Depois do Top 3 jogos que eu gostaria de ter criado, voltamos com mais um desses Desafios que circulam entre os conteudistas e Youtubers do meio dos jogos de tabuleiro. Novamente, não fui desafiado, mas achei a ideia interessante e resolvi fazer. E qual a ideia? Comentar de partidas que foram bem ruins. Isso não implica em jogos ruins, mas partidas ruins. Portanto, foquei nas experiências que as partidas proporcionaram para mim. Não é uma lista lá muito positiva, me trouxe até umas más lembranças à tona, mas talvez você se divertida rindo da minha desgraça.
#5. Dixit (2008) Meu Party Game favorito já me trouxe algumas partidas chatas sim. Já joguei Dixit nas mais diversas ocasiões e com uma gama de pessoas diferentes: amigos, desconhecidos, familiares, etc. Com essa diversidade de gente, é claro que algo poderia dar errado. Uma partida se destacou nesses aglomerados. Sabe quando você dá uma dica focada para uma pessoa? Eu não acho isso problemático, pois normalmente faz parte da estratégia para avançar menos o vencedor da partida e tentar ter alguma chance de ganhar. Agora, imagine que você está em uma mesa com 6 pessoas (ou 5, não lembro direito) e todos são amigos viciados em um determinado jogo e você é o único que não? Em uma mesa dessas, acontece o oposto: as dicas são para todos, menos para você. Passei a partida inteira ouvindo dicas sobre League of Legends e nunca joguei essa bagaça na vida. O problema não é perder, o problema é ficar de fora de todas as piadas e referências durante a partida inteira. Portanto, se você quer apresentar um jogo para um grupinho, tome cuidado em usar Dixit, pode sobrar para você se existir um assunto em alta entre eles. |
#4. Summoner Wars (2009) Sim, um dos meus jogos está na lista e por uma razão bem esquisita. Você pode até achar que estou louco ou paranoico. Já joguei mais de 200 partidas ao vivo desse jogo e algumas outras na sua versão digital para iOS. E, eu digo praticamente com certeza absoluta, que o iOS manipula as jogadas dos dados. Sim, os dados da versão digital não são aleatórios (ou pseudo-aleatórios) eles são enviesados em determinadas ocasiões e por essa razão tive várias partidas extremamente frustrantes de Summoner Wars. Eu gosto de facções rápidas e tentar finalizar o jogo rapidamente. Jogadas arriscadas e tudo mais. Entretanto, essa estratégia no iOS parece que o Summoner adversário tem o dobro de vida. Quando eu ataco com vários dados, a maioria é erro (quando não todos quase sempre), mas quando é um dado a chance parece normal. É como se o iOS não permitisse que eu encerrasse a partida rapidamente. O mesmo acontece com grandes ataques ao Summoner no decorrer da partida. Vai atacar o Summoner com 4 dados? Todos erram. Com apenas 1 dado? Chance usual. Então, qual a dica que dou? Vá de conta gotas no Summoner do oponente que sua chance de sucesso será maior. Pode parecer paranoia (e até ser) mas foram muitas ocasiões assim para não desconfiar. |
#3. Vital Lacerda (1967-) Agora chegou a hora da polêmica, citando um Game Designer! Nada contra Vital Lacerda, ele parece ser uma pessoa excelente e bastante entusiasmado com o hobby e com seus jogos. Entretanto, se você conhece algum jogo do Vital Lacerda sabe que eles são Eurogames grandes, cheio de componentes, cheio de regras, cheio de detalhes. Para mim, a essência dos jogos Euros é a elegância das regras, fluidez na jogabilidade e mecânicas bem mescladas. Vital Lacerda vai na contra mão disso e por isso, todas as minhas primeiras partidas dos seus jogos são extremamente frustrantes. Não que eu seja uma especialista em todos os seus jogos, mas joguei CO², Kanban e Gallerist. A pessoa que explicava sempre tinha dúvidas, nada era intuitivo e eu terminei a primeira partida dos três sem saber por quais motivos ganhei/perdi. Você pode comentar sobre curva de aprendizagem e tudo mais, mas não acho que seja esse o problema. Vital Lacerda deve ser um cara muito inteligente, mas pouco didático/empático. Ele consegue criar jogos cheio de detalhes, mas não consegue transformá-los em algo facilmente assimilado e compreendido. É como se os jogos dele fossem complexos apenas pela complexidade. Hoje em dia já joguei Kanban três vezes e se você me pedir para explicar o sistema de pontuação de final da partida eu não conseguirei. Apesar dos pesares, estou interessado em conhecer Lisboa. |
