Com o Instagram criado, eu estou realizando algumas modificações na maneira de como o conteúdo será apresentado aqui no blog e também como vai ser essa interação Instagram/Facebook/Blog. Então, se você perceber em vez de dizer o mês dessa postagem eu estou dizendo “Parte 2”. Retroativamente, atualizei a postagem de Janeiro para Parte 1. Bom, deixe-me explicar tudo direitinho.
Como o Instagram não funciona igual ao Facebook, isto é, não é possível colocar links diretamente na postagem. Ele só funciona com apontamento para o blog por meio da BIO. Então, só é possível fazer link para a postagem mais recente. Sendo assim, não é possível eu tratar o Instagram igual ao Facebook. Logo, estou elaborando maneiras para ter algum conteúdo relevante por lá, já que o Instagram como ferramenta de endereçamento é um lixo.
Sendo assim, a priori, irei modificar a coluna do Desafio 100N pelo seu apelo mais geral. Como será o procedimento? Os jogos do Desafio 100N serão postados primeiramente no Instagram, o quanto antes eu tiver formulado a impressão do jogo. Isto é, em vez de precisar aguardar até o mês para ver todas as impressões, vocês poderão acompanhar a medida que elas ocorrem. Ao menos esse é o plano quando tudo se regularizar. Por enquanto, eu estou alternando entre um jogo do Desafio 100N (já postado aqui previamente) e uma postagem geral do blog com encaminhamento para cá. Como já apresentei 21 jogos aqui (tudo no mês de Janeiro) esse processo irá durar a mítica quantidade de 42 dias. Talvez eu mude essa cadência se achar que está parecendo demorado demais. Ao normalizar, irá ocorrer exatamente como falei acima. Enquanto isso, aqui no blog, a postagem continuará ocorrendo mas de um jeito diferente. A postagem não será fixada no começo do mês, como era antes, mas sim após a postagem de 10 impressões no Instagram. Sendo assim, a Parte 1 ficou com os jogos 1 ao 10, essa Parte 2 com os jogos 11 ao 20 e a Parte 3 será com os jogos 21 ao 30. Acho que deu para pegar a ideia.
Sei que é uma mudança que pode não agradar ao pessoal do blog, mas eu tenho que criar maneiras do Instagram ter alguma utilidade. Se todo esse processo não render frutos ao blog, irei re-estudar se mantenho ou não o Instagram no próximo ano. Claro que tomarei outras medidas para ver se o Instagram cresce e aceito ideias e sugestões, viu? Outro elemento diferente é que vou colocar uma tradução para inglês na tentativa de aumentar o alcance da publicação. Segue exemplo:
Então, se você já leu a postagem original de Janeiro, nada de novo aqui. Foi só um processo de reformulação e peço desculpas por isso. Se você gosta da coluna, recomendo seguir o Instagram, pois lá a informação chegará antes. Se não tem Instagram, é só aguardar que eventualmente a Parte 3 vai aparecer por aqui também.
Sem mais explicações, vamos aos jogos de Parte 2!
