Desafio 100N (2021) Julho

Postagem do Desafio diferente dessa vez. Spoiler: vai ser um jogo só, mas vai ser uma carrada de texto e fotos. Bom, antes de você entrar já vou dizer logo que é um jogo da série Exit. Se você não quiser saber nada, não siga adiante. A partir daqui, é terra de ninguém.

010. Exit: A Mansão Sinistra (2018)
Jogado em 25/07/2021 com 1 jogador.
Comprei esse jogo já faz bem um mês e estava aguardando um bom momento para jogá-lo. Se você não conhece a série Exit, vou explicar um pouquinho agora. Então, ainda estamos em ambiente seguro de Spoilers, por enquanto.

De uns anos para cá surgiu uma modinha de Escape Rooms, são locais que você vai com um grupo de pessoas (ou até sozinho) e você é deixado trancado em um lugar para sair dele resolvendo vários enigmas. Fez bastante sucesso, temos inclusive algumas no Brasil. Eu nunca fui em nenhuma. Bom, acontece que o sucesso pelo visto foi tanto que as pessoas tiveram a ideia de elaborar jogos de tabuleiro no mesmo esquema. Não sei se Exit foi o primeiro, mas foi um dos primeiros e com certeza o que mais fez barulho (talvez por ser o primeiro, mesmo). Quem trouxe Exit para cá foi a Devir e não tardou para outras Editoras começarem a trazer jogos similares, especialmente com a pandemia. Parece ser uma boa ideia permitir experiências de Escape Rooms pra quem tá trancado. Ah… A ironia.

Eu joguei vários jogos solo durante essa pandemia, mas como eu tava um pouco cansado dessa experiência virtual, resolvi comprar um Exit para conhecer. Até o momento eu só joguei um jogo no mesmo estilo, que foi o Escape Tales: The Awakening (2018). Gostei da experiência em si, mas até um certo ponto só. Eu achei que chegou num ponto que fica demais (puzzle atrás de puzzle, história sem graça ou sentido, etc) e perde a graça. Eu tenho a impressão que não gosto desse estilo, mas quero conhecer um pouco mais antes dar o veredito final. O mais engraçado é que comprei uma caixa desse Escape Tales e devo jogar próximo mês, vejamos se minha impressão mudou ou se vou encher o saco de novo. Em todo caso, peguei Exit por ser um pouco diferente. Exit não pode ser rejogado depois, isso é uma desvantagem grande para mim (não posso repassar nem dar de presente) mas estou na expectativa desse elemento valer a pena. Afinal, precisa valer a pena né? Você pagar R$ 120,00 em um jogo que só vai jogar uma vez e jogar fora?  Vou deixar mais comentário sobre isso para o final.

Certo, mas o que é essa postagem? Vou escrever sobre minha partida de Exit! Assim, você, pode jogar junto ou decidir se quer comprar o jogo depois de saber muito sobre ele. Acho que não precisa tanto motivo para alarde com Spoilers, já que Exit tem bem umas 10 caixas diferentes. Se você gostar, é só comprar uma diferente. A que comprei foi A Mansão Sinistra. Por qual razão escolhi ela? Pela dificuldade… Eu tenho plena convicção que não vou comprar outros jogos da série Exit (posso morder a língua depois, veremos), então optei por iniciar com um de dificuldade mediana. No caso, pelo desenhinho da caixa a dificuldade é 4/5. A dificuldade pode parecer alta e pode até ser, mas como esse jogo é de apenas uma partida, estou supondo que ele é cash grab, isto é, tem várias dificuldade para você começar pela primeira, gostar mas achar fácil e ir atrás das outras. Posso ter exagerado, talvez devesse ter pegado uma 3/5, mas vamos ver como me saio.

Ok, a partir daqui vão vir os Spoilers… Então, adeus ou até logo.

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Antes de começar, vou alertar que talvez você não consiga ler tudo que tem nas imagens. Caso queira ver a imagem completa, basta clicar nela que vai para outra aba/link abrindo tudo. Não é a melhor solução, mas é o que tem (acho). Pois bem, a primeira coisa que você vislumbra ao abrir a caixa é uma folha A4 toda dobrada com esses dizeres ao lado.

Acredito que no futuro voltaremos para ela… Depois disso eu li o manual, destaquei tudo e montei a mesa.