#2. Ca$h ‘n Guns (1998) Quando vi esse Desafio lembrei dessa partida e comecei imediatamente a escrever sobre ela, antes de qualquer um dos outros quatro. Entretanto, ao ponderar com os demais, optei por deixar em segunda posição. Essa partida ficou marcada na vida de todos que participaram e puderam presenciar a situação como um todo. Bom, vamos para a história. Um casal de amigos que jogava comigo que era um pouco problemático em termos de jogatina. Costumavam discutir e não aguentar interação durante as partidas. Obviamente, esse jogo é um prato cheio para isso e claro que aconteceu algo quando esse casal estava jogando. Na primeira ou segunda rodada, o namorado apontou a arma para a namorada. Como é um jogo de blefe e existe bala de mentira, ela assumiu que ele nunca atiraria nela. Oh, sabe de nada inocente. Ele atirou. No momento foi até engraçado, mas a reação dela foi tão extrema que deixou a mesa murcha. A partida toda foi jogada meramente por obrigação, pois ficou aquele climão na mesa. Todos jogando em silêncio e sem empolgação nenhuma. Traumatizado com a experiência, eu vendi o jogo logo depois. Talvez eu contado você ache uma besteira, mas se passou por alguma situação parecida sabe do que estou falando. |
#1. 7-Card Slugfest (2013) Existem poucas coisas que eu não tolero em uma mesa de jogo. E uma delas é trapaça. Acho de uma estupidez sem tamanho a pessoa roubar em um jogo. Não faz sentido roubar para ganhar uma partida de um joguinho que não vale nada na sua vida. É vaidade? Sei lá. Se você rouba e quiser me explicar, estou todo a ouvidos em entender suas razões. Já presenciei trapaças algumas vezes e aqui poderia estar qualquer uma dessas vezes. Então, escolhi esse jogo, pois é algo que meu grupo se lembra e também foi algo que todo mundo da mesa pegou. Esse é um jogo em tempo real e tem uma regra clara: você coloca uma carta por vez. Adivinha o que aconteceu? Um dos jogadores colocava duas, três cartas de uma única vez. Infelizmente, existem algumas pessoas que estragam o hobby e esse cara é uma delas. Não eram apenas trapaças, era toda uma gama de aspectos sociais que não eram respeitados pela criatura, causando mal estar em várias mesas. |
Resumindo a minha lista: 3 dos 5 itens envolvem jogadores. Sabe o que isso significa? Pessoas não prestam! Brincadeira… Significa que o melhor do hobby são as pessoas, mas o pior também pode ser. Para nossa sorte, a quantidade de pessoas que causam esses tipos de situações são uma minoria e, na maioria dos casos, é algo pontual ou que pode se contornar com uma conversa.
E você? Tem alguma partida traumática na sua história de jogatinas? Deixe nos comentários.
27 de julho de 2018
Meu amigo, quando clico no link de Card Slugfest sou direcionado para outro jogo.
30 de julho de 2018
Obrigado pelo aviso, Lair! Corrigido.
28 de julho de 2018
Cara… me identifico com sua história de Ca$h ‘n guns, só que eu faço parte do casal hahahahaha Minha namorada joga pela estética (fechar a build, fazer um combo ou coisas do tipo, não pelos pontos em si, mas pela beleza de realizar sabe? Basicamente, ela joga pelos achievements, nem se importando muito se vai ganhar ou perder) e, algumas vezes, eu preciso de algo que ela tem ou minha ação interfere diretamente na dela e cara…já cogitei deixar de jogar na mesma mesa que ela pra evitar esses climões, mas isso tb deixaria um climão. Então aproveito pra deixar uma pergunta: o que fazer quando alguém do grupo de amigos (não necessariamente um parceiro (a)) acaba estragando a diversão do resto da mesa?
Novamente, muito obrigado pelo blog!
30 de julho de 2018
Obrigado pelo comentários Henrique hehehehe
Sinceramente, sua pergunta é muito boa e não saberia como respondê-la de modo geral. Acho que depende de como foi gerado a má experiência. Em geral, a minha recomendação seria o organizador da jogatina (ou o amigo mais próximo dessa pessoa) bater um papo com ela. Explica de boas o que aconteceu e pedir para não fazer novamente. Acho que a pior maneira de abordar isso é o pessoal brigar com a pessoa na hora. Pode acontecer dela tá num mal momento externo (família, trabalho, etc), o que não é bacana botar pressão nela, ou interno (achou o jogo uma bosta). e brigar com ela naquele momento só vai aumentar a revolta hehehe.
Acho que é isso: leva prum canto, bate um papo e vê se melhora.