Chegadas e saídas #14

Como prometido, aqui está o resultado da minha última feira. Com a Black Friday em vista, talvez eu adquira alguns títulos ainda, mas nesse caso eu vou pegar somente jogos lançados aqui mesmo. Os espólios estão organizado em ordem alfabética, afinal chegou tudo junto.

Belratti (2018)
Jogo na linha de associação de imagens, comprei para estudar o design e também por ser um estilo que me agrada. Diferentemente de outros jogos nessa linha (Dixit e Mysterium), Belratti é um jogo com cartas minúsculas e todas elas só demonstram objetos. Então, não é um jogo bonitão ou atrativo, mas eu gostei da ideia. Inclusive, por ser totalmente cooperativo e usar imagens, ele lembra um pouco o Dr Pine Test. Inclusive, a “inteligência artificial” funciona da mesma maneira nos dois jogos. Mera coincidência, acho que foi a maneira mais fácil que a gente viu de colocar desafio sem complexidade. Bom, resumindo o jogo: um grupo de jogadores vai dividir as cartas em dois grupos (sem dizer a ninguém) e os demais jogadores depois vão ter que acertar a quais grupos cada uma pertence. Pode parecer fácil, mas não imagino que seja (ainda não joguei). Eu gostei da ideia, pois já tive algumas similares. Quem sabe não nasce mais um protótipo daí também? Só que preciso ter alguma ideia mais diferente.
Beyond Baker Street (2016)
Eu gosto da dinâmica de Hanabi, mas acho ele um jogo fraco por conta da pontuação. Não existe condição de vitória. Bom, se a condição for fazer os 25 pontos, a pessoa vai jogar 500 vezes e vai conseguir os 25 em alguma partida com muita sorte. Tirando até um pouco o mérito, pois não envolve apenas habilidade para chegar nos 25. Então, por conta desse probleminha, eu estou sempre aberto a conhecer seus derivados. Foi assim que comprei Bomb Squad e gostei bastante. E foi assim que fui atrás do Beyond Baker Street. É um jogo com a dinâmica do Hanabi, mas que tem uma condição de vitória clara. Fora que tem um tema que deve fazer algum sentido: Sherlock Holmes. Como Hanabi, querendo ou não, possui elementos de dedução, acho que o encaixe é melhor que fogos de artifício. Não é uma tarefa muito difícil também. Reparei agora, que os dois primeiros jogos da lista são cooperativos. Estilo que não sou muito fã, mas que pelo visto esses dois me despertaram a curiosidade. Inclusive, um outro derivado do Hanabi que quero muito conhecer é o Letter Jam, mas acho que esse só presta se for trazido ao Brasil, já que é um Word Game.
Keyper (2017)
Não conheço muitos jogos da série Key, na verdade só conheço o mais famosão: Keyflower. Inclusive, já tive o Keyflower. Um jogo que adquiri por ser um Euro Game para até 6 pessoas, mas que não funciona bem com tanta gente. Então, resolvi vender. Keyper é mais modesto, vai no usual 2-4 sendo um Worker Placement cheio de componentes de madeira, com interação positiva e um gimmick nos tabuleiros que ficam na mesa. Como estou retomando o ritmo de criação, peguei ele pensando em dois fatores: jogo bacana e material pra protótipo. É, parece que minha feira está enviesada para o Game Design. O que para mim é um excelente sinal de que a coisa está voltando a engrenar.
Ninja Dice (2013)
Jogo de dados que parece ter muita sorte. Tem uma mecânica diferente de que a posição dos dados importa, mas acho que com o rolar da coisa deve transformar tudo em uma grande obra caótica. Resumindo: aleatório em cima de aleatório. Comprei pela curiosidade e para estudo mesmo, quem sabe não desperta algo? Também estou à procura de um novo Dice Game para substituir o Sushizock Gockelwok da minha coleção. Afinal, ele não costuma agradar o pessoal que é meio anti-matemática e dependendo do grupo, eles podem simplesmente não captar a ideia do jogo. Além disso, já joguei o bicho 26 vezes. Ainda não enjoei, mas sempre gosto de procurar alternativas para os jogos da coleção. Estou com um pressentimento que Ninja Dice não vai atingir os requerimentos desejados… Mas, nunca se sabe.
Pyramids (2017)
Assim como o caso acima, estou atrás de um Card Game para ocupar outros postos da coleção. Pyramids envolve Drafting Aberto, algo que gosto bastante. Então, talvez ele substitua o Best Treehouse Ever, ou dê para ter os dois simultaneamente. O negócio é que estou sentindo falta de um Card Game novo interessante, para dar aquela refrescada. Se não na coleção, mas pelo menos nas jogatinas mesmo. Pyramids parece ter algumas decisões interessantes e ser um jogo relativamente simples de explicar. Tem um aspecto visual interessante e um tema que faz algum sentido. Diferente de vários jogos de cartas que são pura abstração. Esse eu estou até esperançoso com a permanência.
[redacted] (2014)
