Que belezura essa postagem uma próxima da outra do Desafio x3, fazia uns bons anos que não conseguia esse feito. O problema é que o salto em jogos foi grande, esquisitíssimo isso, será que 2018 é o ano que joguei mais jogos na vida e será assim por um bom tempo?
Jogos de 2018: 93 jogos
Por curiosidade, chequei. Fiz até um gráfico, eita como ando desocupado. Olha só essa belezura:
A bolota vermelha está em 2018, realmente o ano que mais conheço jogos. E aí fui fazendo até 1986 (nascimento deste idoso que vos escreve) e depois botei no primeiro pontinho de 1971 até 1985, pois o jogo mais antigo que tenho registrado como jogado é UNO (1971). Sim, não marquei no BGG jogos como Xadrez, Dama e afins, pois acho que nunca mais joguei partidas desses jogos desde que passei a registrar no BGG. Fiz até 2024, já que conheço apenas um jogo de 2025 por enquanto. Em todos os anos até 1986 conheço pelo menos 1 jogo em cada ano, nenhum ano zerado. Eu chamaria isso de um achievement aleatório. Destaco ano de 1996 que tem apenas um jogo do X-Men que tive quando criança, mas deixei ele guardado tempo o suficiente para jogá-lo em 2011 e registrar uma partida. Inclusive, eu que registrei esse jogo no BGG.
Vou aproveitar desse gráfico para mudar minhas próprias regras. Atualmente, eu fazia a postagem do Desafio x3 de um determinado ano quando eu passasse a quantidade de jogos do ano anterior. Isto é, pude fazer essa postagem, pois 93 jogos é mais do que 80 jogos (de 2017). Só que está ficando insustentável. Eu preciso conhecer 29 jogos de 2019 para poder fazer a postagem do Desafio x3! É bastante coisa por ser de um ano específico. E depois disso vou precisar conhecer mais 43 de 2020 e pronto, negócio só vai piorando… Portanto, alterei meu limite mínimo agora para fazer o Desafio x3 de um determinado ano é ter conhecido pelo menos 50 jogos daquele ano. Pronto. Acho que 50 é uma boa quantidade de jogos para poder montar uma listinha com melhores, piores e desejáveis.
Depois de tanta enrolação, vamos para o conteúdo que você esperava ler ao clicar nessa postagem. Ou não, vai que não esperava nada em específico e caiu aqui de paraquedas.
Vamos lá, começar com os jogos que eu gosto. Sempre bom começar positivamente, né? Eu não costumo gostar muito de jogos cooperativos, mas Belratti é uma exceção muito bem vinda. Conheci esse jogo não sei nem como, sei que me agradou a ideia e adquiri lá de fora, vários anos antes da Devir trazer aqui pro Brasil e não me arrependi. Tenho o jogo até hoje, sempre é uma ótima maneira de criar momentos memoráveis com a lógica maluca de cada jogador na mesa. Se você não conhece e gosta de cooperativos mais diferentes, esse vale muito a pena. Um outro cooperativo que gostei de sua estadia em minha coleção foi o Chronicles of Crime. Investigação usando uma reca de QR Code para o jogo funcionar. Se você é dos alérgicos a jogos com aplicativos, fuja desse. Se isso não for um problema para você, recomendo bastante para jogar de duas pessoas. O maior problema é que eventualmente os casos acabam, joguei alguns criados por fãs, mas não é a mesma coisa. Fora que também são finitos. Em todo caso, acho que vale o valor cobrado e depois é só você revender.
Saindo do reino dos cooperativos, o meu jogo predileto de 2018 é Blue Lagoon do Reiner Knizia. Jogo simples: no seu turno você posiciona uma peça no tabuleiro e pronto. O que gosto aqui é o tanto de interação que existe no jogo, o tabuleiro compartilhado por todos trás isso naturalmente e a elegância do design é perceptível, pois já é a octagésima vez que o Knizia faz um jogo nesse estilo. Fora isso, gostei da minha única partida do popular Everdell. Não sei se uma segunda partida manteria ele tão bem cotado assim, mas o jogo parece ser sólido o suficiente para valer a menção aqui. Gosto também muito da mecânica de cartas do Newton, mas infelizmente o jogo não consegue se sustentar por muitas partidas sem dar aquela enjoadinha básica. Nessa época os Roll & Write ainda não tinham atingido seu pico, mas acho que um dos melhores surgiu aqui com Railroad Ink.
