Como foi tanto jogo que conheci no Diversão Offline, resolvi fazer separado da postagem usual do mês. Vamos lá?
059. ito (2019) Jogado duas vezes com 4 jogadores. Esse foi um dos que anotei que queria jogar. Basicamente um The Mind misturado com Party Game de coisas subjetivas. Então, é dada alguma pergunta do tipo: “comida que você comeria agora”, os jogadores recebem uma carta com valor de 1 a 100 e precisam dar uma dica para essa carta que seja adequada ao seu valor e coloca na mesa sem mostrar. A ideia é que todos ordenem essas cartas de acordo com a pergunta e acertem. Achei a ideia bem interessante, gera conversação e tudo mais. Entretanto, é isso: o jogo é uma atividade. Você joga meio sem ligar se perde ou ganha, joguei duas partidas (rodadas?) e para mim foi o suficiente para não precisar jogar novamente o jogo. Toparia jogar? Claro, mas eu tava pensando em comprar e desisti. Inclusive, dá para você testar esse jogo com qualquer um que tenha cartas de 1 a 100 e tem vários desses (Pega em 6, The Mind, The Game, etc). |
060. A.E.R.O (2012) Jogado uma vezes com 4 jogadores. Joguinho lançado pela Adoleta ano passado, mas que é uma edição diferente de u jogo lançado lá em 2012. Basicamente, é um Push Your Luck com dados bem simples, mas até que legal. Ele tem um esquema de pontuação que é bem difícil de conseguir, mas não achei assim tão forte. Pelo que vi da pontuação final que fizemos, vale mais a pena jogar safe do que tentar a melhor pontuação. Isso acontece, pois a penalidade de não conseguir a pontuação mais forte é grande, basicamente você vai fazer apenas uns 3 pontos se não conseguir ela, e se conseguir vai fazer uns 21 (às vezes apenas 14). Só que as pontuações médias são em torno de 12 ou 16. Então, termina que acho que nem vale tanto a pena assim investir na sorte. Além de ser bem difícil atingir, não é como se fosse 50% de chance, é menos. E, por consequência disso, você vai falhar mais do que conseguir. Não sei se jogaria novamente, sinto que já explorei a maior parte do jogo. |
061. Taças Russas (2022) Jogado duas vezes com 2 e 3 jogadores. Conhecido como Gobblet lá fora, acho que botaram esse nome e essa arte horrível só para não pagar para a Editora. Brasil-sil-sil! Eu gostei, a dinâmica é interessante, existem algumas camadas diferenciadas e até aspecto de memória mais pra frente no jogo. Se não fosse tão feio assim eu até compraria, mas acho difícil eu mostrar um jogo abstrato e feio e alguém querer jogar. É pedir pra ficar encostado na prateleira. |
062. Futebol Pinball (2023) Jogado uma vez com 2 jogadores. Esse eu joguei de passagem só, uma partida que foi 3 x 1, bem rapidinho. Achei meio esquisito a física da coisa e, geralmente, o gol só sai quando você acerta exatamente naquele buraquinho central que as hastes do pinball não pegam. Não achei que vale a pena, nem foi tão animada a partida. |
063. Golaço (2020) Jogado uma vezes com 4 jogadores. Achei que esse jogo nem tinha no BGG, pois botaram a capa com o nome “Golaaaço”, mas o nome do jogo é realmente apenas Golaço. Não façam isso. Entretanto, apesar dessa falha do nome, eu gostei do jogo. Gostei mesmo. Até iria comprar, mas por 150 reais não dá. Como o jogo funciona? Você coloca na mesa dois times disputando uma partida e um campo indicando pra qual time o juiz roubaria. Rola os dados e você precisa calcular o placar da partida e bater no time vencedor dizendo como foi a vitória e com qual gol. Dá um nó na cabeça, gera algumas confusões e eu achei divertido. Talvez após algumas partidas fique manjado demais e perca a graça, mas a primeira partida foi boa o suficiente para eu querer levar o jogo, mas não levar pelo valor. |
064. Pets! On Board (2023) Jogado duas vezes com 4 jogadores. Esse aqui ainda nem tem no BGG, foi quando paramos na Calamity Games e jogamos uma reca de jogos por lá. Esse foi o primeiro. Mais um abstrato estilo jogo da velha, só que esse não é bem abstrato, pois tem a sorte das cartas na mão e é multiplayer e tem um tema de bichinhos (colado a cuspe? Sim, mas tem). O jogo é bem bobinho, infelizmente não pude realmente ver seu potencial mesmo jogando duas vezes, pois um dos jogadores não entendeu e ficava dando a vitória para o jogador após ele. Aiai. Rimos muito, pelo menos eu ri de gargalhar… Mas não por conta do jogo, e sim por conta do amigo aí. hehehe |