Eu estou um pouco empolgado com jogos de dedução. Estou querendo uns jogos “inteligentes” nessa linha, pois percebi que esse é um dos estilos que me agrada. Algo que você precise fazer uma leitura de mesa e tentar concatenar as informações desse quebra-cabeça para chegar numa conclusão. O problema da maioria dos jogos de dedução é a rejogabilidade, pois uma vez que você jogou várias vezes pode ficar um tanto manjado o funcionamento e se tornar meramente uma questão de sorte de encontrar as informações corretas no momento adequado. Espero que não seja o caso de Redacted. Na verdade acho difícil ser. Redacted é um jogo de times, no qual um dos modos de jogo é você saber quem é seu parceiro para vocês fugirem juntos de uma embaixada. Li vários xingamentos sobre o livro de regras, mas como o jogo é de 2014 estou esperançoso das regras atualizadas serem de mais fácil compreensão. Curioso com esse, pois é um jogo que as pessoas dizem ser meio que “ame ou odeie”. Estou esperando amar, claro, mas sinto o ódio farejando meu cangote.
Skyliners (2015)
Pronto, esse jogo é completamente fora do meu perfil. Admito que peguei por conta dos componente e por ser um jogo de construção de cidade. Pensando já em estudar ou verificar o que ele tem de diferente com relação ao Distrito 4. Na realidade, a similaridade entre esse jogo e o meu estão apenas no tema e no fato de que prédios estão sendo erguidos andar à andar. Sendo que acho que vale a pena ver o que existe aí fora, até mesmo para alimentar as ideias. Como é um jogo meio obscuro e já de uma certa idade, não imagino algum conhecido comprando. Quando digo que não é do meu perfil, é pela razão de Skyliners ser um jogo família. Eu não gosto de jogos família, pois eles não são leves o suficiente para você levar completamente na brincadeira e nem são pesados o suficiente para você ocupar todo seu cérebro com ele. Aí, fica aquele sentimento de estar fazendo alguma atividade que não é nem fácil, nem difícil. Sei lá, simplesmente não entro em sintonia com jogos com essa proposta. Em todo caso, cá está ele na coleção. Talvez aguardando apenas a primeira partida para ser trocado/vendido.
Ulm (2016)
Típico Euro Game que se passa na Europa medieval e com uma arte bacana. Motivo da compra? Tem uma mecânica de seleção de ações um pouco diferente. O maior problema com Euro Games é que o apelo é baixo e recentemente tenho jogado poucos deles. Então, tentei pegar um que parece ser mais bonitinho para ver se agrada mais. O jogo também parece ser um pouco leve, mas posso estar enganado. Eu tento me conter de ir atrás desses jogos mais nada a ver, pois a chance de ser bomba é grande, mas a vontade de encontrar alguma gema escondida é grande. Espero que Ulm seja um bom jogo e resista.
Valletta (2017)
Fechando a lista com outro jogo fora do meu perfil: um Deck Building. Eu meio que abomino Deck Building isoladamente, mas eu ainda insisto nessa mecânica, pois já encontrei ela de um jeito interessante quando mesclada em um jogo maior. Exemplos disso são do grande Pfister com Great Western Trail e Mombasa. Talvez Valletta esteja na parte mais leve do espectro, mas é essa a questão: estou querendo um Deck Builder que eu goste e que também não seja tão demorado. Eu gostei um pouco do Clank!, mas não acho ele muito Euro Gamer não, fora que achei o Deck Building meio deslocado. Bom, vejamos o que Valletta me reserva. A caixa diz um tempo máximo de 80 minutos, espero que seja a realidade. Ou até menos tempo, seria interessante também.
The Blood of an Englishman (2016)
Jurava que essa postagem iria ser só com chegadas, mas meio que reanunciei meus jogos à venda e rolou uma venda! Milagre! E nada mais do que um jogo desconhecido e que quase ninguém sequer tem interesse em conhecer. Acho que a premissa agradou ao comprador (e também o preço?). Joguei apenas três partidas deste jogo, que é um Card Game assimétrico no qual um jogador é o Gigante e o outro é João do Pé de Feijão. Achei o jogo muito difícil de ser vencido pelo gigante e parece que o Setup tem grande influência nisso. Posso estar completamente enganado, mas a dinâmica simplesmente não agradou tanto quanto eu gostaria. Tenho jogos muito melhores para dois jogadores e essa foi a principal razão de querer vender esse.

E essa foi a feira e uma saída inesperada. Todos os jogos vão aparecer eventualmente nas impressões do Desafio 100N, alguns podem demorar muito mais que os outros, já que eu não tenho tanta pressa assim de ir jogando os títulos recém chegados. Então, se ficou curioso com algum, calma que a hora dele vai chegar. Coleção agora com 47 jogos. O limite de 50 deve estourar se eu for comprar algo na Black Friday, veremos.

2 Comments

  1. Cássio Nandi Citadin
    23 de novembro de 2019

    Fala Roberto!

    Esse Keyper pensei por muito tempo em pegar, mas eu já tenho o Keyflower então achei que poderia ter algum repetéco. Aquela gimmick do tabuleiro do jogador é muito interessante! Se o jogo for mais ou menos, pelo menos vc vai ter uma boa qtde de peças pra protótipo hehe

    Responder
    1. Roberto
      25 de novembro de 2019

      É, acho que todos os jogos da série tem uma pegada similar, com algum twist de mecânica para diferenciar… Se o cara for fã até rola em ter vários, mas a tendência seria de terminar só jogando um deles por considerar o melhor. Então, também não vejo muito sentido em ter dois ou mais da coleção.

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Scroll to top