Desafio 100N (2024) Novembro

Atrasei bem muito essa postagem. Sim, foi do penúltimo mês do ano ainda. Será que os jogos ainda andaram?

160. Temple Code (2023)
Jogado três vezes com 1 e 4 jogadores.
Tou nessa de jogos de dedução agora, mas eu tenho um tipo bem específico de gosto. Não sou fã dos jogos de dedução social (Coup, Resistance e afins). Até jogo ocasionalmente, mas não curto tanto. Regicida é o “limiar” do que acho bom, pois há dedução e blefe mas não há tanta conversa/discussão na mesa. O estilão que curto é quando o jogo é com menos sorte e totalmente focado na dedução. Temple Code é um pouco disso, sendo que achei a quantidade de sorte menos do que o ideal. Isto é, tem mais sorte do que eu gostaria. Talvez você consiga, pelo mero acaso, conseguir três cartas suficiente para resolver seu código ou talvez você precise de cinco cartas. Essa diferença é meio grande, especialmente em um jogo que você vence ao conseguir duas cartas. Em todo caso, acho a ideia boa e uma sacada interessante para “gameficar” o Mastermind (vulgo Senha aqui).
161. Terra Nova (2022)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Já tive Terra Mystica e vendi depois de jogar com todas as facções. Eu acho um jogo bem bom e adorei essa jornada de conhecer tudo do jogo. Entretanto, não sou o tipo de jogador que continua jogando só para ficar “fodão” no jogo. Então, vendi. Então, conhecer Terra Nova foi bacana, apesar de ter jogado com uma facção idêntica ao amarelo do original, foi interessante ver como conseguiram simplificar o jogo e ainda manter muito dele. É claro que Terra Nova é muito mais fácil de jogar e muito mais simples que Terra Mystica e, obviamente, perdeu boa parte das estratégias presentes no original. Entretanto, ainda acho que foi uma excelente sacada para proporcionar as mecânicas de um jogo foda de uma maneira acessível. Tão de parabéns. Não compraria e nem faço tanta questão de jogar outras vezes, pois me pareceu mais do mesmo, mas para quem curte um jogo estratégico mas sem entrar muito no reino dos frita cuca, ta aí uma boa opção.
162. DroPolter (2023)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Que jogo idiota. Adorei. Hehe. Tá bom, não adorei adorei, mas achei legalzinho. Basicamente, você tem uns objetos bem diferentes que ficam todos na sua mão, uma carta é revelada e você deve soltar apenas eles na mesa, mas usando apenas mão que os objetos se encontram. Talvez você ache simples, e é. Talvez você ache bobo, e é. Mas é divertido. Tem um outro esquema: os pontos no jogo são também objetos que você bota na mão. Aí, você precisa ter cuidado para não derrubar, pois esses pontos você perde se derrubar. Excelente ideia para deixar o jogo meio que balanceado entre os jogadores. Por um momento eu achei que a gente fosse demorar para alguém ganhar, mas eventualmente chega ao fim… E nem demorou tanto, a partida durou 12 minutos com 4 jogadores iniciantes. Preciso jogar mais vezes para ver se vai ficar ou não na coleção, mas não estou com pressa… É o tipo de jogo diferentão que gosto de mostrar para as pessoas.
163. Deductio (2023)
Jogado duas vezes com 2 e 4 jogadores.
Mais um joguinho de dedução, sendo que esse errou nos meus critérios. Muita sorte envolvida com possibilidade de chutes fazer você vencer. Inclusive, é meio que desse jeito que você ganha, pois toda informação é pública, exceto as cartas que você possui e algumas cartas que você olha se der a sorte de conseguir usar umas habilidades especiais. Funciona muito melhor para 2 jogadores do que para mais jogadores, pelo simples fato de não existir a possibilidade de você chutar com 50% de chance de acerto, errar e dar (de bandeja) o ponto pro próximo oponente. Apesar da partida com 2 jogadores ter sido divertida e ter rendido umas risadas, o impacto da sorte é gritante… Então, esse jogo não dura mais tempo aqui não.