Como o jogo funciona? Todos os enigmas são respostas de 3 dígitos e você usa aquela roda de engrenagens ali para encontrar a Carta Resposta e ver se acertou. Isso é bem importante, pois delimita seu escopo na hora de resolver os enigmas e dá algum norte. Só para você entender um pouco como funciona… A roda está exibindo a resposta de vários enigmas, mas vamos supor que estou trabalhando no enigma do Quadrado (símbolo mais próximo da borda na parte de cima) e aí descendo o símbolo você vê os números 2, 5 e 0. Essa é a resposta que eu achei que fosse pro enigma do quadrado. E dentro, de uma cor diferente, tem o número 6. Essa é a Carta Resposta que deu para verificar se acertou ou não. Tudo aí é um exemplo, já que nem enigma eu tenho para dar uma resposta.

Pois bem, a priori ele diz que temos acesso apenas ao Livro de visitas. Ele tem várias páginas. Eu folheei tudo e já meio que achei respostas até de enigmas futuros, provavelmente… Veremos.

Ali no canto inferior direito, já temos a indicação de uma Carta de Enigma, mais especificamente a H. Pego ela do baralho e já começo meio triste… Afinal, o primeiro enigma é sobre cores. Daltônico numa Escape Room dessa sozinho tava fudido.

Entretanto, aconteceu duas coisas: ou o enigma é muito fácil ou eu sou um gênio. Acredito, piamente, ser a primeira opção. Ligeiro como um avestruz, eu percebi que apenas algumas palavras tem a combinação cor e nome casando. Obviamente, isso vai dar a resposta. O problema é que para mim são umas cinco palavras casando. hehehehe Peço ajuda dos universitários e encontro as três palavras certas. Depois, peço ajuda novamente, pois preciso casar essas cores para definir a resposta do quebra cabeça usando os números nos dois quadros na parte superior da imagem da Mansão. A ordem da resposta, claro, é a ordem de aparição nas palavras na carta.

Bom, para esse primeiro enigma, vou demonstrar o processo todo. Assim você vê por trás das cortinas e vê se acha interessante. Na foto de cima, mostro a resolução do enigma. Temos a carta H, a parte da Mansão mostrando os quadros que precisei para encontrar a resposta: 4, 7 e 3. Isso me deu a Carta Resposta 19, que também está aberta na imagem. Nela, eu observo o armário do meu enigma, pois tem o ícone do enigma (um losango). E aí, pego uma outra Carta Resposta como indicado (número 7). E assim, concluo o enigma…

Muito fácil, né? Acho que a dificuldade vai aumentando aos poucos. Quando você cumpre um enigma, a Carta Resposta lhe diz para pegar novas cartas. Faço isso e, claro, é um novo enigma. A ideia basicamente é que eu abri o armário com a senha de 3 dígitos e isso me rendeu mais dicas. Achei o tema fraquinho, fraquinho… Bom, eis minhas novas cartinhas:

Na carta da direita está claramente indicando ser um novo enigma. Pelo símbolo, dá para ver na Mansão onde se encontra. É assim que tento procurar dicas, mas aí percebo que no texto “CÓDIGO” tem trechos em vermelho demarcando algo. Lembra quando falei que resolvi um enigma antes de saber qual era? É esse! Lá no Livro de visitas tem uma folha com uns imãs e eles mostram exatamente esses formatos marcados em vermelho. E na página do verso dela está aquela tábua Ouija. Pego a sobreposição (como se o imã tivesse “furando” a folha), seguindo a mesma ordem dos formatos na letra COD e encontro a resposta.

Novamente, mais cartas e agora liberei um dos itens destacados. Pelo visto é algo com três setas, talvez representando um plano de 3 dimensões? Veremos. Bom, minha mesa ficou assim agora:

