Mais uns poucos amistosos antes de finalizar o ano.
102. Camisa 12 (2018) Jogado em 04/12/2022 com 2 jogadores. Mais um jogo nacional e o segundo do Rodrigo Rego nesse ano. Massa isso, é bom ver que tem jogos nacionais saindo e eu estou, finalmente, conhecendo alguns deles. Eu estava bem interessado em conhecer Camisa 12, pois os elogios foram vastos. Além de gostar de jogos 1×1 inteligentes. Infelizmente, me decepcionei. Pode ter sido apenas uma primeira impressão errada, mas achei que o jogo prende demais o jogador, sem deixar muito espaço para ele bolar sua própria jogada. São várias as restrições. Tem o rondel, que não achei interessante. Muito pequeno, pouca margem para pensar no futuro, deixando o jogo muito tático. Tem também a restrição do posicionamento, seja por conta do ícone como pela maneira dos tiles pontuarem. Claro que você não é totalmente travado pelo ícone e existem várias escolhas no jogo, mas a penalidade na colocação das peças dá um sentimento estranho de transformar a partida em um problema de contagem de ponto (vale a pena dar dois pontos pro oponente para fazer essa jogada e eu ganhar 3?). E, por fim, tem a habilidade especial que pareceu apenas mais uma maneira de forçar você a jogar de um jeito específico. Em suma, fiquei com o sentimento que joguei escolhendo as opções menos piores que o jogo me oferecia. Saindo um pouco das mecânicas, achei os componentes pequenos e meio ruim de visualizar, parece que se optou pela aparência em vez da funcionalidade. E, pelo menos para mim, não ficou bonito. Queria gostar, mas não curti, talvez a expectativa tenha estragado a experiência. Toparia jogar novamente no futuro com times menos “manjados”. |
103. Dune: Imperium (2020) Jogado em 09/12/2022 com 3 jogadores. Esse jogo tava no meu Want to Play. Eu odeio Deck Building puro, mas quando misturam com um jogo de verdade eu até sou propenso a gostar. E foi o caso aqui. Misturaram Worker Placement e um pouquinho de Area Majority. Ficou bom. O tema não faz lá muita coisa por mim, mas pelo pouco que conheço (li o livro e vi o filme novo) pareceu ter algum sentido. Achei as facções balanceadas. O mais legal do jogo é o uso das cartas e você montar um deck que faça sentido com sua estratégia e espaços que deseja utilizar. Tem que ter um certo cuidado, pois você pode se auto sabotar comprando cartas nada a ver para seus propósitos. Talvez, minha única reclamação seja com as cartas de intriga. Teve carta que nem usei e não peguei nenhuma carta de ponto. Apesar de ter ganhado a partida, achei estranho existirem cartas de pontos misturada com cartas de ação. Deixou a possibilidade de vitória um pouco a mercê da sorte, tanto de pegar uma carta dessas como de pegar já cumprida. Gostei com 3 jogadores, mas fica o dilema de ser melhor ou pior com 4 jogadores. A duração ia aumentar e eu já achei longa para o grau de complexidade do jogo, mas também aumentaria a interação nos conflitos, o que seria bom, pois teve vários momentos foi possível vencer sem disputa. Recomendo, se você gosta de Duna deve ser um extra também. |
104. Modern Art Card Game (2008) Jogado em 20/12/2022 com 3 jogadores. Engraçado as coisas. Joguei o Modern Art em 2011, meia partida, achei bem ruim. Não gosto de leilões desde muito tempo e esse jogo parando no meio é muito pior do que indo até o fim, pois você não percebe a nuance do mercado e o quão importante é planejar à frente. Depois de 11 anos sem jogar Modern Art, joguei ele novamente e dessa vez completo. Até gostei da experiência, o leilão ficou até interessante já que fica mudando o estilo. Então, o jogo subiu a nota (de um 5 para um 6). Sim, apesar de ter até gostado de jogar a partida, não me vejo jogando novamente. E aí, agora, joguei a versão de cartas. Eu achei que ia achar muito melhor por não ter leilão, mas não achei. Em termos de design é um jogo mais fraco, mais desbalanceado e com menos possibilidades de modo geral. Sendo que dei a mesma nota que a versão original. O jogo ainda mantem parte das coisas inteligentes eu possui, minha única crítica (e mais pesada) é com relação as cartas especiais que possuem habilidades. Elas são extremamente poderosas aqui. No original, você tinha habilidades, era beneficiado por elas, mas as cartas vão para quem vence o leilão. Aqui não, você que fica com as cartas. Sempre, já que não há leilão. E aí, quem tiver mais cartas especiais, provavelmente terá mais cartas na mesa e (quase sempre) fará mais pontos. Claro que ainda há espaço para estratégia e jogadas inteligentes, mas é um tanto frustrante passar três rodadas com apenas uma carta especial e ver seus oponentes jogando umas cinco. Ainda venci a partida, mas jogamos um detalhe errado que com certeza me faria perder, pois deixaria uma das cartas especiais ainda mais fortes. Eu até toparia jogar novamente, mas tenho a impressão que joguei com a melhor quantidade de jogadores já e não vou conseguir extrair mais tanta coisa do jogo. |
Olhae, 104 jogos. Bastante, mas não bati meu recorde por ano. Bom, não tinha essa pretensão também.