Desafio 100N (2018) Dezembro

Trazendo o Desafio uma semana antes, pois acredito que não terei a oportunidade de conhecer novos títulos até o final do ano. E agora? Último mês, será que cumpri o Desafio? Se você tem acompanhado sabe que faltam 21 jogos. Então, as chances são baixas, não é?

080. Lendas de Andor: Chada & Thorn (2015)
Apesar de ser um jogo completamente diferente e até mesmo de um Game Designer diferente do Lendas de Andor, essa versão do jogo me transmite o mesmo sentimento original. É um jogo cooperativo com uma pegada bem puzzle e até “sem sentido” em termos temáticos.. Então, temos aqui um uma sequência de etiquetas para classificar o jogo: Card Game Euro Coop Puzzle. A ideia até que me agradou, você precisa gerenciar três colunas de cartas que vão entrando/saindo cartas boas e ruins até que você perca (como maioria dos Coops existem várias maneiras de perder) ou vença a partida. Ser para dois jogadores me pareceu interessante, o jogo fica dinâmico e flui com certa velocidade. Achei melhor que o original, pois a mecânica me agradou mais do que o clássico se mover pelo mapa, pegar itens e rolar dados do original. O maior problema é que a mecânica é um pouco fiddly (bem pouco mesmo), podendo gerar alguns momentos de confusão com a organização das colunas. Não sou muito fã de cooperativos no estilo desse jogo: puzzle, quase sem aleatoriedade e com muita jogada combinada (eu faço isso, você aquilo e tal). Apesar disso, achei bem bonzinho de jogar. Enfim, devo dizer que para pessoas que curtem cooperativos e gostam de um bom desafio mental, Chada & Thorn pode propiciar boas jogatinas.
081. Codenames Duet (2004)
Codenames Duet é a versão cooperativa e para dois jogadores do Codenames. A sacada do sistema pelo visto não foi do Vlaada, mas do co-autor Scot Eaton. Agora, os dois jogadores dão dicas e chutam palavras, alternando seus turnos e precisando acertas suas 15 cartas antes do tempo esgotar. Tive a oportunidade de jogar 3 vezes e perder 3 vezes. Não acho que seja um jogo impossível, mas que é difícil é sim. Legal isso, pois dá um certo desafio e vontade de tentar vencer em outras ocasiões. Quero jogar mais vezes, eventualmente vencer e começar a “campanha” que vem incluída no jogo. Ainda não sei se gosto muito dessa versão, pois o competir com seres humanos é sempre mais interessante do que competir contra um sistema. Entretanto, mesmo que eu não ache sensacional e até enjoe, acho que nunca irei me desfazer, pois o jogo vem com o dobro de cartas para usar com o Codenames original. Como já misturei tudo e gosto demais do original, se Codenames Duet não servir como jogo sozinho, serve pelo menos como expansão.
082. Uno Dice (2011)
Uno Dice é o que você esperaria de um jogo na franquia Uno: envolve cores, envolve números e envolve muita sorte. No jogo, você está querendo se livrar de todos os seus dados e os dados “substituem” as cartas como se fossem o Uno original. O negócio é que conseguiram deixar o jogo com mais sorte do que ele já é, pois você está a todo momento re-rolando os dados. As decisões são óbvias e não tem muito o que fazer se os dados não estiverem colaborando com você, sendo que como você re-rola tanto os dados, eventualmente algo de bom acontece. Existem momentos de virada no jogo, mas o sentimento é que o jogo joga você. Você é um mero espectador, aguardando o final da partida.
083. Mottainai (2015)
Sucessor espiritual (literalmente, pois somos monges) do Glory to Rome. Em Mottainai as cartas tem múltiplos propósitos e podem ser jogadas em diversas áreas do seu tabuleiro pessoal para conseguir pontos, potencializar suas ações ou se preparar para construir/vender algo. Eu não sou fã do Carl Chudyk, acho que ele tem ideias muito boas, mas ele falha em executar. Talvez seja a pretensão dele de criar jogos muito “inteligentes”, mas já joguei 5 jogos do camarada e nenhum conseguiu me pegar de um jeito positivo. Mottainai é mais um desses, um jogo confuso e que requer várias partidas para você captar completamente a essência dele. Eu preferi o Glory to Rome ao Mottainai, pois prefiro o tema antigo e também achei as dinâmicas do Mottainai ainda mais confusas do que as do Glory to Rome.
084. Rondo (2012)
Conhecendo mais um joguinho do Reiner Knizia. Rondo é o que eu chamaria de um jogo rápido e indolor. Você joga ali de boas, ele flui bem, não demora demais e não acaba cedo demais. Talvez seja um pouco muito matemático para a maioria das pessoas, mas para mim funcionou legal. Jogaria novamente, pois como disse, é aquele tipo de jogo bem tranquilo de jogar. A única crítica é com relação as cores, pois pode confundir um pouco os daltônicos. Para resolver esse problema eu joguei do lado vermelho do tabuleiro (existem duas faces) que destacava melhor as cores e também tirei uma ficha para deixar na mesa para me servir de base comparativa. Não recomendo a pessoa correr para jogar esse jogo, mas se tiver a oportunidade de jogar não vejo razão para sair correndo.
085. Artifacts Inc (2014)
Antes desse jogo, eu só tinha jogado um jogo do Ryan Laukat: Eight-Minute Empire: Legends e já fazem muitos anos (foi em 2014). Desde muito tempo, fiquei com uma visão sobre esse autor: ele quer ser o faz tudo, mas no final das contas ele é um Artista, não um Game Designer. Finalmente, tive a oportunidade de jogar outro jogo e a minha opinião sobre esse fato se consolidou mais um pouco. Veja bem, não é que os jogos que ele faz sejam terríveis, mas eu tenho a impressão que falta algo a mais para que o jogo fique excelente. Digo isso por uma simples razão, Artifacts Inc é um Dice Placement. Sendo, para mim, a principal vantagem de jogos de alocação de qualquer coisa é a interação indireta estar embutida na mecânica. Aí o cara me faz um jogo que você aloca todo mundo no seu turno e remove-os ao final do seu turno? Cancelando a interação que poderia existir? Sem sentido para mim. O jogo ficou muito multiplayer solitaire. Existem aspectos de interação? Sim, mas não é o suficiente para deixar você engajado fora do seu turno. Para minha sorte, joguei com apenas 2 jogadores, pois acredito que com mais jogadores seria simplesmente para aumentar o Downtime e, consequentemente, o tempo geral da partida.