Bom, ali vemos o enigma do círculo. Foi uma novela para resolver esse, a dificuldade escalonou do nada. Claramente tem algo a ver com o negócio das três setas, que na verdade não é plano de 3 dimensões, são ponteiros de um relógio. Vou narrar meu perrengue, já que esse é o primeiro deles. Vai ficar bem confuso, então, se você não entender… Não fique triste. Primeiro fui procurar se tinha algum relógio na Mansão, encontrei nada… Já que o único está coberto por um pano. Então, como na minha mesa tem duas cartas parecidas, assumi que fariam parte do mesmo enigma. Ficou bem óbvio que essas cartas estão conectadas à página 5 do livro de visitas. E aí comecei a rodar as cartas, posicionar e tentar encontrar algo. Na minha cabeça, eu jurava que tinha fechado um quadrado usando a borda da folha mais os ângulos azulados centrais (precisão 0%, malditas cores), no qual o 5 seria o elemento central. Apontei o ponteiro dos segundos para o cinco e fui buscando posições que me dessem números com os demais ponteiros (horas e minutos). Encontrei duas combinações de três números seguindo a ordem indicada na carta (esquerda, direita, centro)… Errado as duas. Depois posicionei o “buraco” no 5, que parecia ser o centro e peguei umas combinações assim também. Nada.

Então, resolvi abrir minha primeira carta de pista. Só explicando… Cada enigma tem 2 cartas de pista e a carta resposta. Assim, você não fica travado. No final da partida você vai ganhar pontos de acordo com o tempo que demorou jogando e quantas pistas usou. Não curti muito esse fator tempo, preferiria ir fazendo de boinhas, mas bom… Vamos ver quantos pontos faço. A priori eu pensei em não usar nenhuma pista e jogar o tempo que eu quisesse (me renderia 7 pontos), mas não estou aqui para fazer ponto, tou aqui para me divertir… Então. Olha a pista:

Quando uma pista dá algo que é inútil para você, isto é, a informação já era de seu conhecimento, você ignora. Metade dela me foi inútil, mas o finalzinho me salvou. Eu precisava olhar por relógios em outras partes… E assim, virei aquela roda que bota as respostas e no verso tem um relógio!

Posicionei o ponteiro como estou ilustrando na imagem acima. E segui a instrução esquerda – direita – centro como diz na carta J. No caso, o ponteiro para 9, 3 e 6 (já que 12 não dá um dígito só). E, finalmente! Errei de novo. Aí fiquei vendo umas combinações sem noção e tudo errado também. Ah, já sei… Pode ter algo em outro canto. Fui procurar nos demais componentes, até nas regras por algum relógio. Nada. Fui ver no verso da caixa, lá tem um relógio. Usei as informações dele para encontrar a posição dos segundos e usei a posição relativa para encontrar esquerda, direita e centro. Nada. Por fim, chego na tampa do jogo e lá tem três relógios! Um em cada lateral e um na frente da caixa. E eles mostram horas diferentes apenas com ponteiros de horas e minutos! Agora vai! Pego até uma folha de caderno, pois nessa vou precisar anotar as horas já que vou usar a roda tanto para encontrar o apontamento dos segundos quanto a roda depois para ver se a resposta foi correta. Faço tudo… E errado. Puta que pariu. Confiro a ordem: esquerda, direita, centro. Será que esquerda é a esquerda da caixa e não minha? Aí faço ao contrário, errado. E aí reparo que apesar dos relógios da esquerda e centro estarem iguais, os ponteiros de horas e minutos tão trocados. Agora sim… Encontro a resposta! Hurray! Foram 18 minutos nesse enigma, mas gostei hein? hehehehe

Bom, a essa altura recebi mais cartas e minha mesa ficou de um jeito que não tirei foto. Ops. Basicamente agora fiquei com as cartas que tinha e mais uma com linhas e umas inúteis (para o enigma atual) só para atrapalhar minha vida, como sempre. Acho que agora sim vou resolver o enigma dessas linhas… Três cartas de linha. Infelizmente, cor novamente. Tristeza isso. Foi tão legal o enigma do relógio. Bom, novamente eu retornei para aquela página cheia de números no livro de visitas. Afinal, as retas pareciam que poderiam servir de algo, passei bem uns 10 minutos nessa putaria. Sem achar nada de nada, resolvi pegar uma pista. Pois é, pelo visto desisti da pontuação mesmo.

Realmente, nunca que eu iria adivinhar que precisaria dobrar as cartas… Pelo visto começar por um Exit avançado foi falha minha mesmo. Ops. A pista também me ajudou a identificar as cartas úteis e inúteis do enigma. Pelo visto isso tem ocorrido bastante (eu ver associações onde não deveria). Claramente é de propósito. Safadenhos. Aproveitei esse momento e tirei uma foto pós-jogatina, para compensar a falta da foto que citei anteriormente.

Então, agora ficou mais tranquilo, se precisa dobrar e as cartas tem duas cores só de linhas e as linhas indicam o sentido da dobra. Pimba!