065. Sleepy Cats (2023) Jogado uma vez com 4 jogadores. Depois da partida anterior, pegamos um jogo ainda mais infantil para ver se o coleguinha entendia. Após a explicação que deixou todos confusos, jogamos e foi possível jogar. Apesar de uma primeira tentativa errada. Sim, esse dia tava foda. Achei o jogo esquisito, pois existe uma regra estilo dominó, mas como as peças são quadrados você em vários momentos vai conectar mais de uma peça, mas você só precisa satisfazer a regra com um dos encaixes. Em todo caso, deu para jogar e se divertir. Bem indolor. Se tivesse na hora eu compraria só para dar de lembrancinha mesmo, mas só tinha para enviar. Apesar do frete grátis, achei desnecessário. |
066. Go Bomb! (2024) Jogado uma vez com 4 jogadores. Continuamos na mesma editora, saltando de mesa em mesa. Mais um sem entrada no BGG ainda. Esse aqui foi meu favorito dela. É um jogo meio que de programação comunitária de como uma bomba vai andar na mesa, mas o primeiro jogador joga secretamente. Simples, prático e divertido, especialmente quando você consegue ou enganar todo mundo ou deduzir corretamente o que o primeiro jogador colocou. O problema para mim foram os pontos, esse negócio de botar ponto escondido e que a diferença é muito grande (dobro do valor), quebra a matemática da pontuação. Se isso fosse reformulado o jogo ficaria divertido e balanceado (do ponto de vista de ser justo). Uma pena, se não fosse pela pontuação eu teria comprado. |
067. Beaver Creek (2023) Jogado uma vez com 4 jogadores. Ah, esqueci de dizer, esses jogos da Calamity são todos nacionais, mesmo autor inclusive: Eurico da Cunha. Beaver Creek é mais um desses, só que de destreza e produção caprichadíssima. Basicamente é um Animal Upon Animal só que mais divertido e com mais dinâmicas. Minha única crítica ao jogo é o tamanho das coisas, tudo muito pequeninho. Entendo por conta dos custos de produção, mas acho que se tivesse uma versão “gigante” o povo compraria. Minha única crítica é meio besta mas, lá vai: tem sorte demais do jogo. Você não vence por habilidade, mas sim por sorte, especialmente se todos conseguirem sempre colocar tudo. Digo isso, pois você vence ao se desfazer de todas as suas plaquinhas, mas num turno você coloca uma quantidade aleatória de plaquinhas (dependendo de um dado) e aí você pode colocar mais ou menos que os outros. Por isso: sorte. Não é nada muito significativo ou que “quebre” o jogo, até por conta do propósito dele. |
068. Spiky Go! (2024) Jogado uma vez com 4 jogadores. Outro na mesma editora, diferente autor mas também sem entrada no BGG. Esse é um jogo infantil com uns componentes bem legais, eu diria até que superproduzido (vários animais de madeira e você usará uns 4 só). Basicamente é uma mistura de pedra-papel-tesoura com maiorias. Então, você não está disputando a mecânica, mas sim usando os mesmos símbolos para dar match com o que tem na mesa e levar para si ou dividir com os oponentes. Achei o Spiky muito apelão (é usado quando vários jogadores jogam o mesmo símbolo) e, dependendo da partida, vai rodar pouco na mesa. Apesar da superprodução, dos cinco jogos da Editora eu achei esse o piorzinho. Motivo? Os animais que você coleta sempre é o mesmo símbolo, então você pode ficar investindo só no que quer, independentemente do que vai sair na mesa. Eu juntei dois animais num primeiro momento e depois investi apenas em cavalo, para poder fechar meu jogo da velha e vencer a partida. Meio meh. |
069. The Vale of Eternity (2023) Jogado uma vez com 4 jogadores. Não sou lá muito fã de jogos de cartas com combos e sinergias de cartas. Essencialmente, vejo esses jogos como uma combinação de cartas com muito texto + muita sorte de vir as cartas que fazem essa sinergia, termina que não acho tão legal. Esse joguinho não tem tanto texto assim, mas achei a parte da sorte na sinergia ainda maior que o usual. Isso ocorre, pois são dispostas várias cartas na mesa e o primeiro jogador fica rodando na mesa. Se você der a sorte de sair cartas boas para você quando você for o primeiro, ótimo. Se não, talvez dê ruim: seja por marcação dos jogadores (parte boa) ou seja pelo acaso de alguém ter pegado a carta que você queria (ruim e acontece com maior frequência). Eu topo jogar novamente, não fiquei com uma impressão ruim do jogo e até que foi relativamente divertido. Ele só não vale a o valor que botaram ele para vender, muita coisa super produzida simplesmente para inflar o custo de um jogo que poderia ser composto apenas de cartas e tokens. |
