Finalmente, depois de três semanas enrolando, vou terminar o Desafio 100N desse mês. Muito. Jogo. Mesmo.
082. Men at Work (2019) Jogado em 24/09/2022 com 3 jogadores. Depois de Parfum, chegou a madrugada e comecei com esse jogo que queria conhecer fazia tempo. Saudades de jogar vários jogos de destreza no Spa de Jogos, acho que esse foi meu primeiro e último. É um jogo com alguma estrutura e até que funciona, mas sei lá, não gostei muito. Talvez eu esperasse mais? Ou talvez o jogo só seja razoável mesmo. Basicamente é um jogo de empilhar que propõe “desafios” para você cumprir, achei interessante, mas a parte de conseguir ficar na parte mais alta de estrutura nem sempre funciona e fica estranho gerando empates ou posicionamentos bobos e sem graça. Não sei, ficou aquele feeling de jogo estranho. Joguei até uma segunda partida para ver se depois de resolver os poucos problemas que tivemos com as regras o jogo engatava melhor, mas não engatou. |
083. Carnavalesco (2016) Jogado em 24/09/2022 com 4 jogadores. Fechando a madrugada com um nacional, ou não, já que o Game Designer não é brasileiro. Ou é naturalizado? Não sei. Bom, infelizmente foi o único jogo possivelmente nacional que conheci no Spa de Jogos. Eu queria conhecer Carnavalesco, pois é um jogo com trocentos dados, muito mais que meus jogos. São 150 dados no jogo e todos bem coloridos, com brilho e translúcidos. Um show de componentes, devo dizer. Talvez para compensar um Sagrada piorado. É, me desculpem, mas Carnavalesco usa quase o mesmo esquema de Drafting de Sagrada, só que em vez de comprar um dado por vez compram-se dois já de imediato (sem ir e voltar na mesa). O que, para mim, já é pior. Perde o pouco da interação que o jogo ofereceria. Assim como Sagrada, o jogo tem aquele problema no final da partida, quando você precisa de exatamente dois dados específicos para poder fechar tudo perfeitamente. A sorte aqui vai ter um impacto significativo, apesar da estratégia poder mitigar e você ampliar suas opções, se elas não aparecerem, deu ruim de todo jeito. Em Sagrada ainda dá para manipular os dados, aqui não. Apesar de terem mais dados para escolher na mesa, não tem quem resolva o azar das cores erradas ou números errados estarem presentes. Ou, pior ainda, a sorte de vir exatamente tudo que você queria. Para completar, ao menos até onde eu vi, não há variação no objetivo do jogo em si. Então, toda partida será bem parecida. Não gostei, achei fácil: eu só não fiz pontuação máxima por não virem nenhum dos dados que eu precisava no último turno, mas tivemos um jogador com pontuação máxima e todos jogando pela primeira vez. Achei bem estranho esse negócio de existir uma pontuação máxima e ser facilmente alcançável. Achei muito dependente de sorte. Achei muita possibilidade de acontecer Analysis Paralysis, eu não tive, talvez seja algo da mesa, mas aconteceu bastante no decorrer da partida. Em suma: não gostei. A parte boa do jogo foram os componentes e arte, achei bons. |
084. In the Year of the Dragon (2007) Jogado em 24/09/2022 com 5 jogadores. Depois de muito tempo tentando conhecer esse jogo mais antigo do Stefan Feld, finalmente tive a oportunidade na manhã do penúltimo dia do Spa. Que jogo elegante, com interação e decisões importantes. Pena que demorei tanto para conhecer. Bom que joguei e comprovei que funciona bem com 5 jogadores. Pena que tá Out of Print e nunca vou conseguir comprar por um preço normal. Seria bom ter um Euro Game legal para essa quantidade de jogadores, apesar de não estar jogando tantos jogos no estilo. Dizem que o jogo é punitivo e realmente você perde personagens, mas não achei tanto. Um dos jogadores se prejudicou muito com os eventos, mas acho que faltou muito planejamento ali. Recomendo conhecer, é um jogo bem diferente do Stefan Feld mais moderno e um diferente indo para uma direção boa. |
