Eita, consegui voltar mais um mês. Dessa vez recorri ao Board Game Arena para conhecer algo novo.
004. Skull (2011) Jogado em 17/04/2021 com 4 jogadores. Sempre tive alguma curiosidade de conhecer Skull, mas não parece ser o tipo de jogo que você paga uma grana para ter. Talvez simples demais? Ou componentes de menos? Não sei. Marcaram uma jogatina no BGA, então aproveitei a oportunidade para empurrar um Skull. Ninguém tinha jogado, aprendemos na hora e meio que na doida. Foi até fácil, em uma rodada e meia deu para sacar a ideia do jogo. É bem simples, puro blefe e leitura de mesa. Vou até explicar aqui: você tem 3 rosas e 1 caveira. Todos os jogadores fazem uma pilha de peças no decorrer da rodada que já inicia com uma (que aí você escolhe se bota rosa ou caveira). Depois que todo mundo bota uma na sua pilha, vai rodando a mesa e você tem duas opções: ou chutar o número de rosas na mesa atualmente ou botar algo na sua pilha. Se você chutar, ninguém mais pode jogar, mas todos podem chutar um valor superior ao seu (como se fosse um leilão). Quem der o maior chute é o jogador que poderá ganhar ou perder a rodada. Para tal, você irá revelando da pilha de qualquer jogador até conseguir aquele número de rosas, mas se puxar alguma caveira você perde. Perdendo, você perde uma ficha aleatória (se você zerar as fichas é eliminado) e ganhando você pontua. Quem fizer primeiro dois pontos vence (ou for o que restar na mesa). Então é meio que um blefe, dedução e (um tiquinho de) Push Your Luck. Gostei da simplicidade, quero jogar novamente sabendo as regras desde o começo dessa vez. |
005. The King’s Guild (2018) Jogado em 17/04/2021 com 5 jogadores. Olhaí, um feito inédito desse ano: dois jogos novos em um mês. Tá difícil, hein? Depois da partida de menos de 15 minutos do Skull, chegamos nesse monstrengo. Me foi repassado a informação (falsa) de que o jogo era tipo Splendor. Nada a ver, tirando a aquisição de recursos e um pouco do gerenciamento deles. O problema é que onde Splendor “peca” por falta, mas King’s Guild peca por excesso. Tem coisa demais para considerar e ver nos demais jogadores para um jogo tão tático e longo. A nossa partida durou quase 3 horas e isso porque foi online com vários detalhes automatizados. Isso aconteceu por uma razão bem simples: o jogo colabora para o Analysis Paralysis. A ação de fabricar os equipamentos é a mais “importante” e as demandas ficam mudando a cada rodada, dificultando ter jogadas bem definidas. Sempre precisando se adaptar ao que está disponível no tabuleiro. Especialmente com mais jogadores, que foi nosso caso. Não jogue esse jogo com mais do que 3 ou 4 jogadores. O pior de tudo é que o jogo não é complexo, as decisões são simples, mas ainda assim demora, pois todo turno é uma reformulação para otimizar a jogada de acordo com o que está presente na mesa e na mão dos outros jogadores, sendo exaustivo e entediante repetir isso durante várias rodadas. Chegou na metade da partida e eu já tinha cansado do jogo, se ele tivesse metade das rodadas seria um jogo melhor e recompensaria jogadas mais otimizadas. Do jeito que o jogo é atualmente, você tem tempo para fazer tudo e mais um pouco. Todos os jogadores na última rodada estavam querendo que o jogo acabasse. Não apenas por ter cansado, mas por não ter mais nenhuma jogada boa para fazer e isso é ruim em qualquer jogo. Terminar com aquele sentimento de “fiz tudo que queria” é terrível para rejogabilidade, não dá vontade de jogar novamente. Existem momentos interessantes no jogo e possibilidades de boas jogadas, mas de modo geral são tantos turnos que isso fica muito pontual e esquecível, já que de modo geral você está sempre fazendo a mesma coisa (pegando recursos para fabricar equipamentos). Não jogaria novamente, tanto por conta da duração como por também ter a impressão de já ter visto tudo que o jogo pode proporcionar em uma única partida. |
E foi isso que tivemos em Abril, um recorde em 2021. Demonstrando a mediocridade do ano.