Se não tá dando para entender, é 0, 5 e 9 a resposta. Pode soar que fiz rápido, mas não fiz… Refleti muito antes de dobrar as cartas. Mas foi mais rápido que o anterior: 15 minutos. A ordem foi do menor pro maior, já que é indicado pela carta U e consegui dizer que eram esses números usando tanto o “fundo” escrito nas cartas (que ficou sobre a mesa), quanto a setinha (que estão todas apontando pro mesmo lugar). Gostei, apesar do impacto inicial negativo das cores da carta L e desse maldito desenho cheio de número no livro dos visitantes, que toda vez acho que ele vai ser usado. Será que se eu passar a ignorá-lo agora a coisa anda mais rápido? Por sinal, eu fico falando as letras das cartas, se você não tá conseguindo identificar, elas estão no canto inferior direito da carta.

Com a resolução desse enigma ganhei acesso a folha A4 misteriosa e umas cartas:

De início já tive uma boa noção do que fazer: encontrar livros usando as indicações das cartas Q e T. Assim eu descubro a correspondência de cada cor pela carta B. Depois era só fazer traçados usando a ordem na carta L e encontrar os três formatos dos três números! Então, lá fui eu buscar uma disposição de livros seguindo, inicialmente, as instruções da carta T. Isso me rendeu uma disposição meio que em formato de L (seria um livro do lado do outro e um em cima). O que fazia até bastante sentido, já que é o mesmo símbolo do enigma. Rodei a biblioteca inteira e não achei nada nesse padrão. Que bom, se tivesse ia perseguir mais 10 anos a solução assim. Depois voltei para as cartas e percebi que os itens não eram livros, mas ilhas. Burrinho demais. E tem lá na minha fuça o único texto da biblioteca dizendo “Arquipélagos”. Bom, a partir daí foi fácil. Foi só montar os padrões com base nas cores. E deu isso:

Apesar desse enigma ter cores, dessa vez foi fácil de acompanhar. Talvez por ser de associação, não sei. Eu não precisava identificar cores realmente, mas só pareá-las, e acho que tem menos cores do que o primeiro enigma. Além do texto ser muito maior do que o anterior, ajuda a identificar. Em todo caso, gostei desse enigma. Acho que tou pegando o jeito (ou não, já que demorei 18 minutos nessa brincadeira). Novas cartas foram obtidas, minha mesa tá assim agora:

Primeiro dei uma olhada rápida no martelo e no pino. Fiz uma “conexão” entre o martelo da biblioteca e o pino que segura o símbolo que parece uma letra grega. Mas não saí do lugar. Sabendo, agora, que o jogo é safadenho. Resolvi me conter e focar. Apesar das três cartas na mesa, estive com um feeling que a resposta tá apenas na que tem o símbolo do enigma: a carta G. Li, reli, pensei… Pelo visto preciso folhear algo e ver uns números? Peguei os números do livro de visitas, já que são 3 no sentido de ida ou volta folheado (ficam no canto inferior o número da página). Tentei todas as combinações. Nada. Inclusive, aqui tem uma pegadinha, pois no verso do livro tem um 0 e um 1. Estou começando a simpatizar com esses desvios do jogo, parece que estou tentando ser mais esperto que um pedaço de papel. E aí refleti no número 30 que é dito no enigma. E todos os baralhos do jogo são bolos de 30 cartas. Então, fui checar o verso de cada um e vi nada. Então, pensei, será que tem alguma ilusão de ótica? E comecei a fazer aquilo que você faz quando desenha uma vários frames de um vídeo em algumas folhas de papel e faz uma animação, sabe? Fiz com o baralho de dicas, afinal tem lá a palavra “solução” no verso de algumas cartas. Nada. Pareceu loucura minha, mas aí fiz isso com o de Respostas também. Nada. Só que o de respostas eu fiz num sentido (tipo fazendo a animação no canto esquerdo da carta) e aí resolvi fazer no outro… Quando fiz no outro, lá pela carta 20+ rolou uma animaçãozinha e parecia um número! Aí comecei a ficar rodando o baralho feito um louco e fazendo várias animações para ver se encontrava algo. Encontrei a animação completa na parte de baixo da carta, mas não estava conseguindo sacar os números. Sendo que aí, percebi que tava fazendo na posição errada e vi tudinho quando ajustei. Que belezura. Te falar, se cada caixa desse jogo for enigmas com ideias tão diferentes quanto essa, tão de parabéns os designers, viu?