Tentei, mas não deu… Vou guardar maiores comentários para a postagem de Encerramento do Desafio 100N! Feliz Natal atrasado, Feliz Ano Novo e até a próxima semana com retrospectiva.

5 Comments

  1. Cesar Cusin
    28 de dezembro de 2018

    Se eu estivesse aí teríamos mais jogos para vc conhecer… rsrsrs.. Isis & Osíris, Bürger, Baumester & Co.

    Até a minha volta… rsrsrs…

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    1. Roberto
      28 de dezembro de 2018

      2019 tem mais Desafio, o negócio não para! hehehehe =D Valeu Cesar, até a volta.

      Responder
  2. Cássio Nandi Citadin
    2 de janeiro de 2019

    Rapaz, se te falar que tentamos jogar o Mottainai aqui umas 3x e nunca tivemos sucesso? Parece loucura, mas realmente o jogo é inteligente demais pra nós. Talvez por ser um jogo “de cartinhas” tenhamos chego com outra expectativa. No final das contas o grupo concordou não ser digno de tal obra hahhaha

    Feliz ano novo amigo, que o próximo desafio te traga ótimas experiencias gamisticas.

    Responder
    1. Roberto
      2 de janeiro de 2019

      Valeu Cássio! Pois é, esse Carl Chudyk é muito geniozinho para nós meros mortais hueheuehueh

      Recomendo passar longe dos outros títulos dele. O mais fácil é o Red 7, mas ainda tem essa pegada diferentona.

      Feliz ano novo!

      Responder
  3. Thiago Mariano
    15 de janeiro de 2019

    Pensei que aquele jogo que jogamos dos ricos falindo estaria por aqui. Haha valeu

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