164. Tatsu (2022)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Que jogo esquisito. É um jogo de vaza que você pode jogar carta da sua mão ou dos outros. Para completar a estranheza, os pontos são feitos com cartas que multiplicam, aí você precisa coletar (ao ganhar vazas) cartas multiplicadoras e de números. Que negócio zoneado, viu? Sorte demais envolvida, como todo jogo de vaza, mas essas multiplicações é o que cagam ainda mais o jogo para mim. Simplesmente você pode ganhar um milhão de pontos no turno ou zero. Eu nunca vou entender esse tesão que o povo tem de dar zero ponto pra alguém da mesa, é frustrante, chato e desmotivante. Nesse jogo em particular eu nem zerei, mas acho muito feio. Aí você joga várias mãos para ver se compensa a sorte. Essa única partida que joguei foi 144 x 24. Surra gigante, desnecessária e completamente sem graça. Foi habilidade? Claro que não, foi minha dupla que ganhou e eu sou péssimo em jogos de vaza.
165. Loot (2024)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Sabe quando você compre um ingresso com brindes? Foi isso que aconteceu com Loot. Peguei ele simplesmente por pegar o ingresso cheio em ESSEN. Eu sabia que o jogo não ia ser lá grandes coisas e, de fato, não é. Entretanto, até que superou minhas expectativas, não é tão ruim assim. Só que é ruim o suficiente para eu não querer manter na coleção. Se ficar por aqui é meramente para servir de lembrança da minha viagem para a feira.
166. Silver & Gold Pyramids (2023)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Versão 2.0 do Silver & Gold. Não joguei o primeiro, mas achei a ideia relativamente interessante. Achei meio que um Cartógrafos simplificado e rápido. Realmente é meio que isso, só que eu esperava muito mais. Não sei exatamente o motivo. Talvez por ser muito similar a outros jogos do gênero? Talvez por usar marcadores de quadro branco em cartas? Não sei, sei que achei o jogo meio sacal e com poucas decisões interessantes. Talvez a união de sacar coisas e riscar numa cartelinha tenha me remetido muito à Bingo. Sim, eu já joguei trocentos jogos Flip & Write e eles são, essencialmente Bingo, mas esse ficou muito o sentimento. Bom, tou vendendo já.
167. WIN (2024)
Jogado duas vezes com 2 e 4 jogadores.
Caixa ridiculamente pequena que sempre chama a atenção contem um jogo completo. É até esquisito, pois é um jogo com nuances e várias mecânicas presentes. Gostei do sistema de seleção de ações, é diferente do usual. Tem um quê de sorte, mas achei de boas devido a natureza do jogo: aposta em corrida de cavalos. Vou manter só pelo tamanho do jogo e também por ser um jogo bonzinho.
168. Ohanami (2019)
Jogado duas vezes com 3 jogadores.
Carteado naquele esquema de ter cartas de 1 à 100, inclusive é do mesmo criador do The Game. A diferença é que aqui temos uma competição. O jogo é de Drafting, os jogadores coletam cartas em três colunas que devem ser em ordem e você pode inserir cartas no começo ou final dessas colunas. Cada carta tem um ícone e você pontua diferentemente de rodada em rodada. São 3 rodadas. Veredito? Muito simples, achei isso da primeira vez, aí insisti uma segunda partida e continuei achando. E a parte interessante do jogo, que são as colunas, rapidamente perde o sentido e você começa a jogar quase que qualquer coisa nelas. Acho que pro jogo realmente funcionar deveria ter alguma pontuação de final de jogo conectada com esse esquema das três colunas.
169. Shadow House: The Code (2023)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Esse eu nem sei muito o que dizer, achei a experiência divertida apesar de ter achado várias mecânicas estranhas no jogo. Todo turno você dá informação, não tem como escapar disso. Eu até entendo, pois dá uma velocidade ao jogo, mas é esquisito e talvez desnecessário… Já que o jogo não é longo e não me pareceu travado. Adivinhar número dos outros que deveria ser algo bom, não é… Você não recebe nenhuma recompensa por isso, na verdade você só tá dando informação para todos os jogadores da mesa. E, por fim, tem você elimina os jogadores ao acertar todas as cartas dele, só que ele ganha uma última chance de chute. E uma vez que você abriu várias e várias cartas na mesa, a chance do jogador eliminado acertar aumenta. Então, é semi-impossível vencer eliminando os outros. Em todo caso, me diverti jogando. Só que aí foi só uma partida, preciso jogar mais pra saber o que faço com o jogo.
