Desafio x3 – Jogos de 2007

Dando sequência aos anos, agora chegamos em 2007, segunda postagem com apenas um ano. Claramente, pelo estabelecido previamente, a quantidade de jogos aqui é maior que 2006. Não que isso vá virar um problema rapidamente, mas resolvi começar com isso para ter algum texto introdutório.

Jogos de 2007: 29 jogos

Tivemos um up considerável. 2006 apenas 16 e agora quase o dobro. Não sei que fenômeno foi esse, mas aconteceu. Obviamente, por conta desse incremento, é possível eu citar mais jogos agora. Então, vamos começar pelo bom, depois vamos seguir pro feio e, por fim, os que não joguei mais queria. Sim, não tem mal aqui. Estamos falando de jogos, não de filmes.

Vou começar falando de um jogo que joguei apenas uma vez, já faz um bom tempo, (joguei uma partida dias desses no BGA) mas que respeito bastante: Marrakech. É até estranho eu gostar, o jogo tem uma pegada meio aleatória. A sorte pode ser capaz de definir o vencedor ou perdedor, mas eu tenho a impressão que a estratégia está presente sim e quanto melhor você jogar, maiores as chances de vencer. Então, tem aleatoriedade? Sim. É alta? Sim. Mas dá pra você melhorar suas chances. Como o jogo é leve e rápido, acho que tá adequado. Fora que o Roll & Move funciona aqui, pois gera realmente uma tensão e expectativa. O jogo também é bem bonito e diferente, o primeiro requisito não me apetece tanto, mas o segundo… Hm. Em resumo, tem um cara andando por um tabuleiro e os jogadores vão cobrindo esse tabuleiro com tapetes. Seu objetivo é fazer com que o cara pise no seu tapete, não no do oponente. Ficou curioso? Duvido… Mas é legal.

Um que joguei até enjoar foi Beowulf: The Movie Board Game. Já até comentei por aqui. Ignore o nome do Beowulf, pois temos aqui um jogo totalmente abstrato do Reiner Knizia. E dos bons, viu? Interação fortíssima, cada jogada importa e, algo raro nos abstratos da época, tem a possibilidade de múltiplos jogadores. O jogo tem tempo que tá Out of Print, mas acho que dá pra comprar a versão clássica chamada de Kingdoms (1994). Que é um jogo com a mesma mecânica, mas sem tantas coisas quanto a versão do Beowulf que era dividida em atos. Sim, afinal um jogo de 1994 com uma versão de 2007 deveria ter algo a mais né?

Agora, o melhor jogo de 2007, acho que é o Galaxy Trucker. Claro que para mim, tem quem abomine esse jogo, especialmente quem não aguenta o jogo dando porrada em você. Eu, particularmente, não gosto quando o jogo pega pesado com os jogadores, pois para mim é mais interessante a disputa entre os jogadores e não uma disputa contra o jogo. Entretanto, modéstia a parte, eu não sofro jogando Galaxy Trucker… Então, a graça é ver o sofrimento alheio. Infelizmente, a maioria das pessoas joga uma vez e não quer mais ver o jogo. Assim, deixo o convite para você que ainda não conhece e quer sofrer: Vamos jogar? Depois da pandemia é só chamar. Por sinal, vai ter um reprint agora em 2021.

Para fechas as listas de jogos bacanudos, restou Parade. O jogo que já joguei mais de 20 vezes, mas nunca a cópia original. Eu jogo Parade com as cartas do meu Battle Line (2000). Não é perfeito, pois Battle Line não tem as cartas do valor zero, mas a experiência é praticamente mesma. Se você gosta de Card Games simples mas inteligentes, vale a pena ir atrás. Uns outros jogos que merecem destaque são Biblios, mais um que joguei até enjoar e vendi; Vikings, que eu não gostei tanto assim mas é tem umas boas ideias; e Thebes, que já tive o grandão e a versão em cartas (de 2013), mas já vendi ambos, pois apesar de gostar da ideia e conceito, sempre acho que faltou alguma coisa para o jogo realmente ficar bonzão.