070. Wipe ‘Em Out (2023) Jogado uma vez com 4 jogadores. Não faço ideia de como esse jogo foi financiado. Sério mesmo. A arte é ruim, o design gráfico é ruim, as mecânicas são ruins. Não tem absolutamente nada que se salve no jogo. A parte pior é quando você joga as cartas para disputar o monstro e vai aplicar efeitos que roubam efeitos ou que pegam os valores das cartas mas não tem como marcar nada disso, fica uma lambança. Demos sorte, pois jogamos apenas umas três rodadas, pois o jogo inteiro me pareceu ser umas 10 ou mais. Ninguém da mesa gostou, pior jogo dessa lista, de longe. |
071. Kitara (2019) Jogado uma vez com 4 jogadores. Quando esse jogo saiu aqui no Brasil quase que eu comprei. Me pareceu meio que um abstrato de controle de área interessante. Acho que o jogo tem umas boas ideias com o esquema de ícones das cartas e acumulo de poder. Não sei se acho tão interessante (como sempre) a mecânica de ter território para poder manter as cartas, isso pode gerar um efeito bola de neve bem ruim para quem está na frente. Entretanto, como o jogo pareceu bem balanceado, não acho que ocorra. Exceto se o jogador fizer várias jogadas horríveis. Acho que jogamos uma regrinha errada e queria até jogar ele novamente com as regras todas bonitinhas para dar uma opinião final, mas acho difícil isso acontecer em breve. Então, está aí, gostei o suficiente para jogar novamente. Achei o jogo até rápido e com umas decisões bacanas no decorrer da partida, mas não é nada demais… bem levinho. |
072. Nem a Pato (2023) Jogado duas vez com 4 e 5 jogadores. Mais um jogo de trivia do Rodrigo Rego. Eu gosto das ideias dele, pois trazem sempre elementos que visam modernizar os jogos no estilo e deixar possível se divertir sem saber as respostas. Entretanto, achei Nem a Pato o menos interessante, pois aqui a trivia é mais forte. Por qual motivo digo isso? Existe uma resposta numérica aqui. É difícil a pessoa saber? É sim, mas temos dois extremos: ou alguém da mesa sabe ou ninguém da mesa sabe. No primeiro caso é quase que um jogo de trivia normal, só não é pois não olhamos a resposta antecipadamente. No segundo caso viram chutes completamente sem noção do valor. O que deixa o jogo completamente caótico e sem sentido. Os demais jogos possuem categorias ou um espaço amostral “finito”, digamos assim. O que colabora para blefe e até algum chute informado. Aqui não tem nada disso e por isso foi o que menos gostei. |
073. Infiltrado (2017) Jogado duas vezes com 8 jogadores. A versão original se chama The Chameleon e foi lançada em 2017, mas eu joguei a versão nacional lançada esse ano. Jogamos duas rodadas, no caso eu contei como duas partidas mesmo. Tal qual eu faço com Spyfall, jogo que é bem similar a esse. A diferença aqui é que Spyfall é muito mais aberto, o que pode ser bom ou ruim. Eu, antes de jogar, achei que podia ser bom. Depois de jogar a primeira rodada achei ruim. Aí depois de jogar a segunda rodada achei que poderia voltar a ser algo bom. Em todo caso, ainda estou na duvida. O motivo é a impressão de que o espião tem muita vantagem nesse jogo, mas aí percebi que apesar de ter vantagem sim, com a experiência da mesa a situação vai ficando pior para o espião. Com a mesa se aprimorando e entendendo como o jogo funciona, as dicas ficam mais interessantes e o espião fica mais perdido. Só que pra isso demora algumas rodadas pro grupo engatar. O que não é um problemão, já que a rodada é bem rápida. Minha maior crítica é apenas com a ordem das coisas, isto é, se o espião for o primeiro ou segundo selecionado para dar uma dica, ele tá lascado. A carta ter um tema ajuda em algo, mas ainda assim, dicas muito abrangentes terminam condenando as pessoas, mas provavelmente por serem iniciantes. Quero jogar mais vezes, para ver se substitui Spyfall, que até gosto mas acho o oposto: muito difícil pro espião. |
074. boop (2022) Jogado uma vez com 2 jogadores. Melhor jogo que joguei no dia, foi o único que tive o desejo de comprar e não o fiz por ter esgotado. Mas é aquela: joguinho abstrato de 2 jogadores, bem minha vibe. Sorte zero, componentes legais e estratégia interessante. Não sei se fica manjado com mais partidas, mas gostei da minha primeira partida. O que mais achei legal, é que o jogo usa uma dinâmica que nunca vi antes: você não empurra peças ou come pesas ou move pessoas, você simplesmente coloca peças no tabuleiro e as demais são afastadas. Então, apesar do jogo seguir o clássico esquema de juntar três peças duas em uma reta, o modo de fazer isso não é tão “direto”, pois quando você empurra peças, você empurra as suas também e não deixa elas próximas. |
