca joguei Villa Paletti de 2, deve ser bem sem graça mesmo. Jogos de Destreza são mais legais com mais gente. No caso do Villa Paletti, o ideal é 4 mesmo, assim cada jogador fica com uma cor. Detalhe: existem várias regras distintas pro jogo, recomendo a regra original alemã: https://boardgamegeek.com/filepage/37821/villa-paletti-rules-pdf (essa é a tradução para inglês que fizeram).

      Realmente, 11 irmãos é literalmente um time de futebol. Abraço!

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  3. Cássio Nandi Citadin
    21 de julho de 2019

    Opa, lista em doses homeopáticas ajuda na hora de comentar hehe

    GWT é top 1 ou 2 aqui em casa. São 2-3 horas que passam voando. Nunca tinha parado pra pensar nessa questão do combo sem ser repetitivo. Muito bom.

    Acquire tb me foi uma ótima surpresa. Jogaria novamente sem pestanejar. Já chegou a olhar o The Estates? Dizem que tem alguma pegada do Acquire.

    Abraço Roberto!

    Responder
    1. Roberto
      21 de julho de 2019

      Fala Cássio,

      Preciso jogar GWT de novo… hehehehe Essa parte dos combos é a mais legal. O que mais me chateia em jogos de combos é isso: você monta algo e repete umas 5+ vezes na partida. Em GWT você até consegue montar um combo com as builds e as cartas, mas você roda 2 vezes, estourando 3 vezes.

      O maior problema de Acquire é a feiura dele. Então, pra você “apresentar” para as pessoas é complicado. Infelizmente o povo se apega muito nisso… Se eu fosse comprar, acho que teria que procurar uma versão bonitona. Já ouvi falar desse The Estates, mas nunca joguei.

      Abração =D

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