011. Histrio (2016) Jogado em 18/01/2020 com 4 jogadores. Incrível. Cathala conseguiu de novo. Criou mais um jogo que requer que seja balanceado pelas jogadas dos próprios jogadores. Afinal, pra que balancear seu jogo se você pode deixar essa responsabilidade para os jogadores? Muito tosco. Adicionalmente, o jogo usa a ideia de que os jogadores escolhem locais secretamente, revelam os locais e fazem a ação apenas se estiver sozinho. O que pode ser bem frustrante, pois você pode esbarrar nos jogadores mesmo correndo das melhores opções, já que eles também correram delas por medo. O jogo também tem um sério problema de mudança drástica da situação dependendo das cartas da mesa. Então, não adianta você investir em Comédia ou Tragédia, pois por conta das cartas na mesa pode ser impossível você fazer o jogo virar a seu favor. Experiência bem ruim, não jogaria novamente e não recomendo nem conhecer. |
012. Meduris (2016) Jogado em 18/01/2020 com 4 jogadores. Aconteceu algo engraçado com Meduris. Sabe quando explicam o jogo para você e a impressão que você tem é que o jogo será bem entediante e sacal? Foi esse sentimento que tive. O jogo foi explicado e eu meio que tentei jogar ele na minha cabeça. O formato redondo do tabuleiro e o caminhar do Druida me passaram a impressão de repetição e tédio. Bom, devo dizer que me enganei. Terminou que Meduris é um jogo com um bom andamento e jogabilidade. Como você precisa se planejar para quando o Druida for se mover, você fica constantemente calculando quais recursos vai precisar e qual ação deve tomar. Assim, você fica engajado mesmo no turno do adversário e a repetição natural do jogo não lhe deixa entediado. Não tenho certeza sobre a rejogabilidade, a impressão que tenho é que seja baixa, mas posso estar enganado novamente. Recomendo conhecer. |
013. Get Bit! (2007) Jogado em 19/01/2020 com 6 jogadores. Jogo com aquela mesma ideia do já citado Histrio (evitar jogar cartas iguais aos outros jogadores) e tem até eliminação de jogador. Entretanto, apesar desses dois potenciais negativos é um jogo melhor que o Histrio, pois dura menos de 15 minutos. Dá para dar umas risadas, pois aqui não existe ação para ser feita… Então, você jogar carta igual a do oponente só irá levá-lo mais próximo da morte (do tubarão que fica no fim da fila) e ainda assim, pode acontecer de outro jogador morrer no seu lugar. Então, é um jogo que sabe o que é e foi feito de uma maneira a ser rápido. Falando assim parece até que achei excelente, mas não… O jogo tem lá seus problemas. Existe uma espécie de Runaway Loser no jogo. Termo inventado agora, pois se você tiver em último da fila, dependendo das cartas que tiver na mão e do que saiu na mesa, a chance é de você ficar lá levando mais algumas mordidas. Aí sim, essa experiência pode ser muito frustrante. Você estava sem ser atacado e de repente fica atrás rodadas suficientes para perder. Tudo bem que isso pode acontecer com várias pessoas da mesa, mas acho que a frustração permanece. Não é porque o outro se lascou igual que você vai achar a experiência agradável. Em todo caso, como o jogo é relativamente rápido, em pouco tempo você esquece o trauma. Em todo caso, para mim as principais vantagens do jogo são: ser rápido e comportar até 6 jogadores. |
014. Dungeon Monsters (2012) Jogado em 19/01/2020 com 6 jogadores. Nunca vi graça em carteado, como jogos de Trick Taking ou Climbing. Dungeon Monsters é um Climbing Game, isto é, os jogadores formam um “jogo” e o jogador seguinte deve baixar uma sequência melhor. O objetivo nesses jogos é, geralmente, se livrar de todas as cartas. E é esse o caso aqui. Basicamente, o jogo é composto de um baralho com cartas contendo número apenas, e o número é a quantidade de cartas no baralho, isto é, a carta de valor 11 tem 11 cópias no deck. O líder da vez começa a jogar, ele precisa jogar uma sequência de números iguais e o próximo jogador deve jogar uma sequência melhor com a mesma quantidade de cartas ou passar. Quando todos passarem, vence e o jogador que jogou por último. O jogo é basicamente isso. Tem umas trocas de cartas que só fazem fortalecer ainda mais o vencedor da última rodada e pronto. Aparentemente esse jogo é uma cópia (ou muito parecido) com um tal de The Great Dalmuti. Todos na mesa acharam bem ruim e foi isso. Copiar um jogo já é leseira e ainda copiar um jogo sem graça… |