Se você não conseguiu ler, a resposta é: 3, 6 e 8. Enigma resolvido e tome mais cartas na mesa:

Para resolver esse enigma, imagino que preciso encontrar algo com base na distância dos elementos das cartas O, K e S. Demorei um bocadinho, pois travei em dois momentos: primeiro como medir. Que aí eu não medi mesmo, eu achei que tinha algo a ver com a carta X e fiquei usando os números 3 e 4 para gerar algo. Deu errado, claro. No final das contas, eu precisava encontras as distâncias mesmo das cartas que citei no começo do parágrafo. O segundo travamento foi para encontrar a distância entre 0 e 1. Achei que seria uma pegadinha e a distância seria a própria régua, que está no verso do livro de visitas. Entretanto, não era. Aí observei mais detalhadamente o desenho dos números e vi que era igual ao desenho da Ouija. Anotei as distâncias nas cartas e fui testando na doida mesmo. Depois de encontrar a resposta, entendi que seria algo como alfa, beta e gama na ordem? Afinal temos beta e gama desenhados, não achei o alfa. Bom. Consegui, por alguma razão obscura não gostei tanto desse. Será por ser algo muito padrão comparado com os outros? Ou será apenas fome? Vou almoçar… Figurinha demonstrando a medição, usando a “régua” que o jogo provê com o verso do livro de visitas.

Novas cartas depois de resolver o enigma da régua e mesa cheia agora.

Quando vi esse enigma, fiquei achando que era algo na Ouija, mas olhei lá e não vi nenhum padrão daquele tipo. Sendo que percebi, que os números estão sempre em sequência e fui ver na roda que você gera as respostas e encontrei o mesmo desenho lá. A partir daí ficou relativamente simples, pelo que eu entendi teriam outros números entre os números da roda. No caso, era para recortar. Mas sou frouxo, vai que recorto errado e fica uma zona? Aí fui verificando e anotando os números… Exemplo abaixo.

Esse 9 aí estava entre o 7 e o 8 do círculo mais externo, tal qual a carta A. Depois de anotar os números, coloquei eles como o código do enigma e pimba. Interessante, mas não muito e nem sei dizer o motivo. Novas cartinhas, acho que agora só faltam mais dois enigmas! Novamente ficou faltando a fotinho das cartas separadas na mesa, mas eu recebi mais duas cartas iguais as cartas X e V (totalizando 4) que eu tinha antes. Aí, ficou relativamente fácil. Foi só recortar e ir juntando elas eu consegui a seguinte informação:

Finalmente, parece que vou usar o ângulo azul daquela folha do livro de visitas (que tem vários números e ângulos retos coloridos). Pedi ajuda aos universitários novamente, para saber qual era o ângulo azul. E devo dizer que “relativamente fácil” foi conversa fiada. Passei 30 minutos nesse enigma. Rodei todas as possibilidades possíveis e imagináveis e não chegava nem a pau.

Eu achei que a resposta estava bem óbvia pela folha do livro de visitas. Fiquei encucado em algo envolvendo 1 (número do quadrado e também embaixo dele na folha), 6 e 8. Mas tentei todas as ordens e nada. Comecei a chutar tudo na louca e nada. Nossa, tentei de tudo mesmo o negócio na minha fuça e eu sem ver. Então, novamente tive que recorrer as pistas.

A primeira pista não ajudou em nada, logo, não conta de acordo com as regras. Já a segunda serviu, deu aquela clareada. Eu precisava montar o quadrado em pé. Até porque ele deitado tava uma cagada. Não é que deu certo? Ainda demorei para localizar os números, mas uma hora saiu.

Na foto não deu para pegar tudo, mas tem um zero no cruzamento do canto inferior direito. Difícil demais esse enigma (ou não), vai ver é aquelas situações que você tá tão perto que perde a perspectiva das coisas. E agora, o último enigma. Ele liberou vários elementos que estavam na pendura até agora. Tou sentindo que vou passar 5 horas nesse. Esqueci de novo a foto dos itens, mas tirei pós-jogatina.

