Já se foram os 100 joguinhos, agora é só vendo se bato o recorde.
103. Dobble Connect (2023) Jogado duas vezes com 3 jogadores. Não esperava muita coisa desse. Simplesmente imaginei que seria um Dobble com mais coisas e de fato é. O tanto de coisa a mais não é lá muito, mas é algo. Basicamente, em vez de você somente ir muito rápido, você precisa também bloquear os oponentes e tentar evitar ser bloqueado. A premissa é ligeiramente melhor que o Dobble original, mas não muito. Na verdade, acho que talvez o Dobble original seja melhor, pois há interação, mas não há tanto Take That. Então, à depender do gosto do freguês, o original pode ser a melhor experiência. Eu achei tudo muito similar. |
104. The Quacks of Quedlinburg (2018) Jogado uma vez com 4 jogadores. Nunca gostei do Quartz por ser muito baseado em sorte e a pessoa poder simplesmente “explodir” na segunda rodada. Eu diria que Quacks (similaridades no nome são apenas coincidências? Tam tam tam…) é Quartz melhorado. Eu tenho uns probleminhas com a mecânica de catch-up do jogo, mas eu entendo os motivos dela ser necessária. Acho que não chega ao ponto de desbalancear o jogo ou deixar mais vantajoso ficar atrás do que na frente. Gostei de modo geral, só que não achei ele tão Push-Your-Luck assim. Não que o elemento não exista, mas o risco não compensa depois da metade do jogo, ao menos foi minha experiência de uma só partida. Em outra oportunidade, vou tentar uma estratégia menos conservadora. |
105. Abluxxen (2014) Jogado uma vez com 4 jogadores. Que joguinho diferente. É um jogo de escalada bem diferenciado, talvez por não ser exatamente um jogo de escalada, mas sim mais um Take That com um feeling de carteado. Acho que todo mundo que joga a primeira partida de Abluxxen fica meio sem sacar direito o que tá acontecendo e “experimentado” as opções para tentar captar a ideia. Ao menos foi assim como e daí do meio pro final saquei a parada. Ainda assim, não gostei muito por conta do forte elemento Take That presente no jogo. Soou extremamente aleatório (simplesmente acontece) e gera aquele King Making básico. Até jogaria novamente, mas acho que daqui pra lá já esqueci a dinâmica do jogo e vou me sentir perdido por mais meia partida. |
106. Aqualin (2020) Jogado uma vez com 2 jogadores. Jogo bem simples, pra mim até demais. Não há espaço para jogadas interessantes ou espertas. É meio que você desfazer o movimento do oponente, ao menos no começo da partida, e depois ser consequência das más escolhas por estar tudo meio que travado já. Talvez exista um jogo mais profundo aqui do que eu pude ver com apenas uma partida, mas não empolguei de jogar outras. |
107. Watergate (2019) Jogado três vezes com 2 jogadores. Já aqui é meio que o oposto do acima: jogo cheio de detalhezinhos e cartas com habilidades bem “notáveis”. É aquele tipo de jogo que é interessante os jogadores conhecerem todas as cartas do jogo para que ele funcione em seu melhor. Entretanto, depois que isso acontece, termina virando algo mais definido pelo sacar de cartas do que pela estratégia em si. Acredito que o jogo seja bem balanceado, apesar do Editor ter a possibilidade de desfazer o que Nixon fez mas o oposto não é verdade. Bom, pra mim o balanceamento é bom quando você joga e se questiona qual lado é realmente o mais forte. E nesse jogo eu senti isso. |
108. Sky Team (2023) Jogado uma vez com 2 jogadores. Eu só gosto de jogo cooperativo com alguma restrição de comunicação ou Tempo Real para evitar um mandando demais no jogo do outro. Não gosto de jogos que “permitam” Alpha Player, pois por mais que a mesa for comportada, alguém vai cantar jogadas. Talvez você diga: mas isso faz parte de jogar cooperativamente. Eu concordo até certo ponto, pois uma coisa é dar direcionamentos, outra é esse direcionamento se tornar a jogada do jogador. E é meio que isso que acontece. Bom, falei, falei, mas Sky Team tem restrição de comunicação. Isto é, não pode ficar