170. Dogs: Card Game (2020)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Jogamos com um pequeno errinho nas regras, mas nada que mudasse extremamente a experiência. Só fez o jogo ficar mais curto, mais travado e mais apertado. Ok, piorou o jogo, mas acho que tanto. Meu maior problema com o jogo foi com todo o resto, na verdade. Achei os objetivos, personagens e cachorros (resumindo: tudo) desbalanceado, parece que o jogo foi lançado sem nenhum desenvolvimento depois de ter sido criado o conceito, muita coisa arbitrária e que pareceu deslocada. Jogaria novamente só pra tirar a dúvida mas sem muito entusiasmo.
171. Bamboo (2023)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Mas rapaz… Vários problemas aqui, vários mesmo. Sistema de seleção de ação, que imagino que seria o ponto de destaque, não é legal. Mire nos bambus coringas, que assim você consegue ações que quiser e nega aos oponentes a possibilidade disso. Todo aquele empurra-empurra de bambu não tem a menor graça ou satisfação. Então, toda a essência do jogo já foi por meio que terra abaixo. Aí os caras inventam ainda de botar um recurso muito importante (comida) variando em tokens com valores de 1 à 3. Só parem de fazer isso, por favor. Eu com um único token tinha o mesmo que meu oponente com três tokens. Eu entendo que isso pode inserir alguma interação no jogo (correr parar pegar as comidas de valor mais elevado), mas não compensa o desbalanceamento descarado que foi gerado por conta disso. Entrando no mix das mecânicas, botaram meio que um controle de área para obtenção de persongens, só que a definição dos personagens é no começo do turno, mas o que eu meio que “monto” para usar na rodada é feito na rodada anterior. Então, sorte pura de sair o personagem que você quer no lugar que você investiu. Caso contrário, vai precisar pagar horrores em moeda para ir no lugar que quer… E, provavelmente, perder facilmente para o último jogador que tem uma clara vantagem nessa parte do jogo. Claro, para o negócio ficar ainda mais feio, os personagens me pareceram bem desbalanceados. Eu peguei um que aparentemente era pebinha, mas dificultei a vida de outro jogador manipulando as comidas disponíveis. Tem uns objetivos para você montar sua casa, que são bem bobos e inúteis: você só cumpre se tiver do lado certo da sua casa, o que só impede o jogador de combar objetivos e deixar o jogo mais lento e mais restritivo (mas não numa maneira boa). Resumindo: e o bambu?
172. Yogi (2017)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Mais uma atividade besta do que um jogo. Claro que arrancou risadas, claro que foi engraçado, mas é um jogo extremamente forçado, quase que sem mecânicas. Cartas extremamente desbalanceadas e arbitrárias, o camarada só foi botando toda a ideia que teve no jogo e não parece que pensou nem dois segundos em como deixar minimamente justo.
173. Cheez-tricks (2024)
Jogado uma vez com 4 jogadores.
Não gosto de jogos de vaza e aqui está mais um que odiei. Parece que adicionar os objetivos trouxe ainda mais sorte para um estilo já empanturrado disso. Como é possível? Talvez os objetivos naquela rodada foram simplesmente “feitos” para a sua mão e você ganha todos sem dificuldade, pontuando tudo vezes três. Ou eles são realmente feitos para você, mas exceto por um que é impossível e aí você pontua tudo vezes zero. Foda. No final das contas, você ainda precisa vencer as vazas pra ganhar pontos, o que meio que buga com o esquema dos objetivos e incrementa o fator sorte ainda mais. Essa variação de ganhar vezes zero ou vezes três é ridícula, gerando pontuações muito discrepantes. Dá para vencer a partida com apenas uma rodada muito boa. Fora que fica naquela situação: se eu vencer essa vaza agora eu faço 15 pontos, se eu perder… Que pena: zero. Eu, sinceramente, não entendo o sucesso dos jogos de vaza. É muito trabalho (memorizar tudo, manter rastreio do que acabou na mão de cada jogador) para algo que é caótico. Aqui é ainda mais perceptível com objetivos contra-intuitivos e pontuação punitiva. Finalizando as reclamações: horrível os ícones usado como naipes, são todos queijos e dois deles bem parecidos. Colocaram a cor bem atrás do queijo, o que dificulta até pra quem não é daltônico (e pra daltônico ficou ainda pior).
