Depois de três pedaços com anos de intervalo (antigo, não tão antigo e não tão recente), finalmente chegou o momento que posso caminhar de ano em ano, pois conheço jogos suficientes para montar um Top (jogos que gosto) e Bottom (jogos que acho bem ruim). Talvez eu esbarre em problemas com o Want (jogos que gostaria de conhecer), mas esse eu me viro já que não preciso ter jogado para querer. A ideia é seguir assim até 2021. Entretanto, eu vou dar um intervalo quando chegar num ano que a quantidade de jogos que joguei seja inferior ao anterior. Não sei em qual ano isso vai acontecer… Mas acho que faz sentido a quantidade ser sempre ascendente e se não for o caso esperar eu conhecer mais um pouco de jogos para falar daquele ano em particular.
Então, chegou 2006. Nessa época eu ainda não conhecia os jogos de tabuleiro moderno, mas obviamente joguei eles em algum futuro distante ou próximo.
Jogos de 2006: 16 jogos
Ué, só 16 jogos? Na postagem anterior foram 66, já estou quebrando minha própria “regra”? Calma… A regra só vale a partir de agora, pois estou cobrindo ano a ano. Em vez de intervalos longos. Entretanto, de 2006 para 2007 vai rolar um salto bem grande nessa quantidade. Aguardemos a próxima postagem. Em todo caso, claramente 2006 é um ano fraco de jogos para mim, mas tenho um pouco para falar.
Nesse ano surgiu um jogo que acho minha cara. Ele é tão minha cara que mesmo tendo as cores laranja e verde, e eu não conseguindo distingui-las na maioria das vezes, eu ainda jogo e gosto. O pior é que o jogo tem uma parte em tempo real, que eu preciso saber as cores tudo para conseguir pegar o tile que quero antes dos outros jogadores. Em suma: é uma experiência nível extra hard, mas eu curto tanto o jogo que vale a pena pra mim. Bom, qual o jogo? Você já sabe, taí na foto: Factory Fun. Com certeza é meu jogo favorito desse ano, disparado. Se você não conhece Factory Fun não vou dizer que você precisa conhecer, pois vai depender do seu perfil. Se você gosta de jogos puzzle, se você é da área de computação ou engenharia, se você gosta de otimização, talvez esse jogo seja para você. Digo talvez, pois conheço pessoas com esse perfil que não gostam, mas a maioria curte. Inclusive, nesses tempos de pandemia, dá para você jogar online a nova versão do jogo (prefiro a mais antiga, mas é uma opção, né?), neste link aqui. Não lembro quando adquiri Factory Fun, mas faz um tempo razoável e tenho ele até hoje e não pretendo me desfazer. A caixa é grande (estilo retangular) e me desfiz até de Clash of Cultures na mudança por conta do tamanho da caixa e não me desfiz dele. Daí você tira o quanto gosto dele. Dá até pra jogar solo com umas regras inventadas.
Bom, outros jogos relativamente interessantes, não chegam a ser Top, mas posso dar a honra de citá-los aqui, são: Thurn and Taxis, um clássico relativamente parecido com Ticket to Ride mas que não fez o mesmo sucesso, apesar de eu achar melhor; Blue Moon City, jogo do Knizia com uma dinâmica diferente, basicamente os jogadores cooperam para construir uma cidade, mas estão disputando entre si, talvez você poderia chamá-lo de semi-coop mas não é; e Traders of Carthage, um card game bem inteligente que foi relançado mais recentemente com o nome Traders of Osaka, ele funciona mais legal com apenas 2 jogadores por conta do caos que é exponencialmente crescente com mais jogadores.
Agora a parte ruim do ano… Foi mal, fãs de Bruno Cathala de quem eu estou constantemente reclamando (não dos fãs, do autor mesmo), mas não podia faltar esse relançamento de 2020: Cleopatra and the Society of Architects. Sei que estou na minoria aqui, mas esse jogo é terrível. Tem todos os problemas que tem na maioria dos jogos de Cathala, reunidos em um só. A única coisa que se salva são os componentes, provavelmente o único motivo para esse reprint ter acontecido, já que o jogo original não é tão bem avaliado assim. Um outro que não fica pra trás é Iliad. Joguei apenas uma vez, mas foi o suficiente para a ruindade dele inspirar uma Lição sobre Game Design. Poderia citar também Salamanca, mas talvez injustamente. Nem lembro direito como era o jogo, só lembro que não gostei.
E o que eu gostaria de ter jogado? Bom, para isso tive que dar uma pesquisada nos jogos lançados em 2006. Tenho alguma curiosidade com Shogun, por conta do combate usando a torre de cubos. Único jogo que joguei com a tal torre foi Amerigo. Sinceramente, não gostei muito não. Para mim parece um gimmick totalmente desnecessário, mas ainda assim tenho curiosidade para ver essa torre funcionando como mecânica de aleatoriedade para um combate. Tem Mykerinos, um jogo da Ystari Games. Eu já fui atrás de alguns jogos dessa Editora antigamente, comprei alguns inclusive em busca de algum que gostasse. Ainda não encontrei. Acho que hoje em dia a Editora nem existe mais, mas foi ela que trouxe Caylus. Um que tenho apenas curiosidade, mas sei que vai ser ruim, é o Order of the Stick Adventure Game. É baseado em um quadrinho bem engraçado de RPG. O jogo deve ser ruim feito Munchkin, mas ainda assim queria ver qual é. E, seguindo essa linha RPG, tem o Vampire: Prince of the City só pela nostalgia também.
E foi assim com 2006, os próximos anos devem ser mais animados.