Desafio 100N (2021) Maio

Voltando com o recorde do ano! Não diria que foram vários jogos, mas… Foi melhor que um ou dois.

006. Roll to the Top! (2018)
Jogado em 03/05/2021 com 2 jogadores.
Joguei contra a IA, então não é bem 2 jogadores (ou é?). Se quiser conhecer, dá pra jogar aqui. Roll to the Top é mais um Roll & Write, mas tem um diferencial bem importante: não termina em com contagem de pontos. O jogo é uma corrida. Isso faz ele se destacar no gênero super saturado em que tudo é muito parecido. Claro que ser somente diferentão nunca foi qualidade o suficiente e Roll to the Top consegue ser interessante por si só. Entretanto, o jogo tem um probleminha por conta de ser uma corrida: dependendo da partida, pode ser bem previsível quem vai vencer bem antes do final. Cada rolagem importa e o mínimo erro vai lhe fazer perder ou chegar, no máximo, empatado. Como é um jogo de dados, eu esperava algo mais misericordioso, mas joguei ao todo cinco partidas e perdi quatro vezes. Não sei até que ponto isso é bom ou mal sinal, pois se eu tou perdendo significa que existem decisões melhores e não tão óbvias, ou a IA pode estar roubando nos dados. Se você não conhece, recomendo dar uma olhadinha, especialmente se você gosta de Press Your Luck, dados e corrida.
007. Quatro casos de Sherlock Holmes (2014)
Jogado em 09/05/2021 com 1 jogador.
Esse jogo é basicamente igual aquelas aventuras solo de RPG. Se você não conhece, você toma algumas decisões e vai andando para os números indicados e a aventura vai dando continuidade. A diferença aqui é que a vitória não é estabelecida ao chegar até o final da história vivo, mas sim de acertar corretamente as respostas dos quatro casos. Achei a ideia interessante, tanto é que comprei. Bom, não gostei de três coisas da experiência: primeiro é que ficar indo e voltando nas páginas é chato demais. Aqui ocorre ainda mais do que as aventuras solo, pois você fica voltando na mesma cena do crime ou no mesmo personagem para escolher outras opções. Recomendo que você sempre deixe a página “menu” marcada com seu dedo, para evitar ficar indo e voltando procurando pelas páginas. Segundo problema é que você tem quatro casos, mas as respostas só são dadas ao final. Isso foi muito chato, especialmente no começo que poderia ser um caso tutorial e usado para explicar todo o jogo. Inclusive, aqui vai minha terceira crítica: deveriam ter me avisado como o jogo funcionava por completo no começo. Como o jogo só vai ser realmente jogado uma vez, acho que valeria a pena expor todos os detalhes possíveis da maneira mais direta possível para evitar a pessoa tomar decisões sem sabe direito o que tá fazendo. Por exemplo, eu não sabia que teria uma pontuação no final da partida, pois se soubesse teria tentado alguns casos como Sherlock que dá mais pontos (joguei sempre como Watson). Inclusive, eu só fui perceber que tinha que coletar as teclas depois de um tempo e juntei miseras 21 (de um total de 40). Em todo caso, apesar dessas reclamações eu gostei. Fiquei engajado no jogo por três dias, totalizando algo torno de cinco horas. Ser quadrinhos é bem superior a ser uma aventura solo padrão, pois você consegue colocar vários aspectos interessantes e visuais no jogo. O mais legal de tudo é quando você termina, especialmente se você acertar as soluções. Não por ter simplesmente acertado, mas porque quando for ver as soluções vai perceber que você não deduziu tudo exatamente como Sherlock. Geralmente a gente perde um ou outro detalhe que é sempre interessante ver que existiam várias vias para chegar na resolução de cada caso. Engraçado que o caso que eu achei pior foi o primeiro (que é hipoteticamente o mais fácil), pois perdi uma informação crucial, mas consegui contornar o erro no final. Bom, se você jogar talvez entenda do que estou falando. Terminei com míseros 12 pontos, maioria deles juntados por acertar os três últimos casos, eu “acertei” o primeiro caso, mas só depois de chegar no final do jogo. Então, estou considerando que errei. Futuramente pretendo repassar esse livro entre conhecidos, foi uma atividade bem interessante nesses tempos sem as jogatinas. Então, se você leu até aqui e consegue pegar o livro aqui em casa, dá um grito nos comentários que a gente organiza.
008. MicroMacro: Crime City (2020)
Jogado em 14/05/2021 com 1 jogador.
Joguei apenas o demo online desse jogo. Inclusive, tá aqui o link se quiser conhecer. Esse jogo estava na minha Wishlist e saiu. Não é ruim, mas não vale o investimento. Ele funciona igualzinho ao jogo acima: você joga uma vez e cabou-se. Com o diferencial que imagino que o valor do MicroMacro vai ser muito mais elevado (lá fora ele é 30 euros) e simplesmente por isso desisti de adquiri-lo. Outro fator é que é mais uma atividade do que um jogo mesmo, basicamente você tá brincando de Onde está Wally? mas com um universo inteiro, vários personagens distintos e alguma dedução. Eu gostei da ideia e do conceito em si, mas falta algo, ainda mais considerando o valor elevadíssimo para você comprar um poster gigante com line art. Talvez, se eu tivesse jogado a versão física teria achado mais legal, mas o demo foi um pouco simples demais e sem o aspecto físico de ir movendo uma folha de papel.

É, foram três… O recorde mais ridículo do Desafio 100N. Demonstrando a mediocridade do ano.

2 Comments

  1. Bruno Marchena
    7 de junho de 2021

    Muito legal o texto sobre o Micro Macro. Eu tinha esse receio que você descreveu e vejo comentários parecidos nos fóruns subterrâneos dos jogos de tabuleiro, para além das páginas geradoras de hype. Ele certamente virá com uma tiragem Micro, não entregará uma experiência Macro e sairá por um preço Crime.

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    1. Roberto
      7 de junho de 2021

      Heheheheh Se alguém trouxer, né? Acho difícil. Infelizmente, esse seu texto funciona pra boa parte dos lançamentos nacionais. =~~

      Responder

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