085. Spirits of the Forest (2018) Jogado em 22/09/2022 com 4 jogadores. Finalmente, começando a aparecer uns jogos legais nesse Spa. Agora é um abstratozinho com tema de floresta só para deixar bonito. Basicamente, é um Set Collection bem simples, mas que você precisa pensar bem em quais peças pegar para conseguir maioria entre os jogadores e evitar uma cambada de pontuação negativa ao negligenciar algum dos tipos de cartas. Gostei, jogaria novamente. Acho que há um certo problema com as maiorias, já que pode rolar uns acordinhos e jogos de comadres (ambos ganham pontos quando tem maioria) ou, pior ainda, um jogador ser muito marcado pelos demais ou, pior pior ainda, um jogador ficar muito livre e ganhar de lavada. Provavelmente é um jogo melhor com 2 jogadores, mas talvez fique meio chatinho. É uma reimplementação de um jogo de 2003 que eu nunca tinha ouvido falar, de um Game Designer que já joguei alguns jogos: Michael Schacht e até já falei por aqui. |
086. Imperium: Classics (2021) Jogado em 24/09/2022 com 4 jogadores. Meu pecado desse Spa foi jogar esse jogo. Foram três horas de duração, provavelmente meu recorde com qualquer jogo de qualquer Spa que participei. Além do nome genérico, Imperium é também um jogo genérico de combos. Eu achei que ia odiar, pois percebi que o jogo iria ser longo e me surpreendi. Não que eu tenha adorado o jogo, mas até que ele é melhor do que eu achei que fosse. Infelizmente, é mais um desses que entra na ondinha do assimétrico e “espera” que você jogue com a facção de um determinado jeito para ganhar. Interação baixíssima, ao menos com as facções que usamos. E quando acontece se torna deslocado, pois como a maioria do jogo é muito você no seu mundinho e fazendo seus combos, soa estranho de repente acontecer algo vindo dos oponentes. Certeza que é um jogo muito mais rápido de 2 jogadores, além de fazer muito sentido já que a interação é baixa. Mas, na boa, é só mais um jogo de cartas bom para 2 jogadores em um universo cheio deles. Existem umas mecânicas um pouco diferentes, mas nada que seja realmente interessante ou inovador. Fora que no jogo existe um elemento de Deck Building, mas que é bem aleatório. Você vai inserindo as cartas no seu baralho, mas é meio que: era isso que tinha? Vai isso mesmo. Talvez esse sentimento de montagem aleatória também diminuísse com menos jogadores na mesa. Em todo caso, acho não jogaria novamente. |
087. Tem-purr-A (2020) Jogado em 24/09/2022 com 7 jogadores. Eita nomezinho cretino. Tentaram ser fofos, só ficou difícil de escrever. Aqui é um jogo bem simples de gatinhos comendo sushi e evitando vomitar de tanto comer. A ideia é engraçada e faz sentido temático e o jogo até que é legal, viu? Tá bom que é bem aleatório, mas é a proposta mesmo. Achei que o jogo tem ideias bem boas, mas que talvez pudesse ser melhor implementada. Esse negócio de ir juntando fichas ao vomitar pode parecer justo e interessante, mas é muito difícil a pessoa que pegou a primeira ficha vencer, na verdade, é bem difícil você vencer pegando uma ficha. Então, ao pegar uma ficha de vomito, é que como: eita ó, o jogo já terminou para você, agora resta ver se vai ser o último ou não. Talvez com menos jogadores aconteça menos isso e haja uma distribuição mais igualitária das fichas, mas na minha partida houveram jogadores com nenhuma ficha. |
088. Los Odiosos 7 (2019) Jogado em 24/09/2022 com 6 jogadores. Último jogo de Sábado. Só não digo que fechou com chave de ouro por conta da madrugada, mas que jogo sensacional. Basicamente, o jogo é uma contagem de 1 até 7 e depois voltando (1, 2, 3, …, 7, 6, 5, …, 2, 1, 2…), parece ridiculamente simples e é, mas não é. Ué. O negócio é que na sua vez você revela uma carta e precisa fazer o que ela mandar: dizer dois números, falar uhum, falar uhum-uhum, não falar nada ou dizer apenas um número. Pode parecer ainda simples e bobo. E é, mas não é. Ué. Pois, ao dizer uhum o número é contado, mas você não falou o número (e aí o próximo jogador pode perder a conta e errar); e quando falar dois números ou uhum-uhum você pula o próximo jogador (e aí o jogador pulado pode se meter, errando, ou o jogador correto pode perder a conta e errar); e quando você não fala nada o número é contado (e aí o próximo jogador se perde se não tiver ligado na contagem e erra). Eventualmente, alguém erra a contagem e leva todas as cartas, o objetivo é se livrar de todas as cartas. Talvez você não tenha entendido nada, eu expliquei confusamente apenas para confundir tudo mesmo e talvez despertar sua curiosidade. Ou só lhe deixar com raiva. Esse só não foi o melhor jogo do Spa, pois eu sou um jogador sério, e sou. Mas nem sou. Ué. |
