Minha Coleção: Parte 1

Saudações pessoas! Hoje começo a apresentar minha coleção. Minha coleção será apresentada em quatro partes. Nessa Parte 1, apresentarei 11 jogos. Nas outras Partes serão apresentados 12 jogos em cada. Assim, totalizando os 47 jogos da minha coleção. A lista será apresentada na mesma ordem da minha coleção no BGG (visite aqui). Sem mais delongas…

Arboretum (2015)
Eu gosto de jogos de cartas com decisões difíceis, o primeiro nesse estilo é Arboretum. É um baralho com 10 naipes indo de 1 à 8. Então, são 80 cartas. As regras são simples: pegue duas cartas, jogue uma carta e descarte uma carta. Pronto. A dificuldade do jogo está em montar o seu Arboretum para pontuar no final do jogo. A partida tem bastante interação com os jogadores, tanto durante quanto na pontuação. Isso é um ponto forte e fraco do jogo, pois pode acontecer de lhe deixarem livre ou lhe marcarem. Para ter noção eu já pontuei 0 pontos em uma partida e 44 pontos em outra partida. Por conta disso, parece que a melhor configuração do jogo é com 2 jogadores, mas nunca joguei Arboretum com apenas duas pessoas, talvez eu devesse testar. Arboretum é um jogo muito bom, mas a cada partida esse problema da interação fica cada vez mais notável e irritante. A principal razão de estar na coleção até agora é seu tamanho portátil e pela possibilidade de ser um jogo melhor com 2 jogadores.
Battle Line (2000)
Mais um jogo de cartas com decisões difíceis. Eu comecei a gostar desse estilo com o Lost Cities do Reiner Knizia. Battle Line é uma versão melhorada do Lost Cities e foi por isso que anos atrás entrou na coleção. Eu já considero Battle Line um clássico. Excelente jogo para 2 jogadores, decisões tensas a todo momento. Inclusive, Arboretum entrou na coleção anos depois de Battle Line, pela possibilidade de ser um jogo de cartas com mesma pegada do Battle Line só que para 2-4 jogadores. O sistema criado pelo Knizia é tão bem elaborado que uma simples mudança de regra (clamar uma bandeira no começo ou no final do turno) transforma as opções estratégicas e deixa o jogo diferente.
Battle Sheep (2014)
Eu, normalmente, não gosto das versões digitais dos jogos de tabuleiro, mas eu tinha gostado do Battle Sheep desde quando joguei no Board Game Arena. Daí pensei, se gostei desse jogo mesmo online, acho que vou gostar dele ao vivo também. Dito e feito, e claro, prefiro muito mais a versão física, com seus componentes de alta qualidade por um valor bastante baixo. Acho que posso dizer que é um dos melhores custo-benefício em termos de preço e qualidade de componentes. Sendo que Battle Sheep não é apenas um joguinho fofinho, ele é um abstrato com interação sangue nos olhos que permite 2-4 jogadores. Joga muito rápido, tem regras ridiculamente simples e, às vezes, propicia partidas até o último turno. O único defeito do jogo é que, dependendo do setup do tabuleiro modular, é comum a partida ser definida nas primeiras rodadas, deixando o jogo morgado até o final.
Best Treehouse Ever (2015)
Já falei desse jogo no Desafio 100N. Então, não vou me repetir. Por quais motivos peguei ele? Eu sou insistente quando vejo potencial em uma mecânica, mas não encontro nenhum jogo que me deixe satisfeito. Pois é, estou assim com drafting, já testei vários jogos e poucos agradaram. Para minha surpresa, este daqui me agradou… Não tinha tanta certeza com apenas uma partida, mas após jogar a segunda partida se consolidou. Na segunda partida joguei utilizando os objetivos, o que dificulta o aspecto puzzle do jogo e deixa a partida mais difícil. Pelo visto ficará na coleção.
Blood Bowl: Team Manager (2011)
Blood Bowl chegou na minha coleção desbancando Smash Up. Blood Bowl é um card game que traz uma experiência de um jogo de tabuleiro completo. Engraçado que ele tem um fator sorte extremamente influente no resultado da partida (expulsão do jogador e tackle). Todas as minhas fibras de eurogamer dizem que eu não deveria gostar desse jogo, mas eu gosto. Na realidade, a graça do jogo é justamente esses swings de sorte que acontecem durante a partida. Em Blood Bowl tudo pode acontecer, se você abraçar esse conceito e jogar descompromissadamente acredito que vai se divertir. Eu já tive as duas expansões do jogo, que foi descontinuado com a separação da FFG e Games Workshop, mas resolvi vender uma. Eram times demais para mim. Mantive apenas uma delas, ficando com 8 times para escolher. Na minha opinião é mais que o suficiente. Blood Bowl não é o tipo de jogo que eu jogaria em qualquer dia, pois ele requer um estado de espírito caótico para aproveitar a experiência ao máximo.
Bomb Squad (2015)
Eu não gosto dos cooperativos clássicos, aqueles que você pode jogar sozinho representando vários personagens e ser o mesmo do que jogar com várias pessoas. Quando não é de fato necessário outras pessoas para que o jogo funcione. Me parece forçado. Bomb Squad é diferente. Ele utiliza as mecânicas de Hanabi e insere um timer para adicionar tensão. Desde que ouvi a ideia achei ótima, na época era um Print and Play. Não fiz essa versão, mas comprei a versão que saiu pela Tasty Minstrel Games. Eu gostaria de jogar mais vezes esse jogo, mas a dificuldade me impede de colocá-lo na mesa mais vezes. A frustração é demais e afasta algumas pessoas.
