Mês fraquinho, fraquinho… Desafio já foi superado, acho que bateu aquela preguiça de correr atrás de partidas diferenciadas. Isso é bom, pois posso jogar jogos que gosto e sei que são bons. Usufruir um pouco da coleção construída com tanto afinco. Grão selecionados da mais alta qualidade. Então, estamos naquele momento leveza e só relaxando. Daqui a pouco chega as férias também.
106. Bullshit (?) Eu não sou um grande jogador de baralho. Na verdade, é até estranho eu ter como hobby jogos de tabuleiro, pois nunca fui muito envolvido com baralho, dominó, xadrez ou qualquer jogo mais clássico. Acho que o culpado foram os meus anos como jogador de RPG. Bom, Bullshit é jogado com um baralho normal. Como qualquer jogo de baralho, é daqueles que as regras variam de versão para versão. Jogamos uma delas que os jogadores tem “vidas” e podem apenas contestar jogadas enquanto tiver vidas. Achei que o jogo envolve muita memória, contagem de cartas e até contagem da ordem do turno. Resumindo: é um jogo de ficar contado coisas. Acho isso entediante e sacal. É o tipo de jogo para jogar sem se importar muito com ele, mas sim conversar sobre outros assuntos. O jogo tem lá seus momentos, mas para mim não valeu muito a pena não. |
107. Spirit Island (2017) Jogo cooperativo assimétrico. Ele segue a fórmula do Pandemic: desafios sendo lançados a todo momento para você resolver e você precisando se dividir em vários para conseguir superá-los. Eu não gosto de jogos assim. Fica em um ciclo cansativo de receber demanda e resolver. Estou trabalhando é? As demandas são sempre as mesmas, é um exercício de tratar o mesmo problema várias vezes até que o fim da partida chegue com sua derrota ou sua vitória. Bom, pelo pouco que estou falando já deu para perceber que não gostei tanto assim do jogo. A vantagem de Spirit Island sobre a maioria dos cooperativos é a grande assimetria presente. Cada personagem joga de uma maneira diferente, tem atributos diferentes, cartas diferentes. Consequentemente, a cooperação é mais forte no jogo. Afinal, onde um jogador é fraco, outro precisa suprir e ajudá-lo. De fato, minha maior crítica com jogos cooperativos puzzle é a falta de cooperação, mas como aqui são tantas peças em movimento e seu personagem é diferente do outro, fica difícil alguém dar uma de Alpha Player. É possível? É, mas atrasaria demais o jogo micro-gerenciar todo mundo. O negócio é que para inserir essa assimetria, o jogo precisou colocar vários elementos diferentes no jogo. Então, você tem tipos distintos de oponentes com tipos diferentes de miniaturas e um Upkeep que dói o coração. Toda rodada você precisa criar novas tropas, criar novas casas, realizar combates automáticos, é muito sacal. Como foi nossa primeira partida, eu também escolhi um personagem de baixa complexidade para jogar. Consequentemente, eu fiquei a partida toda fazendo praticamente a mesma coisa: era meio que um turno jogando cartas boas de ataque, destruindo tudo e um outro turno agindo bem pouco e recuperando as cartas fortes. Juntando essas repetições com as repetições do Upkeep eu me senti num jogo extremamente repetitivo. Claramente não é meu tipo de cooperativo, mas se você gosta do estilo recomendo dar uma olhada. |
Agora que o ritmo ficou bem lento, estou achando que não vou bater meu recorde de jogos conhecidos em um ano. Para isso restariam 6 novos jogos. Ainda dá, afinal são apenas 3 cada mês. Mas será que dá mesmo? Acho que só em Janeiro descobriremos.
1 de novembro de 2019
Roberto, pq vc acha que o Spirit Island tem o status de 14 no ranking geral do bgg (12 nos estratégicos) ? Eu não sou o cara dos co-ops, então passo longe, mas tenho curiosidade nas mecanicas e no que o jogo possui que atraia tanto o publico.
1 de novembro de 2019
Fala Cássio, acho que tem vários motivos:
– Assimetria grande. Pandemic, Robinson Crusoe, etc… Tem assimetria, mas não é tão grande quanto Spirit Island. Cada jogador tem um deck próprio que define as ações que faz. É como se em Pandemic um jogador pudesse curar praga e outro não.
– Por conta dessa assimetria o jogo REQUER cooperação e isso é legal. É a única parte do jogo que eu realmente gostei, me deixa triste ver jogos cooperativos que não tem cooperação mesmo do tipo um ajudar o outro. A cooperação é muito cosmética, de elaborar um plano que cada um participe de uma maneira, mas não soa natural.
– É um jogo complexo… Isso empolga o povo gamer.
– Controla demais o Alpha Player, como cada jogador tem seu deck é diferente jogar com cada um deles… Não tem como ficar cantando a jogada pro outro.
– Joga solo, sempre um plus nos dias de hoje.
– A aleatoriedade existe no mínimo necessário (eu diria até pouco, provavelmente uma boa razão para eu não gostar do jogo é essa). Vira um quebra-cabeça que você tem total previsão do que vai acontecer.
– Tem combo, deck-building e uma certa “construção de engine”.
Resumindo: É meio que um Eurogamer cooperativo com um tema legal. Então, acho que serve os dois “universos” muito bem. E como o pessoal do BGG a maioria é gamer aficionado, ele tem esse rank elevado. O cooperativo mais próximo e famoso em termos de peso deve ser o Robinson Crusoe, mas ele é muito aleatório. O que afasta Eurogamers e decai um pouco mais a nota.
1 de novembro de 2019
Boa análise!
Justamente vários desses aspectos gamers tem chamado atenção no meu grupo, alguns comentários de “pegar pra jogar solo” já foram soltados por lá hehe
1 de novembro de 2019
Você não jogou um de Cuba com Tiago?
1 de novembro de 2019
Nada… =)