Segundo mês do Desafio x3 e, claro, com um novo amigo. Aproveita e diz aí nos comentários o que tá achando.
Gustavo (e Larissa, sua esposa) foram meus primeiros parceiros de jogatina aqui me Juazeiro do Norte. Engraçado que nenhum de nós é daqui. Coincidências da vida e que me rendeu a amizade de não só uma pessoa, mas de duas. Nos conhecemos quase 5 anos atrás, no dia 03/03/2018. Jogamos Ascension e Zombicide: Black Plague numa mesinha que quase não cabia os componentes. Esse foi o princípio de muitas e muitas jogatinas. Além de muitos eventos. Já ficamos à frente da organização do Joga Cariri por um curto período, depois do Board Game Power e, começando agora, no Upper Boards. Todos esses são eventos gratuitos aqui da região que a gente leva nossos jogos para tentar ampliar o hobby localmente. Então, Gustavo sempre foi parceiro nessas empreitadas e sempre disposto a levar os jogos e explicar pros novatos. Para fechar essa introdução, é bom ressaltar também que o coleguinha é um dos poucos da região que tem algum interesse em Game Design. A gente já tentou trabalhar em jogos juntos, mas nada ainda foi para frente. Talvez nossos estilos sejam muito diferentes para uma parceria assim funcionar. Tiraremos a prova agora com esse Top, Bottom e Want. Começando, claro, pelos favoritos. Lembrando, claro, que quem escreveu tudo aqui foi Gustavo. Apesar de que eu dei umas futucadas (pontuação e termos) hihi.
#5. Terra Mystica (2012) Primeiro Euro Game mais denso e pesado que joguei. Eu me assustei bastante de início achando muito complexo e complicado, mas depois de algumas horas entre vídeos e simulações de partidas peguei o esquema e mais um pouco e já estava fazendo combos com poder e querendo jogar novamente para testar mecânicas e combos de outras raças e facções. Tirando o fato de ser difícil conseguir uma mesa pra ele por conta da duração ou jogadores acharem muito “pesado” (que ele literalmente é), não poderia deixar de ter seu lugar no Top 5. |
#4. Bunny Kingdom (2017) Aquisição relativamente recente mas que me surpreendeu bastante. Inicialmente, seria só um jogo indicado pelo Roberto para completar o frete de uma outra compra, mas que em segundo momento me interessou por ser do Garfield, como também por ter planejamento aliado com sorte. As escolhas dos jogadores são o pilar do jogo, pois no início da jogatina há várias possibilidades em iniciar suas estratégias. Também possui grande rejogabilidade. |
#3. Everdell (2018) Um jogo que eu possuía grande interesse em conhecer. Inicialmente, eu achei que iria me desapontar por ser um jogo de alocação de trabalhadores com poucos meeples, porém quando joguei pela primeira vez não decepcionou. Arte, componentes e mecânica contribuem para um jogo fluído. Sua sensação de progressão e combos é muito gratificante, um jogo com uma ótima interação, devido a busca de recursos, objetivos e algumas cartas serem de acesso a todos, requer atenção no jogo do outro constantemente, para não perder o timing de algumas jogadas suas. |
#2. Clank! (2016) Foi amor à primeira vista por ter dois elementos que são meus preferidos: dungeon crawling e deck building. É um jogo divertidíssimo, tem bastante sorte na compra de cartas mas também tem estratégia e planejamento. Apesar de ter tido poucas jogatinas com ele, todos os fins de partida são bem acirrados. Porém dependendo de determinadas escolhas dos jogadores, o downtime pode ficar um pouco maior. |
#1. Mansions of Madness (2ª Edição) (2016) Posso passar horas analisando qual jogo merecia o Top 1, mas Mansions facilmente roubaria a cena. Seus componentes, a imersão que o jogo traz e grande possibilidade de rejogabilidade, em que é difícil de acontecer em jogos que tem uma trama fixa tornam esse jogo uma obra prima. Componentes impecáveis e as possibilidades de jogo, em que dependendo das partidas, podemos ter um traidor entre os jogadores. A cereja do bolo fica por conta do aplicativo, que vem agilizar o setup, tornando um jogo fácil de iniciar. Infelizmente, eventualmente pode acontecer um pouco de alpha player, mas nada que estrague a experiência.! |
O que achou dos jogos prediletos de Gustavo? Eu já tou aqui me segurando para não começar a comentar. Então, respira fundo Roberto e mostra aí os jogos mais desprezados, odiados, vomitados, deploráveis e… Opa, me empolguei. Bom, os Bottom de Gustavo ou, para os íntimos: o bumbum de Gustavo.