Bruxelles 1893 (2013)
Na boa, quando soube que era o primeiro jogo de Etienne Espreman, me surpreendi. Bruxelles é um jogo bem amarradinho, com várias mecânicas que adoro, interação forte e com arte sensacional do Alexandre Roche. Não tinha mais como melhorar. Bruxelles só tem três defeitos: é péssimo com 2 jogadores (tem controle de área e leilão, era esperado), jogadores novatos beneficiam demais o jogador que jogar depois, e esse ano no nome só dificulta (devia ser só Bruxelles). Se você é Eurogamer e não conhece Bruxelles, recomendo bastante.
Caçadores de Galáxia (2015)
Adquiri esse jogo em uma troca, em especial para conhecer um jogo tão aclamado criado por brasileiros. Joguei apenas uma vez o jogo e falei das minhas impressões no Desafio 100N. Em resumo: não gostei tanto do jogo e, por isso, ele sairá da coleção (só falta conseguir vendê-lo ou trocá-lo). Caçadores da Galáxia é um worker placement que tenta vender um tema forte. Bom, o tema de robôs gigantes matando monstros não é tão atrativo para mim, então fui no jogo pelas mecânicas. Achei bastante repetitivo e com baixa rejogabilidade, pois toda partida você fará a mesma coisa: matar os monstros e reparar seu robô, já que é a melhor maneira de pontuar durante a partida. Não é um jogo ruim, mas eu tenho vários worker placement melhores, por isso este aguarda apenas um comprador interessado (ou trocador).
Carcassonne: Hunters and Gatherers (2002)
Carcassone tem trocentas expansões e versões. Para evitar comprar o base e precisar de expansões para deixá-lo de fato interessante, preferi buscar pela versão standalone mais interessante. Foi assim que adquiri o Hunters and Gatherers. Ele é praticamente uma versão melhorada do Carcassonne original. O equivalente as fazendas da versão original pontua-se de maneira muito mais intuitiva, o equivalente às estradas ficou mais balanceado com relação à pontuação das cidades, e existe mecânica de incentivo para fechar o equivale aos castelos. Uma versão standalone de respeito. Nunca fui atrás das versões mais novas (da série Around the World), pois não gosto tanto assim de Carcassonne. Mantenho na coleção, pois uso às vezes com novatos. Dos gateways mais famosos (Catan, Ticket to Ride), é o que eu prefiro. Eu tenho a mini-expansão, mas nunca tive vontade de usá-la após ler as regras. Se você frequenta a Taverna, tem esse jogo e quiser a mini-expansão, me avise que dou de brinde só por ter lido até aqui.
The Castles of Burgundy (2011)
Já joguei muito jogo do Stefan Feld, mas até o momento Castles of Burgundy é o melhor para mim. Tudo no jogo funciona muito bem, encaixam-se perfeitamente as diversas maneiras de pontuar e de interagir com os tiles que você coloca no seu tabuleiro. Gerenciar bem seu tabuleiro faz parte de todo o processo de otimização para diminuir o impacto dos dados. É um puzzle gostoso e desafiador. O maior defeito do Burgundy é a qualidade dos componentes e arte, com certeza um jogo que se beneficiaria bastante de uma versão Deluxe. Evite jogar com 4 jogadores, demora bastante e ser o último é extremamente frustrante.
Clans (2002)
Sabe aqueles jogos que você coloca na wishlist, mas é tão velho e out-of-print que não tem nem esperança de achá-lo? Clans é um desses. Foi muita sorte ir para o Canadá, na época que um casal estava se livrando de uns jogos na mesma cidade que eu iria. Clans tem uma dinâmica que acho intrigante: todos os jogadores controlam todas as peças do tabuleiro, mas cada jogador tem uma cor específica que irá definir o vencedor no final da partida. É como se fosse Imperial com papel secreto, entra blefe, dedução e interação fortíssima em um jogo relativamente simples. Tentando explicar rapidamente, Clans é um jogo abstrato que os jogadores movem cabanas para formar os tais “clãs” e todas as cores naquele clã ganha pontos. Então, os jogadores estão constantemente movendo as cabanas da sua cor para boas posições de pontuação, mas sem entregar que aquela é de fato sua cor. É quase um push-your-luck contra a mente do adversário.

4 Comments

  1. kleber
    12 de abril de 2017

    Aboretum é muito bom com 2 jogadores.

    Quando joguei Bruxelles, apreciei suas mecânicas, principalmente o modo de usar os trabalhadores.
    OBS: Eu não sou um eurogamer, mas mesmo assim gostei dele.

    Responder
    1. Roberto
      14 de abril de 2017

      Testarei com 2 então. =) E você é Eurogamer sim. =P

      Responder
  2. Romário
    19 de abril de 2017

    Em toda minha história nos jogos, não gostei de jogar jogos de carta, mas eu acho que é pelo simples fato de não encontrar ainda um jogo que me surpreenda nesse fator, então próxima #Taverna leva la o melhor jogo de card que voce me indicaria … Abração e to babando pela sua coleção kk

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    1. Roberto
      19 de abril de 2017

      Challenge Accepted! =)

      Responder

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