Passaram-se muitos anos antes que os Game Designers fossem reconhecidos pelos seus jogos. Acho que o reconhecimento de ter o nome na capa tornou-se comum apenas com os jogos europeus, vide Catan. Hoje em dia, quem sofre desse mal são os artistas. Em alguns jogos vemos o nome do artista, mas ainda são raros os casos e sendo, geralmente, reservados aos artistas já reconhecidos como mais uma maneira de vender um jogo. Hoje, resolvi lançar um Desafio. Vamos tentar levar o nome de alguns artistas para o grande público!
Vamos começar, como sempre, na ordem invertida. A ideia aqui é apresentar os nomes, dizer o que gosto no estilo e mostrar uma pequena galeria.
#3 Miguel Coimbra
Eu conheço o trabalho do Miguel Coimbra desde a época que eu jogava RPG. Nessa época eu vivia no DeviantArt e outros sites de artistas em busca de artes para personagens e cenários que eu elaborada para as minhas campanhas. Ta aí, acho que essa era a parte que eu mais curtia do RPG, a criação do cenário. Bom, deixando o passado de lado, não é que o camarada também faz arte para jogos? Trabalho continua sensacional como sempre.
Eu gosto da arte do Miguel Coimbra de modo geral, mas eu acho que os cenários que ele faz são muito melhores que os personagens que ele faz. Não sei a razão, não sou crítico de arte, mas tenho esse feeling que ele faz melhores cenários do que pessoas (rostos/expressões especialmente). Eu gosto bastante das capas que ele cria nos jogos por conta disso, são capas com cenários vistosos e com alguns personagens (também bem feitos, mas geralmente sem explorar muito o rosto). Então, se eu fosse fazer uma capa para um jogo meu, esse seria o artista.
#2 Michael Menzel
Se eu fosse publicar um Euro Game, digamos Distrito 6, acho que eu gostaria que a arte do tabuleiro fosse feita pelo Michael Menzel. Todos os jogos que o tabuleiro tem a arte dele são belíssimos. Parecem peças de obras de arte criadas pensada no design gráfico do jogo, pois no final das contas tudo se encaixa e faz sentido com as mecânicas do jogo. Muitas vezes dá para saber que o artista do jogo é ele, mesmo quando não dizem na capa, pois dá para captar o estilão dele presente no tabuleiro.
Inclusive, Michael Menzel se empolgou e criou um jogo ele próprio: The Legends of Andor. Então, até Game Designer o cara é. Eu diria que é admirável uma pessoa só fazer todos os “processos” criativos do jogo. Quem já fez isso inúmeras vezes foi o Ryan Laukat. Não listado aqui, pois não sou tão fã assim da arte dele e nem do design dos seus jogos, mas admiro demais a capacidade de ambos.
#1 Alexandre Roche
Temos aqui um artista com estilo, ou pelo menos contratam ele por essa razão. É o tipo de arte que nem todo mundo gosta, pois não é necessariamente de saltar os olhos. Entretanto, eu gosto bastante, pois me parece ser um trabalho muito bem feito a mão e laborioso. Concordo que não é a arte mais bonita que verá, mas é uma arte que me cativa e acho que encaixa no perfil dos jogos que Alexandre Roche é colocado para fazer. Coloquei o camarada como Top #1, pois é o único artista que eu comprei jogos meramente por ele ser o artista do jogo. Isso nunca aconteceu antes, por isso acho que merece estar nessa posição.
Conheci o trabalho dele através de Troyes, provavelmente o jogo mais conhecido com a arte dele. Adquiri Bruxelles pela arte dele e mantive o jogo, pois é muito bom e segue a mesma linha Troyes (euro médio-pesado). Outro jogo que tenho dele é o Rattus. São todos bons jogos e com arte cativante e diferente. Tem gente que acha o oposto (feia e sem graça), mas fazer o que? Outro jogo que comprei apenas pela arte dele foi The Golden Ages, mas esse não gostei. Até insisti, mas sei lá, o jogo não clicou comigo.
É isso. Se você for criador de conteúdo, convido-o a fazer o mesmo. Vamos divulgar alguns artistas bons do mundo dos jogos de tabuleiro para o pessoal que ainda desconhece eles.