Desafio 100N (2021) Novembro

Devagar e aos pouquinhos retomando as jogatinas presenciais. Então, hoje, você será surpreendido. Ou não, já que eu avisei, né?

014. Underwater Cities (2018)
Jogado em 07/11/2021 com 2 jogadores.
Joguei uma partida no começo do mês com 2 jogadores e, pretendia jogar uma solo, mas nem aconteceu, talvez próximo mês? Bom, o jogo é daqueles que eu posso dizer excelente design, mas não sei se é para mim. Sabe por qual motivo? É um daqueles jogos Card Driven no qual cada carta tem uma habilidade diferente que pode ser ativada em momentos distintos e você precisa fazer uns combos e tudo mais. É empolgante fazer combos e é legal ver eles acontecerem, mas quando conheço jogos assim não deixo de pensar “e se eu não tivesse sacado essa carta onde estariam meus combos?”. A mesma coisa aconteceu com Terraforming Mars: alguns combos só acontecem quando as cartas certas chegam, eu consegui e fica soando que minha vitória não foi merecida e que o jogo tem um alto fator sorte, apesar da longa duração e diversos elementos estratégicos. Underwater Cities, então, é um jogo que você monta sua mesa cheio de cartas para fazer combos e pontuar mais pontos que, querendo ou não, sua estratégia será meio que refém das cartas que você sacar. Para mitigar um pouco isso, o jogo colocar uns objetivos e umas cartas centrais na mesa que você pode comprar vendo, mas o feeling ainda fica lá. É muito de gosto mesmo. O jogo além de tudo isso, é um Worker Placement. Como sempre, uma mecânica agradável e que propicia alguma interação. Entretanto, fica aquela interação de esbarrar sem querer no oponente, pois prejudicá-lo (indo numa ação que o outro jogador gostaria, mas você nem tanto), não é lá muito benéfico. Isso acontece, pois o único elo de interação entre os jogadores são os espaços de alocação, a ordem do turno e uma corrida por objetivos (que não usei na minha partida, pois eram regras avançadas). Cabou-se. É isso, Underwater Cities mais um Euro Game interessante, mas sem interação interessante o suficiente para justificar o Downtime de jogá-lo com mais do que 2 jogadores.
015. Cross Clues (2020)
Jogado em 21/11/2021 com 4 jogadores.
Esse jogo é basicamente um Codenames cooperativo, achei que a ideia podia ser interessante e no papel ela realmente parece. Entretanto, depois de jogar você vê os potenciais problemas. Não existe um bom mecanismo de derrota, na verdade é apenas um sistema de pontuação. Isso é sempre chato em cooperativos, pois fica naquela de “vencemos ou não vencemos?”. Tudo bem que é um Party Game, mas termina ficando tão leve que se torna mais uma atividade do que um jogo. Outro problema, este já é mais grave, é que por conta do jeito que o jogo funciona, os jogadores não podem repetir dicas dadas previamente. Sendo que dependendo da pessoal ela não vai lembrar disso e vai roubar, sem querer, durante a partida. E quando isso acontece, é meio tarde para voltar atrás, afinal a dica já foi dada e não podemos apagá-la do nosso cérebro. Não achei ruim, inclusive jogaria novamente de boas… Só não está mais na minha Wishlist.
016. Western Legends (2018)
Jogado em 21/11/2021 com 4 jogadores.
Esse jogo é meio que a versão faroeste de Merchants & Marauder. Ambos são como se fossem Sandbox temáticos no quais os jogadores tentam ganhar mais pontos e vencer a partida dentro daquele universo. O problema é que mesmo depois de 8 anos, esse jogo não barrou a sua versão com temática pirata. Veja bem, Merchans & Madauders tem vários problemas e eu não faço a menor questão de jogá-lo atualmente: demorado, combate extremamente punitivo, efeito bola de neve, etc. Entretanto, Western Legends é um jogo com pouca alma. Os combates são enfadonhos, resolvidos por cartas; as narrativas são sem graça, arbitrárias e muito aleatórias; as variações de estratégias são pouquíssimas. As únicas vantagens aqui estão na duração (é um pouco mais rápido) e o combate não é tão punitivo, mas também não é recompensador. Então, se torna apenas uma maneira de impedir algum jogador muito na frente de continuar muito na frente, mas não dá tanto benefício para quem se arriscou em fazer isso.
017. King & Assassins (2013)
Jogado em 25/11/2021 com 1 jogador.
Joguei esse no computador, se você acompanhar o blog, daqui a uma semana vai entender a razão. Eu achei o conceito do jogo legal, é como se fosse Combate, aquele jogo antigão da estrela, sendo que com um tema mais interessante e uma partida mais rápida e menos engasgada. O problema é que joguei contra a inteligência artificial do jogo e ela claramente rouba. Ainda consegui vencer, mas a única estratégia que é possível vencer com o Rei é fazendo uma barricada impedindo todo e qualquer camponês de se aproximar. Digo isso, pois da outra vez todas as minhas prisões foram inúteis, como se o computador escolhesse quem quisesse como assassino na hora que quisesse. E quando fui jogar como Assassino eu parei na 3ª rodada, pois ele prendeu exatamente meu Assassino que sequer estava envolvido perto do Rei e que eu sequer tinha movido até então. Em suma, a IA sabia quem são os assassinos e nem escondeu. É isso, infelizmente a IA ficou em detrimento do jogo.
018. Ninja Camp (2016)
Jogado em 26/11/2021 com 2 jogadores.
Olha só, vários jogos nesse mês. Ninja Camp é um jogo na mesma linha do clássico Hey, That’s My Fish, que depois teve um parecido chamado Sugar Gliders. Devem ter outros aí no meio também, mas eu não conheço. Basicamente, nesses jogos você se move num tabuleiro composto de tiles (no caso aqui são cartas) e o espaço que você acabou de sair é removido do tabuleiro virando pontos para você e ditando quantos espaços você irá se mover. A ideia é que espaços que valem mais pontos são piores para você se mover depois. Basicamente, é essa a ideia do design desses jogos e Ninja Camp não é diferente nisso. A diferença aqui está que cada movimento é especificado textualmente, em vez de ser apenas uma quantidade de espaços que você vai andar. Eu não achei isso tão interessante, tira a elegância original e fica um overload de informação para ser captada de início, já que no começo você tem umas 50 carta na mesa. Não são todas movimentos diferentes, mas são uns 10 tipos de cartas diferentes. A vantagem é que o Setup é muito mais simples, pois são cartas enormes… A outra desvantagem é que ocupa um espação na mesa para um jogo tão bobinho. Como o propósito do jogo é ir minguando as opções dos oponentes com suas movimentações e meio que ir conquistando áreas apenas para si, esse jogo perde isso ao inserir uma série de habilidades especiais, tanto nas cartas de movimento quanto no clã do jogador (assimetria). Já que agora é possível pular espaços e realizar todo tipo de estripulias. Entendo a necessidade, afinal, o jogo é uma grade de quadrados e não de hexágonos. Então, realmente, precisa de mais folga de movimentação. Em todo caso, quero testar com mais jogadores. Quem sabe o jogo não fica mais interessante?

Temos um recorde em 2021! Até agora eram só 1 ou 2 jogos por mês e uma vez perdida 3 jogos. Claro que o desafio tá perdido faz tempo, mas é bom ver que pelo menos não será uma quantidade tão ridícula, só meio ridícula.

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