Desafio 100N (2017) Julho

Mais um mês catando jogo nunca jogado dos amiguinhos para conseguir avançar no Desafio. Considerando o número de jogatinas, consegui uma ótima quantidade de jogos esse mês. Segue a lista.

63. Tiny Epic Western (2016)
Essa série Tiny Epic tem decepcionado bastante. Joguei o TEK e o TEG, sendo o segundo bem superior a todos os da série que já joguei, incluindo o agora TEW. Achei o jogo muito longo para a proposta, não me faz muito sentido um jogo tão pequeno demorar 2 horas. Entretanto, minha maior crítica vai para as cartas usadas na mecânica de poker do jogo. Elas são adquiridas aleatoriamente (você pega duas e escolhe uma) e o maior valor do maior naipe é quase sempre a melhor opção. Para completar, além de ser boa no poker, o jogador também pode usar essa carta no duelo, aumentando de 1 à 5 seu poder. Uma diferença monstra. Como no duelo você joga um dado também, fica uma dupla aleatoriedade sem sentido para um “Eurogame“. Para fechar com chave de ouro, os personagens e construções me pareceram desbalanceados.
64. Jolly Roger (2015)
Fui jogar Jolly Roger com uma expectativa bem baixa, mas o jogo me surpreendeu. Não que seja um jogo sensacional e maravilhoso, mas rendeu muita risada e durante grande parte da partida a diversão foi presente. O problema é que o jogo dura exatamente 10 rodadas, sendo possível acontecer do vencedor ser definido antes do final da partida. Então, pode rolar um pouco de frustração nas três ou duas últimas rodadas.
65. Okey Dokey (2016)
Em um dos encontro da Taverna esse mês o pessoal demorou para aparecer. Para minha sorte, eu tinha levado meu Battle Line, que com ele é possível jogar o Parade, e agora descobri que recentemente também serve para o Okay Dokey. Pois bem, Okey Dokey joga de 1-5 jogadores… Então, aproveitei que ninguém tinha chegado e joguei. É um jogo cooperativo no estilo puzzle de números, lembra muito o The Game. Como eu só joguei solo, não sei dizer como é o jogo com mais jogadores, mas a versão solo eu achei muito dependente de sorte. Como o jogo tem várias restrições de jogadas, muitas vezes você perde a partida por não ter nenhuma carta de uma cor, isso não poderia ter sido resolvido de nenhuma maneira e você perdeu meramente pelo azar. A ideia é boa, mas não jogarei mais solo, algum dia jogo com mais pessoas para testar.
66. Oh My Goods! (2015)
Achei o jogo solitário demais. A única interação são com a aquisição dos trabalhadores, que são obtidos por Set Collection das construções que você possui. Sendo que esses trabalhadores parecem armadilhas ou os jogadores que pegaram não aproveitaram bem. Ganhei a partida, mas isso não foi o suficiente para melhorar a experiência do jogo. A melhor parte é o Push your Luck na hora de definir como usar o trabalhador, era melhor ter focado mais nesse aspecto, disponibilizando mais trabalhadores/construções para ter mais decisões interessantes durante a partida.
67. The Battle of Five Armies (2014)
Nem de longe é meu estilo de jogo. Não gosto de jogos demorados, especialmente 1×1. Em todo caso, um amigo tem o jogo… Então, testei. Cá estou eu para dizer que a expectativa foi a realidade. O jogo tem muitas regras, muitos detalhes para se lembrar e muita rolagem de dado. Eu não ligo para rolagens de dados, mas esse negócio de só acertar com 5 ou 6 é uma negação (e em vários momentos só acerta com 6). Isso dá uma vantagem para o defensor, pois o objetivo dele é ficar vivo o máximo de tempo possível. Além de deixar o jogo lento, pois as mortes demoram a acontecer. Outro problema é a assimetria. Me pareceu como a maioria dos jogos assimétricos: cada facção tem um estilo “obrigatório” de ser jogado. Orcs precisam avançar logo ou perdem, se for tentar alguma estratégia mais conservadora ou à longo prazo acho que as chances de vitória reduzem drasticamente.
68. Vudù (2014)