075. Mão de Vaca (2020) Jogado uma vez com 5 jogadores. Achei a ideia desse jogo bem inovadora e interessante, vou até explicar, pois é bem simples e diferente. No jogo você começa a partida com uma nota estilo uma de 100 reais e aí você vai usar ela durante a partida para tapar objetos. Só que você faz isso rasgando a nota. Sim! Aí os objetos nas cartas variam de tamanho e formato e você precisa recortar a nota o mais otimizado possível para tapá-la, pois no final do jogo vence quem tiver o maior pedaço de nota. Isso se não for eliminado antes, por gastar tudo. Aí o que faz o jogo “funcionar”, é que se você cortar errado, você precisa cortar um novo pedaço. Eu não sei se o jogo tem camadas o suficiente para funcionar depois de várias partidas, mas achei tudo bem interessante. Não compraria nem a pau, mas jogaria novamente de boas. |
076. Flash 10 (2013) Jogado uma vez com 4 jogadores. Gostei. Jogo simples de velocidade com algumas decisões que fazem meu cérebro engajar. Me pareceu que dá para criar um algoritmo nas decisões, mas não deve ser tão fácil assim otimizar. O que pode render tentativas diversificadas durante as partidas. Talvez eu até compre um dia, pois é um desses jogos que tem cartas de 0 até 99. O que permitiria jogar Pega em 6, The Mind, The Game, pelo visto o próprio ito e todos esses jogos que usam números em sequência com uma única caixinha. Eita, depois desse raciocínio tou quase comprando. |
077. Autumn (2015) Jogado uma vez com 2 jogadores. Quando joguei eu pensei: ué, é só isso? Eu gosto de jogos simples e elegantes, mas esse é simplista mesmo. Não tem jogo o suficiente aqui para me fazer voltar. Então, é aquela: não é ruim, mas não é bom. Jogaria novamente? Claro, mas só por ser muito rápido e facinho. Joga até 4 jogadores, mas provavelmente é melhor apenas com dois mesmo. Como é o jogo? Basicamente você vai baixando cartas umas sobre as outras para ter o maior grupo da sua cor em ícones. Então, ele pega a ideia de Honshu, Café e Patchistory e usa da maneira mais simplória possível. |
078. Samoa (2020) Jogado uma vez com 3 jogadores. Esse a gente só jogou uma rodada das três, mas deu para pegar o feeling completo do jogo. Samoa é um jogo estilo Regicida, que cada jogador tem uma identidade, ninguém sabe e você blefa e deduz os demais jogadores. Como jogamos só de dois, eu achei meio morgado. Entretanto, já conhecendo o gênero e os vários jogos, achei que esse não traz nada de novo ou interessante. Adicionalmente, a utilização do aplicativo me incomodou, pois ele iria rodando na mesa. Esquisito demais isso. |
079. Salton Sea (2024) Jogado uma vez com 3 jogadores. Fechando com chave de bosta a feira. Pensei em nem colocar esse jogo aqui, pois entraria meio que naquela regra de jogo jogado errado ou pela metade não contar. Ou jogo jogado na doida. Sei lá. Mas resolvi botar. Quem sabe alguma editora leia isso? Se você quiser fazer demonstração dos jogos cortando eles em apenas um pedaço, façam direito. Alguns jogos funcionam assim, vide o acima. Entretanto, do jeito que foi feito não presta aqui. Isso é completamente inútil até para vocês, na verdade prejudicial. Eu saí sem a menor vontade de conhecer mais sobre o jogo, por mais interessante que ele pudesse ser. Teve até umas mecânicas que achei interessante e talvez até valesse a pena jogar o jogo completo para sacar como é, mas depois da explicação superficial (jogar um Euro sem saber detalhes é jogar as cegas) e jogar o pedaço do jogo mais sem graça (início) foi uma experiência terrível. Talvez Salton Sea seja um jogão e eu, provavelmente, nunca vou saber. Pois é, nem dá para traçar uma primeira impressão, mas resolvi colocar só para expressar minha decepção. Vou até dar a solução: explicar direito, colocar o jogo na metade e não no início (com algumas coisas já avançadas) e jogar apenas umas três rodadas assim. A pessoa teria o feeling do potencial do jogo e ficaria com o gostinho de quero mais. Pronto. Mas dá trabalho, né? Que pena. Ah, e algo bem importante: dizer antes da explicação que o jogo é uma versão demo e explicar como ela é. Se eu soubesse que seria essa cagada, teria jogado o Samoa até o final mesmo. |
Mas olha pra isso, será que termino esse Desafio antes do meio do ano? Veloz demais. Foram 21 jogos em 2 dias! Tá bom que foram vários terríveis? Foi sim, mas 21 jogos disputando mesas? Bastante coisa até.