015. Murano (2014) Jogado em 22/01/2020 com 4 jogadores. É bem raro nos dias de hoje eu usufruir de um Euro Game médio. É meu estilo de jogo favorito, mas meu grupo atual não parece ser muito fã. Então, quando a oportunidade surge de conhecer um novo, é bem satisfatório. Murano é um Euro Game redondinho, literalmente, você fica rodando no tabuleiro realizando as ações com os barcos. É como se fosse um Rondel, mas com múltiplos pinos (no caso do jogo, são barcos) que bloqueiam os espaços. Então, seria meio que uma combinação de Worker Placement com as restrições do Rondel. Gostei. É um bom método de selecionar ação. É um jogo que tem pontuação durante a partida e após a partida com objetivos. Sempre gosto desse estilo, sendo que aqui a pontuação dos objetivos é vastamente superior aos obtido durante a partida. Eu diria que num caso assim você removesse os pontos durante a partida, mas eles são necessário para a dinâmica do jogo e, dependendo de como o pessoal jogou, irá ser fator definitivo do vencedor da partida. Então, nada a reclamar aqui. O maior problema, entretanto, foi como eu joguei a minha partida. Eu coloquei objetivos rapidamente, assim já poderia guiar minha estratégia durante o restante da partida. Peguei dois objetivos parecidos e que ambos davam uma certa trabalheira para conseguir. O resultado foi repeteco a partida inteira. Isto é, eu sempre fazia as mesmas ações em uma determinada ordem para poder cumprir os meus objetivos da melhor maneira possível. Nesse momento, eu poderia até xingar o jogo e dizer que é só seguir um roteiro. Entretanto, a interação salva um pouco isso. Fui bloqueado em várias ocasiões e tive que me adaptar. Sendo assim, não deu para ficar literalmente repetindo tudo. De modo que o jogo se tornou menos repetitivo do que potencialmente poderia ter sido. Achei bacana, jogaria novamente, até mesmo para ver o fator rejogabilidade que imagino ser alto, já que existem várias cartas diferentes de objetivo. A priori eu achei alguns objetivos desbalanceados, mas imagino que tenha sido só impressão e também não tive lá muita experiência para de fato ter uma boa noção dos números do jogo. |
016. Trains and Stations (2013) Jogado em 22/01/2020 com 4 jogadores. Joguinho do Eric Lang bem diferente do seu usual. Infelizmente, isso não significou um jogo bom. O jogo é extremamente estranho e quando a partida terminou só confirmou a estranheza. Deixe-me explicar. Se eu não me engano, você tem 12 estruturas (3 de cada tipo) e ela são colocadas no tabuleiro no decorrer da partida para lhe render umas cartas que você irá disputar maioria por elas. Sendo que durante toda a partida o jogador que colocou mais estruturas fui eu e foram apenas duas… Sim, duas das doze! Um outro botou uma e os outros jogadores não botaram nenhuma. Isso que chamo desperdício de componentes. Parece até que o jogo não foi testado. Talvez a gente tenha jogado algo muito errado, mas não parece ser o caso. Bom, todo o jogo é muito tático e dependente dos dados que você rolar. Re-rolar é algo extremamente perigoso e custoso, sendo estranho em um jogo nesse estilo. Isso só aumenta o elemento sorte, pois se você fizer uma rolagem boa sem re-rolagens vai se beneficiar demais. Achei o jogo bem ruim e bem fraco. Agora até entendo as razões do Eric Lang criar jogos meio que parecidos e na mesma linha. É o que ele entende e se for sair disso a chance de dar erradíssimo parece ser grande. |