174. The Fox in the Forest (2017)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Sim, depois do jogo acima e completamente puto com vaza, vem esse e me mostra que é possível gostar de jogos do gênero. Aqui é uma vaza para apenas dois jogadores. Joguei apenas uma partida, perdi, mas gostei. O jogo é inteligente, dá meio que uma solução para uma mão horrível fazendo você poder mirar em perder muitas vazas e ainda pontuar bem. Achei bem interessante toda a solução. Para deixar o jogo mais animadinho tem umas habilidades especiais também em alguns dos números. Quero jogar mais vezes.
175. Verdant (2023)
Jogado três vezes com 1 e 2 jogadores.
Joguei com e sem objetivos, sinceramente, não acho que os objetivos mudaram muito da partida. Ok, dá umas restrições pra você sentir alguma diferença entre as partidas, mas não é o suficiente para sentir que está jogando algo muito diferente. No final das contas, me pareceu um jogo de sair juntando as coisas que casam que você deu sorte de aparecer. Não curti e achei esquisito povo dizendo que é melhor que Cascadia. O motivo para mim reside no baralho que é restritivo. Isto é, você quer pegar salas que casem com as plantas e itens que casem com as salas. É meio que vários matchings que você tá tentando fazer, só que não depende de você, depende do que tá na mesa. Ah, mas você pode usar os joinhas pra descartar as coisas. E… às vezes você faz isso e não adianta de nada (fiz duas vezes e não ajudou). Sabe qual o motivo? Tem carta demais desse jogo. Dá para você jogar uma partida inteira e ver apenas 2 vezes uma cor. É meio ridículo, talvez devesse ter algum ajuste no baralho para quando fosse jogar apenas com 2 jogadores.
176. Duel for Middle Earth (2024)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Te falar viu? O hype é foda. Quase comprei esse jogo, mesmo achando 7 Wonders Duel razoável. Valeu muito a pena testar antes de tomar essa decisão, que eu já tinha meio que desistido por causa do valor do jogo e por conta do tanto de jogo que já estou precisando me desfazer. Bom, o que falar sobre esse jogo? É 7 Wonders Duel simplificado. O que pode ser bom ou ruim. Eu achei meio que a mesma coisa, pois não resolveu os problemas que eu tinha com o jogo: sorte excessiva e estratégias meio sem graça (é só pegar as cartas certas que vence). Obviamente não é tão fácil assim ganhar, mas pelo mero acaso é possível ganhar sim e sem grandes dificuldades. Apesar do jogo ser rápido (menos de 30 minutos) fica um sentimento esquisito de que o jogo não deveria ser tão aleatório como é. É possível mitigar alguma coisa fazendo as torres, assim você adia seu turno e força o oponente a jogar. Só que é difícil isso acontecer, geralmente o oponente também conseguirá comprar uma torre. O gerenciamento de recursos aqui é mais fraquinho e as habilidades são desbalanceadas entre si e entre situações, isto é, se você pegar uma tal habilidade que não investiu nada, ela será inútil. Tenta-se mitigar pegando mais de uma, mas ainda assim você pode tá mirando numa em específico e não conseguir pegar. Eu toparia jogar outras vezes, já que é muito rápido, mas saiu da Wishlist completamente.