E o feio? Trago alguns… Começar logo por um dos primeiros jogos que conheci: Zombie in my Pocket. É um Print & Play gratuito, mas se você excluir o fator gratuito, não tem nada de bom aqui. Aleatório demais, repetitivo demais, manjado demais e… Solo. Nesse ano também teve a coincidência de saírem dois jogos com a mesma temática, meio de RPG: The Red Dragon Inn e Inn-Fighting. Os dois conseguem ser terríveis. Jogos com muito Take That feito de um jeito bem sem graça. Deve agradar aos RPGístas zueiros de plantão, tal qual a desgraça do Munchkin (2001). Ô povinho com mal gosto. Nesse mesmo ano também saiu Last Night on Earth: The Zombie Game, muitos anos antes de Zombicide (2012) que apesar de não gostar ainda acho melhorzinho. Alguns desses jogos são aclamados, mas não tanto quanto Kingsburg, um dos primeiros Dice Placement (se não O primeiro), mas que na minha opinião é bem ruim. Joguei sem a expansão, que dizem ser obrigatória, então, aceito experimentar novamente com a dita cuja. E claro, nenhum é tão aclamado quanto Brass. Que joguei apenas uma vez, se não me engano pela metade e foi uma experiência terrível. Culpo o aprendizado (foi feito na hora, nunca façam isso crianças, nunca dá certo). Então, também estou aberto a uma nova tentativa, ainda mais se for o reprint. Sim, vomitei todos os ruins em um único paragrafo… Só para não contaminar os outros jogos.

Sim, tou ligado que tem uma reca de jogos aclamados de 2007… Por cima, Agricola, Race for the Galaxy, Age of Empires, Notre Dame e Colosseum. Joguei todos esses, só não achei nem ruim, nem bons o suficiente para falar mais por aqui. Sendo que tem sim, uns jogos que não joguei e queria. In the Year of the Dragon é um deles, Feld das antiga. Pior que conheço pessoas aqui da minha cidade que tem, mas pelo visto ninguém gosta o suficiente para botar na mesa. Deve ser a sofrência, dizem que é um jogo muito punitivo. Tenho um pouco de vontade de ver como é Tannhäuser, mas não muito, pois não sou fã de jogos de combate tático. Zooloreto eu gostaria muito de conhecer, pois gosto da ideia do Coloretto (2003). Talvez um jogo maior fique ainda mais legal, fora ser um tema bem agradável, né? Mas desse ano, acho que o que eu mais gostaria de jogar é o Tammany Hall. Parece ser um desses jogos de Controle de Área que eu gostaria, mas pode ser tudo impressão.

Melhorando, né? Aguarda que 2008 vai ser foda.

4 Comments

  1. Philipp Totó
    30 de maio de 2021

    Rapaz, ô inveja da quantidade de jogos que você já jogou. Fico caçando oportunidade de conhecer jogos novos mas essa praga dessa pandemia tá marcando em cima, atrapalhando nossos planos.
    Quanto a essa lista aí, eu discordei do Kingsburg. A primeira vez que joguei eu achei muito legal. Não conheço a expansão, mas se todo mundo diz que é obrigatória, então pra mim ele deverá ficar melhor ainda.
    Também tenho muita vontade de conhecer o Galaxy Trucker, porque também gosto desses jogos caóticos em tempo real. Quem sabe um dia a gente joga junto, Ribeiro.

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    1. Roberto
      30 de maio de 2021

      Triste essa pandemia.

      É, Kingburg é daqueles polêmicos. Pessoal costuma gostar dele.

      Ribeiro foi novidade huehueheuehue Mas com certeza quando isso acabar e as coisas normalizarem a gente vai se esbarrar em algum Spa ou até na própria Vem Pra Mesa quando eu for passear em Natal pra conhecer. hehehe

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      1. Philipp Totó
        31 de maio de 2021

        Ribeiro!?!?
        Tá com a gôta! Isso é que dá passar muito tempo sem ler o blog ou falar contigo! 🤣🤣🤣🤣🤣🤣Foi mal, véi.
        ROBERTO PINHEIRO. Acho que junto R + Eiro na cabeça e saiu Ribeiro. 🤣🤣🤣🤣
        Apoi tá fechado! Quando tu pisar por aqui, a gente joga nem que seja uma rodada de Barriga D’água. E eu prometo re-estudar o nome de vossa graça pra nunca mais passar vexame.

        … Que vergonha, meu Deus…

        Responder
        1. Roberto
          31 de maio de 2021

          De boas, tou acostumado =P
          E sua teoria faz sentido… huehueehuehueh

          Responder

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