E as bagaceiras de 2018? O engraçado é que vários deles conheci recentemente. Na verdade, irei destacar primeiro esses dois que conheci recentemente. Não são jogos horríveis, mas minha expectativa foi tão frustrada que odiei a experiência. Tokyo Highway eu não tinha tanta expectativa assim, mas o jogo é tão sem graça no modo mais básico que simplesmente não se sustenta. O que me frustrou foi saber, ao final da partida, que haviam regras avançadas. Deveríamos ter jogado com elas, já que o jogo base quase que não é um jogo. Um outro que já tive até na Wishlist, esgotou aqui no Brasil por ser vendido a preço de banana é o Shadows: Amsterdam. Esse jogo é uma mistura de Dixit com Codenames com Tempo Real. Parece confuso, e é… O jogo meio que não funciona direito não. Motivo: você tem que dar dicas usando imagens para as pessoas irem para as imagens equivalentes. Mas o pior não é isso, são as possibilidades de você vencer meramente por conta do outro time ter caído em três armadilhas. O que, aparentemente, acontece com certa frequência. Outros jogos bem ruins desse ano são o Dead Man’s Doubloons, que praticamente metade da partida é irrelevante e ganha quem teve mais sorte na segunda metade; Lucidity, que é um joguinho de dados bem mequetrefe e confuso; e, para não deixar os nacionais de fora, temos o Quix! conseguiram piorar adedonha com um desbalanceamento gigante de desafios. Brevidade nesse momento triste, vamos falar de coisa boa de novo?
Queria conhecer o Anchors Aweigh! por ser parecido com o Galaxy Trucker, só que muito mais leve. Provavelmente não vou gostar, mas tenho uma vontade de encontrar um jogo no mesmo estilo de Galaxy Trucker para tomar seu lugar. Inclusive, conheci um lançamento nessa mesma vertente e, infelizmente, também não agradou. Tem também o Crusaders: Thy Will Be Done que me pareceu muito inspirado no Trajan. Por incrível que pareça, não gosto do Trajan mas acredito que a ideia tem bastante potencial. Então, desde que lançaram o Crusaders eu tenho uma certa curiosidade de conhecê-lo. Só me falta a oportunidade. Ainda nessa linha de jogos similares a outros, queria ver qual é a do Crystal Clans, que me parece o sobrinho mal sucedido de Summoner Wars. Não foi tão bem recebido pelo público, mas às vezes eu gosto de uns jogos mais escondidos. Será que seria o caso desse? Pelo visto nesse ano tem muito jogo parecido com outros jogos que gosto. Veja o exemplo do Heroes of Land, Air & Sea, me lembrou um Clash of Cultures mais rápido e mais Ameritrash, provavelmente não vai desbancar o grandioso (por sinal, comprei a edição Monumental, só falta chegar) mas queria conhecer sim. Tem algum desses? Me chama pra jogar. Ah, pera que a lista não acabou.
Recentemente relançaram o Drop It que eu curti a ideia por ser um jogo extremamente simples que mistura destreza com alguma estratégia (pareceu pouca hehe). Basicamente você está soltando peças (por isso o nome do jogo) para tentar fazer algo estilo Tetris só que ao mesmo tempo bem diferente de Tetris. Quase comprei. Às vezes me agrado em testar jogo com umas mecânicas diferentonas. Dice Hospital tem uma união inesperada de I Split You Choose e Worker Placement, acho que nunca vi elas juntas, curioso para ver se funciona ou se dá tudo errado. Tou percebendo que tem vários jogos de 2018 eu ainda falta eu jogar. War Chest que é um jogo de dois meio abstrato e meio Ameritrash. Queria ver se a ideia bate comigo. Spring Meadow que é mais um poliomino do Uwe Rosenberg. Queria ver se a expansão/standalone Specter Ops: Broken Covenant deixa o jogo ainda mais bacanudo, e também um outro jogo do mesmo game designer chamado VOLT, que me lembrou muito meu primeiro projeto. Tem uns que sou curioso pelo hype gerado pelo pessoal do The Dice Tower, mas sempre me frustro… Quem sabe com Smartphone Inc. ou Space Base fosse diferente? Fora uma série de outros jogos que ainda não tive a oportunidade de conhecer: Lowlands pelas mecânicas, Powerships para ver se o caos e aleatoriedade me agradam, Forum Trajanum por ser um jogo do Feld, The Estates para ver se gosto do leilão diferentão, The Rise of Queensdale um Legacy com Dice Placement que aposto que amaria odiar, Donning the Purple só por ter achado a arte foda e Gingerbread House do desenrolado Phil Walker-Harding. Ufa. Tá bom, né? Até 2019.