177. 5 Towers (2023)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
Achei até que inteligente o leilão aqui. Basicamente, é um jogo que segue uma dinâmica similar ao Ohanami: você monta torres de cartas com as cartas em sequência. Só que aqui, você está restrito ao naipe (cor) de cada torre e a ordem é apenas crescente. O leilão que citei é dado em cima de quantas cartas você pegaria naquela rodada das que foram abertas. Existe sorte? Claro, mas achei que existe também uma questão de timing bem importante. No final das contas até que achei o jogo legalzinho, mas vou repassar, pois a barra da coleção subiu.
178. Kingdomino Origins (2021)
Jogado duas vezes com 2 jogadores.
Não sou fã do Kingdomino e aqui temos mais do mesmo. É um pouquinho diferente, mas não achei que para melhor. Tem um tal de vulcão aqui, que você pode meio que pingar multiplicadores em outros terrenos. Isso deixou os terrenos que mais aparecerem desbalanceados, ao menos foi a estratégia que segui nas duas partidas e ganhei com grande margem de diferente. Óbvio que dá para marcar, mas sei lá… Tá deixando o balanceamento das coisas na mão dos jogadores. Joguei dois dos três modos, mas não curti o suficiente para insistir no terceiro. Até li as regras mas não bateu nenhum interesse em testá-lo.
179. Papertown (2021)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Eu estava até com alguma expectativa aqui, acho os jogos do Rodrigo Rego bons. Entretanto, Papertown errou na dose. É um jogo simples e aleatório demais para mim. Existem decisões boas e ruins? Claro, mas elas tão meio na cara. Dá para fazer algum planejamento de mais longo prazo? Sim, mas não tanto. Então, apesar de ser um joguinho de quebra-cabeça comunitário eu não achei espaço para decisões sagazes. Em alguns momentos que simplesmente fiquei esperando aparecer o tile que precisava. Por fim, esse formato em diamante (losango) que usaram ficou muito ruim, mas muito ruim mesmo. Completamente desnecessário e confuso, era melhor usar quadrado. Entendo que foi um pouco por causa da arte, mas dá para fazer uma arte isométrica “falsa” usando quadrado de boas. E fica bonito do mesmo jeito.
180. Sea Salt & Paper (2022)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Joguei no mesmo dia esses dois jogos com arte de papel. Coincidência? Talvez. Achei meio bobinho, mas até que gostei da fluidez do jogo. Muito rápido e até gostosinho de jogar por conta desse fluxo. Entretanto, achei a pontuação meio esquisita e chata de fazer. Não tenho interesse em jogar novamente, mas valeu a experiência de conhecer. Até porque uma partida é meio que várias partidas, já que você joga até chegar em uma quantidade específica de pontos.
181. Crystal Palace (2019)
Jogado duas vezes com 2 e 3 jogadores.
Achei a primeira partida pior que a segunda, você vai se acostumando com a dinâmica do jogo e evitando as frustrações. Entretanto, apesar do jogo ter “melhorado” na segunda partida, ainda não achei o suficiente. Acho que existe um fator sorte elevado para a duração do jogo e para o peso do jogo. Você ganha pontos extras por pegar personagens e invenções que casam, mas eles entram aleatoriamente na partida, só que aí eles podem aparecer em momentos que você não possui os recursos ou junto com outros personagens mais interessantes ou simplesmente nunca aparecerem na partida. Tem algumas habilidades que permitem você pegar uns tokens aleatoriamente, só que esses tokens são desbalanceados na cara dura (exemplo: um da lâmpada e outro dá jornal, só que 1 jornal = 1 dinheiro e 4 money = 1 lâmpada) e aí, bom, sorte pura de pegar algo bom ou ruim. Se você precisar pegar empréstimo o quanto tem que pagar de volta é aleatório também, um valor de 8 à 10, não é um negócio gigante, mas achei completamente desnecessário, podia ser um valor fixo. São muitos problemas para compensar o que o jogo tem de bom: a definição dos dados, alocação dos mesmos e interação entre os jogadores nessa parte. Aí na primeira partida me incomodou muito todos esses desbalanceamentos, acho que rolou muito na partida. Na segunda já não senti tanto, provavelmente por ter acontecido menos vezes. Só que ainda assim, tem uma parte no jogo que me incomoda profundamente: dinheiro é muito importante e muito necessário, o que faz com que uma das ações (das oito disponíveis) seja meio que essencial. Ah, inclusive o jogo tem o selo de aprovação do Uwe Rosenberg, que pelo que entendi participou do desenvolvimento. Faz até sentido, o dinheiro aqui me lembrou muito a alimentação em Agricola (algo chato que atrapalha o caminhar do jogo), só que aqui ainda é um pouco melhor.