conversando durante as jogadas. A priori isso me pareceu bem interessante e pode ser, só que a falta de comunicação aqui é esquisita. Quando joguei eu tive o sentimento que esse aspecto do jogo foi usado numa maneira ruim, pois só gera frustração e aumenta o impacto da sorte. Quando as coisas concatenam perfeitamente, não parece que foi uma “conexão” entre as duas pessoas, mas sorte de ter jogado os dados corretos. Eu gostei do jogo, fiquei até um pouco curioso sobre os vários níveis e módulos, mas me pareceu que quanto mais difícil, maior a quantidade de sorte necessária para ganhar. Isto é, a habilidade tem uma baixa influência nisso, deixando você meio que refém dos dados. |
109. Pass the Pigs (1977) Jogado duas vezes com 4 e 5 jogadores. Nesse jogo você “rola” dois porcos e dependendo de como eles caírem na mesa lhe rende mais ou menos pontos. Exceto, se ambos caírem de lado (sendo lados distintos, marcados por um pontinho). Então, é um jogo de pressionar sua sorte, completamente voltado para a parte “sorte” da coisa. Diverte e rende umas risadas. Afinal, quem não gosta de rolar dados? E melhor ainda: rolar porcos? |
110. Futuropia (2018) Jogado uma vez com 4 jogadores. Um jogo bem repetitivo de ficar fazendo a mesma coisa e um bocado de conta. Ao contrário do jogo acima: é um jogo sem sorte nenhuma, mas também com pouquíssima diversão. Eu não ligo de jogo sem sorte, até gosto, mas ele precisa de algo. Esse algo, geralmente, é interação. Aqui a interação é muito indireta. Há impacto? Claro, mas muito entediante e sem graça. Várias decisões você toma no piloto automático e só vai indo. Talvez exista alguma estratégia ou ideia a ser executada que eu não peguei? Sei lá… Mas foi aquele tipo de jogo que joguei e pensei: “É isso? Acho que é, né? Pois tá…”. |
Atualmente o meu recorde são de 128 jogos conhecidos no ano. Então, não, ainda não bati o recorde. Só que restam quatro meses para pegar pelo menos 18 jogos. Acho que dá, hein?
6 de setembro de 2024
Bóra lá… minhas impressões sobre os meus jogos:
– Sky Team pode conversar e elaborar estratégias sobre o que fazer primeiro (liberar o tráfego aéreo, abrir flaps, baixar trem de pouso, etc.), e só, durante o jogo eu acho necessário haver algo no sentido de: um apenas colocar o dado na velocidade e um no eixo e o outro jogador mitigar e fazer as correções usando os dados que tem, usando o café, etc. Então não é só sorte, há como resolver os problemas de forma coordenada. Se falasse durante o turno ia virar um jogo bobo: “vou colocar um dado x e vc coloca y que vai dar certo!”, ou pior: “o que vc tem aí?”… enfim, não é só sorte.
– Pass the Pigs não tenho o que comentar (1ª vez concordando com você… rsrsr)
– Futuropia me parece escancarado o que fazer, o que não acho de todo ruim, é melhorar os geradores, trazer gente e robô mais lugar para acomodar a galera, tudo isso da forma mais eficiente possível. Vira meio que uma corrida para disparar o gatilho do jogo, isso eu assumo, mas a graça da coisa está em que locais você compra para colocar a galera, que geradores você adquire, o “time” das coisas faz a diferença sim. Você ficou fazendo experimentos lá e isso atrapalhou um pouco o seu jogo, eu acho. Enfim, eu gosto demais do jogo.
Valeu!!!
6 de setembro de 2024
Sim, o Sky Team não é só sorte e entendo essa parte de comunicação pré-rolagem, mas ainda assim essas restrições pela metade (pode falar mas não X ou Y) nunca é muito interessante. E no final das contas, dependendo do que você rolar, não vai poder fazer o que foi discutido. Por isso o fator sorte. E quanto mais difícil a tendência é ficar mais apertado, aumentando o fator sorte (rolagem mesmo). Bom, eu topo jogar outras vezes, dei até nota 7, mas fiquei com esse feeling de que a interação é frustrante (em vez de divertida) e que a sorte tem um impacto relativamente elevado (o que não faz mal, mas pra mim não desceu legal).
6 de setembro de 2024
Perdoadus Est!!! kakakakakaa