Ri bastante durante a partida. O problema é que muito provavelmente não rirei mais em futuras partidas. A parte mais engraçada do jogo, que eu achei, foi a surpresa com as cartas de artefato. Entretanto, em uma única partida, conheci todas e algumas inclusive foram usadas mais de uma vez durante a mesma partida. Não recomendo ninguém a comprar Vudù, mas recomendo dar uma chance e jogar uma vez na vida.
69. Tsuro of the Seas (2012)
Transformaram Tsuro em um Ameritrash dos piores. Muita sorte envolvida e muita rolagem de dados para definir a movimentação aleatória dos dragões. Os jogadores torciam para não ativar os dragões, não por medo de serem atacados, mas sim para não precisar rolar um dado para definir o movimento de cada dragão na mesa. A versão original é muito melhor em todos os aspectos: mecanicamente e visualmente. Passe longe dessa versão.
70. Mondo (2011)
Puzzle em tempo real, meu estilo de jogo. Gostei bastante da partida, mas achei alguns aspectos problemáticos. Primeiro é a aparente falta de rejogabilidade, não sei se é o caso, pois joguei apenas uma vez, mas como você repete o mesmo processo três vezes durante uma partida, acho que em pouco tempo o jogo vai cansar e parar de ver mesa. Segundo é que achei a pontuação dos animais desbalanceada. Foquei a partida inteira neles e ganhei por muitos pontos, mesmo sem cumprir objetivos. Jogaria novamente, pois diverte e as partidas são rápidas (menos de 30 minutos).
71. UNO (1971)
Pois é, eu nunca tinha jogado UNO. Aproveitei que estava esperando uma mesa terminar e tinha um jogador livre que me apresentou. O jogo tem cartas bem desequilibradas e é praticamente regido pela sorte. Talvez seja possível se divertir com um grupo grande e pela zoeira, mas como jogo… É bem fraco.
72. Terraforming Mars (2016)
Eu definiria esse jogo como um sandbox em uma camisa de força, pois apesar de ter um universo de possibilidades você está restrito aos seus recursos e cartas. É uma situação interessante, pois há uma grande variedade de combos, estratégias e caminhos para a vitória. Sendo que nem tudo são flores. Achei demorado, 3 horas de partida com 3 jogadores, sendo dois experientes; além de ser repetitivo, o turno é um repeteco de drafting + ações, eu consegui rodar minha engine várias vezes antes da partida terminar; fator sorte não me agradou, todas as cartas serem diferentes possibilita elaborar combos ao mero acaso ou não conseguir formar eles pela mesma razão; Take That fora de lugar, um jogo dessa duração ter cartas que permitem destruir/roubar recursos dos outros oponentes é muito esquisito; quase sem interação, existem alguns elementos de interação mas me pareceram forçados, como as metas e prêmios, tão forçados que ignorei e não me atrapalhou na pontuação. Bom, apesar de tudo, ainda fiquei curioso com as possibilidades estratégicas, talvez jogue mais alguma vez para testar outras opções.

Continuo na frente do calendário, faltando “apenas” 28 jogos. Como ainda temos 5 meses para o ano terminar, são 5-6 jogos por mês. É factível! Acho que vou conseguir.

2 Comments

  1. Renato Simões
    2 de agosto de 2017

    Olha, permita-me discordar em relação ao Tsuro of the seas. Acho um bom jogo. É eficiente em ser um Tsuro e ainda tem um modo de jogo novo, diferente, que é legal, um refresh no Tsuro

    Responder
    1. Roberto
      2 de agosto de 2017

      Permission granted. =D

      Pois é Renato, pior que joguei em uma boa configuração: 5 pessoas, nem pouca gente, para não ser morgado; e nem muita gente, para ter um downtime enorme… Mas não curti, um dos jogadores morreu pelo mero acaso na 4ª rodada. O legal do Tsuro é você eliminar os outros jogadores, mas nesse jogo é mais fácil eles serem eliminados pelos Dragões… =(

      Partindo do ponto de vista de ter “dois jogos em um”, realmente… Essa versão vale mais a pena, mas eu prefiro o visual do outro, acho mais classudo.

      Responder

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