089. Crossing (2013) Jogado em 25/09/2022 com 6 jogadores. Primeiro jogo depois da meia noite. Jogo rapidinho, basicamente uma implementação do dilema do prisioneiro. Você precisa coletar umas pedras, mas você só consegue elas apontando para a bandeja que ninguém apontar e todos apontam ao mesmo tempo. Então, você vai no apetitoso ou vai no mais sem graça? O apetitoso talvez todos queiram, mas na verdade isso faz com que ninguém queira, já que se mais de um jogador apontar ninguém pega. O que faz na verdade o mais sem graça o mais perigoso, já que todo mundo pode ir lá fugindo do mais apetitoso. Basicamente é isso o jogo, você também pode apontar em si próprio para se defender (sim, é possível roubar tudo de um jogador). Bom de conhecer, terrível de jogar várias vezes (imagino). Não jogaria novamente, mas valeu a reflexão e jogatina. |
090. Flag Dash (2016) Jogado em 25/09/2022 com 4 jogadores. Que coisa interessante ter contato com um jogo que você já viu a respeito anos atrás, mas já tinha até esquecido dele. Tá bom que não faz tanto tempo assim, mas é engraçado ver um jogo tão underground assim que você queria jogar antigamente e ter a oportunidade de jogá-lo sem nem ir atrás. Eles simplesmente apareceu na mesa. Infelizmente, o manual é terrível, o que deixou a experiência do jogo um pouco truncada e estranha, mas ainda assim deu para ver o potencial de um jogo divertido. Basicamente é o jogo de tabuleiro do pega bandeira, sim, a brincadeira mesmo. E também é jogado em equipes. Infelizmente, não sei se quero jogar novamente, pois me parece que o jogo precisa de house rules ou definições prévias à partida (que podem não ser como o jogo foi criado mesmo) para ele funcionar. |
091. Yak (2022) Jogado em 25/09/2022 com 4 jogadores. Eu jurava que esse era algum jogo antigo e desconhecido, mas é na verdade um lançamento. Que interessante. Basicamente é um jogo que você interage apenas com o carrinho na sua frente para ou pegar recursos ou pegar blocos. Os carrinhos ficam rodando sentido horário ou anti-horário durante a partida toda. Pegar os blocos são meio que o objetivo do jogo: construir uma pirâmide com vários grupinhos de blocos de, pelo menos, dois da mesma cor juntos. Eu achei o jogo extremamente simples, além de um pouco demorado para a proposta simples que possui, mas legal. Os componentes são perfeitos, tirando, claro, a parte das cores. Muita cor para usar, logo tem muita cor parecida. Mas até que consegui desenrolar bem, fora que como todo o jogo é informação perfeita, é só você perguntar. Jogaria novamente para ver a dinâmica com 2 ou 3 jogadores, acho que o jogo fluiria mais rapidamente. |
092. Villainous (2018) Jogado em 25/09/2022 com 4 jogadores. Sempre tive curiosidade de jogar Villainous, tem um tempo que tá no meu Want to Play. Afinal, jogar como o vilão sempre me pareceu interessante. Tá bom que é da Disney, mas ainda assim… Se eu fosse resumir bem resumido, eu diria que Villainous é basicamente um Take That assimétrico. Pode parecer algo terrível, mas nem é. Entre os jogos de Take That, que conheço, deve ser um dos melhores. O tema está bem implementado e é interessante, pois basicamente você está lutando para alterar a história de modo que seu vilão vença. Então, toda a jogabilidade é focada nisso e como cada personagem tem um objetivo diferente e, consequentemente, um jeito de jogar diferente, você termina com uma boa integração com o tema. As mecânicas são boas e envolvem um esquema de Worker Placement igual ao Scythe. Então, eu diria que acertaram bem nesse jogo. Talvez ele só seja um pouco pesado demais para o público usual, mas isso não me incomodou nem um pouco. |
É isso meu povo, Desafio 100N praticamente cumprido. Só faltam mais 8 joguinhos e ainda três meses no ano para consegui-lo. Agora é só na maciota. Ou não…