017. Nations: The Dice Game (2014) Jogado em 22/01/2020 com 3 jogadores. Nunca joguei o Nations original, mas acho que a duração iria me frustrar. Dei a sorte de conhecer sua versão lite. Esse jogo é bem rápido e gostei disso nele. A partida com três jogadores demorou 30 minutos. Apesar de nesses 30 minutos a gente ter passado por quatro “eras” e tudo mais, o jogo certamente transmitiu um sentimento de um jogo de civilização bem abstrato. Isso não me incomodou, mas acho que pode incomodar alguns. Também não existe combate no jogo, a Guerra é só conversão de itens de espada em Victory Points. Então, Nations: The Dice Game é realmente uma versão abstrata de um jogo de civilização com mecânicas de dados para ser jogador rapidinho. Eu gostei, dado a duração talvez fosse algo que eu comprasse, mas acho preocupante a rejogabilidade. Como é um jogo abstrato, as “habilidades” do que você adquire é sempre a mesma coisa: ganhar mais ícones ou ganhar mais dados. Pronto, é um jogo tipicamente de conversão de coisas em pontos ou mais recursos para ganhar pontos. Minha recomendação com uma única partida seria: conheça, mas não compre. Posso estar enganado, até gostaria de estar, mas não estou muito disposto a arriscar. |
018. Arraial (2018) Jogado em 25/01/2020 com 4 jogadores. Esse jogo tava na minha lista de Want to Play do BGG. Com tanto jogo saindo sobre poliminós, eu estou meio que em busca de um que comporte vários jogadores para ter na coleção. Por enquanto, estou com o Patchwork, mas esse só dá para dois. Bom, apareceu a oportunidade de jogar e cá estou eu. Arraial é, basicamente, Tetris: The Board Game. Sério, não tem muito o que comentar. Na sua vez você tem algumas peças para escolher, você pode rotacionar algumas vezes e tudo mais e depois colocá-las no seu tabuleiro. Toda vez que faz uma linha, você ganha ponto e amplia seu espaço. Eu gostei da experiência, mas achei o jogo muito tático. Assim, de um jeito exagerado. Só importa para você a sua vez, não há planejamento e você simplsmente tenta fazer o melhor com o que tem disponível. Por isso, o fator sorte pode ser bem elevado e até frustrante se nunca tiver a peça que você quer para ser comprada. É um jogo bem tranquilo e que requer alguma otimização para vencer. Jogaria novamente mas ainda não é o jogo que estou procurando. |
019. Above and Below (2015) Jogado em 25/01/2020 com 4 jogadores. Eu ainda não encontrei um jogo do Ryan Laukat que me agradasse. Above and Below é mais um para essa lista de decepções. O jogo é um Euro Game que tenta inserir conteúdo forte de história, mas a coisa simplesmente não casou bem. As história são repetitivas e o ganho é sempre algo similar, fora que a aleatoriedade com o que será recebido tira o aspecto estratégico do jogo, se tornando algo porra louca. Eu ganhei a partida, mas foi comprando uma carta que dá inúmeros pontos (eu chamaria de desbalanceada) e investindo fortemente em exploração. A parte de exploração foi um tiro totalmente no escuro e na doida. Algumas vezes surtiu algum efeito, mas na maioria das vezes não. O jogo também é curto demias, você não consegue fazer muita coisa. Isso faz sentido, pois se a parte Euro fosse completinha a parte de história ia só transformar o jogo em um monstro de três horas de duração. Bom, achei a arte bacana, mas a jogabilidade continua fraca. A impressão que tenho é que como Ryan Laukat faz tudo (arte e game design) fica faltando um filtro nos jogos. Tudo bem que eu pareço ser a exceção (Above and Below está na posição #217 no BGG) e as pessoas curtem seus jogos, mas realmente fica esse sentimento. |
020. Duelo: Kung-fu (2016) Jogado em 26/01/2020 com 4 jogadores. Segundo jogo nacional do ano e mais uma decepção. Na realidade, eu nem conhecia o jogo e foi uma surpresa um amigo ter adquirido. Segundo o manual, Duelo: Kung-fu foi inspirado em Love Letter e Yomi. Realmente, é possível ver essas inspirações no jogo. Entretanto, o jogo é pior que as suas duas inspirações. Muito aleatório, tem um aspecto forte de bola de neve (quem tá na frente ficará na frente e quem tá atrás vai ficar pra trás) e no final das contas as partes que poderiam ser boas não funcionam. Quando o jogo terminou um dos jogadores disse: “Vamos combinar de nunca mais jogar esse jogo?”. Combinado coleguinha, combinado. |
Até que o progresso está sendo bom. Um misto de boas impressões e péssimas impressões? Melhor que só xingamentos. No meu livro, acho que isso seria um saldo positivo.