Ora, ainda não é a última postagem. Achei que seriam, já que de 2012 para 2013 que forçar um jogo para poder ultrapassar a quantidade do ano anterior. Entretanto, fui surpreendi, quando vi que em 2014 eu conhecia…
Jogos de 2014: 77 jogos
Sim +10 comparado com 2013. Interessante. Será que dessa vez é a última? Ou os anos não estão se comportando como o esperado? Bom… Esperado pra mim era atingir algum pico (que achei que era 2012) e depois começaria a decrescer. Afinal, jogos com menos tempo de publicado teriam menos chances de ser jogados? Bom, próxima postagem poderá (ou não) responder esse questionamento. Mas vamos falar de 2014.
Olha, achei um ano bem mediano. Pouco ódio e pouco amor. Será que com o passar dos anos os jogos foram ficando cada vez mais “padronizados” e caindo na mesmice? Esse foi o começo do fim da Era de Ouro? Ou eu que fiquei mais crítico? Afinal, em 2014 eu já estava jogando a 4 anos. Então, a tendência de alguém mais crítico é ser mais ponderado? Vi aqui alguns jogos que tive experiências terríveis, mas ainda dei uma nota que considerei justa (Cash and Guns, alô você). Será que eu só amadureci mesmo? Será que foi aqui que perdi a paixão pelos jogos e virou apenas um hobby sem tantas emoções? Estou inquisitivo hoje, né? Vou parar antes de você desistir de ler. Sem mais enrolação, bora pros jogos.
Meu jogo predileto desse ano é um Euro Game relativamente pesado: La Granja. Tenho na coleção desde 2016 e continuo gostando das partidas. Não gosto muito da última rodada do jogo, pois dá uma guinada no uso das caixas especiais (que são uma excelente ideia, só não curto elas no final), mas o jogo é realmente muito bom. Tem Dice Drafting, que é sempre interessante; tem cartas com múltiplos usos, acredito que o melhor jogo que utiliza até hoje (me desculpe Carl Chudyk, mas adoro o conceito dos seus jogos, só não a execução), e tem também usos geniais para os componentes que faz com que um marcador simples sirva para praticamente tudo no jogo. Bom, se ainda não jogou, jogue. O jogo chegou ao Brasil em 2018. Não deve ser tão difícil de adquirir. Bom, tem um outro jogo também que gosto muito nesse ano, mas ele é tão sangue nos olhos que deve ser apreciado com parcimônia: Medina (Second Edition), é um jogo abstrato mas que funciona bem, e provavelmente até melhor, com uma mesa cheia de 4 jogadores. É um jogo de marcação serrada e jogadas inteligentes. Me lembra um pouco os jogos do Reiner Knizia que envolve controle de área e formação de rotas. E isso é um excelente sinal. Infelizmente, é um desses jogos mais antigões e relativamente difíceis de encontrar, mesmo a segunda edição já tem aí 8 anos de publicada. Apesar da idade é bem bonito na mesa, com suas várias peças de madeira formando os palácios. Bom, depois desses, citando alguns jogos rapidamente que também curti do ano: Patchwork, um dos melhores do Uwe para mim; Sherlock Holmes: Four Investigations, que quase nem é um jogo mesmo, mas basicamente uma aventura solo de quadrinhos, achei bem legal a experiência; Dogs of War, que joguei apenas uma vez mas foi uma partida muito memorável; e Castles of Mad King Ludwig, que acho o sistema de compras dele bem interessante, mas o jogo é muito feinho.
Passado as belezuras, chegamos nas feiuras. Começar pela desgraceira do Game of Thrones: Intrigue, um dos (vários) erros do Reiner Knizia. Sim, ele publica muito jogo e tem várias bostas… Essa é uma delas. Mas a culpa maior é da Fantasy Flight que quis fazer um cash grab de Game of Thrones usando um joguinho de criança. Pior foi a Galápagos que podia ter ficado quieta, mas tentou se aproveitar também do produto. Falharam miseravelmente. Para continuar na vertente vem Age of War, mais um jogo do Reiner Knizia. Esse pelo menos não é totalmente lixo, mas ainda assim ele tem vários outros Dice Games muito melhor que esse. Alguma Editora nacional, não sei qual, trouxe pro Brasil isso. Bom, tem quem goste, mas acho que escolher a locação antes da primeira rolagem é um absurdo e essa simples regra deixa o jogo muito mais aleatório do que precisaria ser. Tiny Epic Kingdoms, acho que é o primeiro da linha Epic, é bem ruinzinho. Já joguei uns 4 ou 5 da linha Epic e toda essa linha são jogos meio problemáticos. O melhor disparado é o Galaxies. Outros que não gostei e você pode pesquisar se quiser: Der unendliche Fluss, é um jogo infantil bonitão, mas bem ruim; Warhammer 40,000: Conquest, odeio LCGs e esse foi só mais um para a lista; Hawken: Real-Time Card Game, jogo em tempo real 1×1 não dá, muito estranho; Butim, para não dizer que não citei nenhum jogo nacional desse ano, infelizmente é ruim; Swords and Bagpipes, jogo bem estranho e eu diria que tem um potencial enorme de ter uns resultados finais extremamente insatisfatório. Tá bom já…
Agora, a parte que acho mais legal. Os jogos que não conheço mas gostaria de conhecer. Tenho muito jogo como Want to Play e Wishlist desse ano. Provavelmente como eu já tava bem inteirado do hobby chegou aquele momento que eu queria conhecer tudo e só ia marcando. Foi até uma boa oportunidade para dar uma revisada na Wishlist. Então, começando com um que acabou de lançar no Brasil e que penso seriamente em adquirir: KLASK, é um jogo de destreza, basicamente aquele hóquei de mesa mas ainda mais reduzido. Parece excelente para deixar no meio da sala e jogar com as visitas, não que eu receba muitas visitas, mas seria interessante. Outro jogo de destreza que me interessaram foi Rollet. Foi nesse ano que saiu também o Summoner Wars: Alliances Master Set, sim da primeira edição. Atualmente, não tenho mais interesse em adquirir nada do jogo, já que saiu a segunda edição, mas queria ter tido a oportunidade de conhecer as facções mistas. Scoville é um Euro Game que está na minha Wishlist desde seu lançamento. Mas é aquele desejo meio “quero, mas acho que não compro”, afinal depois de tanto tempo e nunca adquiri… Cubist é outro que tá na lista, mas eu nunca vou adquirir. Ele é basicamente material de estudo, pois é um jogo com muitos dados, como alguns dos que eu criei. Encontrei ele na época que me deram vários feedbacks negativos sobre meu jogo ter 80 dados, mas hoje em dia tem vários exemplos de sucesso no mercado, inclusive jogo nacional sendo publicado por financiamento coletivo com trocentos dados também. Enfim, a hipocrisia. Botei na época o The Walled City: Londonderry & Borderlands na Wishlist por ser um jogo que usa dominós, na época não era tão popular quanto agora. E tem uns famosinhos que quero jogar, mas nunca compraria: Arcadia Quest, Camel Up, Fields of Arle, Onitama, Hyperborea, Lords of Xidit e muito mais. Sim, jogos bem variados, mas eu gosto de conhecer mesmo de tudo.
Pronto, depois de três longos parágrafos termino os meus Top, Bottom e Want de 2014. Será que 2015 vai demorar por precisar conhecer mais jogos ou vai sair logo? Em breve saberemos. Bom que a surpresa é até para mim.