Terminei esse enigma em 25 minutos, mas pedi mais uma pista e foi realmente bem útil. Antes dela eu estava rabiscando tudo, vendo várias possibilidades. Dobrei até as cartas, pois o jogo safadenho botou as cartas pintadas de azul, tal qual no enigma que precisou dobrar as cartas. A solução é bastante criativa, mas nossa como seria impossível acertar sem a pista…

Depois dela, ficou quase fácil. Eu ainda apanhei um pouco, pois montei tudo na parte central coladinho, pois a carta do enigma dizia para apertar bem. No final das contas, a configuração ficou assim:

E aí ficou bem fácil, bastava olhar no olho mágico e encontrar o número dentro das ranhuras. Muito criativo e interessante, só achei impossível sem a dica. Talvez quem jogou outros jogos da série, né? Tem que pensar muito fora da caixa (ou seria dentro, nesse caso?) pra acertar um negócio desse.

Bom, terminado o último enigma a gente consegue sair da mansão!

E assim terminei a partida. Espero que tenha gostado, deu uma trabalheira elaborar isso aqui. Eu joguei sozinho e escrevendo. Foram constantes pausas para vir aqui escrever sobre e também ficava tirando as fotos. Foi meio cansativo, mas até que gostei de fazer o reporte. Talvez fosse meio chato jogar e não ter nem com quem dividir a experiência. Ao menos aqui falo com o vento (ou com você, pessoa paciente que tá aguentando ler tudo).

Se você está se perguntando quanto tudo isso demorou, não pergunte mais, eu digo. Fiquei das 8h40 até as 14h40 da tarde. Breve intervalo para almoço (uns 30 minutos?). Então, todo o processo durou umas 5h30, fora o tempo que estou levando para escrever essa conclusão e depois botar todas as fotos realmente (por enquanto só deixei escrito qual foto botar onde). Eu também cronometrei os tempos dos enigmas, somente eles foram 2h40 minutos.

Essa cronometrada foi para ver minha pontuação final. Fiquei com pobres 4/10 estrelas. Tanto pelo tempo estourado como pelas 5 pistas (4 na verdade, já que uma foi desconsiderada, mas a pontuação seria a mesma) que usei. Duvido que eu conseguisse fazer esse tempo inferior à 1h30, que parece ser o tempo “máximo”. Aí talvez entrasse o suporte de outras pessoas, já que várias cabeças pensando são (assim espera-se) melhores que uma. Tem também o fato de eu ter pulado várias etapas, pegando já um Exit de nível avançado. Mas não me arrependo… O nível de frustração existiu, mas não foi tanto. Consegui resolver completamente sozinho 6 dos 10 enigmas. Os 4 não resolvidos sozinho, um eu quase cheguei lá e os demais eram os pensamentos muito diferentes (dois de usar a caixa, um de dobrar cartas e outro de cortar e montar). Então, acho até que fui bem.

No final das contas deu para me divertir. Talvez você já tenha percebido que eu me surpreendi com algumas das soluções criativas, gostaria de ter jogado com um grupão para ver como funcionaria. Eu jogando sozinho acho meio sem propósito a tensão do tempo. Termina que eu fico igual um retardado, vendo tudo bem devagarzinho e tentado aproveitar o jogo sem ligar muito pro tempo. Quem é que passa 30 minutos em um enigma sem olhar a pista nos primeiros 5 minutos? Eu, pelo visto.

Infelizmente, continuo achando o valor um roubo. São 10 enigmas, alguns bem legais, outros bem padrão por R$ 120. O que mais gostei foi o de fazer o filmezinho com as cartas, apesar de não ter sido o mais difícil, claramente. É muito chato não poder repassar depois de jogar, ainda mais quando o motivo são apenas 7 cartas estragadas de uma caixa com 90 cartas e mais uns outros componentes. Um absurdo você não destruir nem 10% dos componentes. Claramente foi uma maneira que encontraram para evitar o repasse do jogo. Talvez você se pergunte: daria para jogar sem destruir os componentes? Daria não, dois enigmas iam ficar impossíveis de fazer. É perceptível que isso é um diferencial, mas não acho que vale não. Tá bom que depois que você dobra a primeira carta já entra no embalo e começa a riscar tudo, mas essa “brincadeira” de destruir não compensa o valor. Se você dividir como grupo, aí sim faz sentido… É basicamente como se tivesse pagando um cinema (bem caro), mas que você participa ativamente, não é um mero espectador.

Pronto. Cansei.

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