182. The White Castle (2023)
Jogado uma vez com 3 jogadores.
A priori eu achei muito ícone cuspido na minha cara já no início da partida. Entretanto, rapidamente, eu peguei como o jogo funcionava e foi só lazer em uma hora de partida e com apenas 9 turnos para fazer render o máximo possível. Achei a quantidade de decisões excelente, especialmente para a duração do jogo. O jogo foi tão rápido que me perdi no final da partida (achando que teria uma rodada a mais) mas fora isso, bem interessante. Uma das partes que mais gostei foi o Draft de dados com a possibilidade de pegar dados fracos mas para ativar várias ações que você armazenou durante a partida (o tal do farol), uma dinâmica muito bem bolada e que gera um aspecto meio de combo de um jeito que eu gostei. Jogaria novamente, pensei até em comprar… Mas vou esperar reduzir a coleção para ver se faço isso ou não.
183. Pharaon (2019)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Não é um jogo ruim mas também não é um jogo bom. Achei muito um exercício de conversão de recursos em mais recursos e em pontos. Tudo bem, a maioria dos Euros é assim, mas aqui ficou muito na cara. Um jogo muito seco e matemático, elementos que talvez até me agradassem, mas por alguma razão aqui eu só achei manjado. Até que gostei da mecânica de seleção de ações, que é meio que uma alocação de trabalhadores, mas é uma implementação bem padrão. Nada demais por aqui.
184. Hokkaido (2018)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Já joguei o seu predecessor: Honshu e até achei legalzinho. Peguei esse justamente pensando em ser uma evolução do anterior. Não foi. Pois é, tem uma regra lá de fazer cadeia de montanhas que é simplesmente esquisita, contra-intuitiva e restritiva de uma maneira irritante. Até jogaria novamente com mais jogadores, pois joguei apenas com 2 e foi um pouco entediante o Drafting (o passo adicional de comprar uma nova carta e descarta outra não é divertido).
185. Ticket to Ride: San Francisco (2022)
Jogado uma vez com 2 jogadores.
Já joguei algumas versões desse Ticket to Ride miniatura e, para mim, acertaram em cheio. Deixaram um jogo bobinho com a duração correta (20 minutos). Assim, o jogo é satisfatório de jogar e não fica tempo demais na mesa você só repetindo as coisas: pega carta, faz trilha, pega objetivo. Ainda há alguma frustração com os objetivos já virem cumpridos ou completamente sem conexão com o que você fez, mas a partida é tão rápida que o impacto não é grande. O diferencial aqui para as outras versões são os souvenirs, que não sei até que ponto é balanceado, especialmente levando em consideração o jogador pegar rotas que já passem por eles, meio que virando um benefício duplo.

Andou foi é muito! Entretanto, foi de propósito, estou dando aquele gás final para tentar chegar nos 200 jogos. Qual o meu plano? Se eu conseguir chegar nos 200 jogos, farei um pouco diferente em 2025: em vez de sair correndo igual um doido atrás de jogos que nunca joguei, jogar mais os jogos que já tenho e meio que organizar a coleção para ficar os títulos que mais gosto. Inclusive, talvez, comprar jogos que já conheço e gosto para compor essa coleção. Quantos jogos vão fazer parte da coleção? Isso ainda é um mistério, estou pensando em trocar meu parâmetro de quantidade por espaço. Atualmente, meu teto de 60 jogos fica meio esquisito tendo em vista que eu tenho jogos de tamanhos muito diferentes, se eu fosse ter 60 jogos grandes é certeza que não caberia aqui. Então, acho que é melhor fazer por espaço mesmo.

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