Fim da Vempramesa

No dia 6 de Maio de 2019 foi lançada a última edição da Revista Vempramesa. Quando comecei a escrever esse texto ele tinha um teor crítico e um tanto reflexivo sobre os problemas da mídia escrita e todos os desafios que foram enfrentados no processo. Entretanto, parei para pensar e resolvi transformá-lo em uma retrospectiva da minha jornada pessoal na revista e também transformar em uma postagem mais positiva. Afinal, já bastam de más notícias.

Tudo iniciou em Julho de 2017. Começavam os preparativos para lançar a 1ª edição da Revista Vempramesa. Me convidaram para uma entrevista e também para fazer parte da redação. Aceitei ambos, mas deixei a redação para começar a partir da 2ª edição. Me pareceu estranho dar uma entrevista e escrever na mesma edição. Bom, coisas da minha cabeça talvez, mas foi assim que resolvi fazer.

Interessante que quase todo o pessoal da revista eu conheci por meio do Spa dos Jogos, sendo uma galera muito bacana de conviver e de trabalhar. Compromissados, responsáveis e amigos. Equipe dos sonhos, pois é raro encontrar pessoas comprometidas e dispostas a realizar o que foi proposto do começo ao fim.

Fica aqui o agradecimento ao Magarem pelo convite. E também um agradecimento ao Zuzu que também meteu o dedo nesse balaio. Claro que não posso esquecer do restante da equipe, como o saudoso Daniel Portugal, que além de estar desde os primórdios assumiu o papel de Editor nas nossas últimas edições. Aos nossos ilustres designers gráficos: Manuela (edições 1-9) e Júlio Cesar (edições 10-21). Manuela não nos abandonou na 10ª edição, só migrou para a parte das redes sociais, fazendo um excelente trabalho também. O restante da equipe também merece parabéns pela dedicação. São nomes como Cesar Cusin, Carlos Abrunhosa, Laíse Lima e Silvanir Souza que fizeram a revista ter um texto de qualidade e constante. Fora, claro, todos os demais que tinham múltiplas funções na revista, incluindo escrever. Tivemos a participação de mais alguns outros, como Tendson Silva, Eduardo Guerra e tantos outros, com suas aparições mais do que bem vindas.

Nesses quase dois anos de revista eu escrevi, em sua maioria, resenhas. Após a entrevista, eu resolvi escrever sobre um gênero bastante negligenciado: os jogos abstratos. Foi assim da 2ª edição até a 14ª. Sim, foram 13 abstratos resenhados: YINSH, Battle Sheep, Dolmen, Clans, Patchwork, Azul, Agamemnon, Santorini, Sagrada, The Blood of an Englishman, Through the Desert, Tsuro, Medina. Daria para fazer mais? Com certeza, mas foi um ano nessa brincadeira. Eu queria novos ares, mas adorei a ideia de uma “série” temática. Para dar um fechamento nesse blocão de resenhas eu fiz um Top 5 Abstratos na 15ª Edição. Vale a pena conferir, pois além dos comentários nesse Top 5, todos os jogos nele foram resenhados em algum momento da revista e lá diz a edição tudo bonitinho.

Depois dos abstratos, parti para outro gênero negligenciado, especialmente entre adultos: os jogos de destreza. Sim, eu tenho uns gostos meio sem sentido… Afinal, como alguém que curte jogos abstratos de estratégia se mete a jogar jogos de destreza com roupagem infantil? Pois é. Infelizmente, com a descontinuidade da revista essa série foi mais curta. Foi da 17ª edição até a última edição (21ª). Então, foram “apenas” 5 jogos: Animal Upon Animal, Click Clack Lumberjack, Rhino Hero, Go Cuckoo! e fechei com Junk Art. Nos planos ainda estavam Rhino Hero Super Battle, Meeple Circus, Dungeon Fighter e mais uns 10. Provavelmente eu faria menos, algo em torno de 12 para não estourar demais e encerraria novamente com um Top 5. Mas bom, fechamos as portas mais cedo.

Nesse meio tempo ainda tive a oportunidade de escrever sobre Summoner Wars, meu jogo predileto (talvez não mais, mas fica sempre a vontade de voltar a jogá-lo), no Top 5 Especial com os preferidos da redação. Também tive espaço na coluna Prototipando, que na realidade eu poderia até ter escrito mais vezes, sendo que sempre entrava em conflito com o conteúdo aqui do blog. Como vocês já devem bem saber, não é fácil criar boas pautas e assuntos para cá. Então, a pouca munição que tenho sobre o assunto eu gasto por aqui. Terminou que lá eu me repeti um pouco com o conteúdo daqui, mas ainda assim consegui fazer algo um pouco diferente. Foi sobre Formulários de Feedback.

E foi essa minha jornada na Vempramesa. Se você não conhecia a revista, ela ficará disponível para download aqui no blog enquanto o PinheiroBG existir. Fica aqui o agradecimento a todos os leitores e todo o suporte que recebemos em todas essas 21 edições. Foi mais um projeto que iniciou e terminou em minha vida como gerador de conteúdo para jogos de tabuleiro e devo dizer que, até o momento, foi o projeto mais profissional que já participei. Vai ficar a saudade, mas a certeza de que a continuidade não era viável por uma série de fatores que escolhi deixar de lado aqui. É isso, até a próxima semana retornando com a programação costumeira.

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