#5. Pandemic Legacy: 1ª Temporada (2015) Minha primeira e última experiência com jogos Legacy. Eu até curto o Pandemic original, costumo comparar com um “WAR invertido”, onde você tem que impedir que os cubos dominem territórios. Entretanto, não posso dizer o mesmo do Pandemic Legacy. Pode ter o “mea culpa” que algumas partidas ficaram com hiatos longos por falta de equipe e desinteresse, gerando longas releituras no setup do jogo. Era uma luta para lembrar e organizar o que deveria entrar ou o que já tinha saído em meio a diversa gama de elementos que eles vão empurrando para tornar o game mais caótico e difícil ao longo do Legacy. No fim, acabamos provavelmente cometendo erros que foram desanimando e deixando os Legacy com espaço garantido no meu flop. |
#4. Entre Linhas (2020) Joguinho de dedução cooperativo que imaginava ter bastante potencial depois de ter jogado similares como Codenames. Inclusive, eu tentei adaptar uma versão dele para inserir um elemento competitivo (sem sucesso). Possui uma rejogabilidade bem interessante devido a vasta gama de cartas com 4 palavras cada, porém a mecânica de uma carta por jogador acaba pecando pra mim por deixar muitas vezes um jogador com uma combinação impossível de gerar uma dica, enquanto outros com excelentes combinações óbvias se frustram com uma mesa que pensa “seria muito óbvio ela dizer isso”. |
#3. The Big Book of Madness (2015) Jogo que aguardei ansiosamente a versão nacional para comprar quase em pré-lançamento e me frustrar amargamente. Ele tem todos elementos para ser um bom jogo, um deck building com elementos de magia onde você e seus amigos (com personagens variados) precisam combiná-los para derrotar criaturas que saem de um livro demoníaco. Até aí tudo bem, até você se deparar com um jogo incrivelmente difícil (o que não é ruim), que leva o termo “cooperativo” ao pé da letra, onde se os jogadores fizerem qualquer coisa além de jogar de acordo com a estratégia da mesa ou de um alpha player (de preferência), a equipe está fadada a derrota. Além das habilidades dos personagens que aparentam ser bem diversificadas mas no final são só relacionadas a puxar cartas, descartar cartas, passar cartas e comprar cartas. Big Book of Disappointment pra mim. |
#2. Caylus (2005) Jogo muito bem avaliado por grande maioria, mas o que matou ele pra mim é a punitividade dele. Principalmente quando se joga pela primeira vez com alguém que já entende a ideia do jogo. Você provavelmente vai cometer alguns erros de desatenção e vai ser atropelado pela pontuação dos oponentes, esses os quais podem ainda ter um downtime alto se tiver jogando com 4 a 5 jogadores deixando você entediado esperando o fim do jogo. O lado bom dele é que tem um Provost que puxa o Bailiff pro final da trilha e permite que o jogo termine logo pra ir jogar outra coisa rs. |
#1. Krosmaster Arena (2013) Peguei sem pensar duas vezes ao ver os detalhes dos componentes, grande variedades de tokens, elementos de cenários, vegetação além da premissa de um jogo tático com alta competitividade a um preço relativamente barato (ingenuidade minha). E no fim acabei descobrindo que era muito componente pra pouco game. A mecânica é relativamente simples e bobinha de andar com bonequinhos pelo tabuleiro coletando itens e moedas e batendo nos oponentes, problema é quando você passa mais tempo montando o cenário do que jogando em si. É um excelente jogo, pra tirar fotos e passar pra frente. |
Escolhas bem diversificadas nesse Bottom. E agora, a parte que todo mundo acha difícil de fazer: os Want. Isto é, jogos que Gustavo gostaria de conhecer.
#5. Dice Throne (2018) Possui todos os elementos de jogos que me despertam interesse: jogo de cartas tático com dados e cartas completamente distintas para cada personagem, uma vasta gama de personagens totalmente únicos, com a possibilidade de jogar 1v1, 2v2, todos por si e ainda expansões cooperativas. Se eu pudesse me descrever como um board game, seria esse facilmente. |
#4. Projeto Gaia (2017) Tenho bastante curiosidade em conhecer principalmente pelo fato do antecessor dele estar no meu Top 5. Com a área do jogo agora expandida para dez setores com configurações variáveis deve dar bem mais rejogabilidade que o antecessor além de novas facções, e possibilidade de melhorar habilidades em áreas de desenvolvimento diferentes dando uma boa gama maior de jogabilidade para o jogo. |
#3. O Senhor dos Anéis: Jornadas na Terra Média (2019) Partindo da mesma ideia do meu Top 5 (Mansions of Madness 2.0) com aplicativo. Imersão, componentes bem trabalhados, rejogabilidade e unindo a isso minha paixão pela terra média e literatura de Tolkien. Esse é um grande candidato a roubar posição do meu top 1. |
#2. Stella: Universo Dixit (2021) Como um apaixonado por Dixit tenho grande curiosidade em conhecer ele, tanto pelo tema e universo, como pelo beleza das cartas e componentes. Só não peguei ainda por ter receio de ser um jogo “finito” onde em algum momento vou precisar ficar comprando canetinhas para ele poder ver mesas, mas tenho bastante curiosidade em conhecer. |
#1. Discover: Lands Unknown (2018) Jogo da Fantasy Flight Games que inicialmente me despertou interesse pelo fato de cada cópia do jogo ter componentes exclusivos e diferentes das demais. Em seguida, despertou meu interesse pela mecânica simples porém bem imersiva de sobrevivência com uma boa rejogabilidade, componentes também muito bem trabalhados. |
Pronto. Agora chegou a hora da verdade: comparar os gostos de Gustavo com o meu. Se você perdeu a postagem anterior, eu verifico dentre os jogos no Top e Bottom se eu: Aceito, não que eu concorde totalmente e plenamente, mas aceito que esteja onde está; Discordo, esse é discordância total da escolha do coleguinha; Caguei, esse é basicamente que eu sou neutro sobre onde o jogo está ou simplesmente desconheço.
- Aceito: Terra Mystica, Pandemic Legacy, The Big Book of Madness, Caylus, Krosmaster Arena. (+1 ponto cada)
- Discordo: Bunny Kingdom, Mansions of Madness. (-1 ponto cada)
- Caguei: Everdell, Clank!, Entre Linhas.
Dando uma pontuação de afinidade com Gustavo de… +3! Alguns comentários… Eu não conheço Everdell, por isso está como Caguei. Bunny Kingdom e MoM eu acho bem ruins mesmo. Entre Linhas e Clank! eu acho razoáveis, por isso não botei no Aceito.
Achei mais difícil avaliar esses jogos do que os de Emerson. Os jogos que Gustavo escolheu ficaram muito no “meio do caminho” para mim. Mas acho que deu certo, concordo com a pontuação de três positivo. Agradeço ao Gustavo por ter aceitado o convite e participado.